O Retorno Dos Seis escrita por Mrs Pettyfer


Capítulo 7
Capítulo 7 - Adiós


Notas iniciais do capítulo

Hey hey gente! Eu aqui de novo com mais um capítulo! Uhuu o/

~Momento pergunta!~ Vocês gostariam de ver a sequência de Eu Sou o Número Quatro no cinemas? (que seria o Poder dos Seis)

Ain, eu ADORARIA! Ainda mais com o elenco do primeiro filme, se mudassem ia ser muita sacanagem! Alex como John e Teresa como Seis está PERFEITO! hahaha

Mas, vamos direto ao assunto né :P

Aproveitem o capítulo 7 !



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/325544/chapter/7

Preciso sair daqui, agora. Purdy está começando a acordar, mas não sei se ele tem forças para se levantar. Não sei nem se eu tenho força para sair daqui, ainda mais com todo esse sangue escorrendo por minha cabeça. Começo a sentir uma leve tontura e dor de cabeça, mas não deixo meu corpo ser tomado por isso. Tento me levantar, mas não sinto minhas pernas. Não consigo mexê-las muito menos senti-las. Estou desesperada. Se não levantar e sair correndo dali agora, o carro vai explodir comigo aqui dentro.

Sinto Purdy tentando quebrar o vidro da janela, para poder sair. Ele quebra, porém corta sua mão. O cheiro de sangue exala no carro, mas o de gasolina ainda predomina. Ele tenta levantar e pergunta:

– Que você tá fazendo ai menina? Não está sentindo cheiro de gasolina? Se não sair daí agora, vai morrer! –

– Não sinto minhas pernas... – Começo a choramingar, e logo perco o controle de mim mesma. Choro tanto que até Purdy se sente culpado. Ele sai do veículo, olha para os dois lados da estrada, mas ela está completamente silenciosa. Nada. Nem carro, moto ou até mesmo pessoas.

– Sarah, preciso tirar você daí. Então colabore comigo, ok? –

Concordo com a cabeça enquanto lágrimas e mais lágrimas escorrem por meu rosto. Ele pede para eu cobrir o rosto, e logo faço isso. Ele chuta o vidro ao meu lado, e puxa a porta do motorista para fora. Mas ela não move nem um centímetro. Ele consegue abri-la, mas, apenas assim eu não passaria por ali, o “buraco” é muito pequeno.

Estou começando a ficar com calor, e nervosa. Nervosa por não saber o que fazer. Ficar aqui presa enquanto um agente que me “odeia” está me ajudando.

– Sarah, tente empurrar a porta por dentro. –

Uso toda minha força para empurrar a porta, mas ela mal se mexe. Tento novamente, e nada acontece.

– Purdy, eu não consigo... Vá embora, me deixe aqui... –

– Está desistindo? Sério? A menina que quase me matou, ameaçou a mim e a minha “colega”, fugiu de mogadorianos, lutou comigo dentro do carro e agora vai ser assim? Tão fácil? – Ele olha para mim, com remorso. – Estou disposto a te ajudar sem ganhar nada em troca, mas vai ter que me deixar em Paradise, para te “ajudar” a fugir. –

Não acredito nele. Mas se não sair daqui, nunca mais verei John, nem Sam, nem minha família, nem ninguém... Do que adiantaria deixa-lo livre, colocar a Garde em risco e eu morrer?

– Bom, não vai querer minha ajuda? Ok... Adiós querida Sarah Hart... –

Ele dá meia volta e começa a andar pelo acostamento, se afastando cada vez mais. O sol começa a nascer e bate diretamente em meu rosto, quase me cegando.

O cheiro de gasolina continua forte, e temo que a qualquer minuto o carro possa pegar fogo. Com dificuldade, pego meu celular ensanguentado no bolso e vejo que horas são. O relógio marca seis horas e meia da manhã. Em meia hora, carros e caminhões estarão cruzando a rodovia. Se eu pudesse conter o fogo por mais alguns minutos, seria minha salvação. Mas acabo de me lembrar de uma coisa muito importante: Eu não tenho legados.

