My Second Life escrita por KáAndrade


Capítulo 3
Party or... Whatever.


Notas iniciais do capítulo

Boa leitura :)



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“Ok.. tudo que Percy e Grover me falavam era verdade. Quer dizer, que eles eram Percy Jackson e Grover Underwood do livro, e que existe o Acampamento Meio-Sangue e coisa e tal. Como eu descobri? Bem, conheci Blackjack. Foi tão louco, estranho e legal ao mesmo tempo. E viajar montada nele também não vai ser nada mal. Mas não podemos viajar ainda. Estava bem excitada com esse lance de viagem até o Acampamento, mas não posso deixar minha irmã sozinha em casa. E papai e mamãe só vão chegar daqui duas semanas! Sabe-se lá o que Samantha irá querer aprontar nesse tempo... Além disso, prometi ao meu pai que iria cuidar dela, e é isso que farei. Ah, nota: Lucas voltou a falar comigo. Isso é demais, não?! Mas só voltou porque eu disse que iria para o Acampamento com Percy, Grover e Rachel. E ele disse que iria junto com a gente. Não sei o que fazer sobre ele, btw. Acho que ele não gosta muito da Rachel, mas ela gosta dele, isso é óbvio. Não sei se eles estão namorando ou o que, mas preciso descobrir.”

— Lana, está pronta? — Sam bateu na porta do quarto, entrando.

— Estou sim — sorri. Bem, não estava de vestido nem nada. Só usava uma blusa comum e um jeans com tênis. Nunca fui de me arrumar muito. Eu não gosto disso. Mas minha irmã estava linda.

— Bem, o que você acha? — perguntou ela, girando. Usava uma blusa tomara-que-caia preta, um short de seda branco, e um sapato de salto muito alto (eu nunca me atreveria a usar um daqueles, por medo de cair), e o cabelo enrolado por cima do ombro.

— Esta perfeita — sorri, sincera.

— Obrigada — ela sorriu de volta, e me levou lá para baixo. E eu estava certa. A festa estava demais. Quero dizer, já estava preparada, vários potes de salgadinho e coca-cola, além de algumas bebidas alcóolicas enxiam a mesa, e uma balada alta tocava, enquanto as luzes dos lustres transformaram-se em globos de festa.

— Estão gostando da festa? — perguntei para Percy e Grover.

— Ah, estamos sim — Grover bebia uma coca, mas percebi que ele estava louco para comer a latinha, e ri.

— Isso aqui é demais. — Percy concordou. — Sua irmã sabe como dar uma festa.

P.O.V. – Ryan.

— Ei, Lana, posso falar com você? — sorri fraco para os idiotas, e caminhei com Lana até um lugar mais afastado da festa.

— Ah, você veio — ela sorriu.

— É, eu vim. — disse. — É verdade o que Sam disse? Que você vai para um acampamento? — perguntei, impaciente.

— Vou sim. Mas...

— Você não pode ir — interrompi.

— E porque não? — ela perguntou, cruzando os braços.

— Porque esses caras ai são loucos. — apontei para o tal de Percy Jackson e seu amigo. — Tenho certeza que eles sairam de algum sanatório.

— Não tem nada a ver — riu ela. — Eu preciso ir.

— Porque?

— Não é da sua conta — disse rápido demais. E, para dizer a verdade, me assustei com a sua resposta. Ela nunca fora assim. — Quero dizer, são problemas pessoais que tenho de resolver...

— Olhe, Lana, eu vou ser bem sincero com você. — suspirei. — Fiz uma pesquisa sobre esses caras. E eles são mesmo loucos. Acreditam fielmente de que são Grover Underwood e Percy Jackson dos livros. E provavelmente querem te levar para o “acampamento meio-sangue” por que acreditam que você é uma semideusa. — agora foi minha ver de rir.

— Eu não sou uma semideusa — confirmou ela. — Olhe, não me importo com isso. Eles são meus amigos. — deu de ombros.

— Tudo bem então... — a puxei pela cintura, fazendo carinho em sua bochecha antes de beijá-la.

P.O.V. – Rachel.

— Oi — sorri largamente ao encontrar Lucas no bar, dando um beijo em sua bochecha. — Que bom que está aqui.

— Oi. — ele respondeu, sem tirar os olhos de um ponto atrás de mim. Quando virei-me, deparei com o amasso de Ryan com Lana. Bufei. Lucas ainda estava apaixonado por ela.

— Ok, sem corações partidos hoje — disse, chamando sua atenção.

 — Do que está falando? — perguntou ele, rindo. Revirei os olhos.

— Sobre Lana. — dei de ombros. — Fale a verdade, Lucas. Você gosta dela. É óbvio. — suspirei, segurando o choro.

— Eu só não acredito que ela gosta desse babaca ai atrás. — murmurou ele, amargamente. — Qual é, Lana merece coisa melhor.

— Sei que merece. Mas, agora, ela gosta do Ryan. Você devia seguir em frente. — disse, me escorando no bar.

