We Are No Longer Heroes. escrita por Peter Padilla


Capítulo 3
Capítulo 1 - O primeiro alvo - Parte 2


Notas iniciais do capítulo

Yupi. I'm return. Eu tive um ataque de criatividade, e quando isso acontece, acreditem(is better call saul) é melhor escrever... Espero que gostem desse capítulo.



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Alex se escondia em um beco na frente do Casino. Sua visão térmica estava ativada, e com ela, ele procurava por indícios da pedra. Nem ele sabia o que fazer depois. Talvez só invadir e matar todo mundo. Ou tentar, de alguma forma, matar apenas Vector. Aliás, por que um Filho da Puta tem que ficar com algo precioso? Não que Alex não seja um filho da puta com algo valioso – nesse caso, a mudança genética – mas, da mesma forma... Por quê?

Ele analisou canto por canto, mas não encontrou nada. Agora, ele só tinha uma opção: Procurar manualmente. O problema é como ele procuraria sem ser detectado. Maldito momento que ele negou a ajuda de Desmond. Maldita hora que ele aceitou esse pacto.

“Ei, Alex!” uma voz surgiu em sua cabeça, como se fosse um rádio. Ele bateu no ar em busca de algo, mas não encontrou nada. “Dentro da sua cabeça, seu idiota.” Era Desmond. Como ele...?

“Antes de qualquer coisa, preciso te dar alguns conselhos. A segurança está muito bem equipada, e poderia pipocar seu corpo em segundos. Eles têm uma lista de nomes e fotos de quem não pode entrar nesse lugar. Adivinha.”

– Eu estou nessa lista. – O completou, solenemente.

“Exato. Por sorte, eu, o mais trabalhador entre nós dois, sabe de alguém que tem permissão e acesso VIP a boate. O seu nome é Nicko J. Reilly. Ele tem um Camaro Branco, e, se escolher entrar sorrateiramente com o corpo dele, apenas faça uma coisa: tente ser mais ignorante do que já é. Ele já está nesse quarteirão. Vá!”

Alex quis gritar de felicidade naquele momento. Mas não podia. Os guardas o notariam mais rápido do que o matariam. Ele podia resistir a todos os tiros, claro, mas só quando os seus poderes se recuperassem totalmente. Voltar da morte não é algo benevolente, e não foi pra Alexander. Ele tinha perdido todo o controle que tinha ganhado, apesar de ainda exercer parte dele. O escudo e a armadura ainda viviam, mas fracos e quebradiços.

Com um salto de longa altura, ele firmou os pés na parede e correu por sobre ela, chegando ao topo do prédio em instantes. Cinco andares, nos quais ele percorreu em 17/18 segundos. Pelo menos se lembrava de como correr pelas paredes. Tomou mais impulso e subiu em cima de uma torre de rádio, firmando as mãos nos satélites visíveis. Ele tinha uma boa visão lá de cima, e podia ver qualquer coisa, incluindo o camaro branco vindo em direção de um casino. Espera.

Ele saltou, esticando os braços para planar pelo ar. O ar espalhava-se por sua cara. Deus, como aquela sensação era boa. Muito boa. Com um movimento, e parou de planar e aterrissou em frente ao carro, que, em alta velocidade, freou. O motorista desceu, com as mãos no cabelo negro, enquanto a boca aberta mostrava uma dentadura de ouro. Um nariz grande como a cabeça de um rato de telhado. Alex se ergueu, e com um movimento, sentou no capô, observando curioso Nicko.

O homem apontou o dedo para o metamorfo.

– Saia já do meu carro! – Ele ordenou, com uma autoridade nula.

Alex bateu no ar com a mão, depois tirou uma cartela de cigarros do bolso e apontou para ele.

– Quer um cigarro? – Perguntou.

Ele negativou, tão bravo como um touro em dia da tourada. Alex deu de ombros e tirou um cigarro, colocando-o na boca de forma o mais tranquila possível.

– Cara, meu carro custou milhões! Saia daí!

– Ou...? – Alex perguntou se levantando, e ficando cara a cara com o empresário.

– Ou... Eu chamo a polícia! – Ele ameaçou.

Alex riu-se, voltando a sentar-se no capô. O cigarro quase caiu na rua, mas no fim continuou em seus lábios, apagado.

– Você me viu cair do céu. Se acha que um bando de panacas que acreditam no Papai Noel vai me deter, precisa de mais.

Ele resfolegou.

– O que você quer? – Ele perguntou finalmente.

Alex riu, tirando o cigarro da boca, ainda apagado.

– Eu quero ser você.

Com um movimento, Alex saltou para cima do homem, arremessando-o em conjunto para a calçada, caído.

Alex firmou a mão no seu pescoço com tal força que este ganhou um tom roxo. Com uma força descomunal, ele começou a apertar mais forte ainda, e então fez a mutação percorrer o braço até o pescoço do adversário, que tentava resistir. A infecção absorveu o nobre, transformando-o em mais infecção. Alex absorveu o homem completamente.

Então ele caminhou até o carro, transformando-se no homem de dentes dourados. Um terno branco surgiu no lugar de sua blusa. Ele adentrou o carro, ligando-o ao virar a chave.

“Como você conseguiu os cigarros?” Desmond perguntou.

Alex simplesmente encolheu os ombros, ligando o carro e dirigindo em alta velocidade.

As letras brilhantes faziam o branco de o carro refletir como espelho. Alex roubou um chiclete que encontrou no porta-malas, mastigando-o enquanto saia do carro. Ele caminhou até a entrada. Um dos guardas o parou, colocando a mão em seu peitoral.

