Julieta E Seu Rom...ops Felipe escrita por Mia R


Capítulo 8
Loucuras de bêbados


Notas iniciais do capítulo

Oi, eu demorei muitoooooo pra postar esse capitulo porque não sabia se era realmente assim que eu queria que fosse, mas enfim acho que ficou bom. Comentem o que acharam.



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Acordei naquela mesma noite com meu celular tocando, vi escrito “FELIPE” no identificador de chamadas e deixei tocar, tocou e tocou várias vezes. Não quero falar com ele, não hoje, o que eu iria falar? “Ah eu estava com ciúme daquela vaca” ou “HÁ HÁ peguei seu melhor amigo como vingança” ou a pior de todas: “Cara, tem chances de eu estar gostando de você”. Todas essas opções eram horríveis, então decidi simplesmente não atender, mas ele não desistia. Enfim o celular parou de tocar, virei para o outro lado da cama para tentar voltar a dormir, estava quase pegando no sono quando alguém começou a bater na porta.

– JULIETA! – mais batidas de porta – Julieta, por favor abre essa porta. Juju. Eu preciso falar com você.

– Julieta está dormindo no momento, volte mais tarde! – gritei de volta.

– Ju! Para com isso, me deixa entrar! Só preciso de 5 minutos! – Fe estava com voz de desesperado.

Levantei da cama e fui quase me arrastando para abrir a porta, quando o fiz vi Felipe com o cabelo todo bagunçado e com cara de alivio ao me ver. Peguei meu celular, coloquei no cronômetro.

– Você tem exatamente 5 minutos.

Ele olhou nos meus olhos e me beijou, mas eu o empurrei para longe. Pude sentir gosto de álcool, ele provavelmente estava bêbado.

– Então esse foi seu plano? Vir até aqui, me beijar? Achava que isso ia resolver? – eu disse, gritando.

Ele não respondeu, mas ainda olhava nos meus olhos, deu um passo para a frente e fechou a porta, me pegou no colo e me levou até o sofá, deitando em cima de mim, fazendo com que eu não conseguisse sair dali. Continuou olhando nos meus olhos e finalmente disse:

– Eu sinto muito, eu estou gostando de você, mas queria que todos achassem que só você gostava de mim, queria que todos ainda achassem que eu era o babaca pegador. Não quero ser o babaca apaixonado.

– Felipe, você está bêbado, não sabe o que está falando.

– EU SINTO ATÉ CIÚME! Nunca senti ciúme assim de querer bater no meu próprio melhor amigo.

– Não fique bravo com ele, eu que pedi para ele...

– Calada, são os meus 5 minutos. Quando te vi com o Pedro senti meu coração apertando e a raiva subindo e até a Ana falou “quem te vê assim até parece que você gosta da namorada do seu amigo”

– Ana. – cuspi o nome dela.

– Shiu. E eu até pensei “é porque ela não é namorada do meu amigo, mas sim minha”.

– Mas eu não sou sua namorada. – retruquei.

– Isso é só uma questão de tempo. - ele respondeu. Revirei os olhos.

– Você está tão bêbado, precisa de um banho, vai pra casa. – comentei.

– Preciso de um banho? Então venha comigo.

Ele me pegou no colo enquanto eu gritava para ele me soltar, o que foi em vão. Ele parecia que estava se divertindo, me levou ate o boxe do banheiro, me prendeu contra a parede e ligou o chuveiro, a água começou a cair pelos nossos corpos, meu pijama começou a grudar no meu corpo e o mesmo aconteceu com a roupa dele. Ele estava lindo, por mais estranho que pareça, mas eu não podia assumir isso, mesmo que eu gostasse dele meu orgulho era maior e eu definitivamente não queria ser assim tão fácil quanto as antigas amiguinhas dele.

Juntei todas as minhas forças, toda a minha raiva e todo meu orgulho e o empurrei para longe de mim, saí do chuveiro e fui direto para o meu quarto para trocar o pijama molhado.

– Julieta, eu não sou de desistir tão fácil! – gritou Felipe enquanto saía atrás de mim.

– Já percebi isso campeão, mas saiba você que eu também não cedo assim tão fácil! – retruquei batendo a porta do meu quarto quase no nariz dele, que logo depois a abriu.

– Olha pra mim Julieta. – ele pediu com voz de apelo e eu olhei – Sim talvez eu esteja bêbado, mas eu sempre te disse que todos bebem pelo efeito do álcool, e eu bebi porque entrei em desespero e eu mesmo sei que bêbado eu nunca minto, posso falar muitas besteiras, mas todas elas são verdadeiras. Eu gosto de você Juju, eu realmente gosto, não como amiga, nem como companheira de apartamento, eu gosto de verdade, gosto a ponto de querer fazer ciúme em você e de sentir ciúme de você, eu sinto muito, sabe esse é meu jeito: eu sempre quis me sentir superior, o cara que nunca amou, só foi amado, mas não é bem assim. Por favor, volte a morar comigo, eu estava muito feliz com você lá.

E então o som do meu celular tocou avisando que os 5 minutos já haviam passado, tentei passar pelo Felipe para ir desligar o som, mas ele não deixou, invés disso me puxou e me beijou.

– Acho melhor eu ir embora não é? Meus 5 minutos acabaram. – ele comentou com uma voz desanimada.

– Na verdade não, agora são os meus 5 minutos. – respondi e então o puxei de volta para perto de mim e o beijei.

Quando o soltei ele parecia surpreso, porém com um sorriso de orelha a orelha. Eu não aguentei, acabei cedendo fácil como havia dito que não faria. Droga.

– O que você acha dos seus 5 minutos virarem a noite toda? – ele perguntou com um sorriso malicioso que me fez rir.

– Eu aceito. – sorri de volta.

Não me pergunte porque eu aceitei assim tão rápido, eu mal pensei sobre isso eu simplesmente falei e quando me dei por conta já não tinha como voltar atrás. Mas aí está a primeira coisa que eu fiz sem pensar na qual não me arrependo nem um pouco.


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