Enjoy the Silence escrita por Meggs B Haloway


Capítulo 6
V. Abrigo desajeitado.


Notas iniciais do capítulo

Então né... hahah, eu dei boas risadas com esse capítulo... não que ele seja engraçado, ok, mas isso acontece sempre que eu não gosto de algo ou fico constrangida. No meu caso, eu fiquei constrangida com o que vem a seguir. Porque, mds, socorro. Enfim, eu vou deixar vocês lerem sem mais enrolação. Espero que comentem e que gostem, ok? Comenteeeeeeem, por favor. Posto mais... quinta ou sexta-feira ♥ até as notas finais, gatitas.



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Era uma manhã ensolarada de sábado que eu passara acordada a noite inteira revirando o livro de Trigonometria para a prova que teria na segunda-feira. Não foi  uma atitude muito esperta minha porque eu só consegui dormir de seis horas da manhã quando lá embaixo — na sala — estava uma bagunça. Eu não fazia ideia  do que estava acontecendo e se tinha uma pessoa que ficaria dentro do quarto o dia todo, essa pessoa era eu.

Provavelmente Charlie iria gravar outro comercial ou sei lá o quê, ele nunca me falava quando acontecia. E eu não seria a que imploraria por resposta. Se ele não quisesse me informar, eu não faria questão, já havia me acostumado com esse relacionamento doentio que eu tinha com o meu pai. Não era uma coisa normal ou até mesmo confortável, mas era… tipo, era uma coisa que eu tinha me imposto.

Eu despenquei da cama quando alguém bateu na minha porta com firmeza e educação ao mesmo tempo. Permaneci de olhos fechados, a bochecha contra o tapete fofo que cobria o chão e evitava o acidente que aconteceria se ele não existisse. Respirei fundo e coçando meus olhos, levantando-me do chão para ir corajosamente abrir a porta — uma atitude que eu não teria se não tivesse de bom humor.

Abaixei a minha blusa, fazendo com que ela cobrisse o short curto que eu usava para dormir e abri uma brecha da minha porta, olhando cautelosamente quem era a pessoa que estava me chamando.

Edward. Edward e toda a maravilha que era seu cabelo e os olhos cerrados. Tudo bem, desde quando eu o achava bonito? Ok que desde a primeira vez que o vi tudo que eu percebi foi o quanto ele era impossivelmente radiante, mas isso não dizia nada. Talvez a convivência que eu tive com ele a mais do que com os outros seguranças estivesse afetando a minha mente. Não era normal e nem seria. Pararia a partir de agora.

— Você estava dormindo? — Ele indagou e eu quase vibrei ao perceber que o seu tom não era nada respeitoso, chegava a ser pessoal.

— É — Passei uma mão por meu cabelo quando eu me dei conta que talvez ele estivesse bagunçado. —, eu acabei dormindo só de manhã porque estava estudando para uma prova que vai ter segunda-feira.

— Mas e então… — Quando eu voltei meus olhos para cima, eu percebi que ele estava sem-jeito e envergonhado. Franzi meu cenho, confusa e cruzei meus braços, esperando, ansiosa demais, que ele continuasse sua indagação. — quer sair?

— Como é? — Foi reflexo de minha parte bufar um riso e franzi mais ainda meu cenho.

A situação era incomum demais para eu fingir que estava habituada com isso. Nenhum garoto me chamava para sair — eu não permitia que eles chegassem nem perto —, e para ser um pouco mais específica nenhum segurança de meu pai me chamava para sair. Por respeito, medo de ser demitido e tantas outras coisas. E depois da incredulidade, a cor atingiu minhas bochechas, fazendo-as corar de vergonha.

Não era por Edward ser um segurança. Eu sairia com ele sendo ou não, o problema era o teor do pedido, por que ele queria sair comigo? Com o passar desses quatros anos eu aprendi a ser perceptiva com as coisas, algumas pessoas — desinformadas e enxeridas chamavam de paranoia, mesmo sendo muito mais que isso.

