The Second Noah Clan escrita por Second Noah


Capítulo 8
O projeto da Flor Negra - Parte 2


Notas iniciais do capítulo

Aqui está muahahahaha! Obrigada por esperarem ~



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Mitsuki? Uma segunda Noah? Não me surpreendia. Sinceramente, eu a estranhei desde a primeira vez que a vi. Ninguém parecia chocado com a revelação, e sim um leve ar de indignação pairava no ar. Tyki viu que ninguém demonstrava reação, então continuou a falar.

- Mit foi uma falha por dois principais motivos. – Esse apelido... – Especialmente por nunca ter sido fiel as ordens do Conde ou da família Noah. Tanto é que foi ela que nos convenceu a deixar o Clã. O segundo motivo foi porque... – ele parou um pouco e pareceu pensar no que iria dizer. – Mitsuki não tem um poder exato. Mas digamos que ela age como um “freio” que impede que os outros Segundos utilizem todo o poder que receberam da flor. Essa tal de Elizabeth que Jasdevi mencionou, nós meio que... Conhecemos ela...

 - Chamar a própria esposa de “falha”, “freio” e não fiel na mesma fala é cruel, não é, Sr. Mikk? – falou uma voz vinda de cima.

            Como eu sou uma pessoa com mínima decência mental, eu olhei para o duto de ventilação (tinha que ter um negócio desses na Base, por que né...), bem, estava aberto. Detalhe: Ele era localizado acima da mesa de Komui.

 - O que diabos...? – murmurou Komui

            Um corpo feminino simplesmente brotou na frente de Komui. Katherine simplesmente estava de cabeça para baixo, com metade das pernas no duto e o resto do corpo para fora. Ela estava de frente para Komui, com seus rostos separados por alguns centímetros. Um sorriso doce brotou em seu rosto.

 - Olá, Komui-san! – ela deu uma risadinha e logo deixou seu rosto ser tomado por uma expressão séria e meio ameaçadora. – Poderia me responder por que diabos eu não fui chamada para esta reunião?

            Komui, que tinha dado um pulo da cadeira e cobria a boca enquanto se engasgava com palavras e letras, tentava se recompor do susto. Ele se pôs ereto na cadeira e deu umas duas tossidas leves para disfarçar, mas ainda era perceptível que suas bochechas estavam levemente avermelhadas.

 - Você não tem ligação com o caso. – ele respondeu, levantando o olhar para ela. Ele apoiou novamente os cotovelos na mesa e encarou-a. – Por acaso você ouviu toda a discussão?

 - Não tenho ligação com o caso? – ela cruzou os braços, ainda de cabeça para baixo, e encarou Komui de volta. – É minha discípula que está em coma naquela merda de maca, e eu sou a única general dessa bagaça. Como eu não posso ter ligação com o caso? – ela arqueou uma sobrancelha. – E sim, eu ouvi toda a conversa.

            Komui suspirou levemente. Ele olhou para a papelada na mesa e depois voltou a encarar Katherine.

 - Então, se junte a discussão. – ele murmurou. – Mas pelo amor de Deus, saia da minha mesa.

- Eu estou sobre a sua mesa. – ela respondeu sarcasticamente. – Não seja estúpido.

            Katherine era meio que um ninja. Eu mal pude perceber seus movimentos antes de ela pousar de cócoras sobre as papeladas de Komui. Dessa vez, a Innocence estava presa em uma tiara, me refiro aquele laço branco gigante. Originalmente é apenas um laço, mas de vez em quando ela o usa como dois, colocando-os sobre sapatos ou os usando como prendedores de cabelo, ou até mesmo como gargantilha. De qualquer modo, ela encarou Tyki e fez gestos para que continuasse a falar, como se nada tivesse acontecido. O Noah apenas suspirou, tomou fôlego e voltou a explicar.

 - Como eu ia dizendo, nós meio que a conhecemos. – Tyki continuou.

 - Como assim? – perguntou Lavi. Ele estava interessado em algo e não dormindo. Um único momento onde Jasdevi e Lavi estavam sérios. Milagre ou apocalipse, eis a questão.

 - Os gêmeos Hawthorne são realmente surpreendentes. Não imaginava que a “gestação” deles seria tão curta. – argumentou Road, sorrindo ironicamente.

 - Hawthorne? – Samantha falou, esperando que alguém explicasse para ela alguma coisa.

 - Hawthorne, Road?! – Lavi exclamou, quase pulando da cadeira. – Você se refere à máfia de crime organizado?!?!

 - Yoooo! – ela respondeu, sorrindo de um jeito adorável.

 - Os gêmeos seriam as próximas cobaias da flor. – falou Devit com uma expressão tediosa, apoiando o rosto em sua mão. – Achávamos que o Lorde Mil realmente não seguiria com esse projeto, porém as crianças iriam servir de cobaia de qualquer jeito. Sinceramente, ninguém do Clã achava que daria certo. Por isso preferimos manter em segredo, pensamos que seriam apenas mais negócios para preocupar a mãe Joana.

 - Ainda não acredito que vocês realmente se referem à família Hawthorne... – murmurou Lavi.

 - Quem é a PORRA da família Hawthorne, mini panda?! – Katherine berrou, dando seu melhor para não dar uma voadora na cara de Lavi.

 - Vocês nunca ouviram falar da famosa família Hawthorne? – ele levantou uma sobrancelha e todos, exceto os Noahs, balançaram a cabeça negativamente. O Júnior suspirou e relaxou na cadeira. – Ehh... Já que o panda velhote não está aqui, parece que vou ser forçado a explicar.

