A Mediadora - Apocalipse escrita por Julia Cecilia


Capítulo 2
Capítulo 2


Notas iniciais do capítulo

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 Capítulo 2   Minha casa era enorme, e inacreditavelmente bonita, com o direito até as torrinhas de estilo vitoriano e uma plataforma mirante no telhado. Minha mãe, mandara pintá-la de azul, branco e creme, e ela era cercada de grandes pinheiros frondosos por toda a parte. Com três andares, toda construída em madeira e não a terrível combinação de vidro e aço ou a terracota de que eram feitas as casas ao redor, pode-se dizer, que era a casa mais charmosa e de bom gosto da vizinhança.   Chegando a casa, abri a porta da frente, e disse   — To em casa — gritei para eles saberem que eu de fato estava em casa... Corri para o meu quarto, estava um pouco cansada. Deu tempo de tomar banho, e que, banho, quando Andy, o meu padrasto anunciou-se à porta   — Suze posso entrar? — perguntou ele.  — Sim.  — Telefone pra você —Só que Andy não entrou em meu quarto, apenas ficou em uma gretinha da porta do quarto.  — Obrigado — Respondi, pegando o telefone de sua mão, e logo ele saiu.  — Jesse ? — Pense que fosse Jesse ao telefone, me contando o que aconteceu de bom no seu dia , já que havia ganhado um celular novo do Padre Dom.  — Não, sou eu, Paul, então — mas outra pessoa apareceu na outra linha   — Paul, tem outra pessoa na linha, se importa de esperar ?  — Não, eu espero. — Suze ? É Cee Cee ! No fundo,ouvi Adam gritando : — E eu também !  — E aí garota? — foi dizendo a Cee Cee. — Estamos indo para uma lanchonete aí. – Nós esquecemos o nome ! – Gritou o Adam no fundo. — Quer que a gente te apanhe? O Adam está dirigindo hoje . — Aproveita ! — Gritou o Adam no fundo.  — Lanchonete ?  — É, uma lanchonete, no centro , na orla de alguma pracinha por aí, você não é de Nova York ? não gosta de comer ? — o Adam riu no telefone. — Pode crer ! — respondi — Então a gente passa aí ? — Perguntou Cee Cee                                                  Página 16 — Gente, espera aí, é que outra pessoa na linha.  — Ok ,vai fundo. — disse o Adam, eu não pude me impedir de dar uma risadinha. — Sei que Cee Cee fez uma cara de horrorisada olhando para ele.   E voltei-me para a outra conversa — Alô ? — minha voz soou ao telefone — Olá Hermosa, sou eu, Jesse — Sua voz soou perfeitamente ao telefone. Sua voz, era uma música para meus ouvidos, o meu desprezo, foi não estar perto o bastante para abraçá-lo no momento. — Jesse ! — Queria que você soubesse que aquele jantar com seu padrasto, o Andy, foi muito bom, conversamos sobre muita coisa, e eu acho que El me aprovou completamente! — Jesse disse alegremente. —Sério ? Não é por tanto, claro que ele te aceitaria – Tive que concordar com as palavras de Jesse, por ser um cavalheiro do século passado. Mas Andy não tinha que aceitar nada, ele era apenas meu padrasto, nada mais além disso.  — é, mas você sabe , se ele não me aceitasse, eu nunca viveria bem com ele, e sua família é o que mais importa irmos. — Sendo assim, concordei com ele. — Sempre.  — Suze, — Disse ele, me chamando de Suze — eu queria comemorar isso com você, sabe, tudo isso que aconteceu daquele tempo pra cá, dá pra ser ?  —Com você topo tudo Hector! — eu estava deitada na minha cama, conversando com ele, não pude me impedir de levantar meus pés, e observar como aquele esmalte caiu bem nele                                                  Página 17 — Então, já sabe pra onde vamos ? — ele me perguntou. Claro que eu tinha  — Hoje, agora, só vou me arrumar, Cee nos chamou para uma lanchonete ao centro da cidade, na orla de alguma pracinha, ou algo assim.- eu abaixei meus pés.  —Claro, eu só não sei onde é...  — Vou dar um jeito de pedir o carro da minha mãe, você pode passar aqui ? — perguntei .  — Sim, passo aí. Tenho que ir hermosa, até logo. — Até. – e me voltei para Cee Cee. — Alô Cee Cee ? – perguntei — Sim, confirmado ? vamos ? — respondeu ela — Sim, não precisa de me buscar, vou de caro com o Jesse, pode ser ? — perguntei — Claro, nos encontramos, tchau. — e desligou.    Também  desliguei o telefone,  e em seguida, desci as escadas e fui rumo à cozinha ,à procura da minha mãe.   Passei pelo deque da cozinha, através da porta deslizante. Ela estava lá, virada para a banheira banhada de água, e luzes ao redor dela. O quintal estava tão calmo, que os grilos acabaram tomando conta de tudo.                                                  