— Espera. — Eu ergui uma mão e inclinei o rosto para o lado, refletindo. — O Charlie te mandou fazer isso, não foi? Porque está acontecendo alguma coisa e ele não quer que eu fique dentro de casa, não é?

O rosto de Edward quase suspirou de alívio enquanto eu murmurava aquilo e ele assentiu quase apressado quando eu terminei de falar. Dei-me conta somente depois de alguns segundos que meus lábios estavam se mexendo para formar um sorriso paciente e piedoso — que era como eu me sentia por Edward naquele momento. Deixei-me sorrir, qual era o problema? Ele já havia visto isso acontecer várias vezes.

— Ele não estava contando com que você soubesse de sua tática. — Confessou ele. — Mas já que você sabe, não fica difícil para o meu lado. Então… eu vou perguntar somente por educação porque Charlie vai te fazer sair de casa de qualquer jeito. — Edward sorriu e me olhou por sob os cílios — Quer sair?

— Meus planos eram ficar dormindo até a hora do jantar — Eu admiti. —, mas já que eu estou sendo forçada a abandonar minha casa… sim, eu quero sair. Para onde nós vamos?

— Pode ir pensando nisso enquanto se arruma.

Meu rosto nunca esteve mais quente do que quando eu fechei a porta de meu quarto, indo direto para a minha cama bagunçada. Era bobagem estar corada por aquilo, mesmo sabendo que o pedido de Edward fora influenciado por meu pai. Perguntei-me silenciosamente se ele — em uma realidade diferente da que vivíamos — me chamaria para sair. Se eu era uma pessoa elegível para se sair? Talvez eu fosse estranha demais, calada ou até mesmo desagradável.

Só porque o seu pai o pediu, por isso — Lembrei-me, entrando em meu closet e pegando uma roupa qualquer, sem me preocupar se para onde nós iríamos era apropriado tal tipo. Não iríamos para nenhum lugar onde tivesse muita gente que falasse alto e fizesse o ambiente ser barulhento demais para a minha paciência.  Peguei um short claro e solto e uma blusa um pouco mais apertada que ele de mangas não muito longas, lisa e de um pano fino porque o dia estava abafado demais.

Fui tomar banho depois e passei um bom tempo lá, pensando no quanto eu gostaria de poder passar o dia todo na piscina. Eu chamaria Alice para um banho e tinha certeza de que ela iria dizer sim sem hesitar, ela era desesperada por qualquer coisa que a tirasse de sua casa e até ficar sentada no sofá sem falar nada já era uma boa coisa para ela. Fora por essa simplicidade que a companhia dela era sempre tão bem-vinda.

Não me preocupei com meu cabelo, apenas o deixei como estava. E ao me olhar no espelho, realmente não gostei do que vi, por isso tratei de passar um batom claro para fazer meus lábios pararem de parecer ressecados. Não que eu achasse que alguém fosse notar neles, eu apenas não gostava de umidificá-los toda hora.

— Precisava pedir para alguém me tirar de casa? — Perguntei a Charlie, cruzando meus braços e me encostando à parede que tinha na cozinha.

— Não questione minhas decisões, Isabella. — Ele disse e pelo seu tom de voz, era melhor que ele tivesse gritado. — Eu sei o que faço e quando faço. E sua presença nessa casa só irá atrapalhar.

— Tudo bem. — Eu disse com a garganta apertada.

Não, não estava tudo bem.

Pela primeira vez na minha vida eu sentia vontade de sair correndo e chorando para o meu quarto em vez de somente bater de frente com Charlie e falar alto como costumávamos fazer quando brigávamos. Eu estava sensível demais hoje — o que era uma droga porque eu não costumava ser desse jeito. Tão patética e frágil. Controlei meus olhos marejados e sem comer nada, me retirei da cozinha sem me despedir de Charlie. Ele me detestava, eu o detestava e era assim que vivíamos harmoniosamente.

Sentei-me nos degraus que tinha em frente à porta e esperei Edward lá. Tinha certeza que se alguém me fizesse mais alguma pergunta — aqueles malditos repórteres que Charlie deixou que invadisse nossa casa — eu sairia arrancando os cabelos. Não os meus, claro. Os deles. E Charlie por si só era desprezível demais para que eu pudesse viver em paz com ele por muitas horas.

