A Enfermeira escrita por yaya2stuart


Capítulo 8
Coração




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Pov’s Sakura

Eu não estava entendendo nada. Por que o meu maravilhoso chefe estava me esperando? Por que ele me mandou segui-lo? Será que ele quer me estuprar? Não, acho que as mulheres querem estuprar ele. Mas ainda não sei o motivo de eu estar seguindo ele, e pior, em direção ao quarto do Sr. Fugaku.

Sasuke abriu o quarto do pai dele e entrou e eu apenas entrei atrás, silenciosamente, afinal não se sabe o que Uchiha Fugaku pode fazer quando está nervoso, principalmente se ficar nervoso por alguém o acordar no meio de seu precioso sono. Após entrar eu pude responder á todas as minhas perguntas anteriores. O Uchiha pai estava dormindo, mas tinha alguns aparelhos ligados à ele, aparelhos que mediam os batimentos cardíacos, e eu tive certeza que ele teve um infarto, ele teve um infarto, e eu, sua enfermeira não estava em casa para socorre-lo.

O Uchiha filho saiu e eu fui atrás. Fechei a porta delicadamente par não fazer nenhum barulho, e andei o mais rápido possível para alcançar ele, que parou subitamente no meio do corredor fazendo com que eu quase trombasse nele, o que só pioraria minha situação. Ergui meu rosto, que mantive abaixado quase o tempo todo devido ao medo e insegurança, e deparei com um par de olhos negros, como nunca tinha visto antes, e eles mostravam raiva, muita raiva.

- Escuta bem o que eu vou te dizer, – disse praticamente sussurrando, mas perfeitamente audível para mim – você como enfermeira, como empregada dessa casa devia estar aqui para qualquer urgência, porque é esse o seu trabalho.

- Mas Sr. Uchiha, seu pai me deu a tarde e a noite de folga, e eu apenas fui jantar com uma amiga – minha voz saiu muito fraca, na verdade eu nem sei de onde tirei forças para falar.

- Não quero desculpas! – ele praticamente cuspiu as palavras (apenas as palavras, nada de saliva) na minha cara – Você foi contratada para cuidar do meu pai quando ele tivesse algum problema. Ele teve e você não estava aqui. – ele foi diminuindo o tom de voz,  o que não significava que tinha acabado, e eu sabia  muito bem o que ele ia dizer – Tem sorte por não ser eu que decido sua permanência aqui. – e saiu sem falar mais nada.

O que ele quis dizer com isso? Eu continuo empregada ou não?  Quem decide seu eu fico o sou demitida? Acho que, com todas essas perguntas, não vou conseguir dormir. É muita coisa para minha cabeça.

////

Ah, eu não sabia o quanto estava enganada. E cansada. Acordei desesperadamente, pois eu tinha dormido feito pedra e teria passado o dia inteiro dormindo se não fosse o despertador. Fiz minha rotina matinal correndo e desse jeito fui para cozinha, não podia me atrasar um milésimo de segundo para o café do senhor Fugaku. Não hoje. Qualquer deslize meu seria o último, sem dúvidas.

- Bom dia Chyo-sama, – disse ofegante para a senhorinha, essa casa é enorme além de eu me cansar muito fácil - como vai? – e peguei um pedaço de pão me sentando na cadeira, sentindo um grande alivio.

- Eu vou bem, quem não vai é Uchiha-sama – eu nem tinha me tocado que a Chyo poderia saber do que aconteceu, afinal era ela que ficou responsável pelo meu paciente durante a minha ausência. Como posso ser tão burra?

- É, eu vi ele ontem á noite. Mas o que aconteceu com ele?

- Ele teve um infarto – como pensei – sorte que não foi fulminante e tinha um remédio para o coração que ajudou até a chegada dos médicos. O Uchiha-sama nunca aceitaria ser levado e tratado em algum hospital, por isso tivemos que esperar os doutores. Mas eles foram bem rápidos.

- É logico, ele é rico – disse eu de boca cheia, não sei como Chyo me aguenta.

- Menina fecha essa boca – repreendeu-me ela, com certa severidade. O longo tempo com a família Uchiha fez com que ela aprendesse etiqueta e todas essas frescuras de como se portar á mesa. Embora falar mastigando é uma grande falta de educação.

- Chyo – sama  quando posso levar o café da manhã para o Sr. Fugaku? – perguntei, mas agora já tinha desentalado do pão e o engoli.

- No mesmo horário de sempre. Uchiha –sama é muito rígido com horários.

- Certo, então já vou subir – e peguei a bandeja me dirigindo ao quarto do enfermo. Só de pensar minhas pernas bambearam.

Cheguei ao quarto e como sempre bati na porta e escutei a resposta do outro lado, permitindo a minha entrada. Mas não era a voz do Fugaku que me respondeu, tenho certeza disso. Eu gelei, sabia que tinha que entrar, mas meu corpo não reagia, parecia não querer me obedecer. Eu tinha medo de que a mesma voz que me mandou entrar dissesse para mim “ Haruno Sakura, você está demitida”. Sem outra opção fui abrindo a porta lenta e vagarosamente, talvez essa seria a última vez que eu fizesse isso.

Fim Pov’s Sakura


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