A Rainha De Roma escrita por Messer, elleinthesky


Capítulo 3
Belona


Notas iniciais do capítulo

Desculpa pela demora!



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Catherine teve vontade de voltar para os cães.

Depois de tudo o que ela passou ainda iria aguentar um julgamento desse tal de Octavian? Mas essas eram as regras. Ela sabia muito bem disso. E, realmente odiava. Catherine nunca foi muito boa com regras. Ela sempre era punida. Mesmo sendo centurião sênior.

Cath parou bruscamente. Como pode se permitir lembrar disso? Butch também parou, percebendo a ausência da companheira. Ele franziu a testa e tombou lentamente a cabeça. Como ele era uma gracinha. Tirando a lança, ele era uma gracinha. Ela colocou a mão na cabeça e continuou a andar.

– Me desculpe, fiquei um pouco tonta.

Ele arrumou a postura, ainda aparentemente desconfiado, mas continuou a andar. Eles passaram por vários prédios bem alinhados, com semideuses lendo, dormindo em redes ou jogando cartas. Cada conjunto de prédios tinha um animal como símbolo, como o que ela vivia. Isso a deixou mais triste, e a raiva começou a crescer.

– Eia! - Gritou um semideus que estava carregando algumas espadas e lanças. Parecia que as armas começaram a criar vida própria, querendo atingir qualquer um pelo caminho.

Catherine se assustou. Ela não percebeu o quanto deixou seus pensamentos fugirem de controle. Ela arrumou a postura, empinou o queixo e o nariz para cima, como costumava a fazer para conseguir o controle na Legião e continuou a andar.

As pessoas a deixavam passar a medida que caminhava, alguns desviando o olhar, envergonhados, e outros ficando boquiabertos com o poder de liderança da garota. No fundo no coração, Catherine adorava aquilo, ser respeitada. Mesmo quando não tinha nenhum motivo para tal.

Eles continuaram caminhando pela Legião, passando por várias coisas bem legais. Ela até quis parar para comprar algumas balas, quando passaram pela loja de doces, mas, quando disse isso, Butch olhou feio para ela, então decidiu esquecer.

Eles continuaram a andar, até passar por uma série de placas de identificação, com Nova Roma, Legião, Campo de Marte e até mesmo Mundo Inferior. Era igual a da minha legião, pensou Catherine. Mas se chamou de idiota por lembrar aquilo. A legião não existia mais. Foi aniquilada. Ela não podia se dar ao luxo de lembrar. Isso só iria acabar com a garota.

Eles pararam, e Butch analisou atentamente as placas. Estavam em um biforcamento, com um logo caminho seguindo reto e outros indo pelas laterais. Eles continuaram a andar, seguindo pelo caminho logo, com uma colina com o que se pareciam templos no alto. Um reluzente e maior tinha raios vermelhos atingindo o céu, uma vez ou outra.

– Octavian está lá - Butch disse, com uma careta no rosto. Esse Octavian deveria ser pior do que a meia suja e fedorenta que Catherine tinha imaginado.

Eles andaram em silêncio, passando por templos. Um vermelho, com caveiras em lanças ensangüentadas, outro feito de ossos e com pedras preciosas em seu meio. Havia estátuas de deuses, que pareciam segui-los com seus olhos vazios de mármore. Cath parou bruscamente de novo.

– O que foi? - Butch disse, franzindo o cenho, parecendo meio irritado. Então seguiu o olhar de Catherine, que ia para a esquerda da garota.

Era um templo não muito grande, mas não tão pequeno, como os de Netuno ou Ceres. Ele era de uma cor difícil de identificar, mas parecia com sangue seco. Havia armas acima da entrada e dos lados.

Catherine se desviou do caminho e entrou dentro do templo.

Ele era assustador para qualquer um, a decoração sangrenta de batalha, com suas lanças, espadas e outras armas expostas. Não chegava a ser como a de Marte Ultor, mas era igualmente terrível. Butch entrou, olhando estranho para Catherine, e ele estava tento calafrios. A guerra não era um dos seus assuntos mais favoritos.

E Catherine quase se sentia em casa. As armas, os escudos amassados, e tudo era tão familiar! Mas aquilo a fazia lembrar de casa... Ela estava distante, perdida em pensamentos. Ela se aproximou da estátua de Belona, onde havia um pequeno altar com algumas frutas, que não pareciam tão recém colhidas assim, mas ainda eram comestíveis. E havia o suficiente para alguém ter um almoço bem farto.

Ela se ajoelhou aos pés da deusa. Não havia nada para oferecer, além da própria presença. Catherine tocou o antebraço, que parecia querem fumegar e pegar fogo. Ela cobriu as marcas em sua pele, se levantou e foi em direção ao maior e mais grandioso templo, que ficava no final do longo caminho de pedras. Butch correu para alcançar a companheira, e começou a formular uma pergunta, mas não a fez, ao ver a expressão da garota. Seus olhos estranhos brilhavam de alegria em dias. Ela estava bem feliz, ao ver o templo de Belona. De sua mãe.


Butch achou a garota até atraente, ele confessou para si mesmo. Ela era bonita, alta, esguia, feito uma pantera. E também tinha uma tristeza mais que grande, ele pode perceber ao olhar para ela. E era estranha. Ficava parando ao longo do caminho, como se fosse uma marionete. Ou um robô. A primeira vez que a viu feliz, foi quando saiu do templo de Belona. Ela não falava muito, e não é qualquer estranho que parava e entrava no templo da deusa da guerra. Ele era assustador para Butch, que era filho de Mercúrio. Ele preferia muito mais pegadinhas e outras coisas. Não guerra. Essa não era a praia dele, apesar de ser um bom lutador.

Ela continuou andando, e Butch teve que correr para alcança-la. Ele pensou em perguntar o que estava fazendo no templo, mas se esqueceu ao ver a expressão dela. Céus! Ele pensou. Como ela era linda! Eles continuaram a caminhar em silêncio até o templo de Júpiter. Era grande, majestoso, enorme. Raios vermelhos cruzavam o céu de tempos em tempos. Eles pararam na entrada do templo, mesmo com as portas abertas.


– O templo de Júpiter - disse Butch, apesar de achar aquilo meio desnecessário.

– Júpiter Optimus Maximus - disse Catherine. - É, eu sei.

– Sabe?

Catherine pareceu meio envergonhada, como se falasse algo que não deveria saber. Butch percebeu que ela segurava o antebraço esquerdo. Ela deu de ombros e entrou.

Octavian estava lá, com os braços erguidos aos céus, de frente para uma estátua de Júpiter imensa, sentada em um trono e segurando um raio. Estava coberto por um enorme lençol roxo, e a estátua era toda feita de ouro. O garoto loiro, alto e magro abaixou seus braços e se virou bruscamente para as pessoas que entraram no templo. Os raios cessaram, e havia enchimentos de pelúcia espalhados pelo chão.

– Ora, ora! - Ele disse - A garota da Sexta Legião chegou!

Sexta Legião?, pensou Butch. Aquele Octavian deveria estar louco. Ele dava um sorriso nada amistoso para Catherine, mas ela parecia não ligar. Ela continuava com a expressão dura que Butch havia visto, depois de passarem pelo soldado com armas. Ela parecia uma líder nata.

– Apresente-se - disse Octavian, com seu sorriso.

Catherine deu dois passos a frente, e largou o antebraço esquerdo. Butch pode ver uma tatuagem negra.

– Sou Catherine Forbes. Filha de Belona.


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Notas finais do capítulo

Mereço reviews?



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