Ressurgence escrita por Louiz Blakenin


Capítulo 13
Capítulo 12- Retorno e Vingança.




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- A comida está ótima! – exclamou Blake. Estava sentado em uma cadeira, Stewart e Mila estavam à sua frente. Era de noite, e Blake estava na casa de Steve, jantando.

- Obrigado, achei que você iria gostar de macarrão com queijo... – falou Mila, que havia preparado a comida.

- Eu nunca tinha experimentado, é ótimo!

- Acho que é o mínimo que podemos fazer por ter nos salvado... então Blake, você é de que esquadrão de Lee? – perguntou Steve.

- Não sou de nenhum esquadrão. Eu apenas fui chamado para buscar as pedras do selo de Sharian.

- Interessante...

- Amor, estou com sono... Vocês dois, fiquem conversando. Vou dormir. – Mila deu um beijo em Steve. – Até mais, Blake!

Ela saiu da cozinha, subindo as escadas e indo para o quarto.

- Casa bem espaçosa a sua... gostei bastante. – falou Blake, admirando o tamanho da casa.

- Digamos que ganho bastante dinheiro como soldado de Elite. Então guardei um dinheirinho e comprei uma mansãozinha longe do barulho da cidade grande para eu e Mila morarmos tranqüilos.

- Eu e o Dean moramos em uma casinha bem longe de todo mundo em um campinho... Morávamos.

- Bem, acho que você provavelmente quer saber minha história, não? – perguntou Stewart.

- ... sim, né?

- Assim como os seus pais, os meus também foram assassinados por Darkan. Eu tinha quinze anos, mas na época eu achava que era apenas um assassino qualquer.

- Por quê? – Blake perguntou.

- Meu pai era o Shikö do Poison na época. E era um dos mais poderosos, então provavelmente ele representava ameaça para Darkan, que na época nem tinha sido revelado.

- Porque você não está na Central? Há uma semana teve uma guerra lá!

- Estou totalmente ciente disso. Eu estava em férias, fiquei sabendo da guerra dois dias depois. Agora não posso fazer nada.

- Você seria de grande ajuda na guerra...

- Não pude ajudar na primeira, mas pode ter certeza que haverá uma segunda. Blake, você é um guerreiro extremamente habilidoso. Mas você ainda não está perfeito. Como seu irmão está capturado, eu te treinarei.

- O que me resta dizer é obrigado, mas eu preciso reencontrar meu irmão. – falou Blake, com uma expressão séria.

- Você desconhece os poderes de Darkan. Ele possui um exército de mil homens, isso eu posso te garantir. Você não vai conseguir tão fácil resgatar seu irmão.

- Como pode ter tanta certeza?

- Você é bom, mas não possui o poder de um exército. E você não está nem perto de descobrir a localização da base de Darkan.

- Eu... – antes de Blake terminar a frase, ouviu-se o som de uma campainha.

- Minha espada nova deve ter chegado! Espere um pouco, Blake.

Steve caminhou pela grande casa até chegar na porta. Abriu-a, mas não era um entregador que estava lá.

- Olá, senhor Stewart. – falou um garoto loiro com olhos azuis. Matt estava na frente de Steve, junto com Lars.

- Olá... quem é voc... – Steve foi interrompido por Blake, que correu para abraçar o amigo.

- Matt! – gritou Blake, abraçado a Matt.

- Você conhece esses dois, Blake? – perguntou Steve. Blake agora notou a presença de Lars ali, rindo.

- Vocês são... – Lars mal conseguia terminar a frase com seus risos. – ga...

Matt rapidamente deu um pequeno soco no estômago do zombador.

- Cale a boca. Não mudemos de assunto. Blake, Steve... Lee nos mandou aqui. Como Darkan capturou Dean e provavelmente já sabe as localizações das pedras do selo, nós quatro e uma garota chamada Ayla Melanie também iremos buscar a segunda pedra do selo.

Blake sentiu um arrepio no estômago, se lembrando do que aconteceu na última vez que buscaram as pedras do selo.

