Elenco: Felipe Machado, Carol Magalhães, Ana Beatriz, Joe Tatum, Narayani Martins e Leonardo Velasco.

Participação Especial: Bruna Amaral

Episódio 7 – O Último Passe

Gilroy – Califórnia

Instalação de atletismo do colégio Upper Pier, James levantava peso, sua pele está brilhosa de suor, enquanto fazia o levantamento, se via no espelho admirando o bíceps dos braços. James da um sorriso de canto, de repente ouve a porta o local se abrir, James para o exercício e vira-se devagar.

- Olá?! – Pergunta James, levanta-se e põe a toalha enrolada no pescoço.

Uma pessoa passa pela porta e para de andar encarando-o.

- Você acha que pode ir embora e virar as costas pra mim desse jeito?

- Claro que posso... – Diz James – E vou fazê-lo pela última vez!

James vira-se ignorando a pessoa que estava no local. Seu grito é ouvido pelo corredor vazio da instalação.

INVESTIGATION

Sacramento – Califórnia

Na mesma manhã.

Carol está em casa fazendo bacon quando seu celular toca, ela vira-se e o atende.

- Carol, ganhamos um caso, venha para Gilroy – Diz Felipe.

- Já estou indo! – Ela diz, já desligando a ligação.

Joe adentra na cozinha pondo a camisa, ele da um sorriso, envolve os braços na cintura de Carol e a beija no pescoço.

- Quem era? – Ele pergunta.

- Felipe, temos um caso... Precisamos ir para Gilroy – Diz Carol.

- Okey, vou pegar minhas coisas! – Joe a beija na boca e afasta-se depressa.

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Gilroy - Califórnia

Leonardo caminha até Felipe e Ana Beatriz que estavam pertos da vítima.

- O nome da vítima é James Dodwell – Informa Leonardo – Zagueiro estrela da universidade Upper Pier... Um estudante o encontrou morto nas instalações de atletismo no colégio!

- Provavelmente não é o que ele tinha em mente quando começou o treino – Diz Felipe, encarando-o o corpo no chão com uma mancha de sangue nas costas.

- Creio que a causa da morte foi um traumatismo violento – Ana levanta-se e vai até Felipe e Leonardo, ela retira as luvas.

- Um ginásio como este é repleto de armas de assassinato, é melhor começarmos o trabalho – Diz Felipe – Ana, ligue para Joe e peça para ele procurar tudo sobre as pessoas próximas a vítima e aquela com quem ele teria brigado recentemente!

- Pode deixar! – Ana afasta-se dali retirando o celular do bolso da calça.

- Onde é o armário de James? – Pergunta Felipe.

- Acho que o dez – Responde Leonardo.

Felipe caminha até o armário, com um grampo consegue abri-lo, logo examina as coisas da vítima, Felipe encontra um porta retrato, James e uma garota de pele negra, cabelo perfeitamente encaracolado e um corpo muito bem definido.

- Hm... – Diz Felipe, no entanto guarda a foto no armário.

Ele bate a porta do armário, com o vento uma foto cai no chão manchada de sangue, Felipe agacha e a pega, não era possível visualizar a pessoa na foto já que havia uma grossa camada de sangue.

Leonardo observa um pouco longe do corpo, dois pingos de sangue, rapidamente pega uma caixa transparente do bolso do paletó, retira um cotonete e recolhe uma amostra do sangue no chão.

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Sacramento – Califórnia

- Não foi para cena do crime – Diz Felipe, na sala de reunião com Carol e Joe – O que houve com vocês? Estão distantes da equipe... Se tiver alguma coisa, eu quero saber!

- Não chefe, não tem nada – Responde Carol.

- Tem certeza?- Pergunta Felipe.

- Sim! – Responde Joe.

- Não vou permitir outro atraso de vocês dois... Dispensados! – Diz Felipe.

Os dois saem da sala, Felipe apoia-se na mesa bufando. Depois de uns minutos pensando, Ana adentra na sala.

- Felipe, Narayani terminou as analises – Anuncia Ana.

Ele vira-se e a acompanha até o laboratório.

Narayani retira a foto de dentro de uma água azulada, o sangue sai por completo e não danificou a imagem da foto, Narayani a põe presa na parede.

- O sangue na foto é A positivo, o mesmo tipo sanguíneo que James – Diz Narayani.

- A analise de reconhecimento facial, indica que a mulher na foto é Bruna Amaral, ex-namorada de James – Diz Carol, ao lado de Felipe.

- Enquanto aos respingos de sangue encontrado no local do crime? – Pergunta Felipe.

- O padrão dos respingos de sangue, nos diz que o agressor tem no mínimo, um e sessenta e oito de altura – Narayani responde mostrando os detalhes na tela digital de vidro que estava na mesa de centro – Isso reduz muito a nossa lista de suspeitos... Também levando em conta a estrutura corporal da ex-namorada da vítima, ela parece ter o mesmo tamanho do agressor!

- É, vamos fazer uma visita a Bruna Amaral – Diz Felipe – Carol, você vem comigo!

Joe adentra no laboratório.

