Enjoy the Silence escrita por Meggs B Haloway


Capítulo 17
XVI. Bons motivos.


Notas iniciais do capítulo

Nunca percebi o quanto eu tinha vergonha desse capítulo até agora. Leiam as notas finais. Capítulo dedicado à Cray Z e Lai Cullen que recomendaram ES ♥ obrigada, meninas! E, ah q1 é dedicado a Briane (Anne Lov) por tudo, pela ajuda e por ter me deixado usar a música dela. Tks bby ♥
Link da música: http://www.youtube.com/watch?v=kGmVDd4qTOk



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Signs of life - Andrew Belle

A última semana não foi nada senão infernal. Tudo bem que minhas semanas não eram das melhores quando eu ainda visitava Bella todo dia, mas eu ainda contava com uns momentos de descontração quando estava com ela. Na semana que se passou eu não sorri uma vez sequer e eu estava a ponto de explodir de tanta raiva e cansaço quando, para não ficar mais perto daquela maldita Tanya, decidi sair para qualquer lugar onde vendesse bebida.

Não foi uma boa ideia, eu sabia. Ainda mais quando eu fui de carro, mas não me importei com nada, estar a uma parede longe de Tanya era pouco demais. A voz irritante e mal-humorada dela conseguia atravessar facilmente.

Então era isso. A semana em que eu fiquei longe de Isabella foi a pior de todas e os dias pareceram passar se arrastando de propósito, quase zombando de meu orgulho que não me deixava ir a casa dela toda vez que eu queria. Ele dizia que eu estava certo e que era melhor eu ficar longe dela porque eu sabia que no final de tudo isso, essa coisa a qual tínhamos, não iria durar por muito mais tempo.

Eu precisei me embriagar para deixar de ser idiota. Não completamente, na verdade, eu continuei sendo idiota quando invadi sua casa e fui logo a beijando como se estivesse tudo bem. Um erro grande pra cacete, eu admitia. Eu poderia culpar a falta de sobriedade, mas não o fiz. Eu era um idiota com a Bella e ainda não sabia como ela aguentava olhar para a minha cara depois de tudo.

Naquele momento, porém, ela parecia mais surpresa do que quando eu caí bêbado em seus braços noite passada. Ela não estava com raiva — por que estaria? — eu podia perceber pelo sorriso que queria sair de seus lábios e era reprimido com rigor por ela, sua expressão estava mais para mortificada de um modo bom. E então, enfim, Bella sorriu, riu por um momento sem mostrar os dentes

— Sabe há quanto tempo alguém não diz que me ama? — Ela ergueu as sobrancelhas, seus lábios se esticando mais ainda para alargar o seu sorriso extremamente feliz. — Não se dê ao trabalho de contar. — Ela disse antes que eu conseguisse responder. — É tempo demais.

Sem lhe deixar falar mais nada, trouxe seu rosto para baixo e me ergui um pouco mais a fim de conseguir capturar seus lábios. Parecia que eu havia sido perdoado de verdade ao senti-la aprumar uma mão em minha nuca e mexer sua boca contra a minha em um sorriso. Um sorriso largo, um daqueles que ela raramente dava. E depois quando eu estava prestes a me separar somente para olhar o seu sorriso, ela o murchou e pressionou os lábios contra os meus.

Aquele beijo não tinha nada de calmo ou ressentimento, na verdade nem parecia que estávamos a um passo de discutir a minha situação com Tanya. Eu poderia agradecer aos céus por esse milagre, mas era mais interessante continuar concentrado em mover meus lábios contra os seus. Desejosas, uma de minha mão deslizou por sua perna, subindo para a sua coxa que estava descoberta por causa do short. Um suspiro de prazer quase brotou em minha garganta quando eu percebi aquilo, quase.

Para a minha extrema surpresa, fora Bella que se separara de mim, os olhos ainda fechados enquanto encostava sua testa na minha. Sua mão que estava em meu cabelo começou a se mexer em um leve cafuné do qual eu realmente sentira falta nesses dias que eu não fiquei com ela.

— Eu fiz café-da-manhã para nós dois. — Ela murmurou.

Antes de se levantar ela ainda plantou um beijo em meus lábios, rápido demais para que suprisse toda a vontade que eu acumulara. Eu a segui, encostando-me ao balcão enquanto ela tirava uns pratos de dentro do armário e me entregava para que eu os colocasse em cima da mesa.

