- Quinn essa é Tina Cohen-Chang. Mas pela forma que você falou, parece que já se conhecem.

A loira estava parada como uma estatua. Ela não conseguia se expressar, falar ou alguma coisa do tipo. Então a asiática se adiantou.

- Sim meu amor. Quinn e eu nos conhecemos de vista. Temos uma amiga em comum. Rachel Berry.

Ela fala descaradamente e Quinn arqueia as sobrancelhas. Mas o Fabray mais velho está caindo como um patinho na armadilha da asiática.

- Você conhece Rachel? - o homem fala em euforia - ela e Quinn estão namorando. Nossa que mundo pequeno.

- Do tamanho de um ovo papai.

- Nossa que interessante. Da ultima vez que a vi ela estava noiva do filho do governador de Ohio. – falou ignorando o comentário de Quinn.

- Pois é, ela estava. Mas Quinn foi lá e roubou a noiva.

- Uau! que história fascinante.

- Não é?

O homem estava saltitando por mais uma vez contar como sua corajosa filha, tinha sequestrado a noiva de seu casamento com o filho do governador de Ohio e ficado com ela para si, para viverem seu amor proibido.

- Eu estou aqui também - fala com desdém por estar sendo excluída da conversa.

- Sim minha filha. Nós sabemos. Mas você parece tão inerte ao que a gente fala.

- Oh! Verdade. Desculpe-me. Mas é que eu estou curiosa para saber como vocês se conheceram.

- Oh Quinn, foi tão lindo e espontâneo. Parece até coisa de cinema.

Tina começa a falar e Quinn sabe que ela está encenando. Mas deixa que ela termine. A loira quer ver até onde a asiática vai com essa história.

- Nós nos conhecemos a uma semana. Eu estava andando tranquilamente aqui pela frente do hospital, quando de repente aquele carro bate em mim. - fala tudo fingindo estar revivendo a cena.

- É minha filha. Eu juro que não tinha visto esse corpinho glorioso da Tina na frente do carro. Quando dei por mim, ela já estava no chão. - fala com remorso.

- Mas papai, com tantos anos de direção perfeita e o senhor se envolve nisso. - finge indignação.

- Eu sei! Eu sei! Mas já marquei uma hora com o Paul meu oftalmologista. Isso não vai se repetir.

- Mas olhe pelo lado bom da coisa meu amor. Esse pequeno acidente me trouxe você.

Tina fala acariciando o rosto do Fabray mais velho e este se derrete todo por ela. Quinn revira os olhos e faz sinal com as mãos, com quem ia vomitar.

- Acho que vou vomitar.

- O que disse Quinn querida? - tina desvia do beijo que o Fabray mais velho ia lhe dar e encara a loira.

- Que estou emocionada.

- Mas você nem viu a melhor parte - a asiática sorri como se tivesse uma bomba para soltar...

E ela tinha.

- Eu a pedi em casamento hoje de manhã.

Ele dá a sentença e Tina estende a mão direita mostrando o grande diamante em formato de anel.

- OH MEU DEUS.

- Lindo não é?

- Posso falar com o senhor em particular.

- Quinn minha filha. Tina e eu vamos nos casar. Então não vamos precisar ter segredos.

- É sério papai.

- Tudo bem meu amor. Escute o que sua filha tem a dizer que eu fico aqui quietinha.

- Tem certeza?

- Tenho meu xuxu.

Ela deposita um selinho rápido nos lábios do senhor Fabray e vai sentar-se no sofá em um canto da sala. Enquanto o homem e a filha vão para a varanda da sala dele.

- Então minha filha...

- Papai o senhor a conheceu a uma semana e já pediu ela em casamento?

- É amor Quinn. O amor faz essas coisas. Olhe para você e Rachel. Até três semanas atrás vocês eram só amigas e hoje estão ai. Namorando.

- O senhor está mesmo comparando a minha relação DE ANOS com Rachel e a sua relação de uma semana com ela?

- Não vejo muita diferença.