- Chefe – Diz Joe – A ex-namorada de James estava na universidade na hora em que ele morreu... Além do faxineiro e o técnico!

- Falaremos com a ex-namorada – Diz Felipe.

Assim sai do laboratório, Carol o segue.

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Felipe e Carol caminham pelo corredor da universidade.

- Bruna Amaral é a ex-namorada da nossa vítima, ela é uma estudante de artes moderna – Relata Carol – Pele negra, cabelo encaracolado, a mesma altura que Narayani identificou na foto!

Felipe e Carol entram na sala do diretor da universidade, onde estavam Bruna Amaral sentada na cadeira e o diretor atrás da mesa.

- Vocês devem ser os agentes que estão investigando o caso da morte de James, correto? – Pergunta o diretor.

- CBI! – Carol mostra o distintivo – Viemos fazer algumas perguntas para Bruna!

- Fiquem a vontade!

Bruna revira os olhos impaciente, Carol e Felipe ficam em sua frente encostados ma mesa do diretor.

- Viemos falar sobre o assassinato de James – Diz Felipe.

- Porque eu? – Bruna demonstra-se irritada, ela inclina-se para frente – Não falo com James há meses!

- Temos razões para crer que conhecia James muito bem – Diz Felipe.

- Por favor, só um minuto de seu tempo – Diz Carol.

- Ta! – Diz Bruna levantando os braços ironicamente, ela folga-se na cadeira e cruza as pernas – Mas eu não conheço ele assim tão bem quanto tão dizendo!

- Achamos uma foto sua com James na cena do crime... – Diz Carol – Pode nos dizer onde havia tirado essa foto?- Carol a mostra a foto xerocada.

Bruna Amaral da uma risada abafada ao olhar a foto, ela ergue seu olhar a Carol e Felipe.

- Eu não saberia lhe dizer – Diz Bruna – Mas obviamente ainda nos falávamos na época!

- Lembra de onde tiram a foto? – Pergunta Felipe.

- Olha eu não consigo imaginar sequer o motivo desta informação ser útil – Diz Bruna.

- Você não tem que saber, isso é interesse nosso, apenas responda as perguntas – Felipe a encara já perdendo a paciência – Porque você e James terminaram? Alguém roubou o coração dele?... Se fosse uma namorada ciumenta ia ter motivos para matá-lo!

- Não! – Responde Bruna, ela bufa, seu olhar vaga pela sala demonstrando estar desapontada – Nós terminamos porque o futebol americano virou a cabeça dele... Quanto mais o time ganhava, menos ele se importava com as outras coisas da vida dele... – Bruna volta seu olhar aos agentes, seus olhos se enchem de lágrimas, certamente ainda sentia algo pela vítima – Ele estava até mesmo considerando em deixar a escola para tentar carreira profissional!

Carol e Felipe trocam olhares, Carol levanta as sobrancelhas e da de ombros, então retornam a atenção para Bruna.

- Deviam falar com o treinador dele... Ele iria saber se James ia ou não sair do time! – Diz Bruna.

- Bem... Pode nos levar a ele agora? – Pergunta Carol.

- Claro! – Responde Bruna.

- Obrigado diretor – Felipe agradece e caminha em direção a porta.

Bruna abre e vai ao corredor, ao vira-se para o lado e começar a caminhar, é lançada para trás com um tiro no peito.

- NÃO! – Grita Felipe, ele corre até Bruna e a segura.

Carol saca rapidamente sua arma e corre pelo corredor na direção do disparo. O diretor rapidamente levanta-se da cadeira.

- FIQUE AI! – Grita Felipe para ele, ele olha para Bruna e põe a mão em seu pescoço – Droga... Está morta!

A cabeça de Bruna gira para o lado com os olhos abertos e o sangue escorrendo pela boca. Carol aparece no final do corredor, ela os observa.

- Droga...! – Diz Carol.

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Sacramento – Califórnia

Narayani está com óculos transparentes protegendo os olhos e luvas nas mãos enquanto retirava a bala do corpo de Bruna Amaral, ela pega a bala com uma pinça e a põe num scanner, os dados aparecem no monitor ao lado. Felipe, Ana Beatriz e Carol se aproximam.

- A bala não tem descrição de fabricante – Diz Narayani – Seria impossível saber quem a utilizou... Ou de que arma isso pertence... Essa bala pode caber em umas vinte pistolas...

- Obviamente ela ia dizer algo crucial para a resolução do caso – Diz Felipe – E por isso tiveram que silencia-la.

- Ela era a principal suspeita! – Diz Carol.

- Sem ela voltamos à estaca zero – Completa Ana.

 Felipe respira fundo encarando os dados no monitor, ele olha para Carol.

- Tive uma ideia, vamos voltar para Gilroy, Bruna Amaral ia nos levar ao treinador, ele pode saber alguma coisa – Diz Felipe – Vamos até ele...! Carol e Ana vocês veem comigo, Narayani pede para Joe ligar para a universidade e pedir para que o treinador de futebol americano venha para sede!

- Temos um novo suspeito?- Pergunta Ana.

- Eu creio que sim! – Responde Felipe.