Página 18  — Mamãe, pode me emprestar o carro por hoje? — Dizendo isso, minha mãe virou-se para mim, ela estava assustada com a minha chegada. Mas o que eu não esperava aconteceu.    Minha mãe virou-se lentamente para mim, o clima estava pesado, ela não estava alegre, pelo contrário, estava chorando.    Ela tentou limpar suas lágrimas, para não perceber, mas foi meio difícil, encontrá-la com expressão alegre.  — Mamãe ? o que aconteceu ? — Eu estava quase chorando também. Não era fácil ver minha mãe chorando, não pelo fato de só vê-la chorando uma vez na vida. E com razão, a última vez que a vi chorando, foi o pior dia da minha vida. O dia que ninguém esperava chegar cedo, dia em que meu pai morreu. — Fazendo aquilo, me encontrei aos braços de minha mãe, limpando suas lágrimas.  — Nada filhinha, é força do hábito. — Mas não era, eu sei que não, mamãe era tão feliz, não a via chorando assim há muito tempo. — Mamãe, você sabe que pra mim, você pode se abrir. — Disse na maior sinceridade do mundo.   Ela demorou um tempo para me responder  — Ainda me lembro de seu pai.O homem mais centrado do mundo, nos entendia quando mais precisávamos. v Confesso que eu também me choquei, pensava que ela estava feliz com a nova vida, e que havia deixado o passado ruim para trás, e resgatado as coisas boas.                                                   Página 19  — Você não está feliz aqui? — A interroguei, sendo assim, soltei-me de seus braços. —Claro que não, essa é a vida que pediu a deus filhinha, só que às vezes me bate à cabeça, como seu pai era bondoso, amigo e solidário. Lembra ? Quando ele preparava o nosso café, cantava , torcia pelo seu preferido time de futebol — Era incrível como espirravam lágrimas de seus belos olhos azuis, e não se impediu de dar uma risada — Mas, é apenas isso filhinha, força do hábito, velhos pensamentos não vão embora assim não é? — Ela sorriu para mim.   Não a via assim um bom tempo, mas não quis ir mais profundamente à conversa, ela, quando relembrava os velhos tempos, também me fazia chorar de saudades.   Se ela soubesse... soubesse a verdade, eu ... poderia ter contado a verdade, mas... não pude.    Ela não iria acreditar em mim, não com seu orgulho, e, pensamento nada convencedor. Olhei para a piscina, me bateu um vento muito forte, a grama ao nosso jardim, de moveu rapidamente. Mas parou.                                                    Página 20  — Se importa de lhe deixar sozinha essa noite? não quero sair mais. – Minha expressão era de tristeza. – ela sorriu para mim.  — É claro! Que não, hei, filhinha, eu estava pensando apenas, eu sei que você já sentiu isso também, é claro que você vai sair, não se prenda em casa, não por sua mãe.  — Ah, então... me empresta as chaves do carro ? — queria não parecer muito incoveniente.  — Claro, estão em cima da mesa. — A agradeci, me despedindo então, lhe dei um beijo na bochecha.  — Valeu ! — e sai, tentei subir o mais rápido possível e vestir minha, pegar o meu casaco, e o meu calçado que iria vestir para a noite. Mas logo alguém bateu em minha posta e acabou com o meu discurso de como me vestir para a noite...  — Quem é ? — perguntei esperando que fosse David me contando como estava com sua quase nova namorada Shanoon.  —Posso abrir ? — E, mesmo não sabendo quem era, deixei que abrisse.E para minha surpresa, era meu lindo, o Jesse, me esperando descer para nós irmos.                                                Página 21  — Oi minha linda!  — Disse o Jesse.Mas nem era por tanto, eu estava linda mesmo.   Ele estendeu suas mãos e segurou em meu rosto, foi então que ele me beijou.  Ficamos lá por alguns segundos, até que ele me perguntou — Como vai hermosa ? — Ele disse, enquanto ofegava meu cabelo — Melhor impossível — meus olhos estavam brilhando. Jesse estava lindo, nada mal para um homem acostumado com a moda de 1850.   Fazendo isso, Jesse soltou-se dos meus braços, e foi em direção à janela, que dava para a mesma vista que a varanda, aquela paisagem impressionante, que abarcava para a península. Era quase impossível chegar ao meu quarto, e não notar a janela ao lado da minha cama, e apreciar aquela vista impressionante. Jesse ficou algum tempo olhando pra fora, enquanto eu terminava de me arrumar. Até que ele se virou para mim :  — Então, vamos ? — Jesse estava com uma camisa branda, pólo, me lembrei da roupa que viveu todos os seus anos como fantasma – aquela blusa tão conveniente, aberta para uma vista magnífica em seu peitoral - sua causa Jeans era preta, larga.  — Sim. — respondi, pegando minha bolsa.                                                  Página 22     Abrindo a porta, Max o mascote, estava parado em minha frente, certamente esperando um bom tempo a porta ser aberta para vasculhar o meu quarto intero até achar uma boa sobra de café de manhã, do dia anterior, foi quando eu tomei café em meu quarto, a dor de cabeça estava me matando. Porém, fui mais veloz que ele, fechei a porta mais rápido que você posso dizer: fechou. E no fim, Max não botou os pés em meu quarto. Jesse ficou impressionado com a minha rapidez  — Ou Suze! — ele sorriu , e riu ao mesmo tempo, olhando para trás. Eu lhe respondi com um sorriso na boca.  —Você já dirige Jesse ? — Ouvi Andy perguntar para Jesse quando ele estava me esperando terminar de descer as escadas.                                                  Página 23 — Claro Andy — percebi como o Jantar foi bom, Jesse estava chamando-o de Andy! , pena que estava mentindo, - sendo assim, não me impedi de dar uma risada — , Jesse não tinha habilitação para dirigir, mas pensou rápido, pois se tivesse falado que não sabia dirigir, estaria mentindo ainda mais, pois Andy o viu dirigindo na véspera de seu jantar, quando Jesse me levou ao baile como motorista.  — Ah sim, claro. — Quando terminei de descer as escadas, Jesse disse :  — Então, vamos ?   — Sim. – respondi  —Cuida dela em? — Falou Andy, apontando seu incador para Jesse, tão feliz por agora ser pai de uma menina adolescente,  — Pode deixar. – Falou Jesse sorrindo para o Andy. Fomos andando até a garagem principal, onde estava o carro da minha mãe.  — Suze, — Disse ele, quando não estávamos mais na vista do Andy, onde Jesse podia dirigir livremente sem medo algum de alguém nos pegar. — a porta emperrou. —disse ele, quando tentava abrir gentilmente a porta para mim.  — Tem que rodar para direita, depois puxar para esquerda Jesse — foi dizendo quem nós não esperávamos chegar tão cedo em casa.Brad estava passando pela garagem.  — Onde vocês estão indo? — Perguntou Brad quando Jesse havia conseguido abrir a porta para mim.                                                  Página 24  — Vamos a uma lanchonete aí, não sabemos o nome. — Respondeu Jesse, enquanto eu entrava no carro. Você deve estar pensando por que só os dois estavam na conversa. Desde a véspera da chegada de Jesse vivo em minha casa, todos haviam se identificado com Jesse. Isso, por que antes de irem para o jantar a dois, Jesse teve a oportunidade de conversar com quase todos da casa, e felizmente, não teve nenhum inconveniente que não tenha gostado do Jesse na casa. — Legal ! bom passeio pra os pombinhos. — Brad sorriu para mim, ele nunca havia me tratado dessa maneira. Mas se bem que desconfio de uma coisa, ele deve pensar que não freqüento mais gangues, e não fumo mais uns baseados altas horas da madrugada.E acho que ele ainda não se esqueceu do primeiro dia em que me meti numa das roubadas mais estranhas da minha existência, e ele veio me salvar, pensando que me envolvi de novo com minha gangue rebelde, foi quando o telhado da missão desabou em cima de mim, e ele veio me socorrer altas horas da madrugada. Ele não desconfia tanto por que agora estou com Jesse, um cara centrado, inteligente, e que vai me colocar no rumo certo. E comecei a rir sozinha com meus míseros pensamentos.Mas Jesse não percebeu minhas risadas, devia estar pensando em alguma coisa que aconteceu no seu primeiro dia de trabalho.   Quando estávamos cirando a esquina em direção ao norte, Jesse me perguntou mesmo não esperando nunca mais ouvir aquilo sair de sua boca.  — Suze, — disse ele numa longa pausa, seus olhos negros, brilhavam ao luar, ele não tirava os olhos da estrada. — Você ainda acha que o Paul gosta de você? — Olhei para ele, surpresa. Achava que aquela fase já havia passado, e que, ela nunca mais voltaria àquela fase em que nós conhecíamos, quando chegava, era difícil de escapar dela. Mas pelo jeito, estava errada. Olhei para ele, me recuperando daquela facada no peito de dar medo, então, olhei de novo para Jesse, ele só queria uma resposta, não esse meu reagimento.