— Me diz uma coisa. — Bella pediu quando eu, incansavelmente, a puxei para perto de mim e deixei de lado qualquer coisa que tivesse em minha mão.

Esperei que ela falasse algo quando segurei sua cintura e a coloquei de frente para mim, encostando as minhas costas no balcão. Tudo que escutei vindo de seus lábios foi um suspiro quando eu perdi meu rosto entre a curva de seu pescoço, retirando os cabelos que me impediam de começar a beijá-la. Passaram-se um, dois minutos até que Bella respirasse fundo e apertasse a mão em meu braço.

— Você está me desconcentrando. — Ela acusou, sua voz soando fraca.

— Por acaso quer que eu pare?

— Não sei por que eu não gostei do modo como você se referiu a mim. — Murmurou, ajeitando o pescoço e me olhando de olhos cerrados.

— É só que… você sabe, quase nunca resiste a nada que eu te faço.

— Você só tem um pouco de razão sobre isso. — E apesar de ter falado aquilo, ela inclinou o pescoço quando eu deslizei meu nariz pela pele extremamente cheirosa de sua clavícula.

— Só um pouco? — Eu tinha a completa razão sobre aquilo. Eu a conhecia até demais.

Bella não respondeu, nem parecia ter vontade alguma de conversar ao sentir mais um dos meus beijos sendo depositado no meio de seu pescoço, meu nariz sendo agraciado com o cheiro maravilhoso de sua pele. Eu particularmente adorava a reação que ela tinha a qualquer tipo de carícia que a fazia, até mesmo as bobas como passar as mãos em suas costas quando ela dormia ao meu lado.

Senti com presunção a sua mão se apertando da minha camisa exatamente no mesmo momento em que eu subi o meu nariz por seu pescoço, pegando o seu queixo e o levantando para facilitar meu acesso. Pude escutar seu arfar nervoso e com um sorriso que continha malícia implícita nele, levantei meu rosto, observando seus olhos fechados.

— Está me deixando incoerente, Edward — Murmurou.

— Você tem dez segundos de coerência para me perguntar o que queria. — Propus e com um suspiro pesado ela abriu os olhos.

Foram mais que dez segundos para que ela reorganizasse seu pensamento e eu teria me gabado mais uma vez se eu não tivesse a plena consciência que a sua pergunta não era tão agradável como eu queria. Deixei-a continuar mesmo que me trouxesse problemas futuros, minha mão não abandonando sua cintura de jeito nenhum, continuando a acariciá-la e ver os pelos de seus braços se arrepiarem. Por meus toques.

Normalmente eu não me sentiria tão orgulhoso por fazer alguém se arrepiar com apenas poucos atos, mas aquela era Isabella e soberba nasceria dentro de mim mesmo que eu só fizesse sorri-la. E também fazia quantos meses que eu não sabia o efeito que eu causava em alguém? Tanya era mais fria possível e eu não sabia como eu havia suportado passar esses anos todos com ela.

Tudo bem. Eu sabia exatamente como eu havia suportado isso tudo sem estranhar ou revogar. Tanya havia sido a minha primeira namorada de verdade e a única com quem eu havia ido para a cama e continuado com ela mesmo depois disso. Eu pensava que todas seriam frias como ela, sem sentimentos como ela… até conhecer Isabella e saber que eu nunca poderia ficar com ela por ser filha do meu antigo chefe. Foram tempos difíceis em que eu tinha de controlar meus olhares sempre que ela saia da piscina… e céus, eu nunca senti tanto desejo por nenhuma garota como aconteceu com ela. Foi uma coisa de louco.

Ainda era, para falar a verdade. Quando eu a beijava, ela parecia esquecer-se de tudo e correspondia a mesma altura. Uma coisa que Tanya nunca fazia, ela sempre era calculista e fria. Uma coisa que a minha Isabella não tinha nem mesmo se tentasse. Ela sempre queria mais de meus beijos, ela nunca, nunca mesmo se parava, era eu quem tinha de ser sensato. Uma coisa que era bem impossível.

— Tudo bem. — Ela disse, decidida. — Eu sei que você não gosta de falar sobre isso… eu muito menos, mas… por que você continua com ela, Edward? Com a Tanya?

Eu suspirei pesadamente. Bella tinha razão, eu odiava falar sobre aquilo com ela, qualquer assunto sobre Tanya com ela parecia tão impróprio e desconfortável. E Bella era teimosa como o inferno, prova disso foi que ela continuou me olhando sem desviar o olhar do meu, esperando com petulância que eu arrumasse uma resposta.

