Primrose Everdeen - O Último Jogos Vorazes. escrita por Prim


Capítulo 24
Capítulo 27


Notas iniciais do capítulo

Ooooi! To aqui com um capítulo novinho, bom ele não é muuuuito legal, nem meu preferido, mas da abertura para coisas importantes que irá se seguir, e na verdade ele é mais emocional do que outra coisa hahah, o próximo promete fortes emoções, já vou avisando :D
Ah, sobre reviews: São sempre as mesmas pessoas que comentam, e obg por comentar, mas tipo são 37 leitores, e tiveram 17 acessos e 3 reviews... comentar não mata e faz autores e autoras felizes u.u
é isso, enjoy it!



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Acordo com uma forte dor de cabeça, e com os olhos embaçados, provavelmente pelo choro seguido do sono, massageio minhas têmporas, me agarrando á esperança de amenizar a dor, e eu consegui ao menos, olhar para o lado, sem que uma nova e mais forte irritação me domine. Aos poucos vou me levantando, mas não saio do saco de dormir, olhos para meus três amigos, companheiros e aliados, e resolvo que os deixarei dormir, afinal, nunca se sabe quando será a última vez.

Quero dormir, mas algo me diz que Katniss precisa me ver bem, me ver feliz, se é que isso é possível. E é isso que eu faço. Pego minha mochila, que está ao lado do saco de dormir de Alex, e vou retirando com muito cuidado e silenciosamente, uma carne seca, e guardo o resto na mochila.

Giro meu olhar por toda a pirâmide, e só agora me dou conta, de que, não estamos mais na pirâmide.

Olho para o chão e ele já não é mais areia, pura areia. Toco o chão e vejo que ele está úmido, e viscoso, vejo minha mão e confirmo o que está nos meus pensamentos: isto é terra.

Não saímos daqui ontem, tenho certeza disto, então, há só uma explicação: Eles mudaram a Arena enquanto dormíamos. Tal como a Arena do massacre quartenário mudava á cada uma hora, o terror avassalador que á correspondia; está ao meu ver, muda de aparência á cada dia, e isso me leva á outra questão: Quantas arenas foram programadas e quais são seus perigos?

Não consigo ver a cornucópia de onde estamos, o céu está começando a clarear, e não estamos mais protegidos por mortais armadilhas que se encontravam dentro da pirâmide.

Sacudo Josh que está ao meu lado, e depois acordo o restante do grupo.

– A arena mudou? – Lily pergunta e eu apenas assinto com a cabeça, para depois esclarecê-los com meus pensamentos.

– Ao meu ver, assim como a arena do massacre quartenário era programada com diferentes empecilhos para os tributos e cada um se iniciava a cada hora, está arena é parecida, e muda de aparência, á cada dia, eu só não sei, quantas exatamente eles fizeram.

– E dormimos então, sem vigília, ao relento, á noite toda? – Alex é quem pergunta.

– Exatamente. – Respondo. – Perdemos tempo demais aqui, e passamos muito tempo, perdemos muitas chances.

Quietos, ainda abalados pela notícia de ontem, pelas mortes principalmente, levantamo-nos aos poucos, arrumando tudo, e colocando na mochila, Alexander vai na frente e Josh atrás, cada um vigiando uma parte, Lily vigia a parte direita, e eu a esquerda. Isto é o que, exatamente? Não tem muitas árvores, mas também não é só o chão. Continuamos andando, mais e mais, até que começa á chover.

– Pessoal, vejam, ali na frente tem algo. – Lily diz indo a direção ao que parecia ser uma tumba. Todos nós a seguimos, tomando os devidos cuidados para não cairmos ou fazermos alguma espécie de barulho. Ao me aproximar da tumba, minha reação não é nada comparada á de Lily, que desmaia depois de algumas lágrimas molharem seu rosto.

A tumba, era o caixão de Glimmer.

Estamos em um cemitério, com os corpos de antigos tributos.

