O Retorno Dos Seis escrita por Mrs Pettyfer


Capítulo 34
Capítulo 32 - The True; The Consequence.


Notas iniciais do capítulo

Heey fellas! tudo bom com vocês? Aqui está o 32º capítulo de ORDS! Espero que gostem! E segurem o choro, pq não quero lágrimas no teclado de vocês ehuheuehuehueh -mentira.-ou não... O.O

:X

Byee!



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Levanto-me e vou até Sam, com a companhia de B.K. Sam está sentado em uma pedra, sem camisa, junto de Sarah. Vejo-o colocando a mão no olho, um pouco roxo. Sarah, que levou um soco no nariz, pediu a camiseta de Sam para estancar o sangramento. O corpo pouco definido e magro de Sam me faz lembrar quando eu era mais jovem. E também me faz lembrar que estou começando a voltar à forma. Assim que chego, dou um tapinha nas costas de Sam, e me sento no chão, entre as pernas dos dois.

– Você lutou muito hoje, Sam. – Eu o parabenizo e olho para ele. Um sorriso se forma na boca, que está com alguns cortes pequenos. – E você também, Sarah.

– Obrigada, Sr. Smith. – Ela responde e nós dois sorrimos. – Eu vou lá dentro ver que horas são, e dependendo, vou fazer o almoço.

– Tudo bem. – Sam responde e eu assinto. Sarah passa por mim e beija minha bochecha e depois se encaminha para dentro da velha casa de madeira, olhando algumas vezes para mim e sorrindo.

– Então, Sammy... Como está indo com a Ella? – Pergunto e levanto-me para sentar ao seu lado. Ele me olha e sorri. Um sorriso que não me lembro de ter visto Sam dar tantas vezes.

– Ela é maravilhosa, John... Queria poder ir para Lorien, só para ficar com ela pelo resto de minha vida. – Ele fala, todo romântico. Eu sorrio e passo um braço por seus ombros, e com uma mão batendo em seu peito.

– Pois é... Mas já vou avisando: Ella é uma menina especial. Se você bobear... O GRANDE JOHNNY terá que enfrentar. – Eu digo, enfatizando o “grande Johnny” e ele ri. Ella olha rapidamente para cá ao ouvir a risada alta de Sam, e ele cora. Isso sim, me fez rir. – Vai lá com ela, vai.

– Já que insiste... – Ele dá de ombros. Assim que se levanta, chuto de leve suas costas e ele se vira, sério, mas acaba rindo depois. Vejo Seis e Marina se levantando enquanto Sam chega perto de Ella, que está sorrindo. Ele anda com a cabeça baixa e coloca a mão na nuca ao ficar frente a frente com ela.

Seis e Marina se aproximam de mim e se sentam ao meu lado. As duas apoiam o braço em meus ombros e sorriem.

– Eles crescem tão rápido... – Marina murmura.

– Pois é... Parecia ontem que encontrei vocês duas no orfanato. – Seis responde. Isso aperta meu coração e logo me levanto.

– Nossa, meninas! Com esse papo fiquei me sentindo um senhor de idade! – Brinco e as duas riem. – Eu vou lá dentro colocar uma bermuda e ver se Sarah já vai fazer o almoço. Com licença.

Elas assentem e eu entro na casa. Procuro por Sarah e a vejo saindo do nosso quarto. Sorrio para ela e me aproximo. Ela me abraça e colo meu corpo no dela, impulsionando-os contra a parede. Beijo seus lábios até perder o fôlego. Entre alguns beijos e outro, nós sorrimos. Seguro sua cintura com as mãos e ela leva as suas até meu rosto.

– John... – Ela diz, na hora em que estamos sorrindo. – Eu preciso mesmo fazer o almoço... – Ela ri. Eu me afasto um pouco, encostando-me à outra parede do corredor, ficando de frente para ela. Seus cabelos estão maiores, então estão presos em um pequeno rabo de cavalo, com algumas mechas caídas, emoldurando seu rosto. Sarah começa a andar, mas não posso evitar.

Eu a abraço de costas e beijo seu pescoço. Ela sorri e depois se vira para mim.

– John! Eu preciso fazer o almoço para nós! – Sarah diz, fazendo birra.

– Eu te ajudo então! – Sugiro.

– Nem pensar, Johnny! – Marina fala, no final do corredor. – Já atrapalhou demais a Sarah. Vamos, lá pra fora!

Sarah e eu sorrimos um para o outro e depois de mais um beijo, eu sigo até a cozinha. Mas antes de sair, beijo a bochecha de Marina e a abraço.

– Já estou indo, sua chatinha! – Eu brinco e ela ri, me abraçando de volta.

