POV Sal

Depois que sai do hospital fui direito falar com o Marcão ele já estava me procurando para falar sobre o assalto que deu errado, peguei minha moto e fui em direção ao galpão no qual ele se escondia, no caminho fiquei pensando na minha discussão tanto com o idiota do Bruno, quanto com a Fatinha, mas eu ainda não estava fora da jogada, me descontrolei com a Fatinha mais ia fazer uma ceninha mais tarde e ela iria cair, já o Bruno esse ai já tava na minha mira, isso não ia ficar assim, roubar minha namorada na minha cara, não mesmo, o dele estava guardado e quando chegasse a hora, ele ia me pagar muito caro.

Fim do POV Sal

POV Fatinha

O delegado Xavier havia vindo falar comigo mais tarde sobre o assalto, me interrogou e anotou tudo o que eu disse, ele achava que podia ser alguém que conhecia todo esquema, uma pessoa próxima, ele levou as câmeras de segurança, pena que o único lugar que não tinha câmera era o meu quarto. Terminei meu plantão tomei um banho e quando já estava saindo para ver o Bruno me encontrei com o Sal lá fora.

– Oi. Ele disse cabisbaixo.

– Oi Sal, tudo bem?

– Tudo sim, mas e você?

– To indo, mas Fatinha quero te pedir desculpas por hoje mais cedo, eu não tinha o direito de te tratar daquela forma, falar o que falei.

– Esquece Sal.

– Que esquece, eu quero que você seja feliz Fatinha, e se não for comigo que seja então com o Bruno, mas eu sempre vou estar aqui você precisando.

Eu sorri e o abracei. – Amigos? Estendi o braço, ele apertou minha mão e disse.

– Amigos sim Fatinha.

– Agora tenho que ir, só uma coisa o delegado esteve aqui hoje cedo.

– Quem?

– O delegado Xavier, ele perguntou por você, com certeza vai te procurar.

– Sei, é Fatinha tenho que resolver um assunto, mais tarde a gente se vê. Ele deu um beijo de leve no meu rosto sorriu e saiu, parecia ter ficado meio assustado, resolvi então pegar um taxi, quando cheguei no hospital, peguei meu cartão de visitas e fui direito pro quarto do Bruno, entrei e ele estava dormindo um sono pesado, passei a mão no seu rosto e lhe dei um beijo no seu rosto, ele então acordou e ficou me olhando com aquele sorriso maravilhoso, sorriso que só ele sabia dar.

– Oi linda.

– Oi herói, como você esta?

– Agora to ótimo.

– Sei, o medico falou o que?

– que eu to bem, que a bala não perfurou nenhuma artéria e graças a Deus vou sair daqui no fim de semana.

– A Ju veio aqui hoje?

– Sim, e a policia também.

– Eles também me procuraram, desconfiam de alguém próximo.

– É o delegado me falou sobre isso e eu concordo com ele.

– Acha que é alguém que conhecemos.

– Acho Fatinha. Ele se sentou na cama, apoiando o travesseiro nas costas. – Tem que ser uma pessoa que conheça todo o esquema do Hostel, que sabia que você estava sozinha.

– É, mas não to afim de falar nisso.

– Nem eu, vem cá vem. Ele me puxou pra cama junto a ele, me deitei e o abracei.

– Namora comigo Fatinha.

– Que?

– Namora comigo.

– Se ta falando serio?

– Claro, eu já te disse que te amo, quero ficar com você. Ele acariciou meu rosto.

– Aceito Bruno, eu também te amo. Ficamos nos beijando por uns minutos quando meu celular tocou, atendi e era o Pilha, pulei da cama quando ele disse que iríamos fazer um show em uma festa no sábado, desliguei o telefone toda feliz e sentei na cama.

– Se não tem noção Bruno, o Malboro marcou um show pra mim e pro Pilha, ai amor, to tão feliz.

– Show? Sei que legal né.

– O que não gostou?

– Que isso, quero te ver, mais vou ter que me segurar, vendo aquele bando de marmanjo babando em você. Ele gargalhou.

– Mas eu sou só sua e de mais ninguém BRUNITO.

