Além da Meia-Noite escrita por viniciuskitahara


Capítulo 1
Prólogo


Notas iniciais do capítulo

OOOOOI!
Nossa, vocês não sabem o quanto eu senti a falta de postar no Nyah, ler reviews, etc e tal.
Eu ia esperar até amanhã para postar, mas como amanhã é o aniversário de 459 anos de minha cidade (São Paulo), ou seja, feriado, eu provavelmente não poderei postar por causa da minha vida social completamente movimenta (super, vocês nem imaginam).
Pois bem. Avisei a todos (ou não) sobre a postagem de Além da Meia-Noite, e espero que leiam e apreciem o prólogo.
OBS.: Fui forçado a colocar romance. Mas não terá tanto (ou quem sabe terá, não sei), mas este prólogo é romântico.
Até as notas finais!



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Ela colocou uma mecha de seus cabelos atrás da orelha. Olhou através da janela de peitoril de madeira, para ver apenas o sol brilhante de um belo dia de primavera. Perfeito, ela sorriu.

Saiu do quarto extremamente desarrumado, pegando apenas sua mochila e jogando sob o ombro ferido – uma semana antes, ela fora atingida por uma flecha durante um treino. Gemeu baixo, mas não ligou para a dor em si.

Quando saiu de casa, observou a paisagem ao redor. Havia as pequenas residências da vizinhança, com jardins bem-cuidados (diferentemente do dela), e, principalmente, a silhueta da Torre Eiffel, alguns quilômetros a sudeste. O sol brilhava, não forte, mas alegremente por entre as nuvens. Era um dia paradisíaco na França.

Ela não conquistara todos seus objetivos, mas, pelo menos, estava feliz. Ainda havia um desejo em seu íntimo, mas um desejo em vão. Não poderia trazer quem partira da morte. A morte não era como a vida: não havia jeito de ser revertida.

Balançou a cabeça, livrando-se daqueles pensamentos irritantes. Estava prestes a entrar na floresta à sua frente, mais uma vez, e a encontrar-se com grande parte da fonte de sua felicidade.

Andou cerca de um quilômetro na mata fechada, pelo caminho que já conhecia, até chegar em um pequeno regato, escondido entre as pedras. Ao lado dele, havia uma reentrância na rocha, por onde poderia passar uma pessoa bem magra, assim como ela era. Com algum esforço, conseguiu fazê-lo, entrando não na escuridão da caverna, mas na claridade de um dia ensolarado, mais do que em Paris.

– Ciclo Primaveril – falou ela para si mesma, sorrindo.

Logo a sua frente, havia um imenso castelo: torres e torrinhas, que chegavam a ter cinquenta metros de altura, feitas em estilo medieval. Muitíssimas janelas grandes, para que a luz natural entrasse com abundância. Atrás dela, havia um portão de ferro aberto, revelando uma escuridão abissal. Um rio cortava um campo cheio de gramíneas, seguindo em direção às montanhas altas, a oeste. Uma linha férrea saía do castelo, seguindo na mesma direção do rio.

Ao lado do portão, com uma chave enferrujada na mão, estava o homem mais bonito do mundo: com seus cabelos escuros e curtos, seus olhos sedutores e negros, além de seu belo sorriso...

– Eliot – falou ela, sorrindo também.

– Evelyn – respondeu ele.

A garota aproximou-se do incubus, e beijou-o.

– De volta novamente? - perguntou ele.

– Você não estava em casa – falou ela, beijando-o mais uma vez.

– Eu já estava indo – respondeu Eliot. A garota tentou concentrar-se em outra coisa que não fosse o rosto perfeito de seu namorado.

– Vamos ficar aqui parados, docinho?

Ela riu.

– Claro que não. Vamos logo.

Ela segurou-o pela mão, puxando-o novamente para a Realidade. No entanto, assim que chegaram à escuridão e ao espaço apertado, o incubus fechou o portão, trancou-o com a chave que estava em suas mãos e devolveu-a ao bolso. Só então continuou pela fenda estreita até saírem em Paris.

