O Retorno Dos Seis escrita por Mrs Pettyfer


Capítulo 2
Capítulo 2 - Só quatro dias...


Notas iniciais do capítulo

Bom, cá estou eu com mais um capítulo de O Retorno dos Seis! Agora, com John narrando :) Enjoy it :D



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Estamos na Inglaterra. Londres, para ser mais exato. A terra do chá da tarde, como diz Nove. Estamos a pouco mais de 5 anos tentando achar Setrákus Ra e Número Cinco. Uma missão quase impossível. Em nosso dispositivo para rastrear a Garde, Número Cinco não aparece, simplesmente sumiu. As luzes que aparentam ser nossas naves, ainda piscam, o que nos tranquiliza.



Mas nós estamos sobrecarregados. Não temos mais 15 anos. Agora somos quase adultos. Não me formei no ensino médio como queria. Não fiz faculdade, mas agora eu entendo. Não sou daqui, tenho que defender meu planeta. Com esses pensamentos na janela do táxi de volta para nosso apartamento, Nove me interrompe:



– Relaxa cara, um dia você vai voltar pra ela. Eu sei disso.



– Valeu Nove, mas não é isso que me preocupa. Ando tendo umas visões muito significantes para mim esse últimos meses. Setrákus está lá. E Sarah também. E é sempre a mesma coisa. Os mesmos gestos. Acho que até estou decorando o que acontece...



– Relaxa... não é nada, Quatro. Sarah está segura e tranquila lá em Paradise. Trazê-la conosco só iria colocá-la em perigo. Você sabe disso, todos sabem...



– Sei lá, Nove... Estou com a sensação de que ela precisa de mim... E eu preciso dela.



– Seis não vai gostar nada disso... Ah! Acabei até me esquecendo de perguntar... O que está achando do nosso apartamento? Eu e Sandor planejamos tudo nos quatro cantos do mundo, menos na América do Sul, o que é uma pena...



– Estou achando ótimo, lembra aquele de Chicago.



Ele concorda com a cabeça e percebe que estou cansado, então olha para a paisagem. Viro-me e tento dormir um pouco, mas Nove não parava de falar com o motorista. O táxi para e nós descemos, com sacolas de compras nas mãos.



Nove para no balcão de atendimento do prédio e pede para entregarem as cartas para ele. Espero uns minutinhos perto do elevador, até que vejo Nove falando para eu subir. Balanço o cabeça e subo. São 16 demorados andares, mas o legal é que ficamos com a cobertura. Um apê com 5 quartos, 3 banheiros, 2 salas de treinamento e uma cozinha e sala de estar enormes. Da janela, avista-se a London Eye, um dos melhores passeios que já fui. Eu sei, estamos concentrados em uma missão mas um dia pra passear em cinco anos nós merecemos, não acha?



Logo que entro vejo Oito, Marina e Ella vendo televisão. Cumprimento todos e vou em direção do meu quarto e de Nove. Coloco as sacolas na minha cama e saio. Estou com fome, e pergunto a Marina se pediram uma pizza.



– Sim, está na geladeira. Acho melhor esquentar um pouco...



Assinto com a cabeça, e vou para a cozinha. Lá está Seis



Ela mexe em seu celular e olha para mim rapidamente:



– Oi Quatro. Comprou tudo o que precisamos?



– Sim, está no meu quarto. E ai, alguma notícia sobre Cinco?



– Não muitas... Só uma que me deixou muito curiosa. Um menino na Argentina que salvou três pessoas de um prédio em chamas. Acha isso normal? Ou um sinal para sairmos daqui e irmos investigar?



– Você que sabe Seis...



Seis percebe que estou estranho, e logo pergunta:



– Que foi Johnny? Você está sempre empolgado para acharmos logo nosso próximo membro da Garde e derrotar Setrákus, porque está assim?



– Ah Seis... Sei que você vai brigar comigo, mas é que eu preciso voltar...



– Voltar pra onde Quatro?



– Para Paradise. Sarah precisa de mim. E eu estou com um mal pressentimento...



– Ah tá! Tudo bem, John Smith. Volta lá pra ela, fiquem juntinhos enquanto NÓS tentamos salvar o mundo!



Ela começa a se irritar. E eu também.



– Olha Seis, eu sei que tem alguma coisa errada, e eu também sei que já se passaram CINCO anos que não vejo minha namorada. Eu preciso voltar!



– Ótimo. Isso, aí você volta Setrákus vai atrás de você e dela, e mais uma cicatriz em nossas pernas. Isso seria bem útil pra gente.



– Seis, você não entende... Me dê quatro dias, só isso... Por favor.



– John, você sabe que precisamos de você aqui! Eu preciso...



Aquilo me choca. Estou confuso. Meus pensamentos param e voltam para o dia do treinamento e da caminhada, há 5 anos atrás. O dia em que questionei quem eu realmente amava, Seis ou Sarah. Mas me lembro que eu só tinha uma queda pela Loriena. Mas as palavras não deixam de me abalar. Será que sempre gostei de Seis, mas essa "queda" só estivesse quieta? Ou ela estivesse me chantageando, para não voltar?



– Seis, o que você disse?



– Desculpa Quatro, mas você não pode voltar... Mesmo que você volte, o que adiantaria ter que deixá-la novamente?



– Eu saberia que ela está bem, e que vai me esperar! E você vem me dizer agora que precisa de mim? Você não precisa Seis! Você é a mais corajosa de nós! Não precisa de ninguém, muito menos por quatro dias!



Falo tão alto que Oito, Marina e Ella olham para nós assustados. Eu olho para Seis e vejo seu rosto furioso. Até que ela começa a falar:



– Vamos treinar. Eu e você. Agora.



Ela sai em direção a sala de treinamento que fica em frente ao quarto de Oito, e eu vou atrás dela. Ela abre a porta com força, e pega uma espada. Fecho a porta, antes vendo os rostos confusos da Garde que está ali, e ouço Nove chegando. Pego uma faca e fico em frente a Seis. Não quero lutar com ela. Por mais que ela chame isso de “treino” sei que está furiosa, e não sei onde isso pode parar.



Ela me ataca rapidamente, mas me esquivo. Com a faca na minha mão direita, tento ameaça-la, mas ela tira a arma de minha mão. Com força ela me empurra para trás, nós dois caímos e sinto que uma de minhas costelas quebrou. Seis se levanta e recua um pouco. Eu faço o mesmo, e corro em sua direção. Com um soco no rosto e uma rasteira, Seis novamente me derruba e aponta a espada para mim. Algumas palavras saem de sua boca:



– Por favor, não vá.



– Desculpe Seis, mas se eu falar que não irei, estarei mentindo.



Ela aproxima mais a espada na minha garganta, e sinto um leve corte surgindo. Com minha telecinesia jogo a arma para longe, sujando um pouco o chão de sangue. Ela se aproxima e vê o ferimento, analisando-o com os dedos. Nunca ficamos tão próximos como na noite que os Mogs nos acharam. Eu me aproximo mais, puxando a para perto de mim. Ouço alguém abrindo a porta, mas não ligo. Toco seu rosto, olhando fixamente para seus olhos e a beijo. Um beijo suave que termina ao ouvirmos Nove gritando:



– Mas que droga que está acontecendo aqui? Quatro? Seis? Que belo treino hein! Além de ter a garota mais linda da Terra, quer a mais linda de Lorien também?




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Notas finais do capítulo

OMG! E agora John? hahaha Espero que tenham gostado do segundo capítulo da fic! Comentem suas opiniões e críticas ;)



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