Bem Vinda Ao Inferno, Alice escrita por neko


Capítulo 6
Conhecendo o amigo




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É de manha, e não querendo mais dar explicações a Penni, Amy está pronta pra sair, acabou de amanhecer, ela não conseguiu dormir muito na noite anterior, e por isso ela está de pé tão cedo.

–A onde vai tão cedo? – Amy não sabia de onde vinha a voz grossa, e com o susto tá um pequeno soluço de espanto. Depois de um tempo, depois de analisar todo o ambiente, vê um vulto de calça preta escondido nas sombras no canto de braços cruzados, e cabeça baixa.

–B-bom, pretendo ir na cidade, que algo?

–Cidade é aquele amontoado de pessoas eufóricas que se esgotam emocionalmente, psicologicamente e fisicamente em algo quase que desnecessário para tentar se manter “vivo” ou para deixar alguma coisa útil quando se for?

–Quase perdi a vontade de sair...

Os dois se entreolham, ele já não estava mais no cantinho sombrio, andava pela sala toda analisando suas expressões. Ainda estava apenas com a calça rasgada preta de quando “veio ao mundo”.

–Mas pelo jeito você vai ficar um tempo conosco, e só uma calça não vai dar muito certo – Amy dizia então pegava sua bolsa e a chave do carro – Quer vir?

–Você realmente quer que eu vá? – Ericles se lembrava de ontem anoite passada sem entender muito bem o que avia acontecido.

–Bom, tenho que ter o seu tamanho, nunca comprei roupa de homem, e não sei do que você vai gostar.

–Mas uma pergunta, você não pode, sei lá, deixar suas azas invisíveis?

Ericles olha para suas asas e faz uma careta pouco visível, com o tempo, alguns segundos depois algumas penas já se encontram no chão, Amy o encarava meia assustada, mas com todos os acontecimentos que houve nos últimos dias, isso era a coisa mais bizarra e calma que ela poderia apreciar. Ele se mandem erguido se contraindo até que a última pena cai.

–Melhor Srta. Amy? – Ele se curva sobre as penas negras que enfeitavam o chão, as penas agora se transformavam em brancas, até que uma por uma desaparecia, até poderem ver novamente o carpete marrom novamente.

–S-sim... não sabia que podia fazer isso – Amy voltava para seu quarto.

–Há muita coisa que não sabes sobre nossa raça – A acompanhava observando-a diante de um armário, ela procurava algo, até que consegue tirar um moletom bem surrado de lá de tendo e o entrega.

–Era do meu pai, mas acho que possa caber em você.

Ericles aceita o “presente” e o veste, se encaminhando para a porta da frente com Amy na frente. Após meia hora em um carro, ele se sentia um tanto desconfortável em estar dentro de algo metálico que fazia muito barulho e conseguia se locomover sozinho, para ele, parecia alguma coisa vinda do mundo inferior.

–Já chegamos? – Já estava segurando firme o banco e seus olhos estavam arregalados prestando atenção em cada coisa que passava, ou que ficava.

–Já sim, é logo ali – Indicava um centro comercial não muito rico, mas também bastante diverso.

Alguns minutos depois eles estacionam o carro e vão para uma lanchonete tomar café da manha. Após se sentarem, uma garota que aparentava ter uns 17 ou 18 anos para na mesa deles.

–Já escolheram alguma coisa? – A menina fitava ele, quase que ignorando por completo Amy, causando uma pequena crise de risos nela.

–Há, bem, já escolhemos? – Ericlhes olha para Amy que até agora foi dita como invisível pela garçonete que a olha com cara de que comeu e não gostou.

–Dois cafés, e dois wafles, obrigada – A menina a olha com cara feia e vai fazer o pedido, Amy ri mais um pouco da situação e volta a olhar para seu companheiro de mesa.

–Qual a graça?

–Sabe aquela menina que nos atendeu? Ela deve estava lhe comendo pelos olhos – Amy aponta discretamente para a garçonete.

–Como assim, me comendo pelos olhos?