Eu não tinha, nem muito menos queria lhe dar uma resposta para aquilo, então suspirei, desviando os olhos para a sala atrás dela e passando os dedos por meu cabelo.

— Bella… — A repreendi levemente.

— Edward. — Ela respondeu no mesmo tom, erguendo as sobrancelhas.

— Você faz perguntas tão difíceis, Isabella, tão difíceis. — Decidi usar a fraqueza que ela tinha por mim e afastei o seu cabelo pesado do ombro, beijando imediatamente aquele local quando o descobri.

— Não é tão difícil assim. — Ela sussurrou.

Foi a última coisa que Bella conseguiu falar sem arfar e aquela pergunta dela nunca foi respondida, não diretamente a ela. A vontade de protestar parou quando eu a puxei para o outro lado e ergui sua cintura com as minhas mãos firmes, colocando-a em cima do balcão com facilidade por seu peso mínimo. Ela pareceu não pensar ao enrolar as mãos em meu cabelo e as pernas em minhas costas, abaixando o rosto e me beijando de imediato.

Confesso que não estava pronto para o golpe de desejo que me açoitou assim que meus ouvidos captaram o breve, rouco e tímido gemido de Bella reprimido contra a minha boca. Tive a certeza naquele momento que eu não poderia — nem tinha vontade alguma de — esperar, ser sensato ou qualquer outra coisa que a minha mente outrora inteligente pensava a respeito dela. Eu precisava, ansiava por ela.

Talvez a falta de sexo estivesse fazendo isso comigo, me deixando mais desejoso que o normal — bem mais que o normal — por ela. O que dois meses sem sexo não fazem com a pessoa… — refleti amargamente enquanto tentava me controlar com a testa encostada a de Bella. Não funcionou de nada, nada mesmo já que o instinto de Bella dizia para ela me agarrar e acabar com tudo de uma vez logo.

Foi fácil para ela, até. Eu não ofereci resistência nenhuma ao deixá-la aprofundar o beijo, puxando-me para perto e jogando o braço livre ao redor de meu pescoço, sua mão deslizando de minha nuca para o começo de minhas costas, infiltrando-se por dentro da camisa. Era difícil pensar em criar alguma resistência quando não se havia vontade alguma de parar com aquilo, eu a queria.

Bella arfou, sem ar e por alguns segundos eu tive a esperança — mesmo que fosse quase doloroso parar agora — que eu pudesse reencontrar o tal do controle. Foi ao contrário, assim que ela abriu os olhos e me olhou, pude ver todo o desejo que eu sentia refletido nos seus olhos. O anseio que ela sentia por mim. E se Bella me desejava, por que parar? Não havia lógica nisso, ou pelo menos era o que eu tentava me convencer ao parar minhas mãos na barra de sua blusa, em dúvida sobre a decisão que eu tomaria.

A expectativa e a surpresa em sua expressão foi o que me fez continuar porque eu sabia que ela queria tanto quanto eu.

Por fim, depois de olhá-la por os trinta segundos mais demorados de toda a minha vida, suspirei, colocando minhas mãos em suas costas. Quase pude escutar o suspiro de tédio que ela soltou se Bella não o tivesse abaixado de modo que eu só pude sentir o seu hálito batendo em meu pescoço.

— Por que não vamos para o quarto? — Sugeri.

Seus olhos, de modo instantâneo se voltaram para os meus, sorridentes assim como os seus lábios que logo se expandiram para mostrar um sorriso leve.

Bella não falou nada, sua resposta veio por meio de suas pernas apertadas em minha cintura e seus braços me abraçando. Seu rosto pousou sem fazer muita pressão em meu ombro e com um pequeno — quase inexistente — esforço de minha parte, a levantei do balcão e a carreguei no colo para a saída da cozinha onde deixávamos para trás o café-da-manhã intocado. Por um bom motivo, claro.

Pelo silêncio e a respiração calma de Bella que eu sentia contra mim eu poderia pensar que ela estava dormindo em meus braços, mas seus dedos acariciavam meu couro cabeludo com carinho e leveza. Quase como se em um movimento suas unhas pudessem se fincar no mesmo e me machucar. Como se ela possuísse força o bastante para isso.

— O terceiro. — Ela murmurou quando abri a porta do quarto onde eu tinha dormido ontem à noite. — O nosso quarto.