- Minha relação com Rachel é de anos. Nos conhecemos melhor que ninguém e o sentimento de hoje é consequência desses anos de amizade. Nos apaixonamos uma pela outra.

- E eu e Tina nos apaixonamos também.

- Em uma semana?

- Não importa o tempo. Nada do que você falar vai mudar o fato de estarmos noivos e que ela vai se tornar parte da família.

A loira começa a bater o pé no chão. Ela não queria ter que perguntar isso, mas não encontra alternativa a não ser... Perguntar.

- Ela não quis transar com o senhor, não é?

- Mas que tipo de pergunta é essa Quinn Fabray.

- Não enrola pai.

- Ela é virgem Quinn. - ele responde ficando vermelho de vergonha.

- Hahaha! Virgem?

A loira pergunta gargalhando. Tina virgem? De onde?

- Sim ela é... - ele foi interrompido

- Dr. Fabray temos uma emergência para o senhor no setor dois.

- Oh! Eu estou indo. - ele fala para a sua assistente e se volta para sua filha e a sua nova namorada, noiva na verdade. - Quinn porque não apresenta o hospital para a Tina? Fala mais alto enquanto volta para dentro da sala com sua filha. Dando o assunto com esta, por encerrado.

- Vai ser um prazer papai.

As mulheres ficam se encarando e o homem sai as pressas, depois de depositar um beijo na bochecha de Quinn e um nos lábios da asiática. A loira vira o rosto pra não ver a cena. Quando a porta bate, ela avança até Tina e agarra seu braço com força.

- O que você acha que está fazendo?

- Você sabe que eu adoro quando você me pega assim, não é? Com força e possessão.

A mulher fala com tom de provocação e desdém.

- Vou perguntar mais uma vez. O. Que. Você. Está. Fazendo. Aqui?

- Vou ser sua nova madrasta Quinnzinha. - Quinnzinha é a Pu**...

- Shii... Não fale palavras de baixo calão meu amor. - ela coloca um dedo sobre os lábios da loira que desvia e se afasta. - Você sabe que seu pai odeia isso.

- Você é louca - a loira fala a olhando com nojo.

- Sou louca por você - a asiática se aproxima, sussurrando em sua orelha, ao mesmo tempo que desce a mão direita pelo corpo de Quinn e pressiona na intimidade da loira que se afasta surpresa.

- Você me da nojo.

- Agora eu te dou nojo? Depois de tanta diversão que tivemos juntas?

- Aquilo é passado. Rachel é meu futuro.

- Seu futuro sou eu Quinn. Você só não está conseguindo ver ainda.

- Você está doente Tina.

- Só se for doente por você.

- Vou embora.

- Você tem que me apresentar o hospital Quinnzinha.

- Vire-se!

Quinn se vira e sai a passos rápidos enquanto Tina fica rindo como uma louca na sala do pai dela. A loira não consegue acreditar que isso está acontecendo. Tina esta enganando seu pai para conseguir algo com ela ou até mesmo se vingar por ela ter escolhido Rachel. Sem saber para onde ir. Ela escolhe o lugar que lhe dá sossego. O que lhe deixa mais segura em toda a face da terra.

Rachel!

Ou melhor, casa de Rachel. Ela sabia que a morena ainda estaria trabalhando, mas usaria o tempo que iria esperar pensando em tudo o que estava acontecendo.

No caminho da casa da morena, ela passou na frente de uma floricultura e pensou que estava na hora de por o plano de Santana Lopez em ação. Talvez desse certo. Ela comprou um buque de tulipas vermelhas e foi para seu destino. Ao chegar na casa da morena, ela senta-se no chão e se encosta na porta da mesma. O buque de tulipas fica no meio de seus braços e ela abraça o mesmo, aspirando o cheiro gostoso.

A loira tentou pensar em um jeito de fazer com que Tina deixasse seu pai em paz sem ferir os sentimentos dele mais uma vez. Mas não demorou muito tempo e a loira adormeceu. Simplesmente dormiu agarrada ao buque.