–Ela estava lhe paquerando, mas agora ela deve achar que estamos juntos.

–Por quê?

–Estamos juntos nessa mesa, você pediu para eu fazer o pedido, e, bom, você é muito bonito para estar solteiro.

–Sou? – Ericles não entendi muita coisa desse mundo, talvez não quisesse entender, ou talvez simplesmente não conseguisse.

–É sim, posso fazer uma pergunta?

–Mas é claro, é por isso que estou aqui.

–Você não esta nem um pouco abalado com o que aconteceu naquele dia com Coli?

Um leve choque lhe incomoda, ele estava calma, mas no momento em que menciona o nome de sua noiva, ele começa a ficar mais rígido. Se lembrando da cena que via, um corpo nu deitado sobre folhas secas e amareladas rodeada pelos longos cabelos castanhos que agora encontrava-se avermelhado pelo próprio sangue. Mas logo ele se acalma, respira fundo, e abre os olhos com um pequeno sorriso tentando acalmar Amy que parecia assustada com a ração anterior dele.

–Há três mundo, o celestial, o inferior e o mundano. Em cada mundo, temos um corpo celestial diferente, eu sou do mundo inferior, e meu corpo original está lá, Coli é do mundo inferior, e o corpo original dela está lá, mas nunca mais vai poder voltar para cá, seu corpo mundano foi destruído. Mas se ela seu corpo celestial original for destruído, ela morrera, e será mandada para o quarto.

–O quarto?

–É onde ficam as almas pedidas, as que não tem corpo para ir, quando seu corpo celestial original é destruído, os outros, mesmo estando intactos, são destruídos. Por isso não me preocupei muito, ela está bem, e não vai mais poder mais vir me impedir de executar minha missão.

–Que missão?

A garçonete nesse momento chega, Ericles pede um momento indicando com a mão, e vê a menina entregar os pedidos, primeiro para Amy, e depois para ele, que a fitava novamente, olhando para ela sem qualquer preocupação de ser discreto. Os dois a veem ficando vermelha. Ela vai embora sorrindo. Os dois riem e ele volta a falar.

–Bom, é melhor depois eu falar, aqui não é o momento nem lugar para se falar disso.

–Tá – Dizia Amy tomando um grande gole do café e cortando o wafles.

–Uau, que negocio bom!!!

Amy ri um pouco e continua comendo. Depois de comerem, Amy paga e vai andando até chegar a umas lojas e compram umas roupas intimas, calças, moletons, blusas, sapatos. Voltando para casa, já é de noite, Amy ajuda Ericles a guardar suas roupas, e lhe entrega uma toalha para tomar banho enquanto prepara o jantar.

Quando ele termina o banho, Amy estava terminando de fazer uma macarronada, ele aparece na cozinha com a toalha lhe dada enrolada em seu quadril. Ele ainda estava sem nada por baixo do quadril e seu cabelo ainda molhado, sendo seco a partir do momento em que ele se remexia para secar.

–Que cheiro bom... – Dizia chegando por traz de Amy

–Há, obrigada... – Amy o fitava com vergonha.

Depois do jantar Ericles já estava vertido, e estava deitado na cama designada para ele, Amy deita perto olhando para o teto.

–Esta olhando para onde?

–O céu é tão longe... e o mundo inferior... é tão perto... estamos tão perto do mal, e tão longe do bem, sendo todos filhos de Deus. Mas mudando de assunto, onde está Penni?

–Ela está indo ver a família já que estamos de férias...

Amy dorme na cama de Ericles, ele ainda olhava para o teto refletindo sobre suas próprias palavras, quando olha para o lado, vê um rosto angelical, e três pontos em baixo de seus olhos começam a aparecer, o que o assusta um pouco, mas o deixa aliviado ao mesmo tempo.

–Então você é uma celestial... droga... – Ele passava com cuidado a mão sobre os círculos que definiria suas vidas.


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Notas finais do capítulo

Comentei, e no próximo capítulo, vai ter muita coisa bizarra.