Não se passou um minuto para que Edward saísse atrás de mim, empurrando a porta com uma força desnecessária. Eu até me assustei, ficando imediatamente de pé e o olhando com os olhos alarmados. É, a minha vida monótona estava afetando no meu senso de reflexo, por isso eu estava me assustando por besteiras. E talvez isso também estivesse afetando as minhas emoções também, colocando-as em ebulição.

— Não pude deixar de escutar a conversa de você — Ele murmurou, colocando as duas mãos dentro do bolso.

Baixei meus olhos e mordi meus lábios. Não entendi qual foi o motivo para eu ter ficado envergonhada de uma hora para outra, só sabia que não gostava nada disso. Hoje o dia estava uma completa bosta, não tinha visão positiva que salvasse algo.

— Só falta você me dizer que eu também estou atrapalhando seus planos para hoje. — Não ousei desviar meus olhos para os deles, não costumava fazer isso quando estava com vergonha.

— Se ficar parado perto de um lugar onde não tem possibilidade alguma de ser invadido for considerado uma coisa legal a se fazer num sábado, então, sim, você está atrapalhando meus planos para hoje. — O olhei sorrindo largamente e ele retribuiu, esticando o braço para abrir o portão pesado dos Swan.

Não falei nada a ele, nem sequer um agradecimento e ele não cobrou isso com atitudes. Talvez Edward já me conhecesse para saber como eu era calada quando falava essas coisas e me fazia sorrir porque, pelos meses que ele está aqui, já deve ter percebido que meus sorrisos com pessoas sem ser ele e Alice eram raros. Deve ter percebido a importância disso quando eu o fazia.

Graças a meu pulso que sarara um mês atrás, eu já podia dirigir normalmente, mas Charlie continuou com a mania de fazer Edward me levar e me pegar na escola. Eu odiava isso, não por causa de Edward, claro que não, era apenas essa dependência que ele havia me imposto. Por uma parte eu sabia o porquê Charlie fazia isso, ele queria ter certeza que eu estava indo mesmo para a escola, mas o fato de eu ter conhecimento não queria dizer que aceitava isso. Era uma completa palhaçada.

Edward foi mais que legal comigo naquele dia, ele me deixou ter o prazer que era dirigir o meu carro pelo menos uma vez em tanto tempo. Aposto que ele percebera o quanto eu ficara mais falante e até colocara uma música desconhecida para tocar no rádio de tão grande que era o meu bom humor — uma coisa que só se era alcançada com muito esforço ou… atitudes corretas.

Conversamos sobre Alice, infância e tantas outras coisas. A conversa foi centrada nele já que Edward sabia o quanto eu não gostava de conversar sobre eu mesma, tinha coisas que lembraria se fosse pensar… e eu não estava em condições disso hoje. Todo dia eu não estava em condições, para falar a verdade e não era isso que impedia que elas penetrassem a minha mente com violência.

— Não acredito que vamos ficar em um parque. — Edward resmungou assim que eu parei no meio-fio.

— Você pode voltar para minha casa se quiser. — Dei de ombros e depois de o olhar rapidamente, saí do carro.

Eu não precisei olhar para o lado para saber que ele estava lá, eu sabia que viria. Ele sempre vinha, mesmo quando não queria — e eu não entendia isso, não entendia por que ele sempre fazia coisas que ele não gostava ou reclamava. Ele poderia ficar no carro, ir para qualquer outro lugar, eu sabia me virar sozinha e sim, eu já havia lhe dito isso, recebendo como resposta um dar de ombros.

Perguntei-me se era por causa de Charlie que ele me seguia para todo canto que eu queria ir e concluí que, sim, aqueles eram seus motivos.

E então Edward me olhou especulativo quando eu comecei a me afastar da fonte de água que tinha no meio do parque, entrando em algumas curvas cheias de árvores. Um caminho que poucas pessoas — ou ninguém — conheciam, mas que no entanto eu era a frequentadora mais assídua. Depois de mais algumas voltas e ultrapassagens por árvores e cercas de madeira, chegamos a um lugar que poderia ser comparado ao paraíso de tão perfeito que era.