Capítulo 2

  Minha casa era enorme, e inacreditavelmente bonita, com o direito até as torrinhas de estilo vitoriano e uma plataforma mirante no telhado. Minha mãe, mandara pintá-la de azul, branco e creme, e ela era cercada de grandes pinheiros frondosos por toda a parte. Com três andares, toda construída em madeira e não a terrível combinação de vidro e aço ou a terracota de que eram feitas as casas ao redor, pode-se dizer, que era a casa mais charmosa e de bom gosto da vizinhança.

  Chegando a casa, abri a porta da frente, e disse 

 — To em casa — gritei para eles saberem que eu de fato estava em casa... Corri para o meu quarto, estava um pouco cansada. Deu tempo de tomar banho, e que, banho, quando Andy, o meu padrasto anunciou-se à porta 

 — Suze posso entrar? — perguntou ele.

 — Sim.

 — Telefone pra você —Só que Andy não entrou em meu quarto, apenas ficou em uma gretinha da porta do quarto.

 — Obrigado — Respondi, pegando o telefone de sua mão, e logo ele saiu.

 — Jesse ? — Pense que fosse Jesse ao telefone, me contando o que aconteceu de bom no seu dia , já que havia ganhado um celular novo do Padre Dom. 

— Não, sou eu, Paul, então — mas outra pessoa apareceu na outra linha 

 — Paul, tem outra pessoa na linha, se importa de esperar ?

 — Não, eu espero.

— Suze ? É Cee Cee ! No fundo,ouvi Adam gritando :

— E eu também !

 — E aí garota? — foi dizendo a Cee Cee. — Estamos indo para uma lanchonete aí. – Nós esquecemos o nome ! – Gritou o Adam no fundo. — Quer que a gente te apanhe? O Adam está dirigindo hoje . — Aproveita ! — Gritou o Adam no fundo.

 — Lanchonete ? 

— É, uma lanchonete, no centro , na orla de alguma pracinha por aí, você não é de Nova York ? não gosta de comer ? — o Adam riu no telefone.

— Pode crer ! — respondi

— Então a gente passa aí ? — Perguntou Cee Cee

                                                 Página 16

— Gente, espera aí, é que outra pessoa na linha.

