Amor e Ódio escrita por Believe In Yourself


Capítulo 3
Eu me odeio por ter feito isso com vocês


Notas iniciais do capítulo

Olá gente =)
Então já arrumei o capitulo anterior haha
Espero que gostem !!



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Uma semana havia se passado desde do acidente. Os pais de Juliana já haviam sido enterrados, e a pedido do hospital, ela não pode ir. Juliana ainda estava fraca e precisa de repouso e observação medica, por isso a proibição. Graça achou um absurdo, porém percebeu que poderia ser muito pior para a recuperação da própria Juliana.

Graça e o filho ainda não tinham decido se iriam ou não morar na antiga casa da irmã, sem falar que ainda não tinham comentado nada com Juliana sobre o que o advogado falara aquele dia .

- Ju ? – sua tia perguntou entrando no quarto

- Oi tia – falou sem animo, sentando-se na cama

- Ta bem ?

- um pouco melhor – deu um sorriso amarelo

- Precisamos conversar – sua tia sentou-se na cama e segurou uma de suas mãos – Eu sei que vai ser difícil para você aceitar tudo isso, mas fique sabendo que eu nunca a deixaria sozinha

- Obrigada tia

- Semana passada, o advogado de seus pais veio falar comigo

- Farias?  - a interrompeu e sua tia assentiu – O que ele veio fazer aqui ?

- Isso é maluquice, mas sua mãe teve uma intuição sobre algo como isso que está acontecendo agora e deixou umas coisas prontas ?

- Intuição ? Como assim tia ? Por quê ? – Juliana , que já chorava, perguntou confusa

- Intuição de mãe querida, eu não sei explicar, apenas sentimos

- E o que aconteceu ?

- Como eu sou a única parente de segundo grau, sua guarda estará comigo até você atingir a maior idade

- Melhor – falou e sua tia deu um sorriso como se tivesse agradecendo

- E seus pais tinham alguns bens também, e como é de direito são seus, porém você só receberá quando concluir um ensino superior

- Típico da minha mãe

- Verdade – concordou – e tem outra coisa também

- O que tia ?

- A sua casa , a sua mãe a colocou no meu nome , e ela queria que eu me mudasse pra lá

Graça não tinha idéia da reação que Juliana depois de contar essa ultima parte. Era sua casa, onde passou os últimos momentos com seus pais, era uma coisa intima dela, e não falaria nada se ela não aceitasse , entenderia seus motivos

- Eu vou entender se você disser que não , eu so....

- Não tia – Juliana falou e sua tia a olhou triste – Eu quero que você vá pra lá

- É a sua casa, você viveu lá , tem certeza ?

- Não é mais minha casa , é sua agora

- Tem certeza Juliana ?

- Eu não quero ficar lá só – falou cabisbaixa – E você vai

- Obrigado querida, vamos arrumar as coisas então

- Vamos ? – perguntou confusa

- Pietro e eu – respondeu

- Ahhh tinha esquecido aquele chato – revirou os olhos , fazendo sua tia rir

- E eu de como vocês convivem

- Ele ficando longe de mim , eu consigo sobreviver

- Anotado – sua tia depositou um beijo em sua testa – Agora descanse ok ?

- Ta bom – sorriu – Ahh tia , obrigada

- Não por isso

Pietro e Juliana eram primos. Ele era o mais velho, então sempre quis ser o melhor em tudo. Viviam brigando e cause nunca ficavam quietos sem insultar um ao outro. Juliana sabia o quanto o primo era chato e encrenqueiro, conviver com ele seria uma missão, vamos dizer, cause impossível. Mesmo não tendo visto ele há cause quatros anos, mas sabia que nunca mudara, seria sempre o idiota que ela odeia.

- Juliana ? – Doutor entrou na sala – Como se sente ?

- Melhor

- Ótimo, porque vim ti dá alta

- Serio ? – perguntou

- Serio – ele sorriu – a sua nova bateria de exames não identificou nada de diferente, está tudo normal , novinha em folha

- Isso é ótimo doutor – Graça respondeu

- Mas ainda tem que ficar em repouso, nada de esforço e por favor , se alimente bem

- Qualquer comida é saudável se comparada a do hospital – falou

- Espero que cumpra essas recomendações e eu estou passando um remédio caso sinta dor

- Cuidarei dela doutor

- Bom , é isso , se quiser já pode ir

- Se quiser ? – perguntou irônica

- Bom, espero vê-la daqui algumas semanas ok ?

- Tudo bem

- Comporta-se dona Juliana – ele brincou e saiu

- Vou assinar os papeis da alta enquanto você se arruma ok ?