Fechei a porta atrás de mim assim que entrei e Bella soltou suas pernas de minha cintura, soltando seus braços também de meu pescoço. Eu ainda demorei um momento para deixar meus braços relaxarem em suas costas e sorrindo pacientemente, ela se esforçou nas pontas dos pés e me beijou rapidamente nos lábios. Indaguei-me para que maldito lugar ela estava indo quando me deu as costas e caminhou na direção do banheiro.

Ela não entrou nele, na verdade, desviou o caminho para a janela onde juntou as cortinas abertas e fez isso com a outra janela também. Eu fiquei a olhando em todo o seu caminho de ida, hipnotizado pelo modo natural como seus quadris se balançavam para andar, estando em sincronia com o longo cabelo aloirado que batia no meio da cintura. E depois seu sorriso malicioso ao voltar, seu passo apressando e seus braços jogados em meu pescoço quando ela ficou próxima.

— Você tinha de ver a sua cara de incredulidade quando me afastei. — Bella disse rindo suavemente, colocando-se mais uma vez nas pontas dos pés para que seus lábios alcançassem pelo menos o meu queixo. — Eu não seria capaz de te deixar aqui nem mesmo se quisesse.

Ela parecia tão madura naquele momento, falando com a voz rouca e sussurrada como se houvesse a possibilidade alguém nos escutar se falássemos muito alto. E mesmo tendo acabado de acordar, seu rosto parecia radiante, nunca o vi mais acesso daquele jeito, o sorriso não tão largo quanto podia, mas de algum modo livre como nunca esteve. A garota que estava se entregando para mim era linda, perfeita para mim. Minha.

Ansiosas e apressadas, minhas mãos procuraram a barra de sua blusa branca e trataram logo de livrá-la daquele pedaço de pano que me impedia de vê-la direito. E depois, meus lábios foram para os seus, conjeturando com o desejo que corria por minhas veias e as eletrizava com a adrenalina da descoberta. Com ela, eu me sentia quase um virgem, tamanha a vontade que eu tinha de tê-la.

Bella correspondia à mesma altura, estremecendo, sussurrando, arfando, me enlouquecendo.

Assim que a puxei para a cama com uma mão entrelaçada a sua, ela parecia querer acabar com todo o resto de sanidade que restava em minha mente e encaixou as pernas dos dois lados de minha cintura. Ficando completamente colada a mim, de um jeito que quase impossibilitava a calma que eu deveria ter com ela. A calma dolorosa e que Bella parecia fazer questão de excluir.

Quando suas mãos inquietas puxaram a barra da minha camisa para cima compreendi que talvez ela estivesse tão ansiosa quanto eu. “Talvez” era uma palavra quase idiota a se usar quando eu podia perceber com facilidade a pressa característica que ela tinha, como se um segundo a mais fosse tão torturante que nem chegássemos a cogitar a possibilidade. Mas eu cogitava, acima de tudo. Eu não queria me apressar — mesmo que meu corpo me dissesse ao contrário — agora, com a Bella.

Seria paciente e persistiria mesmo se ela quisesse se antecipar. Bella meio que não entendia que as coisas eram diferentes com ela. Primeiro e o principal de tudo: Ela nunca havia dormido com ninguém. E o peso disso nas minhas costas, agora que eu estava me propondo a dormir com ela, era um pouco menor do que o deleite em ter consciência daquilo já que ela nunca havia me dito nas próprias palavras. Eu podia deduzir pelo modo como ela reagia aos meus toques e como parecia ansiosa, inconsequente, sem pensar em nada.

Eu não ficava para trás quando o assunto era seus toques cautelosos, apesar de ter transado com uma garota — a qual, eu admito, sequer me lembro do nome — no ensino médio e ter me arrependido amargamente porque era… sei lá, eu não gostava dela de verdade — esse foi o problema maior. Foi apenas aquele fogo que apagou logo quando eu me dei por satisfeito. Embora já tivesse dormido com algumas garotas, Bella me fazia agir como um virgem patético, ela era diferente de todas as outras, era carinhosa e sorridente, sussurrante de um modo que eu adorava. Ela era minha de um modo como nenhuma outra foi. Somente minha.

Na verdade, o fato direto era que eu nunca tinha sido o primeiro homem a levar alguma garota para a cama. Nem mesmo Tanya — o que não foi muito incomum já que nos conhecemos na universidade e era normal tudo isso, sexo era uma coisa das coisas que mais acontecia naquele canto, estudar era o seguinte da lista.