— Você deve estar certa — acabou de beber seu tônico e devolveu o copo para o bar. — Quer dançar?

— Claro — sorri, ele segurou minha mão, e nos encaminhamos até a improvisada “pista de dança”. Começou a tocar 22, da Taylor Swift.

— Então... — comecei, sem saber o que falar. — Você nunca gostou de outra garota além de Lana?

— Bem, não. — suspirou. — A verdade é que eu a conheço há, tipo, 15 anos. Ela sempre foi minha melhor amiga, e... bem, uma coisa levou a outra.

— Entendo. — respondi. — Mas, talvez, você está tão acostumado a gostar dela, que não pensa que poderia se apaixonar por outra pessoa. Talvez você goste da rotina. É como se gostar de Lana fosse sua zona de conforto. Você sentiria-se perdido se descobrisse que não sente mais essa paixão

— Você virou minha psicóloga agora? — recomeçou a rir, e eu o acompanhei.

— Desculpe. Mas, vamos encarar a realidade: Lana está namorando Ryan agora. Vocês brigaram e ficaram sem se falar por 1 ano. Mesmo que você goste dela, talvez, só talvez, não é tão intenso quanto você pensa.

— E você sugere...?

— Sugiro que pense um pouco melhor sobre seus verdadeiros sentimentos por Lana. Talvez você só a queira protegida, e essa foi a maneira de protegê-la, estar apaixonado por ela. — ah meu Deus, como eu queria que ele soubesse que eu estou apaixonada por ele...

P.O.V – Lucas.

Tudo que Rachel disse pra mim sobre Lana me soou familiar, apesar de eu não saber bem o porquê de ela estar fazendo isso, sei que, em parte, é verdade. Lana é como uma irmã pra mim, e tenho de descobrir o que sinto por ela. Meus sentimentos estão embaralhados. Talvez seja só proteção. Talvez eu a ame. Não sei dizer bem o que é verdade.

— E você? — gritei para Rachel, já que agora a música estava mais alta, e tocava Mr. Brightside, do The Killers. — Você está apaixonada?

— Não! — respondeu ela, rápido demais. — Não me atreveria a me apaixonar. Sei que, por ser filha de Afrodite, deveria adorar o amor, mas eu só o vejo como... bem, eu não sei.

— Mas você é linda! Devem ter milhões de garotos na sua cola — eu vi seus lábios se mexerem, indicando que falava, mas não consegui ouvir. Falava em um sussurro.

— Sim, tem — confirmou com a cabeça. — Mas não são assim tão especiais.

— Tenho uma ideia. — sorri. — Deveríamos encontrar pessoas um para o outro, o que acha?

— Eu procurar alguma garota para você? — murmurou ela, séria.

— É! — a música acabou e eu passei o braço pelo seu ombro, caminhando com ela até algumas mesinhas, e sentando. — Isso parece bom. Como somos amigos, procuraremos a melhor pessoa para o outro. E ai, topa?

— Seria perfeito — disse ela, mas me pareceu mais como uma ironia. Ela estava estranha.

P.O.V – Percy.

— Hey, Grover. — sussurrei para meu melhor amigo, que estava comendo de alguns salgadinhos. — Olha lá. — apontei para um garoto que me parecia familiar, eu não sei de onde. — Você consegue se lembrar de onde o conhecemos? — perguntei. Ele tinha uma tatuagem no braço esquerdo, um dragão, mais precisamente,  o cabelo raspado, e uma cara de mal.

— Eu não sei... — Grover coçou sua barba. — Mas ele não me parece muito amigável.

— Também acho — concordei, e me encaminhei até o garoto. Quando seus olhos se encontraram com os meus, ele os estreitou, e desembanhou uma espada. Corri para a contra-corrente que sempre está no meu bolso da calça. Todos recuaram, os olhos surpresos, e Lana logo nos encontrou.

— O que está acontecendo? — Ela perguntou a Grover.

— Eu me lembro de onde te conheço! — gritei. — Você estava no navio com Luke!

— E quase matei sua preciosa Annabeth. — deu uma gargalhada. — E agora estou prestes a matar  você. — desferiu um golpe em meu peito, rasgando minha camiseta. Ardia como o mundo inferior, e tentei controlar a vontade de chorar. Desferi um golpe em seu rosto com contra-corrente, mas ele se defendeu. Olhei para o lado por um momento e vi Rachel se preparando para lutar junto comigo.

— Não! — gritei para ela. — Por motivos pessoais, eu prefiro matar este aqui sozinho. — ele me desferiu outro golpe com o punho da espada em meus joelhos, me fazendo cair. Levantei-me rapidamente, ignorando o estalo que meu joelho fazia, e a dor no mesmo. Estava mancando, mas precisava me recuperar.