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Gilroy – Califórnia

Universidade Upper Pier, Carol e Felipe adentram num atraente escritório do treinador, havia uma mesa de madeira e um quadro de jogadas.

- Pelo jeito o treinador tinha grandes jogadas para James – Diz Ana, analisando o quadro.

- James estava pronto para agitar o mundo do futebol – Comenta Carol.

Felipe examina a mesa e procura algo por entre as papeladas largadas, até que encontrar uma carta.

- O nome do treinador de futebol é André – Diz Felipe – Encontrei uma carta que James deu para o treinador.

Carol observa a mesa de troféus, ela consegue abrir a porta de vidro, põe as luvas e passa a verificar os troféus.

- Felipe... – Carol o chama.

Felipe e Ana correm até ela, Carol vira-se com um troféu em mãos, nele havia respingos de sangue.

- Um troféu do campeonato – Diz Carol.

- Temos que analisar isso logo – Diz Felipe – Voltaremos para Sacramento, enfim vamos terminar esse caso!

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Sacramento – Califórnia

- A caligrafia da carta confere com a de James – Diz Narayani, com todos no laboratório – Ele estava pedindo demissão!

- Ele ia largar a escola como Bruna disse – Diz Carol.

- O sangue que está no troféu é compatível com o sangue da vítima – Afirma Narayani.

- Pegamos o nosso assassino! – Diz Felipe.

- Ele já está na sala de interrogatório – Diz Leonardo.

- Narayani venha comigo! – Felipe e Narayani saem do laboratório.

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- Treinador de James é chefe do time de futebol da universidade – Relata Narayani, enquanto caminhava com Felipe pelo corredor – Um homem ambicioso que compensa em energia o que lhe falta em altura... Ele está sob muita pressão para manter o dinheiro fluindo pela universidade com vendas de ingressos!

- Isso explica o fato dele não querer que James largue a universidade... James atraia muita plateia para os jogos – Diz Felipe – Sem o James o dinheiro ia diminuir!

Os dois entram na sala, Narayani senta na cadeira em frente a André e o encara.

- Olá André. Estamos aqui para discutir sobre a morte de James – Diz Felipe.

- Hm... Claro! – Diz André, um homem que tinha aproximadamente trinta anos de idade, cabelo castanho escuro, olhos cor de mel e um corpo definido.

- Presumo que esteja estressado por ter perdido um de seus jogadores! – Diz Narayani.

- Pode apostar... Eu não consigo descansar em situações como esta – Diz André – Não consigo ficar parado... Acho que estou com aquela síndrome das pernas bambas!

- Senhor, mantenha o foco! – Diz Felipe.

- Foco, foco, foco... É o que eu sempre digo aos meninos – Diz André.

Narayani olha para Felipe estranhando a reação de André.

- Encontramos sangue da vítima em um de seus troféus, conte-nos porque matou seu zagueiro? – Pergunta Felipe.

- EU IA PERDER MEU EMPREGO – Grita André – A fama crescente de James estava trazendo muitos fãs, vendendo muitos ingressos e rendendo muito dinheiro para universidade... Um fato que um dos meus superiores não me deixava esquecer... Eu entrei no meu escritório e vi a carta de demissão...

- E ai você o matou? – Diz Narayani.

- Nós encontramos uma carta de demissão do James, ele estava saindo da faculdade para se tornar um jogador profissional, o que pensa a respeito disso? Estava irritado o bastante para matá-lo?- Pergunta Felipe.

- Eu desejo a todos os meus jogadores o melhor! – Diz André – Eu gostaria de dizer que eu posso confiar nas decisões que eles tomam... Mas eu estava decepcionado com James por sair da faculdade para tentar ser profissional... Eu fui falar com ele, para convencê-lo a ficar... – André respira fundo, ele passa a mão na cabeça e os encara – Eu levei o troféu para lembrá-lo dos nossos triunfos juntos...  Mas aquele idiota mal-agradecido disse que era melhor do que a universidade... Melhor do que o time... Então eu... Bati nele com o troféu... Agora não jogará para mais ninguém!

- E nem pra você... – Felipe retira as algemas da cintura e caminha para trás de André – André você está preso pelo crime de assassinato em segundo grau – Felipe o algema e o retira da sala. Narayani os segue pelo corredor.

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Felipe põe o caso arquivado na mesa de George.

- James insatisfeito declarou-se melhor do que o time, diminuindo o treinador André... – Relata Felipe -... Que ficou furioso e o levou para o passe mortal para o zagueiro!

- Felizmente o caso foi fechado ainda hoje... – Diz George.

- Sim! – Diz Felipe.

- Obrigado! – Agradece George.

Felipe vira-se e caminha até a porta.

- Hm, agente espere... – Diz George – Soube que teve atraso de dois membros de sua equipe!

- Sim, senhor, mas já falei com eles e isso não irá se repetir! – Diz Felipe.

- É bom mesmo, se não consegue nem controlar sua equipe, eu vou ter que te tirar das investigações – Diz George.

- Eles não irão se atrasar mais senhor, pode deixar! – Diz Felipe.

- Dispensado!

Felipe sai da sala e fecha a porta, ele afasta-se da sala.

The End.