So Close To You escrita por Cherry Bomb


Capítulo 1
Capitulo Único


Notas iniciais do capítulo

Espero que gostem (:



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Meu coração estava aos saltos. Patch podia sentir. Me sentir. A guerra havia finalmente terminado e levara consigo minhas preocupações. Havia, é claro, uma pequena parte de mim que continuava a lamentar por Scott e todos os nefilins inocentes que haviam caído em batalha. Mas, por ora, minha parte feliz sufocava todo o resto.

Nós ganhamos. Patch havia voltado para mim e agora ele podia me sentir exatamente da mesma forma como eu podia senti-lo. De todas as formas.

Patch me levou até sua casa novamente. Minhas pernas tremiam durante todo o trajeto até o condomínio residencial próximo ao Casco Bay. Só depois que ele havia parado com os beijos pude avaliar minha atual situação e perceber que a luta com Dante havia acabado com minha aparência. Se íamos fazer isso eu precisaria de um banho.

O machucado causado pela adaga de Pepper já estava quase completamente cicatrizado, o corte em meu quadril e na maça do rosto nem ao menos existiam mais e fora algumas manchas de terra em meus joelhos e braços eu estava bem. Suja, sem sobra de duvida, mas bem.

Patch continuava um exemplo da perfeição masculina. Quando ele abriu a porta e nos colocou para dentro ele pressionou meu corpo contra a parede gelada da cozinha extremamente bem iluminada. Seus lábios sedutores pairaram centímetros acima dos meus fazendo-me soltar um suspiro irritado. Ele sorriu, seu lindo sorriso cafajeste e me beijou.

Imediatamente todas as outras coisas perderam o sentido. Com o que havia de me preocupar? Retribui o beijo enganchando meus dedos em seus fios negros. Podia sentir cada músculo de seu corpo pressionando o meu, pedindo por mais contato.  Quando ele escorregou a mão para dentro da blusa que eu usava seus polegar esbarrou no lugar onde á pouco houvera uma cicatriz senti minhas resistências se reconstruindo rapidamente.

-Ah, Patch. –Chamei afastando-me apenas o suficiente para que pudesse respirar. Permiti a mim mesma viajar em seus olhos negros que me traziam tantas lembranças felizes.  –Vamos dar uma pausa. Preciso de um banho. -Ele se aproximou novamente e beijou meu queixo.

-Isso é um convite anjo? –Meu corpo estremeceu sobre suas mãos e suspirei.

-Não. –Aquilo se parecia mais com um gemido. –Me dê alguns minutos sozinha, então serei sua.

-Você já é minha anjo. –Sorri ainda de olhos fechados.

-Um pouco convencido não acha? –Patch me beijou mais uma vez e se afastou.

-Vou estar esperando no quarto. Venha quando estiver pronta, não se apresse anjo. –Ele pegou minha mão e depositou um beijo suave nela antes de sair caminhando com elegância até o quarto.

Segui seu conselho e tomei um banho demorado livrando-me de toda a sujeira que havia se agarrado em minha pele.  Parei de fronte ao espelho do banheiro e analisei minha aparência. Os cabelos rebeldes como sempre já começavam a formar cachos carregados de água. Suspirei. Isso nunca iria mudar, iria?

Envolvi uma das toalhas em meu corpo e usei outra para secar os cabelos lentamente me certificando que os fios não estavam se misturando. Patch não havia consertado a porta desde a “visita inesperada” de Blakely, mas não me preocupava que ele aparecesse furtivamente.

Quanto terminei com o cabelo ele caia em ondas macias ao redor de meus ombros. Respirei fundo e deixei a tolha que havia usado no banheiro enquanto mantinha a outra enrolada em volta de mim mesma. Minhas mãos tremiam. Não de medo, mas sim de surpresa. Nada poderia nos impedir agora e havia e surpreendido ao notar que nem ao menos estava nervosa.

E por que deveria estar? Patch era meu namorado, eu o amava, era exatamente nessas circunstancias que as coisas aconteciam com os casais normais. Mas não éramos um casal normal. Nem de longe. Uma nefilin e um anjo caído. Uma espécie de Romeu e Julieta imortais.