 — Ok ,vai fundo. — disse o Adam, eu não pude me impedir de dar uma risadinha.

— Sei que Cee Cee fez uma cara de horrorisada olhando para ele.

  E voltei-me para a outra conversa

— Alô ? — minha voz soou ao telefone

— Olá Hermosa, sou eu, Jesse — Sua voz soou perfeitamente ao telefone. Sua voz, era uma música para meus ouvidos, o meu desprezo, foi não estar perto o bastante para abraçá-lo no momento.

— Jesse !

— Queria que você soubesse que aquele jantar com seu padrasto, o Andy, foi muito bom, conversamos sobre muita coisa, e eu acho que El me aprovou completamente! — Jesse disse alegremente.

—Sério ? Não é por tanto, claro que ele te aceitaria – Tive que concordar com as palavras de Jesse, por ser um cavalheiro do século passado. Mas Andy não tinha que aceitar nada, ele era apenas meu padrasto, nada mais além disso.

 — é, mas você sabe , se ele não me aceitasse, eu nunca viveria bem com ele, e sua família é o que mais importa irmos. — Sendo assim, concordei com ele.

— Sempre.

 — Suze, — Disse ele, me chamando de Suze — eu queria comemorar isso com você, sabe, tudo isso que aconteceu daquele tempo pra cá, dá pra ser ? 

—Com você topo tudo Hector! — eu estava deitada na minha cama, conversando com ele, não pude me impedir de levantar meus pés, e observar como aquele esmalte caiu bem nele

                                                 Página 17

— Então, já sabe pra onde vamos ? — ele me perguntou. Claro que eu tinha

 — Hoje, agora, só vou me arrumar, Cee nos chamou para uma lanchonete ao centro da cidade, na orla de alguma pracinha, ou algo assim.- eu abaixei meus pés.

 —Claro, eu só não sei onde é...

 — Vou dar um jeito de pedir o carro da minha mãe, você pode passar aqui ? — perguntei .

 — Sim, passo aí. Tenho que ir hermosa, até logo.

— Até. – e me voltei para Cee Cee.

— Alô Cee Cee ? – perguntei

— Sim, confirmado ? vamos ? — respondeu ela

— Sim, não precisa de me buscar, vou de caro com o Jesse, pode ser ? — perguntei

— Claro, nos encontramos, tchau. — e desligou.

   Também  desliguei o telefone,  e em seguida, desci as escadas e fui rumo à cozinha ,à procura da minha mãe.

  Passei pelo deque da cozinha, através da porta deslizante. Ela estava lá, virada para a banheira banhada de água, e luzes ao redor dela. O quintal estava tão calmo, que os grilos acabaram tomando conta de tudo.

                                                 Página 18

 — Mamãe, pode me emprestar o carro por hoje? — Dizendo isso, minha mãe virou-se para mim, ela estava assustada com a minha chegada. Mas o que eu não esperava aconteceu.

   Minha mãe virou-se lentamente para mim, o clima estava pesado, ela não estava alegre, pelo contrário, estava chorando. 

  Ela tentou limpar suas lágrimas, para não perceber, mas foi meio difícil, encontrá-la com expressão alegre.

 — Mamãe ? o que aconteceu ? — Eu estava quase chorando também. Não era fácil ver minha mãe chorando, não pelo fato de só vê-la chorando uma vez na vida. E com razão, a última vez que a vi chorando, foi o pior dia da minha vida. O dia que ninguém esperava chegar cedo, dia em que meu pai morreu.

— Fazendo aquilo, me encontrei aos braços de minha mãe, limpando suas lágrimas.

 — Nada filhinha, é força do hábito. — Mas não era, eu sei que não, mamãe era tão feliz, não a via chorando assim há muito tempo.

— Mamãe, você sabe que pra mim, você pode se abrir. — Disse na maior sinceridade do mundo.