Meia hora depois uma morena baixinha, usando uma saia preta rodada e uma blusa social, apareceu no elevador. E a primeira coisa que viu foi uma loira dormindo em sua porta. Ela olhou de um lado para o outro, tentando ver se tinham câmeras filmando elas. Nunca se sabe se é uma pegadinha ou não. Como não encontrou na suspeito, ela se sentiu mais segura para ir andando a passos largos até sua porta.

As chaves já estavam em suas mãos. Mas ela não pode conter um sorriso meigo quando viu a loira totalmente. Esta dormia agarrada a um buque de rosas, o que deixou a morena entender que eram pra ela. A posição não era confortável, mas a loira não parecia se incomodar com isso. Dormia tão bem que chega tinha o resquício de baba no canto de seus lábios.

- Q?

Rachel chamou baixinho, mas a loira não fez o menor movimento. Então ela tentou outra vez.

- Quinn?

E nada. Nenhum sinal de vida, movimento ou algo do tipo. Mas ela resolveu chamar uma ultima vez.

- Quinn Fabray.

Nada de novo. A morena não é conhecida por ter muita paciência, mas ela já tinha chamado à loira três vezes e nada. Então cansada de chamar, ela simplesmente colocou a chave no trinco da porta e a abriu. Fazendo uma loira cair de costas no chão com uma careta de dor.

- Auu! A loira resmunga se contorcendo com as mãos indo para as costas. Rachel fica de pé com uma perna de cada lado do quadril de Quinn. A olhando com o olhar culpado.

- Desculpe por isso, mas eu te chamei três vezes.

- Ai resolveu me assassinar por eu não ter respondido nenhuma?

- Na verdade eu só queria te acordar mesmo.

- Engraçadinha!

- Vem Fabray, deixe de reclamar e vamos entrar.

A morena estende sua mão e a loira aceita. Mas não antes de reparar em um "pequeno detalhe".

- Linda calsinha do Bob Esponja Rach.

 - QUINN!!!

A morena reclama soltando a mão da loira e fechando as pernas, já que ela estava de saia. Quinn que estava quase de pé caiu mais uma vez, já que Rachel soltou sua mão e ela não tinha conseguido se equilibrar ainda.

- Droga Rachel. Se quiser me matar pelo menos me avisa antes.

A loira resmunga de novo e Rachel se abaixa rapidamente para ajuda-la.

- Vem que eu te ajudo.

Finalmente a loira estava de pé. Com uma dor terrível nas costas, mas bem. As duas adentraram no apartamento de Rachel e a loira sentou no sofá, enquanto a morena fechava a porta e colocava as coisas que tinham ficado do lado de fora.

- Ai minhas costas.

- Se encosta aqui. Eu vou pegar algo que vai aliviar.

Ela correu para seu quarto e voltou com um gel para dor.

- Deixa eu ver isso Quinn.

Ela pede puxando a blusa da loira para cima.

- Como você me deixa cair daquele jeito em?

- A culpa é sua que fica olhando para onde não deve. – ela fala enquanto começa a aplicar o gel na marca vermelha que se formou nas costas de Quinn. – É melhor tirar isso.

Ela fala se referindo a camiseta que a loira estava. Esta ergue os braços e a morena retira com cuidado para não machucar mais. A loira fica só de sutiã preto e rendado.

- Nossa. Você é tão branquela que já ficou vermelho.

- Isso é bom, porque ai vai dar um contraste perfeito com a sua pele morena.

Quinn comenta e Rachel cora fortemente, mas com um sorriso bobo no rosto. Ela continua a espalhar o gel por toda a extensão vermelha, massageando e fazendo carinho. A pele clara de Quinn, a deixava fascinada. Tão fascinada que ela não resiste. Rachel foi se aproximando aos poucos da loira, e aplicou um beijo um pouco abaixo da nuca. Isso fez o corpo de Quinn se arrepiar completamente e ela fechar os olhos.

Rachel pareceu gostar disso, então repetiu o gesto um pouco mais em baixo. Um suave beijinho molhado.

- Está tentando me seduzir Berry?