Sorri diante esse pensamento e caminhei até o quarto deixando que o chão frio enviasse arrepios por todo  meu corpo.

Patch estava deitado na cama usando nada além de sua habitual calça jeans escura. Os braços dobrados sob sua cabeça e a expressão serena poderiam me fazer acreditar que ele estava dormindo se não tivesse aberto os olhos no momento em que passei pela porta. Seu olhar caiu sobre mim e senti minhas bochechas adquirirem um leve tom de rosa.

Ele sorriu enquanto seus olhos captavam todos os meus movimentos.

-Está maravilhosa anjo. –Mordi o lábio permanecendo parada no meio do quarto. Ele se levantou e lentamente caminhou até mim.  Ergueu uma das mãos para colocar um cacho atrás de minha orelha. Sua mão acariciou minha bochecha enquanto o polegar traçava o contorno de meu lábio inferior. Involuntariamente fechei os olhos absorvendo seu toque e me deleitando com o fato de que ele finalmente estava me sentindo.

Um sorriso brotou em minha boca e senti que ele espelhou meu movimento.

-Amo seu sorriso. –Disse ele antes de me beijar delicadamente. Patch prendeu uma das mãos em meu cabelo acariciando minha nuca enquanto apoiava a outra em minha cintura. Sua língua provocava a minha com habilidade exigindo respostas rápidas e transformando o beijo em algo mais selvagem e carregado de luxuria.

Era minha vez de fazer um movimento. Toquei seu peito com as duas mãos sentindo os músculos, tentando gravar em minha mente a textura de sua pele. Minhas mãos seguiam cada linha de seu corpo rigorosamente, tocando cada pedaço de pele exposta.

Estávamos nos conhecendo novamente, experimentando e provocando novas sensações. Minhas mãos vaguearam por sua barriga, indo em direção ao local que eu costumava chamar de “zona proibida”. Senti a fivela de metal do cinto que ele usava com a ponta dos dedos, o ferro transmitindo o calor da pele dele para a minha. Subitamente, Patch segurou minhas mãos e levantou meu rosto para que eu olhasse em seus olhos.

-Tem certeza disso Nora?  -Sussurrou ele sem quebrar o contato visual.

-É isso o que quero. –Disse convicta de minha decisão. Libertei minhas mãos das dele e com um movimento me livrei da toalha. O tecido negro caiu aos meus pés dramaticamente. –Eu quero você Patch. Eu te amo. –Disse ao colocar as duas mãos ao lado de seu rosto e puxá-lo para baixo.

Gentilmente ele afastou meu cabelo do ombro e beijou meu pescoço enquanto contornava minha silhueta com ambas as mãos.  Distribuiu beijos por toda a extensão entre o pescoço e meu ombro sem se preocupar em apressar seus gestos fazendo com que choques elétricos percorressem todo meu corpo. Arrepios visíveis surgiam em minha pele sendo seguidos por gemidos e longos suspiros.

Senti uma onda intensa trazer um prazer desconhecido quando Patch levou as mãos até meus seios.  Arfei quando ele os envolveu com as duas mãos, massageando-os com vontade e brincando com os bicos entre os dedos. Podia senti-lo rijo contra minha barriga, o que só contribuiu para que eu me livrasse de suas calças mais rápido.

Quando nos livramos daquele empecilho o empurrei de volta para a cama. Seu corpo afundou no colchão e me deitei sobre ele. Tentei me livrar do cerco de ferro de seus braços, mas ele me segurou pela cintura, mantendo-me no lugar e empurrou os quadris contra os meus, roçando nossos sexos com lentidão exagerada e cruel.

Senti-lo tão quente e próximo á minha entrada era ainda melhor do que havia imaginado e passei a me perguntar por que havia esperado tanto tempo para isso. Ele não perde tempo e volta a me beijar aproveitando minha cabeça tombada em sua direção.

Arrastei minhas unhas pela carne macia de seu peito arrancando-lhe um suspiro. Sorri satisfeita com o efeito que podia ter sobre ele e continuei com minhas unhas até parar diante o elástico da cueca – preta – que ele usava. Patch lançou um olhar esperançoso em minha direção mas apenas o retribui com um olhar travesso e uma replica estranha de seu sorriso irônico e sensual antes de passar as unhas por seu membro rígido.

