A Filha Perdida escrita por ACL


Capítulo 18
O pedido


Notas iniciais do capítulo

ok, eu morri de amores por esse capítulo, então estou obrigando vocês a amarem também..
Haha.
Brincadeira, mas eu realmente espero que vocês gostem.
Sorte de vocês que o capítulo já está pronto desde quinta-feira e eu tive uma brechinha de tempo hoje pra postar (vê, eu tenho uma festa de 15 anos pra ir hoje e tô aqui postando... é mto amor hahaha)
Então, deliciem-se com Jake.



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O sol já se tinha se posto há muito tempo antes de sermos liberados do pátio de jogos, que é onde acontecem as reuniões dos conselheiros do acampamento. Fizemos uma reunião de emergência, ou seja, todos os que já tinham ido para seus chalés tiveram que voltar, o que não foi muito agradável para eles.

Contei a Quíron a verdade sobre a foto do meu avô. Ele disse que suspeitava que eu tivesse algum laço com o menino da foto. Mas ele não faz ideia de como meu avô pode não ter morrido na época em que mataram todos os filhos dos três grandes, ele realmente pensava que “o menino Jayme” estava morto.

Quíron me informou sobre a situação de Jayme. Ele me disse que o orfanato onde morávamos era uma forma de abrigo de possíveis semideuses e de filhos de semideuses. Eu fui deixada lá pelo advogado mortal do meu avô, mas o principal fator que fez eles me abrigarem foi o cheiro de semideusa que eu tinha (não tão forte que ameaçasse a minha segurança, por causa dos monstros e tal) e do leve cheiro de semideus do meu irmão (não sabiam se era por ele ser filho de um deus menor ou se era por ele ainda ser muito novo, ele era um recém nascido quando chegou lá, ou se ele era descendente de algum semideus e por isso o fraco cheiro).

Só que hoje quase não tem mais semideuses lá. Quíron pensava que eu, Julia e Olivia éramos as últimas, mas ele se surpreendeu com meu irmão. E ainda pode haver algum outro, então Quíron vai manter os olhos no orfanato.

O orfanato fica em Nova Iorque e a profecia fala sobre uma mulher de pedra. É óbvio que é a Estátua da Liberdade! Disse isso para eles, mas eles acham que pode haver milhares de outros significados para “mulher de pedra”. E pode, mas é meu coração diz o contrário. E uma das coisas que eu mais ouço é que o instinto de um semideus se torna perigoso quando é ignorado.

Jake tentou me apoiar, mas eles o ouviram ainda menos que ouviram a mim.

Então, passamos horas ouvindo eles discutindo (era a segunda vez que eles discutiam naquele dia) sobre quem era a filha perdida, ou a mulher de pedra e muitas outras coisas que me fizeram quase dormir. Sério. Mas, claro, não fiz isso. O que fiz foi balançar a cabeça positivamente para tudo o que eles disseram.

Ou seja, nós vamos buscar Jay e esperar que a missão se desenrole, sem nenhum plano.

Eram mais ou menos sete horas da noite quando fomos dispensados.

Agora já é bem mais tarde, quase nove horas e eu e Jake estamos sentados no lago, como sempre. Estamos abraçados, ele passa a mão no meu cabelo, já que eu disse que estou nervosa com toda essa situação, e eu tento ficar mais calma, mas é difícil. A noite está fria demais pra a época do ano e Jake me aquece.

Porque minha missão é tão louca!

Ok, não é minha missão, mas ainda assim. Eu vou numa missão e não sei me defender. Jake sabe muito bem como se defender, e eu agradeço aos deuses por isso. Mas não posso confiar nele, o instinto do ser humano dele vai tentar se defender acima de tudo.

Jake ainda não disse quem vai conosco. Todos os semideuses que vão em missão podem escolher até dois semideuses para acompanhá-los, mesmo que Jake não tenha exatamente me escolhido.

Ficamos apenas abraçados por um bom tempo e por esse bom tempo, eu fiquei bem. Por um momento, eu esqueci de tudo.

– Jake – digo, apenas para sentir o prazer de dizer.

– Mel – ele responde e olha para mim.

Está escuro. A única luz que temos é a enorme lua cheia de junho. Mas, mesmo assim, os olhos de Jake brilham, grandes e azuis, como eles costumam brilhar à luz do dia.

Eu o beijo.

Ele me puxa para perto do seu corpo e eu sinto o calor do seu corpo mais real, mais próximo a mim. Sinto pequenas explosões dentro de mim, e não sei exatamente como definir. Sei que elas me impulsionam a me aproximar cada vez mais de Jake até que não haja espaço nenhum entre nós. Sei que, de acordo com a física, dois corpos não podem ocupar o mesmo lugar no espaço, mas não concordo. Quem inventou isso nunca esteve apaixonado.

– Mel – Jake repete lentamente, se deliciando com meu nome na boca.

Eu sorrio. Gosto de ouvir sua voz grave e sensual falando meu nome. Ou melhor: o apelido que ele me deu. E que ninguém mas usa. Só ele. É particular e pessoal, como se nós dois estivéssemos à parte do resto das pessoas.

– Gosto de quando você me chama de Mel – acabo dizendo. É estranho dizer as coisas que penso, mas com Jake, eu não tenho tanto problema assim. Mas isso não me impede de ficar vermelha.

– Eu não – ele responde e me surpreende.

Ele levanta do lago e ma puxa com ele. Em pé, ele segura minhas mãos e seus olhos encaram os meus. Eles podem ser ameaçadores em determinadas situações, mas agora, eles são nada menos que acolhedores. Eu me sinto aquecida, mesmo sem o contato físico.

– Eu não gosto de chamá-la de Mel, ou Melissa, ou até Missy como os outros chamam – explica ele – porque gostaria de chamá-la de algo maior. Algo do tipo namorada.

Meu rosto está queimando. Sinto o calor nas bochechas e em outras partes não mencionáveis do meu corpo. Sorrio eternamente e não consigo responder, porque meu estômago está se revirando e falar se tornou uma tarefa muito difícil.

– E então? – pergunta ele. – Você quer ser minha namorada?

– Sim! – respondo, me jogando em seus braços e o beijando, tentando fazer com que realmente nossos corpos ocupem um só lugar no espaço.

Para ele, minha resposta sempre será sim.


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Notas finais do capítulo

Ooooooown.
Fofo né?

Haha.
Bom, vou deixar um agradecimento ENORME para meus 19 leitores oficiais do Nyah e pra minhas duas (vacas) amigas que (às vezes) leem quando eu mando os capítulos pelo face... Um beijo pra todo mundo, vocês são o motivo por eu ter continuado a história de Missy (comecei ela no ano passado, acho, e só tinha escrito os dois primeiros capítulos e desistido parcialmente da história :) )



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