- Ayla? Ayla irá buscar as pedras também? Onde ela está

- Ela não quis vir aqui hoje. Ela falou que têm más lembranças de Rushell City. – explicou Lars, irritado. – Vamos logo. Estou de saco cheio daqui.

- Acalme-se, esquentadinho. – falou Steve para Lars. – Preciso de explicações. Primeiro, como descobriram que Blake estava aqui?

- Vocês batalharam contra os encapuzados no meio da rua. Não preciso falar mais nada, sim? – explicou Matt.

- Nós iremos, mas agora são onze horas. As forças de Darkan são mais freqüentes no escuro, não queremos ser mortos sem nem conseguirmos chegar a Lee, não? Venham, vamos dormir aqui.

- Não! – exclamou Lars. – Não vou dormir na casa de um idiota de cabelinho verde que acabei de conhecer!

- Lars, eu fiquei sabendo do que aconteceu. Você não é mais o filhinho de papai, pare de bancar o valentão. Meus pêsames, também experimentei a sensação de perder meus pais, mas isso não justifica ser um babaca com todos.

As mãos de Lars pegaram fogo.

- Não fale de meu pai, seu maldito! – ele apontou sua mão para Steve. – Você não possui honra alguma para falar dele!

Blake perdeu a calma com a atitude de Lars.

- CALE A BOCA, SEU BABACA. Seu pai morreu. Os meus pais foram assassinados à minha frente, e nem por isso eu me tornei um idiota. Agora você está encarando isso como se você merecesse tudo o que o mundo tem!

O fogo de Lars cessou.

- Não discutirei com vocês. Eu irei embora.

Lars começou a caminhar, mas Stewart falou:

- A escolha é sua, Niall. O escuro é muito perigoso, e você sozinho não daria certo.

- Não tenho medo do escuro. Muito obrigado. – falou, continuando a caminhar. Mas, algo como um rugido foi ouvido e Lars parou de andar. – O que foi isso?

- É o som que aqueles encapuzados fazem, Blake. Devemos entrar imediatamente, eles devem estar te perseguindo. – falou Steve. Rapidamente todos entraram na casa. O soldado de Elite caminhou até um interfone e o ligou. – Ativar proteção: Poison 326.

Na janela foi vista uma luz verde. Uma parede circular de gás verde foi formado em torno da casa.

Cinco encapuzados foram vistos. Tentaram entrar na casa, mas ao passarem pelo gás derreteram em um líquido verde e viraram pó negro.

- Vamos dormir. Lars, sinto muito pelo ocorrido. Amanhã iremos para a Central.

Apesar da cara de raiva, Lars concordou.

- Blake e Matt, vocês dormem na sala. Tem um colchão lá, e vocês decidem quem dorme no sofá ou no colchão. Lars dormirá em outro quarto, e eu vou conversar um pouco com ele. Depois irei dormir também. Deixem suas armas ali – ele apontou para uma mesa. – e, boa noite.

Ele e Lars subiram as escadas. Matt e Blake foram para a sala de estar. Havia um colchão no chão ali. Matt foi para o colchão e Blake foi dormir no sofá.

- Cara, eu estava com saudades! – falou Matt, alegre de ter reencontrado o amigo.

- Eu também! Então, novidades do meu irmão?

- Cara, eu sinto muito. Não encontramos nem vestígios dele ou de Darkan. Mas eu te garanto que vamos encontrá-lo.

- Tudo bem. Vamos dormir, temos muita coisa para fazer amanhã.

Matt concordou, e os dois fecharam os olhos na casa que já estava escura.

Estava escuro. Blake se via em uma sala sem iluminação alguma, até ver um vulto. Sentiu uma dor em seu estômago e acabou caindo para trás. Levantou.

- Quem é você?! – perguntava Blake. Dava espadadas às cegas, mas não acertava nada.

Sou seu pior pesadelo.

Blake sentiu uma dor estrondosa em sua lateral. Uma espada decepou seu braço e o Sword urrava em agonia.

Você sofrerá em minhas mãos.

