O Amor Acima De Tudo escrita por ana_christie


Capítulo 12
Capítulo 12


Notas iniciais do capítulo

Capítulo novo, fresquinho! E está ótimo para quem querem ver Hannah e Richard juntos!



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Capítulo 12

O tormento de Hannah, então, começou. Ela via Richard assim que chegava à empresa e ficavam juntos no laboratório durante toda a manhã. De tarde ela ficava cerca de duas horas, e a presença dele era sempre constante. O laboratório era pequeno e, não raro, eles se esbarravam e tocavam.

Apesar do desejo, a razão era sobreposta a tudo. O trabalho ali dentro era muito importante e delicado. A temperatura, a umidade, a pressão, tudo era controlado. Em uma semana de trabalho, pouca coisa estava pronta. Aquele seria um trabalho demorado e complexo. Os protótipos deveriam estar prontos em cinco meses. Richard gostaria de anunciar a criação do chip ao público e à imprensa na recepção de Natal que a Austin Security sempre dava na véspera de Natal.

O trabalho no chip, dado o tamanho do mesmo e das ferramentas, computadorizadas ou não, era estressante. Estavam tentando fazer um protótipo por experiência, quando ele desse certo, mais nove seriam construídos. No começo, muita coisa dava errada, partes do projeto tinham que ser redesenhadas, outras formas de se trabalhar nele, escolhidas. A informação que os projetistas que o estavam construindo divulgavam entre os outros era falsa. Para todos os efeitos, as pessoas fora eles cinco pensavam que apenas um protótipo estava sendo construído, e que absolutamente nada estava dando certo.

Durante todos os meses em que trabalharam no chip, Hannah resistiu às investidas de Richard, cada vez mais descaradas. Só Deus sabia o quanto era difícil resistir a ele. Quando Richard estava por perto, ela sentia um calor abrasador se espalhar por seu corpo, bem como um desejo intenso.

A cada dia que passava os projetistas iam ficando com os nervos mais exaltados, à flor da pele, suas mentes, cansadas, e os corpos, exaustos. Alguns até emagreceram. Mas foi uma grande alegria quando o primeiro protótipo foi finalmente construído, e seu funcionamento era perfeito. Então passaram para a construção dos demais nove protótipos, muito mais fácil por não terem mais de passar pela fase dos erros e acertos.

Faltando um mês para o Natal, tudo teve que ser apressado, porque o tempo estava curto. Não raro tiveram que ficar sem almoço, ou terem de trabalhar até às seis horas da noite. Trabalhavam como loucos, para que todos os protótipos estivessem prontos na véspera do Natal.

***

Faltava apenas dois dias para a festa. Os protótipos precisavam apenas de alguns ajustes. A recepção já estava praticamente preparada. O salão já estava arrumado, enfeitado com motivos natalinos, predominando na decoração o verde, o vermelho e o dourado, e a árvore de Natal era um pinheiro de verdade que ia quase até o teto.

Na empresa, às cinco horas da tarde, Richard dispensou todos, dizendo que os últimos ajustes ele mesmo podia fazer. Todos, inclusive ele, estavam muito cansados e teriam o dia seguinte todo de descanso, para comparecerem à recepção descansados e sem olheiras.

Hannah, apesar da voz da razão, decidiu ficar. Sabia que Richard estava tão ou mais cansado do que todos, e se os ajustes fossem feitos por dois, demorariam menos tempo para serem feitos. Antes, porém, ela telefonou para casa para avisar a Margareth e Caroline que, talvez, ela só iria para casa à madrugada.

Richard achava que estava sozinho na empresa, compenetrado nos ajustes do chip, no laboratório. Seus olhos doíam e lacrimejavam, seu estômago roncava, pois não almoçara, assim como os outros projetistas. De repente viu a porta do laboratório ser aberta. Seria algum arrombador?, era o que ele se perguntava, seu corpo se enchendo de adrenalina. Logo percebeu que não; Hannah se aproximava, hesitante.

— Oi, Richard.

— Oi. O que está fazendo aqui? Dispensei todos.

— Não acho justo. Você está tão cansado quanto qualquer um de nós. Quatro mãos fazem o trabalho mais depressa.

— Vá para casa, Hannah. Você precisa descansar.

— Você também.

— Já disse. Vá para casa, relaxe na banheira, jante e durma. Apreciarei muito se fizer isso, se cuidar de você mesma.

— Mas eu não. Quero trabalhar com você! Não me impeça, Richard, por favor. Eu imploro!

— Está bem. Venha, então.

Quando acabaram os ajustes, já eram dez horas da noite. Estavam cansados, mas o pior eram seus estômagos vazios, que roncavam.

— Até que enfim! Temos os mais novos e revolucionários chips da área da segurança industrial! — disse Richard, sorrindo.

— Estou orgulhosa de todos nós. Fomos nós que fizemos essas belezinhas.

— Está com fome, Hannah?

— Muita.

— Quer que eu a leve para casa ou prefere dividir a comida que eu mandei vir do restaurante próximo?

— Faz tempo que você pediu?

— Faz. Já deve estar quase chegando.

— Então vou comer com você, mesmo. Só em pensar nos minutos que gastarei para chegar a casa, depois esquentar a comida, sinto vontade de chorar.

O segurança da empresa usou o interfone para avisar que a comida chegara. Richard foi recebê-la e pagá-la. Quando chegou ao laboratório, sua boca estava cheia d’água por causa do ótimo cheiro de comida italiana.

— Mmmm... — disse Hannah ao sentir o cheiro gostoso. — Deve estar delicioso... Logo comida italiana, que eu adoro!