  Ela demorou um tempo para me responder

 — Ainda me lembro de seu pai.O homem mais centrado do mundo, nos entendia quando mais precisávamos. v Confesso que eu também me choquei, pensava que ela estava feliz com a nova vida, e que havia deixado o passado ruim para trás, e resgatado as coisas boas.

                                                  Página 19 

— Você não está feliz aqui? — A interroguei, sendo assim, soltei-me de seus braços.

—Claro que não, essa é a vida que pediu a deus filhinha, só que às vezes me bate à cabeça, como seu pai era bondoso, amigo e solidário. Lembra ? Quando ele preparava o nosso café, cantava , torcia pelo seu preferido time de futebol — Era incrível como espirravam lágrimas de seus belos olhos azuis, e não se impediu de dar uma risada — Mas, é apenas isso filhinha, força do hábito, velhos pensamentos não vão embora assim não é? — Ela sorriu para mim.

  Não a via assim um bom tempo, mas não quis ir mais profundamente à conversa, ela, quando relembrava os velhos tempos, também me fazia chorar de saudades.

  Se ela soubesse... soubesse a verdade, eu ... poderia ter contado a verdade, mas... não pude. 

  Ela não iria acreditar em mim, não com seu orgulho, e, pensamento nada convencedor. Olhei para a piscina, me bateu um vento muito forte, a grama ao nosso jardim, de moveu rapidamente. Mas parou.

                                                   Página 20 

— Se importa de lhe deixar sozinha essa noite? não quero sair mais. – Minha expressão era de tristeza. – ela sorriu para mim.

 — É claro! Que não, hei, filhinha, eu estava pensando apenas, eu sei que você já sentiu isso também, é claro que você vai sair, não se prenda em casa, não por sua mãe.

 — Ah, então... me empresta as chaves do carro ? — queria não parecer muito incoveniente.

 — Claro, estão em cima da mesa. — A agradeci, me despedindo então, lhe dei um beijo na bochecha.

 — Valeu ! — e sai, tentei subir o mais rápido possível e vestir minha, pegar o meu casaco, e o meu calçado que iria vestir para a noite. Mas logo alguém bateu em minha posta e acabou com o meu discurso de como me vestir para a noite...

 — Quem é ? — perguntei esperando que fosse David me contando como estava com sua quase nova namorada Shanoon.

 —Posso abrir ? — E, mesmo não sabendo quem era, deixei que abrisse.E para minha surpresa, era meu lindo, o Jesse, me esperando descer para nós irmos.

                                               Página 21 

— Oi minha linda!  — Disse o Jesse.Mas nem era por tanto, eu estava linda mesmo.

  Ele estendeu suas mãos e segurou em meu rosto, foi então que ele me beijou.

 Ficamos lá por alguns segundos, até que ele me perguntou

— Como vai hermosa ? — Ele disse, enquanto ofegava meu cabelo

— Melhor impossível — meus olhos estavam brilhando. Jesse estava lindo, nada mal para um homem acostumado com a moda de 1850.

  Fazendo isso, Jesse soltou-se dos meus braços, e foi em direção à janela, que dava para a mesma vista que a varanda, aquela paisagem impressionante, que abarcava para a península. Era quase impossível chegar ao meu quarto, e não notar a janela ao lado da minha cama, e apreciar aquela vista impressionante. Jesse ficou algum tempo olhando pra fora, enquanto eu terminava de me arrumar. Até que ele se virou para mim :

 — Então, vamos ? — Jesse estava com uma camisa branda, pólo, me lembrei da roupa que viveu todos os seus anos como fantasma – aquela blusa tão conveniente, aberta para uma vista magnífica em seu peitoral - sua causa Jeans era preta, larga.

 — Sim. — respondi, pegando minha bolsa.

                                                 Página 22  

  Abrindo a porta, Max o mascote, estava parado em minha frente, certamente esperando um bom tempo a porta ser aberta para vasculhar o meu quarto intero até achar uma boa sobra de café de manhã, do dia anterior, foi quando eu tomei café em meu quarto, a dor de cabeça estava me matando. Porém, fui mais veloz que ele, fechei a porta mais rápido que você posso dizer: fechou. E no fim, Max não botou os pés em meu quarto. Jesse ficou impressionado com a minha rapidez

 — Ou Suze! — ele sorriu , e riu ao mesmo tempo, olhando para trás. Eu lhe respondi com um sorriso na boca.