Parei de pensar na universidade de merda e me concentrei em Bella que tinha o rosto ainda mais vermelho do que estava quando entramos no quarto. Talvez pela ausência de sua blusa ou talvez por ter se dado consciência que estávamos um passo a frente do que normalmente estaríamos se ela não decidisse me enlouquecer. Tudo bem que fora eu quem começara a beijar-lhe, mas…

A pele dos braços de Bella estava pálida, assim como o seu abdômen reto, no entanto seu rosto tinha aquele tom de vermelho carmesim que só a atinge quando ela está muito envergonhada mesmo. De seu rosto, meu olhar caiu levemente para os seus seios cobertos pelo sutiã que me impedia de ver uma das prováveis melhores visões de toda a minha vida. Não que eu estivesse superestimando Bella — eu provavelmente não saberia se estivesse —, mas cara, como ela podia ser tão bonita desse jeito?

— Você é tão linda. — Lhe sussurrei, tirando minha mão de sua coxa para colocá-la em seu rosto quente.

Inclinando-se na direção de minha mão de modo discreto, ela suspirou e sorriu levemente. Foi aquele sorriso que me impediu de perguntá-la se tinha certeza se queria mesmo aquilo comigo. Tão certo e confiante, seu sorriso, que o fato de suas bochechas estarem vermelhas de vergonha era quase nada.

— Edward? — Ela me chamou abrindo os olhos e me olhando com um sorriso oculto nos mesmos.

— Sim?

— Caso você queira saber — Começou, sorrindo. —, eu também amo você. Mais do que imagina.

E foi naquele momento que eu puxei seu rosto para o meu e não falei nada por algum tempo por estar ocupado demais a beijando ou tirando alguma peça de roupa entre os espaços de tempo que usávamos para respirar pesadamente. Seus suspiros e gemidos de prazer eram como uma canção que meus ouvidos nunca se cansavam de escutar, enchendo-me com a conhecida e querida soberba.

Seus dedos deslizavam por minhas costas, minha nuca, meu braço, até mesmo o meu rosto enquanto nos beijávamos ou eu estava provando algum pedaço de sua pele. Os lábios dela faziam o mesmo movimento que os meus quando eu desgrudava os meus de sua pele que implorava para ser beijada e tocada, ninguém nunca soube me beijar tão bem quanto ela o fez, cautelosa de início para em seguida assumir a magnitude escondida.

Eu não poderia ficar mais excitado do que já estava, eu já estava para lá de descontrolado e ficava pior — ou melhor, eu ainda não conseguia decidir — quando seus lábios trilhavam um caminho de beijos molhados e intensos por meu pescoço, ombro, maxilar e todos aqueles lugares que Bella conhecia decorado. Minha respiração ofegante parecia agradá-la e incentivá-la a continuar com seus beijos, suas mãos também vagando por meu peitoral, minhas costas e então se paravam quando chegavam aos cós de minha calça.

Eu quase podia sentir contra o meu rosto o calor vindo de suas bochechas quando ela estava próxima o bastante. Aquilo, porém, não a impediu de deslizar a mão por minha calça e procurar o botão que desabotoava, e claro que eu tinha de ficar mais impossivelmente excitado quando suas mãos esbarraram na minha ereção, voltando rapidamente para cima como se tivesse cometido algum erro. Bella foi mais rápida daquela vez, me fazendo quase gemer em desgosto.

Eu queria que ela me tocasse e ao mesmo tempo não queria. Era uma merda de contradição na qual ela sempre estava envolvida.

Depois que eu chutei a minha calça com os pés para o chão, Bella se aninhou de novo em meu colo e a ausência de seu short dificultava tudo mais ainda. Eu a podia sentir quente bem em cima da minha ereção e eu quase praguejei em seus lábios uma reclamação que não tinha nada a reclamar. Incoerentemente, pressionei suas costas ainda mais em minhas mãos, fazendo-a se inclinar e passar a mão em meu rosto, meu ombro.

Nossos lábios, apesar do ar estar ficando escasso, ficaram juntos mais do que o fôlego permitia. Além do mais, tê-la em meu colo daquele jeito estava acabando com todo o ar acumulado em meu pulmão mais rapidamente. Separei-me dela contra a minha vontade, respirando com dificuldade perto de seu rosto. Bella estava do mesmo jeito que eu e, por fim, encostou a testa na minha, os olhos fechados.