Patch gemeu alto contra minha língua fazendo meu intimo se agitar.

Sem deixar que eu tomasse as rédeas da situação ele jogou seu peso sobre mim trocando nossas posições na cama. Ele parou, entre minhas pernas, para me observar por alguns instantes, como se eu fosse a coisa mais magnífica que havia visto em sua vida.  Com um sorriso maroto, porém carinhoso, ele se inclinou sobre mim novamente.

Tocou a pele de meu pescoço com os  lábios, salpicando beijos molhados por ali enquanto se dirigia para mais ao sul. Deixei minha cabeça cair sobre o colchão ao sentir sua língua quente rodear as aureolas e sugar meu seio esquerdo.

Patch brincou com eles, alternando entre beijos, mordidas e massagens enquanto tudo o que eu era capaz de fazer era apreciar. Subitamente ele voltou aos beijos e continuou a descer enquanto apertava e acariciava a parte interna de minhas coxas. Logo sua boca substituiu as mãos, deixando uma trilha de beijos enquanto se encaminhava até o lugar onde eu mais desejava seu toque.

Lentamente, apenas para me provocar creio, ele beijou meu sexo. Um gemido alto escapa por meus lábios. Patch sorri e passa a linha por meu clitóris antes de chupá-lo com força.

-Oh Patch! –Grito seu nome quando ele desliza sua língua quente e viva para dentro de mim. Ele continua a trabalhar em mim, seguindo seu próprio ritmo e ignorando minhas suplicas. Quando meus dedos dos pés passaram a formigar e uma corrente elétrica desconhecida começou a correr em meu sangue ele se afastou.

-Por favor... –Choraminguei na esperança de que isso o fizesse terminar seu trabalho.

-Sinto muito anjo, mas quero sentir quando acontecer. –Sussurrou ele.

Enquanto Patch se livra da cueca paro para observá-lo, exatamente como ele havia feito alguns minutos atrás. Ele era lindo, qualquer um poderia notar isso. Corpo musculoso , pele bronzeada, cabelo longo e preto, e os olhos, ah os olhos, tão negros que podiam perfurar sua alma e desenterrar os mais obscuros segredos.

Mordi o lábio novamente. Ele era ainda mais bonito completamente nu. Os músculos retesados das coxas, os braços torneados, perfeitos para minhas mãos. Simplesmente perfeito.

Minhas mãos tremem quando ele se posta sobre mim novamente e me beija com suavidade. Não tive tempo de me arrepender de tomar aquela decisão, porque lentamente Patch deslizou para dentro de mim. Podia sentir cada centímetro dele causando-me dor. Respirei fundo enquanto minha mente se perguntava se aquela parte de mim mesma também iria se regenerar.

Sorri me dando conta de tão logo havia aparecido a dor se fora.

Não sei ao certo o quanto imaginei ou desejei aquele momento.  O sentimento de completude era inigualável, melhor do que qualquer coisa que minha mente podia criar. Nossos corpos se encaravam perfeitamente. Lentamente ele começou a se mover, saindo vagarosamente e entrando da mesma forma.

Patch apoiou-se sobre seus cotovelos e acariciou minha bochecha com o polegar. Seu olhar queimava minha pele ao mesmo tempo em que gritava todo seu amor por mim e retribui ao seu olhar com um beijo apaixonado. Ele era tudo para mim.

Ele se moveu, saindo quase completamente de dentro de mim e voltou a se enterrar. Gemi contra sua boca enquanto ele ditava um ritmo lento que fazia chamas de desejo subirem por todo meu corpo. Meus olhos se reviraram enquanto ele continuava em seu ritmo lendo e beijava meu pescoço com suavidade, como se eu pudesse quebrar em suas mãos

Eu não tinha mais controle sobre minhas ações, minha mente trabalhava no piloto automático. Escorreguei uma de minhas mãos por seus ombros, tomando cuidado para não tocar suas costas - aquela área não era exatamente agradável para um anjo caído -, e acarinhei seus braços.

Inclinando a cabeça para cima beijei seus ombros, refazendo o caminho de minhas mãos enquanto meu quadril ia de encontro ao dele.  Subitamente ele nos girou na cama novamente deixando que eu ficasse por cima e se sentou comigo ainda em seu colo.

