Um Outro Mundo escrita por Mariana, Lucas Nery


Capítulo 4
O inesperado


Notas iniciais do capítulo

Continuação ^^



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/325414/chapter/4


Acordei com uma enxaqueca, levantei da cama com a mão na cabeça e sem querer tropecei. Quando fui ver o que era: "Era o livro do meu pai". Olhei estranho para ele, pois as primeiras páginas estavam brilhado.


–Que porra é essa?

Abri nas páginas que estavam brilhando, e percebi que as letras estavam sumindo. Me surpreendi com aquilo, mas quando eu iria tocar nas letras...

–ACORDA BENITA! VAI SE ATRASAR PARA O COLÉGIO, VEM TOMAR O CAFÉ!

Fechei o livro rapidamente e guardei ele na bolsa. Me arrumei apressada sem tomar banho. Desci as escadas sem os sapatos, cheguei na sala e lá estava a minha mãe botando o café na mesa.

– Bom dia mãe - Falei com uma cara de sono ainda.

–Oh minha filha, você vai se atrasar desse jeito. Mas... e aí? Estudou para a prova?

Fiquei olhando para ela com uma cara de "DE QUE MERDA VOCÊ TÁ FALANDO?". Mas como eu sou muito calma e paciente, respondi mudando de assunto:

– Ehh... a senhora viu os meus sapatos?

– Benita, eu fiz uma pergunta. Você estudou?

– Mas é claro! Por que toda essa desconfiança?

– É porque ontem você tava com a Celina, lembra?

– Ehh... tchau mãe, vou procurar os meus sapatos!

Minha mãe me segui no olhar desconfiado enquanto eu saia da cozinha. De repente voltei para a cozinha e peguei um bolinho ( sou louca por bolinhos ) e sai rapidamente de casa. E reparei que estava sem os meus sapatos. Voltei correndo, percebi que minha mãe tinha trancado a porta, e isso significa mais um minuto de atraso para essa maldita prova.

– Merda mãe!

Cheguei no Colégio descalça, e claro todos olhavam para os meus pés e riram discretamente. Tentei esconder, mas não tinha nada em minha volta que era parecido com um sapato. Entrei na sala dos "achados e perdidos", e adivinha. Achei um tênis ...dos anos 70! Fiquei idiota com eles, mas não me importava ( mentira ), olhei para o relógio e já era 7:30. Sai rapidamente para a sala, quando fui abrir a porta ela não abria (estava abrindo ela por fora, puxando), fiz tanta cabulice que arrombei a porta. Até que cheguei em uma conclusão: Ela abria para a dentro. Fiquei morrendo de vergonha, olhei para o chão e o professor disse:

– Ah, Benita, sente-se por favor. Nós tentaremos cuidar da porta.

Vi que todos estavam rindo de mim. Ri sem graça. Sentei do lado de Celina, e ela me deu um celular. Não entendi o porque daquilo, mas peguei com a maior alegria do mundo.

– Mas para que isso? Meu aniversário é só daqui a uns 7 meses.

– Ora essa, para a prova. Estamos conectadas!

Ela mostrando o celular escondido no casaco dela para mim. Nessa hora me deu uma dor de cabeça. Celina percebeu.

– O que foi Benita? Aconteceu algo?

– Não, nada...

Nesta hora minha bolsa estava balançando. Estranhei e fui ver o que era, mas... Meu professor me viu com a bolsa.

– Já acabou o horário de estudo para a prova. Por favor senhorita Benita apenas LÁPIS, CANETA e BORRACHA! - Me encarando no olhar.

Soltei a minha bolsa e peguei os materiais. Ele olho para o relógio falando:

– Não quero saber de cola, ou de brincadeiras. Nessa sala tem câmeras, e se eu ver algum aluno fazendo isso, ele só poderá sair com a presença dos pais!

Olhei para a janela, e vi alguém de casaco olhando para a janela que eu estava. Mas acho que ele me viu e saiu. Até que o professor veio até a minha banca e virou a minha cabeça para frente.

– E lembrando, não pode olhar para os lado, se quiserem pensar, vocês tem que olhar é para a prova! E isso serve para você Srª Benita.

Fiquei um pouco assustada e curiosa ao mesmo tempo. Fiquei pensando o que aquele garoto estava fazendo. Até que Celina tinha me mandando uma mensagem.

"Me responde o primeiro! Eu não sei."

Olhei para ela com um sorriso na cara de "OLHA A MINHA CARA! VOCÊ ACHA QUE EU SEI?" Nessa hora, a minha bolsa começou a se sacudir. Estava muito curiosa para saber o que era. Olhei para o professor.