John sai pela porta de aço e consigo ouvi-lo chamando por Bernie. Ouço as patas do cachorro roçando o gramado e correndo em direção ao dono. Ouço o grilo na pedra onde Sam e eu estávamos sentados, cricrilando sem parar. Ouço a respiração ofegante de Nove enquanto luta contra Oito. Ouço Sam rindo baixinho enquanto conversa com Ella. Ouço Marina ligar o fogo em uma das bocas do fogão. Ouço a câmera de segurança instalada na varanda sendo usada por Malcolm e Jones, que dão zoom in e zoom out para checar se está funcionando certo.

Coloco as mãos nas orelhas, tentando parar isso, mas é quase impossível. Mesmo baixinho, o som de tudo e de todos chega alto aos meus ouvidos, me enlouquecendo.

– Está tudo bem, Sarah? – Marina grita da cozinha, mas não consigo reponde-la. Meus ouvidos doem muito e agora com esse grito dela, eles estão prestes a incendiar. - Sarah? – Ela grita mais uma vez.

Vejo-a correr até o início do corredor e se assustar. Ela vem até mim e coloca as mãos em cima das minhas, tapando mais ainda meus ouvidos. Ouço-a pedir para eu me acalmar, mas meus ouvidos doem tanto que começo a chorar.

– John! – Ela grita, virada para o corredor. – John, venha cá!

Ouço os passos dele rasgarem o tecido verde embaixo dele e entrar na cozinha correndo. Ouço o tênis dele escorregar no chão e ele derrapar, enquanto entra no corredor em pânico.

– O que foi? O que aconteceu? – Ele pergunta para Marina, que continua com as mãos por cima das minhas.

– Eu não sei! Sarah não consegue dizer nada e não para de chorar!

– Você acha que pode ser Setrákus? – Ele pergunta, assustado.

Eu me apavoro mais ainda e começo a soluçar. Ele sente um peso na consciência ao ver minha reação quando ele disse algo como isso e tenta se redimir.

– Sarah, me escute. Não é Setrákus. Confie em mim. – John coloca as mãos em volta de meu rosto e enxuga algumas lágrimas que escorrem com o polegar. – Vai dar tudo certo. Eu só preciso que se acalme.

Mas essas palavras só me deixam mais em choque. Marina começa a se assustar e por alguma razão ela retira as mãos de cima das minhas, permitindo o som chegar um pouquinho mais alto ao interior de meus ouvidos. Eles doem e ardem tanto que eu grito assim que ela se afasta. John repõe as mãos em cima do local dolorido e as esquenta com o Lûmen, diminuindo um pouco a dor. Mas por pouco tempo. Consigo ouvir o zumbido que o Lûmen faz e me impulsiono para longe de John, caindo em uma poltrona na sala. Eu urro de dor e vejo Marina correr para fora da casa. Ela grita por Jones e Macolm e os dois correm em sua direção.

Eu me debato na poltrona com as mãos nos ouvidos e caio ao chão. John anda até mim e segura meu rosto, tentando me manter parada. Ele olha nos meus olhos e começa a lacrimejar. A lágrima cai no chão de madeira e faz um estrondo. As ondas sonoras chegam rapidamente as minhas orelhas. Grito mais uma vez e faço John voar para longe de mim. Ele cai no corredor de costas, aos pés de Jones. O General não parece muito surpreso e sorri.

– Oi John. – Ele fala antes de pular o corpo de John e vir em minha direção. Ele se ajoelha na minha frente e coloca as mãos nas minhas e seu toque suave passa uma energia positiva. – Sarah, me escute. Você precisa se acalmar, ok? – Eu choramingo um pouco ainda, mas assinto. – Muito bem, muito bem... Aos poucos você vai conseguir controla-lo.

– Controlar o quê? – Eu pergunto, soluçando.

– Seus novos legados, querida. – Jones diz, sorrindo. – E um deles que chegou é audição apurada. E pelo jeito, bem apurada. – Ele ri.

Eu o encaro e me pergunto por que ele está rindo. Jones acaricia minha mão e depois começa a retirá-la devagar do ouvido direito. Eu resisto no início, mas vejo que não escuto tudo tão alto assim como no começo. Eu sorrio e abraço Jones no mesmo instante.

Vejo John se levantando e sorrindo, enxugando rapidamente as lágrimas. Nove e Malcolm estão ao lado de John sorridentes, porém preocupados.

– Obrigada, General.

– Não foi nada, Sarah. – Ele fala, choroso. – Eu preciso te falar uma coisa, querida. – Ele começa, se afastando do abraço e ficando a minha frente novamente. – Lembra que quando nos conhecemos e eu disse que era um lorieno, que cheguei aqui em uma segunda nave para ajudar meu povo?

– Lembro...

– E você acredita nisso, não é mesmo? – Eu assinto e ele continua. – Bom, não é a primeira vez que eu venho a Terra... Há 21 anos, eu fui à Paradise, para conversar com Malcolm. E eu conheci uma mulher, muito acolhedora e simpática. Foi como você e John: Amor à primeira vista.

