— Você ta me perseguindo ? – perguntei quando notei que era Bernardo.

— ta doida? Estava fazendo meu trabalho, como todo mundo .

—mas a voz disse que o museu fechou não ouviu ?

— Não ... Não, espera a gente ta preso aqui ?

— O que acha, seu idiota?

— Eu tava ouvindo musica com o fone nem percebi, droga – ele pegou o celular e começou a discar um numero.

— Ei Henri ? Tá me ouvindo, Alô ? ... Droga. O celular descarregou.

— Aii não acredito nisso.

— Tenta com o seu

— Certo. - falei caçando o celular na bolsa .

— Droga, o João Vitor pegou meu celular pra tirar fotos.

— Fala sério. – ele disse sentando em um banco .

— Eu não sei o que pior , ficar presa aqui com fome ou ficar presa com você , aah espera ai eu sei sim . – falei ironicamente .

— Eu não queria ficar preso com você também não e você porque não saiu se ouviu a voz ?

— minha bolsa caiu e derrubou tudo de dentro e demorei demais pra juntar .

Ele apenas suspirou e eu fiz cara de tédio , eu estava furiosa , teria que ficar presa com ele ali por 1 hora e meia e eu realmente estava com fome.

— Eii tem alguém aí? Abre aqui . – batia na porta com esperança de que alguém ouvisse .

— Não adianta os funcionários devem ter saído e essa porta é automática só abre apenas no horário do segundo turno.

— Que ótimo! – falei irônica.

— Ah Duda por favor , não seja infantil .

— Infantil ?

— Você ai com essas ironias, isso foi um acidente.

Ficamos calados por mais alguns minutos e ele finalmente quebrou o gelo:

— Você realmente gosta do João ?

— sério? quer falar sobre isso?

— Sim, me responde .

— Gosto. –falei seca

— mais do que de gostava de mim ?

— Qual é a tua Bernardo ? Você não terminou comigo? O que você tem haver com isso? Por que bater no João por achar que ele passou a noite comigo?

— Vocês passaram ?

— passamos 

— Eu sabia 

— Eu e ele assistimos um filme a noite toda e adormecemos 

— Só isso ?

— Mas ele tentou te dizer isso não é? mas você apenas agiu como um animal e bateu no seu próprio irmão.

—Eu pensei que ...

— Que eu e ele tivéssemos transado?–falei sincera e reta sem rodeios .

— Foi . – ele falou abaixando a cabeça.

—E se nos tivéssemos? você não disse para eu superar, escrever um novo capitulo na minha história? Eu estou tentando, mas você esta atrapalhando .O que você quer? Toda vez que eu tento seguir em frente, você aparece, eu não te entendo . – saiu uma lagrima do meu rosto e eu limpei rapidamente .

— Eu não posso te explicar 

— idiota 

— Eu sei que to agindo de modo contraditório , mas se afastar de você é a melhor solução.

— É? então se afasta de vez por que você só ta me ferindo cada vez mais.

— Me perdoa

— Você desistiu mesmo ? De tudo.

— Eu preciso fazer isso, é o certo.

— você não gosta dela não é ?

— Da Julia ? eu gosto sim. – ele falou nervoso.

— Mas a ama ? – duvidei

Ele demorou e respondeu:

— Não, mas ela é o melhor pra mim, ela me ajudará nas conquistas das empresas .

— achava que você não ligava pra empresa ?

— Eu ligo agora.

— Que ótimo, então me esquece e deixa eu e o João em paz.

— é o que eu quero – ele afirmou .

— Babaca 

— Cresça Duda. – ele levantou do banco.

— CRESÇA você.

— Que infantilidade, larga de ser boba.

— Boba ? que ridículo você é.

—Tonta.

— Burro . – ele se aproximou mais .

— Tapada

— Covarde. – eu e ele já estávamos próximos um do outro .

— marrenta . – e quando eu iria ofende- lo novamente ele me beijou com todo desejo.

E eu no inicio resistia e tentava fugir, mas logo depois eu me entreguei ao sabor do beijo intenso que ele me dava, ele me encostou na parede e nossos corpos encaixavam, suas mãos agarravam minha cintura , enquanto as minhas segurava o pescoço dele. Ele me puxou mais para si e como matássemos a saudade naquele beijo.