Tento me levantar, mas a tentativa é em vão. Não tenho mais esperanças. Não sinto minhas pernas, não tenho forças para sair daqui, estou perdendo muito sangue e nunca mais verei John. O que poderia ser pior? Acho que ver John morrer, definitivamente. Mas no momento, só quero pensar nele. Em seu rosto, seus olhos, seus dedos entrelaçados aos meus, nossos lábios se tocando... Sinto tanta falta disso que me esqueço que posso morrer a qualquer instante. Como da outra vez que estava vulnerável, aquela mesma voz volta a “falar” comigo, mas agora não é John... Parece ser a voz de Nove.

– Concentre-se Sarah. Sei que é capaz de sair daí, você só precisa tentar. –

Logo tento responde-lo, e sinto que dará certo.

– Mas, como? Não tenho legados igual a vocês... –

– Você nunca tentou, como poderá saber? –

Por incrível que pareça, acabei de me comunicar com Nove por telepatia, o que é muito estranho... Mas, não custa nada tentar uma vez só, empurrar a porta e ver o que acontece...

Coloco os dois braços para trás e empurro o mais forte que consigo, e ela se mexe um pouco. Continuo empurrando, e ela se move mais. Com mais um pouco de esforço consigo deixa-la em um ângulo ótimo para tentar sair daqui, mas meus braços cansam e logo a porta de fecha. Estar de ponta cabeça e ainda ter que fugir daqui é loucura...

Pego novamente meu celular e olho para o relógio digital que agora marca seis e quarenta e cinco. Isso me alivia de um certo modo, saber que alguns veículos devem estar rodando pela rodovia, mas me desanima saber que já estou a mais de meia hora aqui perdendo sangue e sem fazer nada. Cadê o estilo “Seis” que você é, Sarah Hart? Pergunto a mim mesma. Como pude ser tão burra... Sair por ai quebrando tudo e achar que sairia bem dessa. Só queria ver John mais uma vez antes disso acontecer...

De repente, uma bola amarela e laranja se forma na traseira do carro. Fogo. Estou perdida, morta, definitivamente. Ponho a mão na cabeça, sinto o sangue quente e o esfrego no banco. Coloco minhas mãos na porta e empurro com toda minha força. Concentro-me, me livro de todos os maus pensamentos e penso só em sair daqui rapidamente. Como se fosse um pedaço de papel, jogo a porta no meio da rodovia, a mais de dois quilômetros.

Estou impressionada. Acabo de jogar a porta de um SUV do FBI para longe. Uma menina comum, sendo apenas mais “Seis”. O carro esquenta rápido e o fogo está próximo a mim. Mesmo com a porta aberta, não sinto minhas pernas e não consigo levantar. Consigo cair no chão e me arrasto um pouco, mas metade de meu corpo continua no veículo. O fogo começa a consumir o banco e se aproxima muito rápido. Então é assim? Vou morrer queimada, ou perderei minhas pernas por não ter tentado antes?

Logo que o fogo começa a atingir minhas pernas, me preparo para uma dor imensa, mas não sinto absolutamente nada. Sei que o carro vai explodir, mas tenho uma chance ainda. Se não sinto nada com metade do corpo em chamas, o corpo inteiro não fará diferença.

Abaixo a cabeça, cobrindo-a com um braço, e sinto a explosão. Pedaços de metal voando pelo ar, caindo na estrada e ao meu lado. Agora, o grande SUV não passa de uma sucata. Uma grande nuvem de poeira se forma no céu, dificultando minha respiração.

O que mais me intriga, é o porquê de não estar passando carros na estrada, num horário tão movimentado como aquele. Talvez eu tenha pegado a estrada errada, talvez fosse só coincidência. E por que Purdy foi embora assim sem mais nem menos... Nem a arma ele levou. Sei que tem alguma coisa errada, mas não tenho cabeça para pensar nisso. Estou sangrando, desidratada e me arrastando pelo frio acostamento da estrada que liga Paradise a Cleveland.

Foi só pensar em Purdy que três SUVs iguais ao que eu dirigia aparecem lá longe na rodovia. Tento me levantar, mas de nada adianta. Só de pensar que se me pegarem novamente, me colocarão naquela sala e me torturarão me dá arrepios. Eles se aproximam cada vez mais, e a única coisa que penso é em sair imediatamente dali.

De repente, o que eu nunca acreditei que pudesse acontecer, aconteceu. Logo que abro os olhos, não estou mais em um acostamento da estrada. Estou deitada na aconchegante grama do Central Park, em Nova York.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado! Críticas e opiniões são sempre bem vindas :)



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "O Retorno Dos Seis" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.