A Caçadora escrita por Messer


Capítulo 2
O Instituto


Notas iniciais do capítulo

Oooi!! Estou tentando alguns capítulos grandes, mas não consigo .-.



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O vento continuava a castigar os adolescentes.

– Me chamem de Mary, por favor - ela disse, batendo os dentes por causa do frio. Seu tronco parecia congelar, e ela olhou para ele, tanto para não ter que sustentar o olhar dos três, e que ele estava realmente doendo.

A explicação foi que o gigante a havia arranhado profundamente, e a borda do machucado estava começando a congelar.

– Ai meu Deus! - disse Annie, e foi correndo em direção a Mary. - O que você fez aqui?

– O gigante. - ela respondeu. - Ele deve ter arranhado, e...

– Mas que gigante? - Annie olhou para ela como se tivesse caído do espaço. - Não havia nenhum gigante.

Droga!, pensou Mary. Esqueci da névoa.

– O que você viu? - Ela perguntou, colocando a mochila no chão e procurando ambrosia e algum pedaço de gaze.

Annie deu um passo atrás e analisou a garota. Seus olhos violeta estavam atentos, e seu cabelo balançava com o vento. Ela parecia desconfiar inteiramente de Mary, ou só achar que ela era louca. O que ela nem ligava, já tinha sido internada várias vezes, mas nunca ligou para nada disso. Na época antes de ela conhecer a Caçada, era excluída até mesmo pelos semideuses.

– Um policial queriendo te levar para algum lugar... Ele era grande, mas não gigante - respondeu Annie, de um jeito como se falasse com crianças.

Ela pode ver Percy mudar o corpo de um pé para o outro.

– Bem, na verdade eu acho que Mary tenha razão, e...

– Você quer levar uma mudana para o Instituto? - Perguntou John, irritado. - Ela quase matou o policial!

Mary olhou para John sem acreditar. Mudana? E quase matar o policial? Bem, ela sabia que a Névoa poderia pregar várias peças na mente de mortais, mas não a ponto de ela sair prejudicada.

– Quer saber? Eu vou embora. Obrigada pela ajuda, mas eu tenho outros assuntos para resolver. - Ela se levantou, colocou a mochila nos ombros e se virou, indo embora. Dessa vez não poderia voltar atrás.

Mas é claro, Mary tinha mais sorte do que qualquer um nesse mundo.

Ela escutou passos apressados na neve, de alguém pesado e com pressa. Depois de um tempo, sentiu uma mão enluvada no ombro direito, e se virou. Era Percy, o irmão de Annie. Ela achou estranho, ou talvez ele só queria se desculpar pelo tratamento que recebeu, ou qualquer outra coisa.

– Eu vi o gigante.

Mary o analisou atentamente. Ele parecia um mortal comum, tirando a roupa de couro e as estranhas armas presas em sua cintura. Talvez seja mais algum segredo desse mundo, esse tipo de pessoas, ela pensou.

– E você está bastante machucada. Venha, não ligue para o John, ele é assim mesmo. Creio que você vai poder explicar algumas coisas para mim - ele disse, e tinha um olhar quase desesperado no rosto. O que quer que eles fossem, não poderiam ver através da Névoa, e Mary sabia muito bem o quanto era ruim ver coisas que os outros não viam. E depois, ser internada novamente, apenas para fugir.

Mary deu um longo suspiro, e se deixou ser conduzida por Percy. Eles caminharam de volta ao grupo, e foram a Estação de Metrô. John parecia irritado, e Annie preocupada com Percy e Mary, como se eles fossem loucos. Um tempo depois, eles desembarcaram em um local que Mary não reconheceu muito bem, talvez por nunca ter ido muitas vezes a Nova Iorque.

Depois de uma caminhada longa, com o vento castigando ela e os outros, pararam em frente a uma igreja abandonada, com faixas policiais impedindo passagem.

– Não acredito que vocês me trouxeram a uma igreja abandonada. Olha, eu posso matar vocês em segundos caso tentem algo. - Mary realmente estava irritada e cansada. Poderia matá-los em segundos, mas iria desmaiar. O veneno estava acabando com ela.

– Relaxe a visão. - Disse Annie, se encaminhando para a porta e tirando uma chave prateada do bolso. Ela relaxou os ombros e a visão, deixando a mente vagar em frente ao edifício.

Um tempo depois, era outro completamente diferente.

Continuava sendo uma igreja, mas era completamente diferente. Tinha um estilo gótica, com tetos enormes que pareciam querer riscar o céu. Gárgulas se prendiam de alguns cantos, com seus dentes afiados, e a igreja tinha, pelo menos, cindo andares. Para Mary, que não era nada religiosa, era linda. Um colírio para os olhos.

Percy deu um pequeno sorriso e colocou a mão no ombro da garota novamente.

– Vamos, mudana. Temos várias coisas a conversar.

E se encaminharam para dentro da igreja. Mary estremeceu ao caminhar lá por dentro, pelo fato de ser frio e por nunca ter entrado dentro de uma antes, mesmo nascendo em um tempo em que isso era necessário. Era uma sala não extremamente grande, com velas iluminando a passagem até um elevador. Annie apertou um dos botões e eles logo subiram uns quatro andares, pelo o que Mary contou.

Todos ficaram em silêncio quando a máquina subia. Mary parou para ver a imagem que o espelho dele refletia, e ficou até assustada. Geralmente, ela poderia ser considerada por bonita, mas hoje não era o caso.

Estava com os longos cabelos loiros, quase brancos, com mechas negras em uma trança mais do que bagunçado. Estava magra, com enormes olheiras manchando o rosto pálido, e com os olhos em uma mistura de verde com azul, com as linhas bagunçadas, o que mostrava que ela estava pensativa e desconfiada. O rasgo na blusa e a gravidade do ferimento era pior do que ela pensava, e suas roupas negras e prateadas sujas de lama e gosma de monstro. Isso não a fez se sentir muito melhor.

Quione fez um barulho no fundo da garganta, que assustou Mary. Ela reconhecia isso, e era fome. Depois, percebeu que ambas não comiam a várias horas. Ela se abaixou e passou a mão na loba.

– Calma garota, eu já arrumo algo para você comer.

John olhava curioso para a loba. Ele parecia um cara que gostaria de ter animais assim de estimação, mas Mary não tinha muita certeza se deixaria que ele tocasse em sua companheira. Por fim, as portas se abriram e os cinco se encaminharam por um longo corredor, iluminado pela fraca luz do dia que entrava pelas vidraças coloridas.


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