– Ah, a cidade-luz, a terra dos amantes... - poetizou Eliot.

– Vamos logo – apressou Evelyn, rindo, enquanto puxava-o pela floresta do dia de primavera. Era uma caminhada gigantesca, mas ela estava disposta a fazê-la. A conjuradora quase nunca podia sair com o incubus, e quando tinha permissão para passar o dia com ele, logo aceitava e o fazia.

– Ser uma Sagitária tem sido difícil? - perguntou ele, de repente sério.

– Um pouco... Bem, o treinamento é pesado: como sou principiante, preciso ter aulas de arco-e-flecha com Allyah três vezes por semana, sem falar das aulas de combate em mais três dias. Em geral, faço isso à tarde, porque de manhã eu tenho as tarefas comunitárias da Terra das Amazonas.

– E no dia que sobra? - perguntou ele, com um sorrisinho.

– Quando não há missão alguma, passo com você – respondeu, revirando os olhos. Não era óbvio?

Ele sorriu, e beijou-a na bochecha novamente. Talvez só perguntara para ter um pretexto para beijá-la.

– O que faremos hoje, minha linda?

– Eu estava planejando uma visita ao Museu do Louvre... Não acredito que moramos em Paris há quase dois meses e eu nunca vi a Mona Lisa!

– É um quadro minúsculo, se quer saber – falou Eliot – Em frente a ele, há uma pintura de guerra muito mais impressionante. Eu sugiro que nós tomemos um café em algum lugar...

– Mas eu quero lhe mostrar Paris!

– Eu já conheço Paris, meu bem – falou ele, abraçando-a. Então, eles sairam da floresta, chegando à rua onde ficava a casa onde moravam.

– Não. Você conhece Paris sem Evelyn. Está na hora de conhecer Paris com Evelyn – corrigiu a garota.

Eliot riu. Estava mais bem-humorado do que normalmente, o que mostrava que o namoro deles estava deixando-o alegre.

– Domingo que vem poderemos sair juntos novamente? - perguntou o incubus, com a expressão de quem se preparava para ouvir “não”.

– Está aprendendo os dias da semana da Realidade? - perguntou, irônica.

– Não mude de assunto – a expressão no rosto do demônio era séria, o que a fez parar com as brincadeiras.

– Não – respondeu Evelyn, com um tom de culpa na voz – Há uma missão. Pela primeira vez, uma missão importante.

– E qual é esta missão? E acima de tudo, quem vai?

– É algo que realmente precisa ser feito, e Allyah está contando com os seus melhores discípulos. E, como disse que eu preciso de experiência, colocou-me no grupo.

– Mas... - começou Eliot – qual é esta missão, então?

– Uma Sagitária foi capturada, e vamos libertá-la.

– Onde vocês vão? Não está pensando em voltar ao Céu, não depois do que aconteceu da última vez em que estivemos lá, né? Não acho que Zachary vá estar sempre para salvar-nos.


– Não, não é o Céu. Mas é um lugar tão perigoso quanto.


– Onde é? - pressionou Eliot. Evelyn ouviu o coração dele acelerar-se. Então, em uma tentativa infrutífera para acalmar a situação, respondeu, com a voz mais baixa:

– Nós três vamos invadir um castelo, onde a Sagitária está presa para ser servida em sacrifício durante o Ciclo Negro. Vamos ao Reino dos Vampiros.


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Notas finais do capítulo

E então, o que acharam? Falem bastante para compensarmos o mês que passou entre o epílogo de O Despertar das Succubus e o prólogo de Além da Meia-Noite.
***
Enquete: Você gostaria que os capítulos tivessem nomes?
( ) Sim
( ) Não
Se votar não, eles continuarão a ser apenas numerados.
É gratuito, e seu voto será mantido (mentira) no sigilo extremo (mentira de novo).
***
É isso. Provavelmente, posto o capítulo 1 (ou o capítulo "Como enfurecer um vampiro") no dia primeiro de fevereiro. Qualquer atraso, me perdoem, mas vocês sabem como é a "volta às aulas".
Enfim... Um beijo do magricelo e até mais!