– Tá me estranhando? – Alex olhou com uma cara de desprezo, cruzando os braços.

– Dê seu nome agora, senhor.

Mercer tentou recordar rapidamente o nome.

– Nickolas. As gatas me conhecem como Nicko.

Um guarda olhou para o outro, e acenando um sim, deixaram Mercer passar. Antes de esse entrar, ele cuspiu o chiclete no sapato do guarda, que o olhou com nojo. Alex já estrava dentro, mas não ousou retirar seu disfarce. Analisou cada cara, cada jogatina, até que encontrou Vector. Aproximou-se dele lentamente, até que este o viu, e se ergueu.

– Olha quem se juntou a festa! Sor Nicolas do Castelo Branco! – Ele exclamou.

O quê?

Desmond rindo foi inevitável. Alex fez uma cara de não saber do que ele estava falando.

Vector era magro. Era careca, e de pele branca, com uma monocelha juntando as duas sobrancelhas.

Alex analisou todas as memórias do corpo no qual estava e finalmente encontrou algo. Era um cumprimento secreto, feito para reconhecer invasores. A reposta era algo ainda mais estranho.

– Devo apresentar-me melhormente, soberano rei de todas as terras. – Ele soltou um sorriso sarcástico.

Os dois se abraçaram, e logo sentaram numa mesa perto de alguns guardas. Vector olhou para todos os cantos. Alex notou isso.

– Fiquei sabendo que um metamorfo tentou te matar. É verídico? – Alex perguntou.

– É, é... Mas não é sobre ele que quero falar, é sobre o que ele estava procurando.

Alex cruzou os braços sobre a mesa.

– E... O que era? – Perguntou, com interesse.

Vector sorriu.

– A questão é essa. O que era? Como um metamorfo saberia da existência daquilo. Apenas eu e dois funcionários sabíamos.

Alex ajeitou os ombros.

– Talvez um deles tenha falado. – Argumentou.

– Esses dois funcionários estão mortos e enterrados.

Os pelos de Alex se arrepiaram. Ele já fora cruel durante a infecção, mas... Nunca mataria alguém que trabalha para ele de livre e espontânea vontade. Outra coisa de suas memórias. Os homens que trabalham para Vector recebem apenas a benção de não ter suas famílias mortas.

– Deus. Isso deve ser mesmo... Precioso. O mercado negro deve ter alguma informação sobre isso...

– Que se dane o mercado negro, Jeff – Jeff era o segundo sobrenome de Nicko. – Eu acho que isso deve significar algo a mais. Veja você mesmo.

Ele colocou a pedra sobre a mesa. Brilhou como ouro, e algumas pessoas olharam curiosas. Alex estendeu a mão para tocá-lo. Vector analisou a roupa, e viu uma pequena mancha no corpo de Alex. Era sangue.

– Maldição. – Vector praguejou, estapeando sua mão. – Parece que você matou bem, Metamorfo. Atirem nele! – gritou.

Alex saltou da cadeira, deixando que ela caísse no chão. Os guardas fizeram o mesmo, atirando como louco em seu corpo. Alex não sentia dor, sentia algo diferente. Algo crescente em seu corpo. Ainda em sua forma transformada, ele foi se agachando, enquanto os tiros vinham. Ele podia ouvir e ver as pessoas correndo. Viu prostitutas gritando feito loucas enquanto homens soltavam notas de dinheiro pra fugir. Viu o barman se abaixando enquanto uísque caia sobre o chão. Viu os guardas atirando e... Uma sensação diferente dentro de si.

– Parem. – Ele conseguiu dizer apenas, tomando forças enquanto agachado no chão. Então, como um leão, ele rugiu: – PAREM!

A infecção percorreu seu corpo, e, com uma sensação que se transformou em arma, ele fez os devastadores explodirem corpo a fora, como espinhos afiados voando, acertando todos os guardas. Um devastador atingiu uma mesa de pôquer, que voou em cima do de Vector. Outro atingiu a parte do teto acima de onde a mesa se encontrava. Os destroços caíram, soterrando a mesa, e como se não bastasse, todo o casino caiu: Acidentalmente, Mercer fez os devastadores acertarem até as colunas de sustento. Tudo caiu. Tudo.

Mercer se levantou. Ele estava zonzo. Há muito tempo não libertara os devastadores, e isso era uma sensação muito estranha. Ele esfregou os olhos, procurando a pedra ou Vector. Nenhum dos dois foi visível. Alex aumentou a massa muscular, e começou a tirar alguns entulhos de cima dos corpos. Ele fez isso uma, duas, três vezes. Até que, por própria vontade, Vector se levantou. Em sua mão, a pedra brilhava mais que nunca. Alex olhou-o parado. Vector tinha uma expressão séria, e, onde antes uma monocelha era visível, agora havia um corte, separando duas perfeitas sobrancelhas.

– Vofê quer isso, protótifo? – Alguns dentes faltavam, e sua boca estava cheia de sangue, impedindo-o de falar direito. – Então fem pegar. – Várias vozes surgiram em sua boca quando ele apertou a rocha, que, com um brilho maior, fez com que o corrupto também brilhasse. Um brilho amarelo, acompanhado de um grito de dor e um corpo percorrido por uma espécie de eletricidade. Estendendo seus braços, Vector lançou-se num voo eloquente, seguido por raios de uma eletricidade genérica iluminar os céus. Mercer continuou parado. Então estalou os dentes e entendeu.

– Mas que merda! – Ele gritou.


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Notas finais do capítulo

Oh. Vocês devem ter notado que eu me inspirei no Electro pra fazer essa segunda fase do Vector, não?