Meu abrigo natural era envolto em flores e árvores, contendo um lago no centro. Em dias de sol, a cor da água do lago ficava em um verde claro que nos possibilitava ver o que tinha no fundo, e eu tive sorte porque o sol estava brilhando a pico. O dia estava perfeito para um banho de lago… mas ao pensar isso eu me lembrara do fator Edward que estava parado ao meu lado, com o cenho franzido.

— O que diabos…?

Ignorei a sua voz perplexa quando tirei minha blusa e quase agradeci aos céus por ter colocado um sutiã preto que não deixava nada aparecer se molhasse. Então sem mais delongas, corri para o lago, deixando um Edward de olhos arregalados para trás. Para a minha completa surpresa, meu salto para dentro da água foi tão perfeito quanto não seria se eu estivesse no trampolim da minha casa.

E depois minha surpresa foi maior quando eu percebi que Edward estava andando calmamente para onde eu estava, o peitoral a amostra pela falta da bendita camisa. Coloque a camisa de novo! — Era o que eu queria o dizer. Não que não fosse uma visão encantadora de seus ombros largos e gominhos discretos, era só que… eu não queria olhar fixamente e parecer idiota.

Por esse e tantos outros motivos me distanciei o máximo que pude, olhando para o outro lado quando ele se aproximou e entrou, ao contrário de mim, calmamente. E foi naquele momento que eu quis que ele fosse um pouco mais baixo para a água cobrir pelo menos, sei lá, até o seu pescoço. Mas não, não, ele ia completamente contra as minhas vontades e crescia a ponto de a água bater em sua cintura. Que bela bosta.

— Pensei que viveria a sua vida monótona e ficaria apenas observando. — Murmurei sarcasticamente. — Isso é a sua cara.

— Essa é a minha cara quando estou com medo de ser demitido. — Virei-me somente para fixar meus olhos em seu rosto e não tirá-los de lá a nenhum custo. Se descesse mais um pouco estaria em seu pescoço, seus ombros, seu peitoral… e meu Deus, eu poderia passar o dia todo encarando aquela parte.

Tudo bem, talvez eu não estivesse em minha perfeita consciência porque, fora os garotos magrelos ou gordos demais da minha escola, eu não tinha visto mais nenhum cara descamisado desse jeito que Edward estava. O peitoral dele era evoluído demais para ser comparado com aqueles infelizes de lá da minha escola.

— Por que está cerrando os olhos? — Ele perguntou.

— Você está contra o sol. — Menti. Eu estava cerrando os olhos para deixá-los em seu rosto, somente.  

Eu estava mais que envergonhada, por isso logo saí do lago e me bati mentalmente por ter trazido Edward para cá. Eu deveria tê-lo deixado no carro e ter aproveitado meu sábado livre em paz, ele não era a pessoa com quem eu gostaria de ter vindo para cá, na verdade não existia uma pessoa boa o suficiente para vir aqui comigo. Esse lugar era particular, era quase um pecado mostrá-lo para alguém.

Coloquei minha blusa novamente e me sentei, abraçando minhas pernas com os braços. Queria ir para casa, queria nadar até que o dia seguinte amanhecesse e depois dormir para acordar somente na hora do jantar. Mas meu pai parecia que sabia que hoje era um dos meus terríveis dias e decidiu me torturar, mandando-me para longe de casa. Era uma merda isso tudo, ser filha de alguém rico e ter que aturar isso.

Eu sabia bem que algumas pessoas achavam que eu tinha sorte por ter dinheiro, mas eu sempre as fazia a pergunta clichê que todos fazem: Onde está a felicidade? Eu poderia ser feliz em Paris, era o que eles respondiam. Cansada de debater sobre felicidade, eu somente falava que não gostava tanto assim de Paris. Cambridge era muito melhor.