Deitei novamente na cama e o abracei, pus a cabeça no seu peito e ele ficou ali fazendo carinho, acabamos adormecendo os dois ali.

Fim do POV Fatinha.

POV Ju

Eu não estava acreditando que aquela louca queria que eu roubasse o Misturama eu nunca faria isso, todos me olhavam aguardando uma resposta.

– Isso que você ta pedindo é impossível Manuela, eu conheço o dono, sou amiga da filha dele, não posso fazer isso, você enlouqueceu.

– O que você não vai aceitar o que foi Juliana, cadê a coragem?

– Não vou fazer.

– Então você não entra, não é Pedro? Ela desviou o olhar de mim pra ele.

– Conforme as regras não, infelizmente é assim Ju.

– Mas isso é demais. Gil interferiu. – Quando eu entrei só tive que fazer uma pichação em um prédio alto, porque tudo isso pra ela?

– Não foi eu que escolhi, foi a Manu. Pedro respondeu.

Eu olhei pra ela que sorria cinicamente, ela sabia que me propondo isso eu não iria aceitar, queria muito reconquistar o Gil, mais dessa forma não era certo.

– É uma pena, mais eu não sou uma ladra, não vou roubar ninguém, acho que não tenho mais nada pra fazer aqui. Disse e sai, comecei a andar depressa pois o lugar era distante e meio escuro, senti uma lagrima descer, sabia que se eu não entrasse naquela gang não teria o meu Gil de volta, mais eu não era daquele jeito, roubo já era demais, ainda mais fazer isso com o Nando, é agora eu havia perdido o Gil de vez.

Fim do POV Ju

POV Gil

Era ridículo fazer essa proposta pra Ju, assaltar o Nando o que a Manuela tinha na cabeça, a coitada havia saído daqui desolada.

– Vou atrás dela. Disse me levantando.

– O que ta com medo de acontecer alguma coisa com a Barbie? Manu perguntou debochando.

– Claro, a Ju é uma garota delicada, a proposta que você fez pra ela é ridícula, assaltar uma pessoa como o Nando, sem falar que isso é crime Manu.

– Você acha que pichar não é Gil? Perguntou Dudu.

– Sei que é, mais é um crime menor, roubar é demais, prejudicar alguém dessa forma.

– Talvez se você pense assim não deveria andar conosco Gilberto. Pedro disse.

Olhei pra todos que pareciam concordar.

– É acho que ta certo. Sai de lá pra procurar a Ju, escutei alguém me chamando me virei e era a Manu.

– Gil não vai, por favor.

– Manu, você escutou isso não é pra mim, gosto de pichar, gosto da companhia de vocês, mais roubo, até racha ainda vai, mais não consigo isso, daqui a pouco estamos matando alguém.

– Você vai atrás dela né? Ela perguntou e acho que vi seus olhos lagrimejando, mais não tenho certeza.

– Vou Manu, tenho que falar com ela.

– Você gosta daquela Barbie humana, ela não tem nada a ver com você Gil, é uma garota egoísta.

– Não ela não é assim, a Ju tem seus defeitos, mais quem não tem defeito, e é por esse defeitos que ela é especial pra mim, desculpa Manu mais tenho que ir. Eu então sai, escutei a Manu ainda me xingando de babaca, mais não liguei, precisava ir ver a Ju.

Fim do POV Gil

POV Bruno

Fatinha e eu acabamos adormecendo ali abraçadinhos, não acredito que estávamos namorando, só não sei como ia agüentar ver a Fatinha rebolando pra outros homens, eu era meio obsessivo e machista, então ia ser difícil aceitar esse jeito da Fatinha, mais por ela eu iria tentar, meu celular começou a vibrar peguei e nele tinha uma mensagem.

“Fica esperto que tua hora vai chegar plaboyzinho”

O numero era desconhecido, mais eu sabia bem quem tinha sido,teria que ficar esperto com esse Sal, mais mesmo assim quando saísse desse hospital, eu iria descobrir tudo sobre esse Sal, e se ele realmente fosse culpado ele ia pagar.

Fim do POV Bruno