Não ficamos parados nem sequer meio minuto, logo minhas mãos estavam nela de novo.

Suas coxas eram perfeitas para minhas mãos, cabiam perfeitamente quando eu as apertava. A respiração arfante dela e sua voz sussurrando meu nome também foram criadas para os meus ouvidos escutarem, o de ninguém mais. Somente o meu. Somente o meu nome em seus lábios.

Tratei logo de desabotoar seu sutiã antes de deitá-la e ficar sobre ela, apoiando meu peso em meus braços. Suas pernas logo encontraram os lados de minha cintura e uma de minhas mãos a explorou com passividade uma vez que eu já conhecia quase tudo no corpo dela. Bella não hesitou ao se livrar do sutiã, jogando-o em qualquer lugar do quarto escuro pelas cortinas fechadas, e meus olhos, claro, se fixaram em seus seios com agrado.

E quando os toquei, notei também que foram feitos sob medida para as minhas mãos, encaixavam-se sem faltar ou sobrar espaço. A melhor parte foi vê-la arqueando-se em minha direção, apreciando as minhas carícias.

Não houve, no entanto, nenhum lugar de seu corpo onde minhas mãos não tivessem marcado presença e meus lábios a beijado. Eu amava os seus sussurros quando eu a tocava ou a beijava de um modo mais íntimo, amava as suas unhas arranhando levemente as minhas costas e causando-me constantes arrepios, amava os gemidos baixos que ela soltava. Amava-a.

A pele macia dela se arrepiava toda vez — não escapando nenhuma mesmo — que eu passava a mão por qualquer parte, e eu sempre podia escutar seus arquejos irregulares como uma apetecida resposta. Ficaram consideravelmente mais altos quando eu tirei a sua calcinha que possuía rendas em algumas partes, e passei a lhe tocar intimamente enquanto beijava-lhe os seios, o pescoço ou até mesmo os lábios que sempre estavam prontos e irrequietos para me receber.

Seus gemidos estavam acabando comigo, mas o que acabou de vez mesmo foi quando, depois de ter se recuperado da respiração pesada e ofegante, Bella se levantou e soltou um sorriso malicioso para mim enquanto se firmava em seus joelhos. Seus olhos não saíram dos meus quando suas mãos deslizaram pelos lados de meu corpo e pararam onde a cueca boxer começava, hesitando pelo mísero segundo em que as suas bochechas coraram.

— Bella, você não…

Eu até tentei falar, mas como se soubesse um modo de me calar imediatamente, Bella deslizou a mão para frente da minha boxer, acariciando meu membro que já estava mais que estimulado àquela altura. Ela observou a minha reação e quando percebeu que foi positiva, continuou com mais segurança.

Bella abaixou a minha boxer e assim como fiz com a calça, joguei-a em qualquer lugar do chão. Seus lábios voltaram para os meus enquanto sua mão me acariciava sem o empecilho do pano da cueca, deixando tudo melhor ainda. Ela era cautelosa como se em qualquer movimento pudesse me machucar e suas carícias estimulantes teriam continuado se eu não a tivesse parado, quase chegando a me sentir desesperado por estar dentro dela.

Bella entendeu a minha intenção quando eu me deitei sobre ela e logo suas pernas estavam entrelaçadas em minha cintura, suas mãos dentro de meus cabelos em um leve cafuné enquanto eu descia meus lábios para os seus em um beijo cálido. E então com todo o cuidado que eu consegui assumir, penetrei-a.

Ela não expressou nenhuma atitude que demonstrasse a provável dor que sentia, no entanto fui cauteloso ao me manter parado, sem me mexer enquanto ela se acostumava. Foi um esforço e tanto tendo em vista que a maravilhosa sensação de estar enterrado dentro dela estava tirando o mínimo autocontrole que eu tinha acumulado hoje.

— Edward… — Ela sussurrou, mexendo os dedos dentro de meu cabelo, os olhos cerrados e os lábios próximos aos meus.

Esmaguei seus lábios nos meus quando comecei a me mover sobre ela, serpenteando uma mão pela lateral de sua cintura até chegar a sua coxa. Sua pele, como sempre, demonstrou sua aprovação se arrepiando. Já ela, minha Bella, somente gemeu contra os meus lábios, seus dedos aumentando a pressão que faziam em meus cabelos. Nada que me doesse.