 —Você já dirige Jesse ? — Ouvi Andy perguntar para Jesse quando ele estava me esperando terminar de descer as escadas.

                                                 Página 23

— Claro Andy — percebi como o Jantar foi bom, Jesse estava chamando-o de Andy! , pena que estava mentindo, - sendo assim, não me impedi de dar uma risada — , Jesse não tinha habilitação para dirigir, mas pensou rápido, pois se tivesse falado que não sabia dirigir, estaria mentindo ainda mais, pois Andy o viu dirigindo na véspera de seu jantar, quando Jesse me levou ao baile como motorista.

 — Ah sim, claro. — Quando terminei de descer as escadas, Jesse disse :

 — Então, vamos ? 

 — Sim. – respondi

 —Cuida dela em? — Falou Andy, apontando seu incador para Jesse, tão feliz por agora ser pai de uma menina adolescente,

 — Pode deixar. – Falou Jesse sorrindo para o Andy. Fomos andando até a garagem principal, onde estava o carro da minha mãe.

 — Suze, — Disse ele, quando não estávamos mais na vista do Andy, onde Jesse podia dirigir livremente sem medo algum de alguém nos pegar. — a porta emperrou. —disse ele, quando tentava abrir gentilmente a porta para mim.

 — Tem que rodar para direita, depois puxar para esquerda Jesse — foi dizendo quem nós não esperávamos chegar tão cedo em casa.Brad estava passando pela garagem.

 — Onde vocês estão indo? — Perguntou Brad quando Jesse havia conseguido abrir a porta para mim.

                                                 Página 24 

— Vamos a uma lanchonete aí, não sabemos o nome. — Respondeu Jesse, enquanto eu entrava no carro. Você deve estar pensando por que só os dois estavam na conversa. Desde a véspera da chegada de Jesse vivo em minha casa, todos haviam se identificado com Jesse. Isso, por que antes de irem para o jantar a dois, Jesse teve a oportunidade de conversar com quase todos da casa, e felizmente, não teve nenhum inconveniente que não tenha gostado do Jesse na casa.

— Legal ! bom passeio pra os pombinhos. — Brad sorriu para mim, ele nunca havia me tratado dessa maneira. Mas se bem que desconfio de uma coisa, ele deve pensar que não freqüento mais gangues, e não fumo mais uns baseados altas horas da madrugada.E acho que ele ainda não se esqueceu do primeiro dia em que me meti numa das roubadas mais estranhas da minha existência, e ele veio me salvar, pensando que me envolvi de novo com minha gangue rebelde, foi quando o telhado da missão desabou em cima de mim, e ele veio me socorrer altas horas da madrugada. Ele não desconfia tanto por que agora estou com Jesse, um cara centrado, inteligente, e que vai me colocar no rumo certo. E comecei a rir sozinha com meus míseros pensamentos.Mas Jesse não percebeu minhas risadas, devia estar pensando em alguma coisa que aconteceu no seu primeiro dia de trabalho.

  Quando estávamos cirando a esquina em direção ao norte, Jesse me perguntou mesmo não esperando nunca mais ouvir aquilo sair de sua boca.

 — Suze, — disse ele numa longa pausa, seus olhos negros, brilhavam ao luar, ele não tirava os olhos da estrada. — Você ainda acha que o Paul gosta de você? — Olhei para ele, surpresa. Achava que aquela fase já havia passado, e que, ela nunca mais voltaria àquela fase em que nós conhecíamos, quando chegava, era difícil de escapar dela. Mas pelo jeito, estava errada. Olhei para ele, me recuperando daquela facada no peito de dar medo, então, olhei de novo para Jesse, ele só queria uma resposta, não esse meu reagimento.


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Notas finais do capítulo

Veja o elenco criado por mim: http://www.youtube.com/watch?v=1JZ4mEejklM



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