Passou as mãos gentilmente por meus cabelos e beijou minha bochecha.

Sem pressa anjo, quero te sentir.  Sussurrou ele em minha mente antes de morder o lóbulo de minha orelha. Meu corpo tremeu diante seu toque e envolvi seu pescoço com o braço para conseguir estabilidade e sua total atenção.

Por um momento me vi perdida na escuridão fascinante de seus olhos, que um dia já haviam me parecido tão misteriosos e assustadores, agora apenas demonstravam todo o amor dele por mim. Nossos corpos colados de tal forma que pareciam apenas um. Patch estava em todos os lugares, quase literalmente.

Eu o amava. E ele me amava. Não poderia ser mais simples. Sem inimigos loucos, um exercito para liderar, traidores, ex-namoradas insistentes e lindas, sem guerra. Apenas dois amantes demonstrando seu amor na forma mais antiga. E nosso amor estava sendo consumado.

Ele era carinhoso sem deixar que a paixão e desejo desaparecessem e algo dentro de mim dizia que eu não poderia ter escolhido melhor o homem com o qual passaria a eternidade. Eu o amava mais do que podia imaginar, apesar de ter alguma noção disso nada poderia chegar ao que sentia por ele no momento. Era uma paixão intangível, imensurável que me consumia e se apoderava de todo meu ser, tirando meu fôlego.

Patch era meu.

Gradualmente ele acelerou seus movimentos e acompanhei seu ritmo transformando-os em movimentos mais rápidos e intensos. Entre nossos corpos não havia um centímetro se quer, quase ocupávamos o mesmo espaço. Nós praticamente gritávamos de prazer, sem nos importar se alguém pudesse ouvir – o que com toda certeza era possível, considerando que estávamos em um prédio e pela cama que rangia alto abaixo de nós -.

Ele passou a língua por meu braço enquanto espalmava as mãos em minhas costas para me manter colada á seu corpo. Meu corpo começou a ser tomado por ondas de arrepios que deixam uma marca de calor por onde passavam e a cada investida dele a intensidade do calor vindo delas aumentava.

Venha comigo meu amor. Sussurrou ele pouco antes de intensificar suas investidas.

Fechei meus olhos e deixei que ele me guiasse até aquele precipício de prazer, me entregando á suas mãos enquanto as ondas tomavam conta de todo meu corpo. Patch estremecia comigo, sua testa colada á minha, deixando os sinais de nossos orgasmos se misturarem em um só.

Nos caímos, exaustos na cama, tanto pela longa noite que tivemos quanto pelo sexo e ele me puxou para seus braços, aninhando-me ali. Há apenas algumas horas atrás eu acreditava que nunca mais o veria, que ele estava perdido, acorrentado no inferno, enquanto eu teria de viver sem ele.

Eu estava mais do que feliz. Como as coisas poderiam estar mais perfeitas?

Patch não quebrou o silencio que se instalou entre nós deixando-me sozinha com meus pensamentos por alguns minutos. Apenas se limitou a brincar com uma mecha de meu cabelo. Sorri enquanto observava o modo como ele sorria para mim.

-Eu te amo. –Murmurei sem tirar os olhos dele. Seu sorriso aumentou, como o fogo que é alimentado por mais madeira. Eu poderia, mas não queria dizer aquilo em seus pensamentos. Palavras eram poderosas e dizê-las em voz alta era a mesma coisa que declarar meu amor por ele para o mundo.

-Pode repetir isso?

-Eu te amo. –Sussurrei ao me sentar ao lado dele na cama e lhe beijar mais uma vez. –Eu te amo. Eu te amo. Eu te amo. –Ele sorriu e retribuiu o beijo obrigando-me a me calar. Quando o ar nos foi necessário ele se afastou, o sorriso irônico estava de volta ao seu rosto.

-Acho que agora eu preciso de um banho.

-Isso é um convite anjo?-Perguntei imitando suas palavras. Ele sorriu e estendeu a mão para mim.

-Na verdade sim. –Sorri e me levantei com cuidado na cama antes de ser içada e carregada em seus braços até o banheiro.

Patch era meu, e eu era dele, para sempre.


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