Antes de Blake cair, sentiu um punho em seu rosto, e ele foi jogado para trás, desta fez contra uma parede.

Todos os seus amigos irão morrer, a sua única família dirá adeus ao mundo.

Blake sentiu uma espada transpassar em sua perna. Ele gritava e chorava. Viu uma imagem de seu irmão sorrindo para ele, e depois a imagem de sua única família se transformou em Darkan.

Você gostaria de vê-lo, Sword?

Se transformou novamente em Dean, que sorria. Ele caminhou até Blake.

Adeus, irmão.

Uma esfera negra foi atirada contra Blake, que sentiu seu corpo explodir em pedaços.

Blake! Blake!

Blake acordou com um pulo e caiu do sofá em que dormia.

- Bom dia, hehe... – viu Matt em pé. Blake levantou, um pouco envergonhado. – Daqui a pouco nós vamos para a Central. Você falou enquanto dormia... Teve um pesadelo?

- Sim, e dos piores. – falou Blake. – Depois eu te conto, quero tomar um belo café da manhã.

- Tudo bem, hehe...

Os dois caminharam até a cozinha, e viram Steve, Mila e Lars na mesa, comendo.

- Bom dia, Blake! – recebeu Steve. – Venha, tome um café! Daqui a minutinhos vamos para a Central.

- Bom dia, Steve. – falou Blake, ainda assustado com o pesadelo. Sentou na mesa, assim como Matt.

Tomaram o café da manhã, que para Blake foi um dos melhores que já tivera. Estava lembrando... quando... tinha uma família. Finalizou seu alimento, e levantou da cadeira.

- Estava uma delícia! Muito obrigado.

Saiu da cozinha, e se sentou no sofá na sala de estar, e começou a pensar sobre o sonho que tivera. Espere, teve inúmeros pesadelos nos últimos dias... o que isso significava?

- Blake, vamos! – chamou Steve. – Nós vamos para a Central agora.

Blake correu para a cozinha, onde todos já tinham levantado.

- Nós vamos em qual veículo? – perguntou Matt.

- Não contem para ninguém, mas tenho um jatinho particular aqui, haha... – falou Steven, alegre. – Vamos, temos que chegar rápido. Mila ficará aqui.

Todos assentiram.

- Até mais, amor! – falou Mila, dando um beijo em seu namorado. – Volte logo, ok?

- O.k. – concordou Steve. Os quatro caminharam até uma porta que Steve abriu, revelando uma grande garagem. Um jatinho estava ali. – Legal, não é?

- Uou! – falava Matt, maravilhado com a beleza do jato. Os quatro entraram dentro dele, e Steve o dirigiu. Uma comporta se abriu no teto, e subiram para os céus.

“Toc-Toc”

- Quem é? – perguntou Ayla. Estava em seu quarto na Central.

- Lee. Deixe-me entrar, Ayla, por favor. – falou Lee, na parte de fora do quarto, aguardando a garota.

Ela destrancou a porta, e o idoso homem entrou.

- Trouxe café da manhã. – falou, com uma bandeja em mãos.

- Obrigada. – Ayla recebeu a bandeja, e sentou em sua cama para comer. Havia um pão com mortadela (comida favorita de Aula) e um copo de suco de laranja.

- Por quê você não quis ir para Rushell City com os garotos? – perguntou Lee.

- Lembranças ruins.

- Sim. Entendo. Falando nisso, eu posso te ajudar a vingar o assassinato da sua mãe, querida. – Lee, apesar de na maioria do tempo sendo zangado e “mandão” com todos, era carinhoso com Ayla.

- O quê?!

- Exato. Descobrimos a identidade do assassino da sua mãe. E foi ele quem confrontou Blake e o deixou naquele estado na guerra. E também foi o homem que você viu com Darkan capturando Dean.

- Como você sabe disso?!

- Meus homens me relataram tudo. O nome do homem é Ryan Clyyn. Foi condenado à pena de morte uma vez, mas estranhamente conseguiu enganar os executores e escapou.