Eles tinham razão quando diziam que este seria o jogo mais brutal de todos, e é com esse presente dos idealizadores a nós, que tomo a decisão de que, ninguém mais vai morrer. Não nesses jogos. Não se eu puder impedir.

– Alex, carregue-a, sim? Precisamos nos abrigar e ficar o mais longe possível deste inferno. – Digo me referindo á tumba, se bem que a Arena já é um inferno.

Alex apenas assente e coloca a loira nos braços, enquanto nos desviamos de todas as tumbas de antigos tributos. Não sei qual sentimento é maior minha raiva ou nojo pela Capital, talvez sejam iguais, não sei.

– Eles foram longe demais. – Josh diz.

– Eles sempre vão, mas as pessoas que estão vendo isso não se dão conta, porque eles estão com o traseiro no sofá, e os olhos grudados na televisão, esperando por mais uma morte nessa última edição.

– Prim... – Alerta Alex.

– O que foi? Você sabe que é verdade.

E continuamos caminhando em silêncio, até perto de uma tumba que se lê ‘’Maysilee Donner’’.

– Eu já ouvi esse nome em algum lugar. – Josh diz.

– Eu também, mas não me recordo de onde, bem de qualquer maneira, vamos ficar aqui, e esperar isso aqui mudar. – Eu digo, e pego algumas coisas da mochila que conseguimos na cornucópia.

– Nenhum sinal dos nossos amigos? – Eu pergunto

– Não, mas pelo menos sabemos que não estão mortos, pelo menos não a maior parte deles. – Josh responde.

– Me ajude a arrumar as coisas, não faço ideia de que horas sejam, mas andamos por horas, estou morta de cansaço e a Arena esta escurecendo. – O que está me fazendo ter calafrios, tendo que ficar perto de vários túmulos de mortos no escuro, mas não deixo e mais ninguém além de mim saiba.

Josh começa a me ajudar a tirar as coisas das malas, e logo estamos com sacos de dormir o suficiente para cada um de nós, e repartimos um pouco da comida, terminamos as refeições em silêncio, e ficamos olhando deitados em nossos sacos de dormir, para as estrelas artificiais da Arena, eles devem ser artificiais, pois a cor do céu às vezes fica verde, ou amarelo.

Lily estava acordando, e todos direcionamos nossos olhares á ela.

– Você está melhor? – Alex pergunta saindo de seu saco de dormir, e lhe dando um pouco de água. Llily, não diz nada apenas faz que não com a cabeça e bebeu da água que Alex trouxera e comeu um pouco, voltando a se enfiar nos sacos de dormir, e embora ela estivesse quieta, eu conseguia ver algumas lágrimas rolando por seu rosto.

Uma ideia louca, me passou pela cabeça, mas eu tinha que tentar, quanto tempo mais eu teria de vida afinal? Dane-se se isso fosse visto como um ato de rebelião,– o que acho que não é possível – com certeza já tinha feito muito desses e não voltaria para casa.

– O que vocês acham de levantarmos os ânimos? – Todos se sentaram em seus sacos de dormir embora não houvessem dito nada. – Nós podemos cantar, uma música que todos saibamos, eu acho que devemos saber alguma música antiga, – de antes de Panem – pelo menos eu sei, meu pai cantava muito para mim quando pequena.

– Eu sei de uma, que Glimmer sempre cantava para mim antes de dormir, ela e Marvel cantavam juntos também quando estavam muito felizes. - Lily diz com os olhos marejados, porém com a voz normal. – Alex, você sabe qual é.

– Aquela de quando éramos pequenos? Que eles nos levavam no parque... – Alex pergunta deixando a frase no ar e, Lily assente.

– E qual é?- Josh pergunta.

– É uma música velha, eu as prefiro, pois aqui em Panem os cantores só cantam de como a Capital é ótima e isso me dá náuseas. – Diz Lily. – A música se chama Diamonds, mas eu não sei quem á canta.