Eu continuava a não saber se estava a machucando, porém arriscava dizer que não de acordo com os seus gemidos e sua pele constantemente arrepiada. E sua voz rouca dizendo meu nome em um tom de aprovação e deleite. Do mesmo jeito que eu imaginara várias vezes quando pensava se chegaríamos a ir para a cama ou não. Foi impossível enxergar os contras porque eu queria, eu ansiava tê-la.

E aqui estávamos eu e ela, na cama, fazendo amor de uma forma totalmente impulsiva e desprotegida. Merda! A camisinha — o pensamento passou muito levemente na minha mente anestesiada de prazer e logo foi empurrado para o lado quando as unhas de Bella deslizaram por minhas costas, causando-me mais um arrepio.

Beijei seu pescoço para recuperar o ar enquanto continuava a me mover — o que não era muito coerente já que estar dentro dela me roubava todo o ar que eu costumava guardar para os nossos beijos. Então nos beijávamos por pouquíssimo tempo e quando o ar se acabava, eu beijava o seu colo, seu pescoço estava com uma mistura de meu cheiro com o seu próprio e também a sua clavícula que era onde ela estremecia com mais facilidade.

Fizemos amor por várias horas, nós nunca nos cansávamos de reiniciar tudo, mas nossos corpos, sim, então éramos forçados a parar, respirar por algum tempo e voltar a nos beijarmos do modo desesperado que estávamos acostumados. Eu poderia ficar para sempre dentro daquele quarto, com a Bella, somente com ela. Se fôssemos incansáveis — um sonho longe de virar realidade, eu sabia.

— Um beijo por seus pensamentos. — Sussurrei-lhe e abaixei meu rosto para lhe olhar.

Ela sorriu, mordendo os lábios vermelhos pelos beijos que trocamos e pela quantidade exacerbada de vezes que ela o mordeu. Não que eu estivesse reclamando, era extremamente excitante quando ela o prendia entre os dentes e me olhava.

— Você não planejou isso, planejou?

— Não. — Eu bufei um sorriso, acariciando a sua cintura nua onde minha mão estava pousada em um breve abraço.

— Ah, ótimo. Eu odeio coisas planejadas. — Bella se desvencilhou de meus braços e se sentou na cama, ao meu lado, segurando o lençol para cobrir a sua nudez a qual eu já tinha decorado em minha mente.

Não tinha o que esconder se eu já havia memorizado seus traços em minhas mãos e em meus lábios.

— Ei! — Ela se virou para mim com um sorriso e me encontrou encarando as suas costas — Pensei que era “Um beijo por seus pensamentos”. Eu te dei meus pensamentos, cadê o meu beijo?

Levantei-me e peguei seu rosto sorridente entre as minhas mãos, trazendo-os para perto do meu e colando seus lábios nos meus. Àquela altura, o gosto que ela tinha em sua boca era o mesmo que eu tinha do tanto que nos beijamos.

— Vem, vamos tomar banho. — Eu saí da cama e a puxei pela mão, forçando-a a abandonar o lençol no qual ela se escondia. — Estou faminto.


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Notas finais do capítulo

Bom, gente, acho que poucas pessoas tiveram oportunidade de ler o que a Biba (Anne, my love ♥) falou porque o capítulo foi excluído pela moderação um dia depois. Só quero dizer que não recebi uma advertência em vão e que eu posso excluir mesmo ES se os comentários forem baixos mais uma vez. Não vou avisar de novo. E, ah, se eu excluir, vou continuar a escrever, porém não postarei nunca mais. Sempre disse que escrevo somente para mim e é verdade. Escrevo porque gosto de ler depois. Então é isso, espero que vocês comentem. Não quero apagar ES, sabe? Seria bom se quem não comenta cooperasse e me dissesse pelo menos que gostou/odiou/amou. Eu sempre respondo os comentários, gente, e eu tenho certeza que muitas autoras por aí nem se dão o trabalho de fazer isso.

Enfim, eu espero que tenham gostado desse capítulo ♥. Peço desculpas a quem não tem de ler isso porque sempre comenta e peço desculpas também pela cena de sexo que esse capítulo teve. Não sei se ficou bom o bastante, por isso conto com vocês para me dizer como ficou. Espero que não tenha ficado muito... sei lá.

E, ah, se vocês comentarem rápido/muito posto de novo no sábado. Beijos, gente ♥