- Muito obrigada, Lee! – Ayla ficou mais animada. Sonhava com a vingança do assassino da mãe fazia tempos.

- Mas eu já vou falando, você precisará de ajuda. Ryan é muito poderoso, apesar de não pensar em suas técnicas e estratégias. Sinceramente, não sei como Blake aguentou tanto com ele. Na missão que vocês serão enviados, é provável que o encontrem. Caso tenha a chance, você possuirá a permissão do Mestre dos Shikös de matá-lo.

- Obrigada, Lee. – agradeceu a garota.

A porta se abriu novamente.

- Senhor. – falou um soldado. – Matthew e Lars chegaram, e trouxeram Steven Stewart e Blake Sword consigo.

- Amém! – ele olhou para Ayla. – Venha comigo, por favor.

Ayla, que já tinha terminado seu café da manhã, levantou da cama e andou junto com Lee para o encontro dos garotos.

Os quatro desceram do jato particular de Steve. Lee e Ayla já esperavam o grupo na sala de aviação. Stewart desceu primeiro, fazendo um cumprimento saudoso à Lee.

- Bom dia, senhor. – disse Steven.

- Pode me chamar de Lee, Stewart. Bom te reencontrar.

Matt e Lars andaram logo em seguida, com Blake atrás. O Sword ainda pensava no sonho que tivera. Teria que contar para Lee.

Os três cumprimentaram Lee. Lars deu um seco “Oi” para Ayla, que nem se importou em retribuir. Já conhecia Lars fazia tempo e definitivamente não gostava das atitudes dele.

- Olá, Blake! – exclamou Lee, antes que Blake pudesse falar alguma coisa, Lee o interrompeu. – Preciso falar com você. Por favor, venham comigo. Lucius – o Shikö Psíquico estava no salão, saudando o grupo. – Por favor, os leve até a sala de reuniões. Eu e Blake já iremos lá para eu dar os detalhes da missão. Venha, garoto.

Lee começou a andar, e Blake o seguiu. Caminharam por vários minutos pela Central, até chegar no antigo quarto em que o garoto estava hospedado. O Mestre dos Shikös fechou a porta, e começou a falar.

- Blake, Blake... Em que você estava pensando quando fugiu da Central?!

Ele não respondeu.

- Você poderia ter sido morto! E realmente, você quase foi. Recebeu uma visita dos encapuzados recentemente, Blake?

O coração do garoto disparou. Lembrou das criaturas horríveis que batalhara com Steve em Rushell City.

- Co-como você sabe?

- Francamente, aquela cidade possui moradores! Não achou que alguém poderia ver você e Steve contra cinco homens encapuzados, famosos por matarem vários homens através do mundo? – viu que Blake hesitava. – Vamos, me responda!

Blake perdeu a calma. Estava muito irritado com o desaparecimento do irmão, e ainda tinha que aguentar broncas?

- CALE A BOCA! – gritou. Lee se assustou com a reação. – Eu acabei de perder meu irmão, você não parou para pensar nisso? Você acha que eu iria reagir perfeitamente com a perda da família que me restava? Não, a melhor pergunta a fazer é: Você acha que eu ficaria parado e simplesmente deixar meu irmão morrer?

Lee repensou no que falou.

- Me desculpe. Acho que você deveria ter pensado melhor, nossa equipe é uma vantagem para recuperar seu irmão. Afinal, ele era meu braço-direito.

- Tudo bem. Preciso te dizer mais uma coisa: Estou tendo seguidamente sonhos com Darkan. Eu sempre vejo meu irmão, geralmente morrendo, neles. No final, Darkan sempre me mata. O que isto significa, Lee?

- Não, Darkan... é uma técnica antiga, Blake. A pessoa que conjura tal feitiço começa a meditar e se concentrar na pessoa que mais odeia no mundo, e a faz ter pesadelos controlados pelo conjurador caso ela esteja dormindo.

- Obrigado por esclarecer. Vamos para a sala de reunião, Lee. – falou Blake. Ambos se levantaram, e caminharam para a sala de reuniões.


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