A Casa De Hades escrita por Renato


Capítulo 9
Capítulo 10 - Frank


Notas iniciais do capítulo

Espero que gostem



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/322624/chapter/9

                                       Frank

Frank estava impressionado com Arion. O cavalo conseguiu atravessar todo o Oceano Atlântico, o Mar Mediterrâneo em apenas dois dias e sem reclamar. Depois, conseguiu a proeza de ir da Albânia até o Monte Parnaso em duas horas.

- Cara, se eu tivesse ouro, te daria sem reclamar. – ele disse para o cavalo.

Arion relinchou o que poderia ser tanto um elogio quanto um xingamento. Hazel ergueu as mãos e duas pepitas de ouro, do tamanho do punho de Frank, brotaram no chão. O cavalo as pegou com a boca e mastigou como se fosse maçãs.

- Agora é só subir. – falou Nico.

Frank olhou pra montanha e achou um pouco difícil subir.

- Vamos escalar, eu viro águia e levo vocês ou o que? – ele perguntou.

Arion relinchou bem alto e Hazel riu.

- Tradução, por favor. – pediu Nico.

- Ele diz que pode nos levar até lá, mas precisa de mais uma pepita de ouro e de cinco minutos pra fazer a digestão e preparar os cascos. – traduziu Hazel.

Ela levantou as mãos novamente e puxou mais uma pepita. O cavalo se aproximou e pegou.

- Parece que tem mesmo uma grande quantidade de pedras preciosas por aqui. Hazel, você pode fazer analisar a área? – Frank perguntou.

A garota fechou os olhos e se concentrou. De repente, ela abre os olhos e quase desaba no chão, mas Frank a apoia. Hazel se senta, bebe um pouco de água e se recupera.

- Tem uma grande quantidade, vai ficando maior à medida que vai se aproximando do topo. Lá em cima, a quantidade é muito grande. Eu tentei ver mais e desabei. - ela explicou.

- Então vamos subir. Arion você está pronto? – quis saber Nico.

O cavalo relinchou em aprovação. Nico e Hazel subiram e Frank virou uma águia. Arion disparou montanha acima, com o grandalhão atrás deles.

Ao atingirem o topo, Arion freou e quase que Frank se colidia com ele.

- Isso não deveria estar aqui. – afirmou Nico.

Frank voltou à forma humana e observou o lugar, de boca aberta. No centro do da cratera aberta no Monte Parnaso, erguia-se um enorme templo no estilo grego, com colunas de mármore branco polido, que brilhavam a luz do sol. Um homem estava apoiado em um cajado de madeira, olhando diretamente pra Frank, fazendo o garoto estremecer.

- Tem um homem ali. – sussurrou Nico, apontando para o homem do cajado.

Numa fração de segundo, o homem desapareceu do templo e surgiu ao lado deles, fazendo Frank saltar.

Ele usava uma túnica grega em tom metálico, quase dourado; braceletes de ouro que cobriam todo o antebraço; um manto nas costas, que pareciam ser feito de penas de coruja e sandálias de couro. Era alto, musculoso, tinha mãos grossas e fortes, a barba longa e cinza, o cabelo curto e grisalho, olhos castanhos claros.

- Quem são vocês? – o homem perguntou. Ele tinha a voz grave, mas clara.

- Nós somos semideuses. Eu sou o Frank, ela é a Hazel e ele é o Nico. – Frank apresentou.

- E o senhor? – Hazel quis saber.

- Eu sou o titã Céos.

Frank estremeceu. O Acampamento Júpiter tinha derrotado um dos titãs, chamado Crio, mas os outros, Frank não sabia e nem tinha conhecido.

- Mas porque está aqui? Todos os titãs foram derrotados na Guerra, certo? – perguntou Nico.

- Todos, menos eu. Crio foi derrotado pelos romanos; Jápeto caiu no Rio Lete; Hipérion está preso naquela árvore no Central Park, em Manhattan; Atlas está segurando o céu; Prometeu está escondido nas ruínas do Monte Otris; Cronos foi destruído. Mas eu não participei da Guerra e nem sai da Grécia, como os deuses. Eu fiquei aqui. – ele explicou.

- Mas você lutou ao lado dos titãs na primeira Guerra, segundo os mitos. – rebateu Hazel.

- Exatamente. Achei que eu e meus irmãos podíamos vencer. Mas estava errado. Sabia que tudo isso iria se repetir, mas evitei o desgaste e fiquei aqui. Me instalei aqui e estou bem feliz.

- E quanto a sua esposa? – Frank perguntou.

- Ah, Febe. Ela está visitando a irmã, Réia. Parece que ela está sofrendo umas dores de cabeça. - respondeu o titã.

- Hum, viemos aqui em uma missão. – disse Hazel.

- Estamos aqui na Grécia pra deter Gaia. – continuou Nico.

- E precisamos de alguns metais que estão enterrados aqui nessa montanha. – concluiu Frank.

O titã olhou pra Frank com um olhar que misturava pena e solidariedade.

- Frank Zhang. Eu conheço seus segredos e poderes, assim como suas fraquezas. Algo grande te aguarda em Épiro, cuidado.

Frank se sentiu tonto e quase caiu, mas o Céos o apoiou.

- Vamos entrar. – o titã falou, apontando para o templo.

O lugar era ainda mais bonito por dentro. Uma mesa de madeira estava no centro. Do outro lado tinha uma lareira com dois sofás em frente, um arsenal na esquerda, algumas estátuas do lado de cada pilar. Alguns quartos estavam mais no fundo.

- Que lugar incrível! – exclamou Hazel.

- Obrigado, levei 500 anos pra deixar assim.

Eles se se sentaram à mesa de madeira.

- Pois bem, então vocês estão em uma missão. E precisam de minha ajuda.

- Sim, precisamos de Bronze Celestial. – disse Frank. - Para uma máquina do nosso amigo Leo...

Ele contou toda a história deles, desde que partiram do Acampamento Júpiter até a chegada deles na Grécia. Enquanto isso, Céos estalou os dedos e fez aparecer um banquete pra eles.

- Nunca imaginei isso da parte de Hera. Unir os dois acampamentos é como incentivar um massacre. – ele falou.

- É o que está acontecendo. Os dois acampamentos estão bem próximos de começar uma Guerra. – disse Nico.

- Então eu estou disposto a ajudar vocês. Vamos derrotar os Gigantes. – disse Céos.

Frank arquejou. Não achou que seria assim tão fácil.

- Mas precisamos de alguns metais pra levar pro Argo II, se não se importar. – ele lembrou.

- Claro, fiquem a vontade. Vou buscar meu transporte e já volto.

Frank e os outros saíram da casa e Frank olhou para o céu. De longe, já tinha passado do meio-dia. Quando ele olhou para o outro lado, Céos estava montado numa coruja gigante, de penas cinzentas.

- As reservas de Bronze Celestial estão no outro lado da cratera.

- Nico, você fica aqui com Arion e nós vamos lá buscar o Bronze. – disse Hazel.

Frank e Hazel foram pra o lado norte da cratera. Três grandes folhas de Bronze, com 5 metros de diâmetro estavam empilhadas no canto.

- Acho que é suficiente. – Frank disse.

Ele abriu a mochila, que sugou as três folhas pra dentro. Hazel apontou para algumas pedras preciosas e Frank aproximou a mochila, sugando todas. Frank também guardou algumas flechas e ia pegar um machado quando Nico gritou de dor.

Os dois voltaram correndo pra entrada do templo.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

O que acharam?
Deixem reviews
O proximo é especial da Piper