– Professor, posso ir no banheiro? - Falei desconfiada da resposta.

– É claro! Deixa eu chamar os fiscais.

– Ok!

Levantei com a bolsa e o professor estranhou.

– Irá mesmo precisar dessa bolsa? Acho que não...

– Bem... É que... - Tava desesperada com o que iria falar! - Bem... digamos que eu estou com um problema pessoal... E você não iria querer saber. Ou queria?

Ele olhou para mim e para a turma com a cara de que "NÃO PRECISA CONTINUAR"

– Pode ir... mas antes tire os livros e bote na minha mesa.

– Tudo bem! - Tirei os livros do colégio e fiz o que ele pediu.

Quando estava saindo da sala, meu professor me chamou. Nesse momento afundei o livro do papai na bolsa e congelei.

– Você não está se esquecendo de nada?

E ele me dá o absorvente na frente da turma. Comecei a entender o que ele estava pensando e falei como se eu tinha dito aquilo para ele.

– NOSSA! MUITO OBRIGADA POR MANTER ISSO UM POUCO ENTRE NÓS.

E sai da sala. Quando cheguei no banheiro, tinha passado uma sombra na frente do sol. E também escutei um mijado vindo de um box ao lado parecendo um homem se aliviando. Não me importei muito e fui ver o livro do papai dentro do box, quando abrir o livro as palavras que estavam desaparecendo estavam brilhando e voltando a aparecer, e o restante das palavras sumindo. E só dizia A Porta e o Estranho. Nesse instante escutei um barulho de zíper e algumas espadas vindo do box ao lado.

Achei muito estranho e ouvi ele saindo do box e cantando, nesse instante e o meu absorvente caiu da minha mão até os pés da pessoa do box. Nesse instante o estranho pegou o absorvente e começou a abrir como se nunca tivesse visto aquilo na sua vida. Tive certeza que era um homem, e sai também do box. Quando vi, o homem estava cheio de materias de tortura, com um gesso no braço esquerdo, com um capuz olhando o meu absorvente. Nessa hora entrei em desespeiro, quando iria gritar ele tampou a minha boca com o meu absorvete e me empurrou no chão. E começou a sussurrar no meu ouvido.

– Me mostre o caminho!

Nesse momento minha mão estava perto do livro e bati com o livro na cabeça dele e empurrei ele, mas ele rolou e depois se abaixou. E o puto do fiscal não estava escutando nada por que estava com fones de ouvido. O estranho pulou para cima de mim, mas eu esquivei. E ele passou direto batendo na parede. E eu tinha tropeçado na pia, achei aquelas mangueirinhas de banheiro e usei como arma.

– PARADO! ISSO É UMA ARMA! ELA... SOLTA FOGO! CUIDADO! EU NÃO TENHO MEDO DE USAR -LA! - Torcendo para que ele acreditasse.

Nesse instante ele levantou as mãos lentamente, fiquei mais calma, mas depois percebi que ele estava levando as suas mãos até a nuca. E rapidamente jogou duas facas, uma pegou na mangueira e a outra tentou me acerta, mas desesperadamente me esquivei e cortou na alça da bolsa, e por muito pouco, não corta o meu braço. Mas infelizmente, como a minha bolsa caiu no chão o meu livro desparou para o meio do banheiro. O estranho olhou para o livro e se aproximou lentamente, olhou para o livro e começou a estranha-lo.

– Pera, você é...

Nesse instante peguei o resto da mangueira e meti com força na cabeça dele perto da orelha. Ele caiu no chão de quatro, peguei o livro que estava no chão e quando cheguei na porta do banheiro o fiscal estava mais parado do que uma estátua. Olhei paradamente para ele estranhando, mas não podia perder tempo, pois o estranho estava se levantando e peguei o machado de incêndio que estava na porta do banheiro e quando o estranho chegou na porta do banheiro, eu tentei acerta-lo com uma marretada, mas ele se agaixou antes de eu acerta-lo. E sem querer acertei com o machado no alarme de incêndio. E nesse instante o tempo começou a continuar lentamente. O estranho saiu pela janela do banheiro feminino.

– Você não espera o que vai acontecer...

Como o tempo tinha voltado, o professor saiu da sala e foi para o corredor, e me viu apertando o alarme de incêndio com o machado na mão. Na ponta do machado eu vi um pedaço do casaco do estranho.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Maus pelo atraso =z Mas eu ando ocupada, estudando, fazendo trabalhos e etc... Mas eu tô de voltaaa o/