            Todos ficaram em silêncio e começaram a encarar o Júnior. Eu achei a cena relativamente engraçada, pois Lavi meio que não reagiu muito bem aos olhares em termos de expressão.

 - Bem... – O ruivo deu de ombros. – Hawthorne... Eu li sobre eles faz um tempo. Esse nome simplesmente se refere a maior máfia de crime organizado já existente na Ásia Ocidental. O que marcou essa máfia não fora o ópio e as diversas drogas traficadas, nem a extrema violência utilizada por eles, e sim, uma tradição terrivelmente bizarra. – ele disse com uma expressão dolorosa. – A máfia Hawthorne se resume a uma única palavra: Psicopatia.  Eles seguem uma tradição onde as pessoas que comandam a máfia têm de ser gêmeos de sexos diferentes. Cabe sempre ao...

 - Desculpa por interromper, mas o que acontecia com os bebês comuns? – perguntou Samantha.

 - Eu iria chegar nessa parte. – ele suspirou e voltou a explicar. – Como eu ia dizendo, cabe sempre ao homem procriar a próxima geração de gêmeos. E se ocorrer de nascer apenas uma criança ou gêmeos idênticos, eles são mortos. Por isso que essa família é considerada desumana e tem a fama de terem psicopatia em níveis altíssimos. – ele tomou fôlego e logo voltou a explicar. – Eu li superficialmente uma matéria de jornal sobre eles, acho que faz uns dois anos... Enfim, eu soube que a máfia acabou porque seus dois líderes foram capturados e estripados em público na sede de outra enorme máfia de drogas. Se não me engano, parece que os gêmeos eram Vanessa e Alphonse. A última coisa que me lembro no momento, é que Vanessa e Alphonse foram a primeira geração de gêmeos, cuja qual quem gerou os sucessores fora a mulher. E outra, esses gêmeos estão desaparecidos, mas tudo aponta para que eles estejam mortos.

 - Se você chama isso de leitura superficial, eu gostaria de ver você explicando uma pesquisa sua. – Katherine resmungou.

            Ele deu de ombros, aceitando o elogio com um sorriso. O que Lavi havia nos dito chegava a ser desumano. Era realmente uma coisa terrível. E se os gêmeos desaparecidos... A garota chamada Elizabeth Hawthorne... Se o que eles nos disseram fora verdade... Tudo se conectava. Porém, meu pensamento fora interrompido por uma voz estrangulada vinda do corredor acompanhada por passos pesados e apressados. A figura da enfermeira chefe veio correndo e batera as mãos contra a mesa de Komui, quase derrubando Katherine. Mitsuki estava apoiada na parede segurando uma esfera negra, mas em pouco segundos, ela a guardou no seu bolso.

 - Komui-san! Komui-san! – berrou a enfermeira. – Bianca-san acordou!

            Bem. Depois daquilo, todos nós fomos correndo até o quarto onde ela estava. Os lábios dela formularam as palavras “Todo mundo está bem.” Ela nos lançou um sorriso caloroso.

***

            Uma igreja. Dezenas de cadáveres destroçados pelo chão. O mármore do chão agora coberto por poças rubras. Uma garota de cabelos dourados examinava as entranhas de um cadáver.

 - Que cu! – Ela rosnou, revirando os olhos. – Eu iria pegar o intestino pra mim, mas essa porra tá cheia de bosta grotesca! – disse ela, levantando o órgão longo e cilíndrico. – Ugh!

 - Elizabeth. – um garoto loiro ao lado dela deu uns risinhos. Ele examinava o crânio de outro cadáver que estava com a cabeça destroçada. – É nisso que dá pegar gente gorda, tem que escolher brinquedos melhores, como esse carinha aqui.

 - Vocês são realmente infantis. Se satisfazendo com corpos. – suspirou uma menina de cabelos negros pomposos e olhos roxos intensos. – Isso é vergonhoso.

 - Isso pode até ser divertido dependendo do cadáver, Nee-san. – disse um garoto de cabelos escuros e cacheados e os mesmos olhos intensos da garota, dando um sorriso. – Tipo, você não precisa ficar calada o tempo todo.

            Os gêmeos de cabelos dourados encararam outro cadáver não muito destroçado e lançaram sorrisos tortos um para o outro. A gêmea rapidamente engatinhara até a cabeça do cadáver e enfiou a mão em sua garganta.

 - Ele já está frio. – ela deu um riso estrangulado.

            Um portal negro da Arca se abriu na porta da igreja. Dele saíra o Conde, se apoiando em Lero. Ele se dirigiu às crianças girando o guarda-chuva no ar.

 - Brinquedo número um, Elizabeth Hawthorne. – ele falara, parando de andar e batendo o guarda-chuva no chão. A menina de cabelos cor de ouro levantou seu olhar para ele. – Brinquedo número dois, Louis Hawthorne. – o garoto loiro fez um bico ao pronunciar da palavra “brinquedo”. – Brinquedo número três, Fuyoko Yamamoto. – a outra garota suspirou. – E finalmente, brinquedo número quatro, Yui Yamamoto. – o menino de olhos roxos sorriu. – Tenho uma missão pra vocês e o outro.

            Um sorriso torto de dentes cobertos de sangue brotou nos lábios da garota de cabelos dourados.


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Notas finais do capítulo

O que acharam? Dúvidas serão respondidas ~ >w



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