– Cante um pedaço, para vermos se conhecemos. – Lily assente, sua voz doce e melodiosa começa a soar por meus ouvidos, sua voz é parecida com a minha, embora ela cante melhor, cantar é um dom de Katniss, curar é o meu, mas minha voz não é de todo ruim.

– Find light in the beautuful sea, I choose to be happy, you and I, you and I we’re like diamonds in the sky, you’re a shooting star I see, a vision of ecstasy, when you hold me, I’m alive, we’re like diamonds in the sky. – Ela canta no final, embora não fosse o final da música, Josh diz que conhece a música e eu também, meu pai cantou para mim um dia antes de morrer, desde então pedi a Katniss que me ensinasse à letra, e venho cantando-a mentalmente na Arena, nos meus piores momentos de aflição, como um mantra.

– Ta legal, então no três... todo mundo canta? – Alex pergunta.

Assentimos e Lily começou. Isso me lembrou quando Katniss e Finnick assustaram Peeta com a cara verde, na arena. Há poucos momentos para diversão aqui, quando surge uma oportunidade devemos nos agarrar á ela.

– Shine bright like a diamond, Shine bright like a diamond – Lily começa e nós a acompanhamos com vozes de fundo.

– Find light in the beautuful sea, I choose to be happy, you and I, you and I we’re like diamonds in the sky, you’re a shooting star I see, a vision of ecstasy, when you hold me, I’m alive, we’re like diamonds in the sky. – Cantamos todos juntos, com pequenos sorrisos no rosto, a felicidade aos poucos nos invadindo, preenchendo cada espaço que o medo da Arena ocupava.

– I knew that we'd become one right away, Oh, right away, At first sight I felt the energy of sun rays, I saw the life inside your eyes. So shine bright, tonight, you and I, We're beautiful like diamonds in the sky, Eye to eye, so alive, We're beautiful like diamonds in the sky – Lembrei-me de meu pai, e não fiquei triste, ao contrário sentia como se ele estivesse aqui comigo, se sentindo orgulhoso de mim.

– Shine bright like a diamond, Shine bright like a diamond, Shine bright like a diamond, We're beautiful like diamonds in the sky – Momentos em que minha família e eu éramos felizes, éramos uma família muito unida, passam pela minha cabeça, como: A primeira vez que Katniss cantou, foi um momento lindo porque foi no dia em que ela nos revelou que sabia caçar como papai, ela chegou em casa toda animada, deveria ter 7 anos e embora eu ainda fosse realmente muito jovem com meus 3 anos eu me lembro perfeitamente.

Ela chegou em casa animada gritando ‘’mamãe, Prim’’ e quando minha mãe e eu chegamos na sala nos disse que sabia caçar como papai e que agora poderia ajudar em casa, mamãe apesar de ter medo de que ela pudesse se machucar ficou feliz porque sua filha estava feliz, papai falou que tinha uma música para cantar naquele momento e então Katniss disse que queria cantar. Nós a observamos cantar de olhos fechados pela vergonha e sua voz era melodiosa desde pequena,eram poucas às vezes em que ela desafinava e mesmo assim era quase imperceptível, quando ela acabou de cantar, abriu olho por olho, seus olhos estavam brilhando em expectativa, e todos nós a aplaudimos e a abraçamos, ela pegou em minha mão, e me levou para o sofá e começamos as duas a cantar, embora eu me embaralhasse em várias palavras e desafinasse.

Quando desperto de meu transe percebo que cantava a música em modo automático e a mesma já está no final.

– Shine bright like a diamond. – Encerramos a música com sorrisos no rosto e aplaudimo-nos baixinho de modo que só dá para ver nossas mãos se encostando.

Nos encolhemos nos sacos de dormir e começamos a dormir.


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Notas finais do capítulo

Mereço reviews? *-*
Mereço favoritos? *-*
Mereço recomendações? *-*



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