O Assassino E As Ordens Militares escrita por Goth-Lady


Capítulo 2
Cap.2 Louis Lefebvre




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Louis voltou a trabalhar. Seu trabalho como novato não era nada agradável: carregar corpos.

– Como eu odeio esse trabalho. – Disse um dos colegas de Louis.

– Eu também! – Disse outro. – Eu daria tudo para não ter que carregar corpos.

– Vocês sabem o que aconteceu aqui? – Indagou Louis fingindo inocência.

– O maluco do Savanarola acha que a principal diferença entre a riqueza e a pobreza está nos livros e nos bens materiais e quer destruir tudo.

– Eu o ouvi dar ordens a alguns homens para matar membros de famílias ricas e alguns políticos opositores a ele.

– O problema foi o assassino desgraçado. – Retornou a falar o primeiro. – Ele tinha que matar nossos irmãos templários e dar mais corpos para a gente carregar?!

O trabalho deles não terminou por aí. Eles tinham que carregar corpos por todos os lugares em que Ezio esteve. Cada vez que eles tinham que carregar um corpo, Louis ouvia xingamentos e reclamações. Ele ficou tão irritado que mandou seus companheiros calarem as bocas e tomarem no cu, pois já bastava o trabalho desagradável e ainda tinha que ouvir reclamações o dia inteiro. Apesar disso, ninguém conseguiu entendê-lo, pois devido à fúria, Louis gritou em sua língua materna.

A verdade era que Louis Lefebvre era francês. Ele vivia em Toulouse, mas fugiu de casa aos nove anos atrás de aventuras criadas por sua mente infantil, mas seu espírito sempre foi determinado. Acabou na Itália, onde teve que arrumar um subemprego e aprender a falar italiano. Durante sua infância, ele conheceu Reinaldo Soderini e se tornaram grandes amigos.

De volta ao quartel general, os novatos foram para o campo de treinamento, mas Louis disse que precisava lavar algum cômodo e foi reunir informações. Como esperado, ele ouviu ordens serem dadas a procura de integrantes de famílias celebres, inclusive o nome de Reinaldo foi mencionado, e alguma coisa sobre a maçã do éden. Louis estava para cometer a maior loucura da sua vida.

Com os outros ocupados, Louis entrou furtivamente nos arquivos dos templários. Ele procurava informações sobre o que seria essa maçã. Ele acabou encontrando documentos da guerra santa, da época em que os templários seguiam os fundamentos pelos quais a ordem foi fundada até a condenação dos templários e o ressurgimento da ordem, além de conter informações sobre os assassinos e outras duas ordens militares. Louis arrumou uma maneira de botar os documentos debaixo da túnica e saiu de lá.

Louis voltou para casa e encontrou Reinaldo em choque.

– Tudo bem?

– Dá só uma olhada nisso. – Estende a carta.

– Agora não dá tempo. Temos que sair daqui enquanto temos tempo. – Procurando uma mochila.

– O que aconteceu?

– Estão atrás de você. – Enfiando o que tinha debaixo da túnica na mochila.

– Isso é óbvio.

– E eu acabei de desertar a ordem e de roubar documentos também.

– Você o que?!

– Escute, não temos tempo para conversar. Pegue o que puder e vamos.

Com as mochilas arrumadas, os dois amigos saíram o mais rápido possível. Eles se escondiam o máximo possível em carros de feno e de folhas mortas, atrás das pessoas, nas multidões, mas quando viram que ia ficar mais difícil, eles foram para os telhados.

– Para onde vamos? – Perguntou Reinaldo.

– Eu não sei. Do jeito que as coisas estão, vamos ter que sair de Florença.

– Não estamos longe do portão da cidade. Vamos.

Os dois seguiram para os portões da cidade. Chegando lá, havia muitos guardas.

– Droga, como a gente vai passar?

– Tive uma ideia.

– Ah não, Louis, toda vez que você diz isso acaba nos metendo em confusão.

– Vem.

Os dois foram até a rua de trás onde tinha um cara se exibindo com um cavalo. Louis o pegou pelo colarinho, o derrubou do cavalo e montou no animal. Reinaldo não aprovou a ideia, mas eles não tinham alternativa. Louis saiu cavalgando em disparada contra os guardas. Eles saíram da frente, mas não demorou para que gritassem palavrões e ordens de captura. Logo, guardas montados estavam atrás deles.

– Eu não disse? Toda vez que você tem uma ideia, nos mete em confusão.

– Eu não contava com isso. Pegue a minha espada e mate-os.

– Ficou louco?!

– Quer se livrar deles ou não?

– Eu não vou matar ninguém!

– Então segura aqui.

Louis deu as rédeas para Reinaldo, fez uma manobra para desviar do amigo, pegou a sua espada e começou a lutar contra os guardas. Ele matou todos os que chegaram perto e não havia mais sinal de seus perseguidores.

– Rá!

– Ai caramba!

– Eu sei, eu sou demais.

– Não! Ai caramba aquilo ali!

A passagem estava bloqueada por troncos de árvores. Eles tentaram aumentar a velocidade e saltar, mas na hora do salto, o cavalo se assustou, parou de repente e lançou os dois amigos por cima dos troncos. Eles caíram e bateram com a cabeça no chão.


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