Se eu tivesse de voltar a minha vida em Forks, eu voltaria sem hesitar. Eu gostava do Charlie de Forks, gostava de como ele sorria e como ele era tão menos ambicioso que era agora, o quanto ele me dava atenção quando eu pedia. Era tão fácil sorrir naquela época. Com eles. Às vezes eu chegava a pensar que se eu tivesse mais sorte que aquilo, eu morreria, simplesmente cairia estatelada.

Hoje eu chegava a pensar que se eu ficasse um pouco mais deprimida, morreria.

Mas, não. Era muito mais cruel que isso, eu ficava viva para sofrer cada dia mais, sem ter chance de parar com isso. E às vezes eu achava que estava sendo muito dramática ou pior que isso, porém na minha mente eu tinha o direito de pensar tudo sem expor. E meu martírio era uma dessas várias coisas que eu pensava secretamente.  

O vento constante fez com que meu cabelo secasse rapidamente, voltando ao que estava antes em poucas horas, assim como o meu short. Sim, horas. Passamos quase toda a manhã sem falar nada e eu estava centrada demais em meus pensamentos para tentar ser uma boa companhia e puxar assunto. E quando eu olhei para ele — que ainda estava malditamente sem camisa — não parecia incomodado pela falta de assunto.

E depois quando passou — até demais — da hora do almoço ele se lembrou de que eu não tinha tomado café-da-manhã e mesmo eu lhe dizendo que não estava com um pingo de fome, ele se levantou do meu lado e colocou sua camisa, saindo pelo mesmo caminho que entramos.

Edward tinha umas costas e tanto.

Ele voltou em menos de vinte minutos com uma sacola cheia de besteira e assim como no jogo de basquete, duas Coca-Cola equilibradas em somente uma mão. E por mais incrível que pareça — ou nem tanto assim — minha boca salivou e eu rapidamente estava ao seu lado, devorando as coisas com mais fome do que eu imaginara antes. Cachorros-quentes, batata frita, potes de sorvete, milhares de chicletes que, segundo minha dentista, fariam meus dentes caírem em dois dias e barras de chocolate. Enfim, besteira que daria para a tarde toda.

— Você tá suja de chocolate até nos cabelos. — Edward disse.

— Não tenho culpa se estava mole. — Dei de ombros e puxei meu cabelo para um ombro, fitando-os a procura da sujeira.

Eu estava limpando meus dedos nos panos umidificados que eu sempre levava dentro da bolsa — uma mania estranha que chegava a ser doentia — quando olhei para cima somente para… sei lá, eu apenas olhei para cima e me deparei com o rosto de Edward mais próximo que o normal do meu. Ele não pareceu perceber meu sobressalto quando seu dedão deslizou por meu maxilar, limpando provavelmente o chocolate que tinha ali.

Edward só percebeu a besteira — ou não — que fizera ao me olhar, permanecendo a fazer aquilo em um silêncio para lá de constrangedor. Queria me afastar ou pedir para que ele o fizesse, mas eu não conseguia, não conseguia me mexer.

Perguntei-me se eu gostaria de beijar Edward quando sua mão desceu para a minha nuca e minha resposta mental foi um “talvez” que estava mais para “sim, sem dúvidas!”. Os lábios dele eram finos e me pareciam brandos, confortáveis… mas isso eu somente comprovaria se os provasse. Não fiz nada para colaborar, apenas engoli em seco e fiquei parada enquanto ele olhava para os meus lábios. O que ele estaria vendo? Ele estava com vontade de acabar com o espaço que tinha entre nós?

Isso era tão ridículo.

E depois, quando estávamos muito próximos — por intermédio dele —, Edward soltou um longo e cansado suspiro, afastando-se e soltando sua mão de minha nuca. Com aquela reação eu não pude deixar de ficar confusa, franzindo o cenho quando ele se afastou e se sentou a quase um metro de distância de mim.

— Desculpe, Bella. — Foi tudo que ele disse.  


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Notas finais do capítulo

Sinceramente... ~minha risada histérica aqui ~ espero que tenham gostado disso. E comentem, sim? Juro que não mordo e que sempre comento os reviews, ok? Quero saber o que vocês acharam! ♥