– E... ? – Eu me atrevi a perguntar, mesmo sabendo o final da história.

– Alguns meses depois, ela me disse que estava grávida. Eu disse a ela que isso era impossível, mas os testes só davam positivo. Eu surtei, não sabia o que fazer! – Ele começa a chorar e agora todos estão na sala, escutando atentamente a sua história. – Antes de o bebê nascer, eu voltei à Lorien. Eles me contaram, dizendo que precisavam de mim. Eu não iria se não fosse urgente. Mas era. Mogarianos estavam planejando invadir nosso lar, e eu não pude ficar. – Ele começa a soluçar e segura minhas mãos. – Eu não queria deixar sua mãe. Eu a amava muito, mas não podia ficar! Ela disse que me amava antes de eu partir, e isso quebrou meu coração. Eu a disse para arranjar um marido que pudesse cuidar de vocês duas, e foi o que ela fez. Mas nunca pensei que pudesse reencontrar você aqui.

Fico sem palavras e boquiaberta. Lágrimas escorrem dos cantos dos meus olhos e ele continua.

– Eu não queria que se envolvesse. Não queria que corresse perigo. Eu pedi tanta a sua mãe para que deixasse Paradise. Começassem a vida em outro lugar. Mas se vocês tivessem deixado Paradise, eu nunca iria reencontrá-la. – Jones enxuga as lágrimas com a mão trêmula e me abraça. Eu fico imóvel, não consigo mover um músculo. Nada contra Jones, mas acreditar que ele é meu pai e é por isso que tenho legados é um pouco difícil. E eu não quero esquecer minha mãe e o homem que me criou.

– Jones... – Balbucio seu nome, sem saber o que vou dizer a seguir. – Eu... eu preciso descansar. Preciso dormir um pouco, se não se importa.

– Tudo bem, Sarah. – Ele se vira para John e assente, se levantando e indo para fora de casa. John se encaminha até mim e me abraça.

– Você está bem mesmo, Sarah? – Ele cochicha. Eu apenas assinto e me levanto. Abraçados, ele me leva até o quarto e me deita no colchão duro. Com uma colcha antiga, ele me cobre e se senta ao meu lado, acariciando meus cabelos até eu pegar no sono.

Sarah está dormindo desde ontem. Não acordou para tomar banho, nem mesmo para comer. Estou começando a ficar preocupado com ela. Acho que o que Jones contou a ela a fragilizou demais. Muita coisa para absorver de uma vez só.

Mas, por um lado, estou conseguindo me concentrar mais nos treinos. Hoje de manhã, Jake se transformou em uma besta, igual ao que B.K se transforma de vez em quando, e eu tive que me defender. Eu o levitei no ar, e ateei fogo no mesmo. Sorte que ele é resistente às chamas.

Após, lutei contra Nove. Dessa vez, minha perna continua intacta. Enquanto Oito e Marina ajudavam Ella à tentar levitar alguns galhos maiores e pedra mais pesadas, Seis controlava o tempo e se tele transportava de distâncias cada vez maiores.

Na luta contra Nove, ele acabou acertando uma pedra ao lado do meu olho esquerdo, deixando a pele arranhada e exposta. Eu a cicatrizei rapidamente, mas ainda continua doendo. No momento, estamos almoçando. Marina fez algumas batatas cozidas com queijo ralado e presunto, que ficaram muito boas.

Nove e Seis já acabaram e estão andando pelo jardim lá atrás. Ella, Cinco e Sam estão brincando com B.K na sala, enquanto eu, Oito, Marina, Malcolm e Jones estamos sentados à mesa. Eu coloco a cabeça entre os braços apoiados na mesa de madeira e fecho os olhos. Penso em como Sarah estava no dia em que desenvolveu o possível legado da audição. Me orgulho dela, mas Jones não podia escolher um momento pior para lhe contar tudo aquilo, não?

Oito e Marina escutam Malcolm falar, mas sinto que os dois não estão necessariamente prestando muita atenção. Jones quase não fala. Hoje ele comeu muito pouco e me sinto mal por ele. Sei como é difícil ficar longe da pessoa que amamos. Sei muito bem como é.

Ouço o barulho de uma porta se abrir e abro os olhos imediatamente. Levanto a cabeça e olho para o corredor. Vejo Sarah parada, olhando para mim. Um sorriso se forma em meu rosto e eu corro para abraça-la. Assim que passo meus braços em sua volta, seu corpo cai sobre mim, paralítico. Eu a seguro e atrás dela vejo Setrákus com seu chicote.


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Notas finais do capítulo

'OOOOOOOOOOOOOOOO' SARAH D'''': Chorei enquanto escrevia. Mas tudo pode acontecer, não é mesmo? E acalmem o coração de vocês, temos alguns capítulos ainda por vir :D

See ya!



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