Quinn pergunta de olhos fechados. Rachel sorri contra a sua pele, e deixa uma leve mordida antes de responder.

- Por que? Eu estou conseguindo?

Ela pergunta e continua a deixar os beijos molhados nas costas da loira. Mas esta de repente lembra-se da sua conversa com Santana e tudo cai em si, quando lembra que era para ela estar deixando a Berry frustrada e não se deixando levar mais uma vez.

Seus olhos se abrem e ela vê sua saída a poucos metros de si. Com um pulo do sofá, a loira alcança o buque de flores que estava em cima de uma mesinha próximo a porta e estende para Rachel.

- São para você.

A morena a olha incrédula. E fica desviando o olhar da loira para o buque e vice versa. Mas por fim, se levanta e recebe as flores que a loira lhe estendida.

- Obrigada Quinn, é muito gentil da sua parte.

- De nada Rach. Sou sua namorada e só quis fazer uma surpresa.

- Foi realmente uma surpresa. Nunca te vi dar flores para uma mulher.

- É porque a mulher é diferente agora. Ela não é apenas mais uma.

- Bom saber disso Fabray.

A morena começa se aproximar de Quinn para dar continuidade ao que tinha parado, mas esta a impede.

- Não vai colocar em um vaso?

Pergunta desviando de Rachel e indo para o outro lado da mesinha de centro da sala. A morena espreme seus olhos na direção da loira, mas acaba concordando.

- Claro! Eu já volto.

Ela sai em direção à cozinha, atrás de um vaso e Quinn corre para pegar sua camiseta que tinha ficado largada no sofá, e a veste. Quando a morena volta para a sala, fica surpresa ao ver a loira com sua camiseta de volta.

- Já vestiu? Mas eu nem terminei de passar o gel.

- Sabe o quê que é. já esta bem melhor, olha.

Ela começa a fazer movimentos com os braços para mostrar que está melhor.

- Mas, mas...

A morena faz um bico tão fofo que Quinn não resiste e se aproxima a abraçando e dando um beijo em seus cabelos.

- Eu tô melhor Rach. Sério.

- Mas eu queria cuidar de você. Fiquei me sentindo culpada por você se machucar.

- Mas você está cuidando. Não se sinta culpada, está tudo bem agora.

A loira rodeou a cintura de Rachel e puxou seu pequeno corpo mais para junto do seu. Ela sabia que a morena estava fazendo manha para conseguir o que queria. Que era a deixar louca de novo. Rachel vendo que aos poucos Quinn a dava liberdade, ela colocou suas mãos por debaixo da blusa da loira, arranhando de leve.

Quinn sorri travesso e Rachel começa a andar guiando até que ela esta sentadas no sofá. E a morena tem livre acesso para sentar-se em seu colo, com uma perna de cada lado da loira.

- Eu quero te contar uma coisa.

A loira tenta começar a falar algo, mas seus olhos estão enfeitiçados com o corpo moreno sentado sobre o seu. Mas os conselhos de Santana martelam em sua mente e ela fecha os olhos com força para tentar resistir a tentação. Maldita Santana.

- Rachel a gente precisa conversar.

- Uhum!

A morena começa a distribuir beijos pelo pescoço da loira e esta está quase se perdendo. Mas ela não pode, ela tem que resistir.

- É sério Rach!

- Sério que você quer conversar agora?

Pergunta olhando incrédula para a loira, que ainda está de olhos fechados e tentando conter as mãos, que estavam doidas para tocar no corpo moreno.

- Sim! Eu preciso te contar algo.

A morena bufa de frustração e saí de cima do colo da loira, sentando-se ao seu lado de braços cruzados. A loira teve vontade de rir, mas do jeito que a morena estava irritada e frustrada, era capaz dela apanhar.

- Certo Quinn. Vamos conversar se é isso que você quer.

- Uhum! Você não vai acreditar quem é a sétima noiva do meu pai.

- É sobre isso que você quer falar? Sobre mais uma noiva do seu pai.

- Ela não é apenas mais uma noiva... ela é  Tina Cohen-Chang.

- O QUE?