- Ta bom tia – respondeu

Juliana queria sair do hospital , odiava aquele lugar, mas ir para casa não seria uma tarefa fácil. Tudo ali lembraria seus pais, os momentos que tiveram naquele lugar. Sabia que seria uma tortura todos os dias, mas que teria que aprender viver com ela.

- Tudo pronto ? – sua tia perguntou entrando no quarto

- Tudo sim – respondeu lhe entregando uma bolsa – Tia ?

- Sim

- Pode fazer uma coisa por mim ?

- Qualquer coisa Ju

- Me leva ao tumulo dos meus pais ? – perguntou com os olhos já lacrimejados

- Levo sim meu anjo – a abraçou forte – Ficara tudo bem , eu vou está aqui com você

Juliana e a tia saíram do quarto , indo em direção ao estacionamento. Deduziu que iriam de taxi, já que sua tia não sabia dirigir e nem ela. Ao se aproximar de um carro branco, viu um menino no banco do motorista. O menino era diferente, era forte, cabelos jogados, pele branca e usava óculos escuros.

Quando viu que a gente se aproximava, saiu do carro para ajudar. Ele era alto e usava uma calça jeans, um all star vermelho e uma blusa branca. Era simplesmente lindo.

Mas espera um pouco.... Esse menino era Pietro ? Seu primo ? Como pode ficar tão lindo daquele jeito ? E porque ela havia o achado interessante e bonito ? 

- Oi mãe – respondeu com um sorriso no rosto , e para variar , o sorriso era maravilhoso

- Oi filho – o abraçou

- Desde quando você tem carteira ? – perguntou irônica

- Olá querida prima, nossa que saudades de você – ironizou também

- Idiota – falou baixo o fazendo rir

- Pelo visto nada mudou – Graça respondeu rindo – Vamos

- Primeiro as damas – debochou dando passagem para Juliana

Pietro estava muito diferente desde a vez que Juliana o viu. Estava com menos cara de pirralho e mais com cara de homem. Odiava admitir isso, mas ele estava lindo e qualquer menina que o visse na rua , se encantaria.

- Algum problema Juliana ? – Pietro perguntou ao perceber que a prima o olhava pelo retrovisor

- Só observando o quanto você mudou

- Eu sei, to mais gatinho – disse sorrindo

- Só na aparência, porque continua o mesmo idiota de sempre

- Que você adora por sinal

- Escuta aqui seu...

- Hey – Graça a interrompeu – Sem estresses lembra ?

- É priminha , sem estresses – ironizou

- E você também para de provocá-la – o advertiu

Graça pediu para que Pietro parasse no cemitério e assim o fez quando chegamos lá. Juliana encarava o lugar já sentindo seus olhos arderem. Seria a coisa mais difícil que fizera em toda a sua vida.

- Tem certeza ? – Graça perguntou ao perceber como a sobrinha estava

- Tenho – respondeu com um nó na garganta – Eu não demoro

Juliana saiu do carro e podia sentir claramente suas pernas tremerem. As lagrimas que lutavam para sair, agora escorriam facilmente pelas suas bochechas. Caminhou devagar ate os túmulos, mas sabia que não era ela que estava a levando ate eles. Não tinha forças para caminhar, mas mesmo assim continuou.

Ao chegar, Juliana se ajoelhou no chão e chorou como nunca. Seus pais estavam ali, debaixo dela, e apenas uma placa informava isso. Seu coração partiu em milhões de parte e foi como se alguém a tivesse tirando algo.

- Me desculpa pai , eu sinto muito , eu não queria que isso acontecesse , por favor – suplicava aos soluços – Mãe , me desculpa , por favor

Juliana soluçava e chorava sem parar. A culpa pairava sobre ela, nunca iria se perdoar por aquilo. Seu pai morreu achando que ela era um desgosto e se não fosse por aquela briga, jamais isso aconteceria. Sua mãe que tentava impedir, morreu por sua causa também e isso para os outros poderia ser mentira, mas dentro dela , ela sabia que não

-  Eu me odeio por ter feito isso com vocês , eu me odeio – fungou e sentiu alguém colocar a mão em seu ombro 

- Não fala isso – Pietro falou – Não se culpe Juliana , não foi culpa sua

- Foi sim , tudo culpa minha

- Hey – Pietro a levantou – Nunca mais repita isso , foi um acidente e acidentes acontecem

- Mas se eu não tivesse ido para a festa eles não teriam que ir me buscar , se eu não tivesse aborrecido meu pai , ele não teria perdido o controle e tudo isso ....

- Shihh – Juliana sentiu os braços de Pietro ao seu redor, a puxando para um abraço forte – Não se culpe , por favor – Pietro sussurrou

- Vamos embora, por favor – Juliana falou saindo de seus braços e caminhando para o carro novamente. 


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Notas finais do capítulo

A fic está agradando ?
Espero que sim
xx



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