— Mandei vir espaguete à bolonhesa e raviólis que são uma beleza!

Os dois se sentaram, abriram as embalagens de papel e começaram a comer. Como não tinham bebida alguma, beberam água mesmo, mas não se incomodaram nem um pouco com isso.

— Comi como um rei... — Richard gemeu, pondo a mão sobre a barriga.

— Eu que o diga.

Estavam sentados no chão, encostados na parede, e descansaram um pouco para fazer a digestão.

— Bem, Hannah, vou levá-la para casa.

Ambos se levantaram, mas Hannah escorregou e foi salva de levar uma queda pelos braços de Richard. Ela estremeceu de desejo ao sentir o corpo dele próximo ao seu.

— Você está bem, Hannah?

— Estou — ela murmurou, rouca.

Ao perceber a rouquidão da voz, ele a olhou intensamente nos olhos, sem soltá-la. Ao ver desejo brilhando nas íris verdes, excitou-se profundamente. Logo Hannah sentiu no ventre o membro rijo dele. Ela gemeu e fechou os olhos, uma sensação de desejo intenso aliada a amor percorrendo-a. Agora não havia escapatória. Eles tinham que consumar aquele ato tão desejado por ambos. Tinham passado por meses de tortura, e agora não dava para conter o desejo feroz. Era algo impossível.

— Hannah... — ele murmurou, a voz expressando todo o desejo que sentia. — Não sei se vou conseguir resistir.

— Nem eu — ela confessou, aliviada.

“Essa noite”, ela pensou, ardendo. “Ao menos essa noite...”

Trêmula, ela ergueu a mão e acariciou o peito musculoso. Sentindo nesse gesto uma resposta, ele a trouxe para mais perto. Seus olhos dourados queimavam. Lentamente levou seus lábios aos dela e os tocou suavemente. Sentiu o corpo de Hannah tremer. Sentindo uma onda de desejo, penetrou sua língua ávida na boca quente. Ambos sentiam as mentes rodarem e explodirem em milhares de estrelas.

— Minha Hannah... Eu a quero... A quero muito...

— Eu também te quero, Richard... Como nunca antes...

— Então não me impeça... Mesmo porque eu seria incapaz de parar...

— Não vou impedi-lo. Nem quero que pare.

As mãos fortes dele tocaram o ventre macio dela e, logo, envolviam os seios fartos, fazendo-a soltar um gemido de prazer. Então os dedos longos desabotoaram a blusa e abriram o sutiã. Os mamilos estavam rijos, e ele se inclinou e começou a roçá-los com a língua.

— Oh, Deus, Rick!

E, quando Richard passou a sugar os seios fartos, Hannah estremeceu e segurou forte nos ombros largos e rijos. Impaciente, ela começou a desabotoar a camisa que ele usava. Quando viu o tórax despido, pressionou-se a ele, sentindo os pelos macios excitando seus seios. Abraçou-o, as mãos percorrendo o peito, o ventre, ombros e braços musculosos e quentes, sentindo uma violenta emoção de reconhecimento.

— Me possua, Richard... por favor...

— Esse desejo também é meu, Hannah...

Ele a livrou da saia e se ajoelhou, admirando a beleza sem par. Beijou-lhe as coxas macias e se ergueu lentamente, os lábios unidos à pele dela, arrepiando-a. Beijou-a no pescoço delicado e a livrou da última peça. Levou as mãos aos glúteos macios e a pressionou contra si.

As mãos dela rumaram às calças dele e as desabotoaram. Quando, enfim, sentiram-se totalmente, foi como se um vulcão entrasse em erupção.

— Eu não queria que tivesse que ser assim, num chão duro... — ele falou. — Você merece um colchão macio e lençóis de cetim, mas não posso esperar mais...

— Eu também não...

Lentamente ele a posicionou no chão. Ela abriu as coxas e, com reverência, ele se pôs sobre ela. Ao mesmo tempo em que as bocas se fundiram, os corpos também o fizeram. Richard estremeceu. Ela era tão quente e macia...

Hannah fechou os olhos, os dedos se cravando nos músculos rijos das costas e nádegas musculosos. Senti-lo dentro dela era a sensação mais sublime do mundo. Ela o acompanhou nos movimentos e, de repente, os corpos passaram a caminhar na trilha do prazer. Subitamente chegaram ao máximo das sensações. Alcançaram o orgasmo ao mesmo tempo, e ele foi potente como um terremoto. Enquanto sentia os fortes espasmos de prazer, Hannah o enlaçou com as pernas, recebendo-o completamente, imobilizando-o dentro de si. Logo o sentiu se esvair em fogo líquido dentro dela.

— Oh, Hannah, meu amor...

— Rick...

Ficaram deitados no chão, mudos e pensativos. Em todo momento ele a beijava na testa e nas faces, e ela esfregava o rosto no peito dele e acariciava seus cabelos cor de chocolate. Quando a sensação de saciedade passou, sendo substituída por mais desejo premente, Hannah o fez se deitar de costas, montou-o, e novamente fizeram amor.

— Vamos para o sofá de minha sala, querida? — ele murmurou, após um tempo embalando-a contra ele. —Meus músculos estão começando a doer e ficar congelados.

— Os meus também.

Apanharam as roupas e correram para a sala de Richard. Como estava muito frio, acionaram o aquecimento e se deitaram no sofá, espremidos como sardinhas em lata, mas muito felizes. Logo adormeceram.


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Notas finais do capítulo

Até o próximo, e, por favor, comentem!

Bjs da Ana