— Quem é essa que está com vocês? — perguntou, se referindo a Lana, e parti para cima dele, que parecia prever meus movimentos e se defendeu sem grandes problemas. Eu não fazia ideia do que os mortais estavam vendo com a névoa, mas eles pareciam excitados com o nosso pequeno “show”. Até mesmo Lucas parecia entender o que acontecia.

— Faz diferença para você? — gritei para ele, espumando de raiva.

— Faz — respondeu, rindo. — Talvez quando for matar todos vocês, a pouparei, sabe... Ela é uma... — mais uma vez, ele me jogou ao chão quando acertou a ponta da espada em minha bochecha. Aquela lâmina era no mínimo amaldiçoada. Parecia que queimava todo o meu ser de dentro pra fora. — gata. — completou.

— Tudo bem, agora chega! — Rachel entrou em minha frente, me defendendo, e, em seguida, pegando sua faca. Era menor do que a de Annabeth, fina e brilhante. — Vamos ver o que sabe fazer, espertinho. — Grover me ajudou a levantar, com esforço, já que meu joelho doía muito e estava bastante machucado, me levando para a mesa mais próxima.

P.O.V – Lana.

Estava paralisada. Vi meu amigo ser machucado e não sabia o que fazer. Não sabia se me colocava entre eles e o defendia — com a grande possibilidade de minha morte no final —, ou se assistia, quieta, á morte de Percy. Eu odeio não ter o controle de meus poderes. Me sinto uma inútil, e me pergunto o porquê de Percy e Grover estarem aqui, para me levar para um lugar seguro como o acampamento meio-sangue, de me acharem especial, sendo que eu nem ao menos sei o que posso fazer com o dom que tenho. Nem ao menos sei o que sou. Rachel estava lutando com o grandalhão bad boy, e ela era mais ágil que Percy. Só recebera alguns arranhões até agora. Mas o garoto também não levara nem um golpe. Fui atrás de Percy e Grover.

— Como você está? — perguntei a ele, preocupada.

— Bem, sinto como se um veneno tenha penetrado em meu corpo e que vou morrer a qualquer momento, mas, fora isso, estou ok. — Percy esboçou um sorriso.

— Ah meus deuses — sussurrei. — Eu vou entrar lá.

— O que? — Grover gritou. — Você não pode! Vai ser morta!

— Não, eu não vou. Confie em mim. — disse a ele, e voltei para a aglomeração de pessoas, passando pela multidão. Como havia imaginado, Rachel também não estava em suas melhores condições. Sei que deveria odiá-la, mas, encaremos os fatos, Lucas é amigo dela, e ele estava mal. Eu percebi pela sua cara que ele vira o que era real, e não o que a névoa inventava. Ele sabia que talvez sua amiga poderia morrer. Senti um grande espasmo percorrer o meu corpo, virei-me para o bad boy e o acertei bem no peito, ele caiu para trás, batendo a cabeça na mesa de vidro. Vi o sangue jorrar por seu corpo inerte, e senti um enjoo. Eu havia matado uma pessoa. Uma pessoa do mal, mas uma pessoa. Virei-me para a multidão á procura de minha irmã, que me olhava com espanto.

— O que você fez? — sussurrou ela.

— Olha, precisa tirar todos daqui. Todos! — instrui. — Eu vou te explicar tudo mais tarde.

— Você é um monstro! — gritou ela, se afastando rapidamente. Procurei por Rachel, que estava sentada na mesa com Percy, Lucas segurando sua mão. Tentei ignorar o que acabara de ver, e fui até eles.

— Você está bem? — perguntei.

— Estou — confirmou com a cabeça. — Obrigada. — olhei mais atentamente para os dois. Percy não conseguia se levantar. Talvez tenha quebrado o joelho, e estava com ambos os machucados — do peito e do rosto — muito abertos. Rachel tinha parte do cabelo cortado, um olho roxo, e os braços cheios de feridas. E percebi que, se eu não tivesse entrado na briga, os dois estariam mortos nesse momento. Então não senti mais pena daquele bad boy. Ele mereceu.

— O que vamos fazer? — suspirei.

— Temos de ir para o acampamento meio-sangue o mais rápido possível — Percy murmurou.

— Não com você nesse estado! — repreendi, nervosa. — Quem era aquele garoto?

— Provavelmente outro seguidor de Gaia — Grover respondeu por Percy. — Eu tenho uma ideia, mas preciso passar uma mensagem de iris para uma pessoa antes — respondeu ele, olhando para mim. — Eu já volto. — e saiu porta afora.

— O que ele vai fazer? — perguntei, realmente curiosa. Grover tinha as ideias mais loucas.

— Acho que vai mandar uma mensagem de iris para o Quíron para avisar o que aconteceu — Rachel deu de ombros.

 — E talvez pedir para o Leo vir para cá para nos levar para o acampamento. — Percy completou.

— Leo Valdez? — perguntei, sorrindo. Leo era, sem dúvida nenhuma, meu personagem preferido de “Herói Perdido”

— Leo Valdez — Percy confirmou, sorrindo.

  


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Notas finais do capítulo

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