Julieta E Seu Rom...ops Felipe escrita por Mia R


Capítulo 5
Eu os declaro namorado e namorada falsos


Notas iniciais do capítulo

Esse capítulo me surpreende, ficou bem diferente do que eu esperava e coloquei um pouquinho de esperança no coração de quem shippa Felipe + Julieta. Ficou bem maior também. Aceito ideias nos comentários de como vcs acham que deveria ser o proximo. Desculpem qualquer coisa e por favor comentem o que vocês acharam.



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- Julieta!  Preciso falar com você.

Fechei a geladeira e fui andando lentamente até o sofá, me sentei bem ao lado do Felipe, que jogava vídeo game.

- “Preciso falar com você”. O que eu fiz de errado agora? Borrei alguma almofada com maquiagem? Comi todo o pote de sorvete de chocolate?

- Não é isso não. Espera... Você comeu todo o pote de sorvete de chocolate?!

- Bem... O que você precisava falar comigo mesmo?

Ele deu pause no jogo, se virou completamente para mim, pegou minha mão, eu estranhei e puxei minha mão, ele sorriu e pegou de novo. Agora era hora de pânico.

- Ju...

- Felipe, para!

- Me deixa terminar, infeliz! Ju, você aceita ser minha namorada falsa oficial?

Eu comecei a rir loucamente.  Ele só podia estar brincando.

- Felipe, eu não gosto de namoros. Quase uma fobia.

- Por isso eu coloquei a palavra “falsa” no final.  Do mesmo jeito que estamos fingindo namorar para a sua mãe achar que tem uma filha que finalmente arrumou um cara, eu quero fingir namorar você para fazer meu pai feliz, para os caras do meu trabalho acharem que eu não sou o único solteiro daquele lugar.

- E por que não pede para uma das suas milhares de ficantes? – perguntei com tom de deboche.

- Vou te contar um segredo, você não pode contar para ninguém ou vai acabar com a minha reputação. – eu assenti com a cabeça, rindo um pouco – Não sou tão pegador como todos acham que eu sou. As meninas que vem falar comigo costumam ser tão...tão fúteis, não sei explicar, tudo patricinha fresquinha e eu odeio menina assim.

- Olha! Que revelação! – disse irônica – Mas sinto dizer, amor, que isso eu descobri no dia que nos conhecemos.

- Você aceita ou não? – ele perguntou gaguejando um pouco.

- Aceito ser sua namorada falsa, mas só porque você também já me ajudou várias vezes.

- Agora me conte mais sobre essa tal fobia de namoro. – ele estava com um sorriso de orelha a orelha.

- Todas as vezes que eu começava a namorar alguém essa pessoa mudava completamente comigo, meio que me esquecia ou não se importava. Tipo “ah, ela já é minha namorada mesmo”.

- Você tem cara daquelas namoradas neuróticas, do tipo “ele não me responde faz 2 segundos, deve estar com outra!” – eu realmente ri.

Felipe também riu, levantou do sofá e foi até a cozinha.  Voltou com um pote de sorvete de chocolate na mão e jogou no meu colo.

- Por aí. Mas sei lá, desisti dessa coisa de namoro, por isso minha mãe disse que não tinha namorado desde os 15 anos.

- Vamos fazer como meninas de 15 anos com decepções amorosas: comer um pote de sorvete. – ele sugeriu.

Eu assenti com a cabeça e comecei a comer o resto de sorvete no pote. Felipe não tinha voltado a jogar, ainda estava me observando e sorrindo, estava até ficando envergonhada.

- Perdeu alguma coisa na minha cara, campeão?

- Menina grossa, eu estava admirando sua beleza.  Se eu fosse você começaria a se embelezar mais, a festa com o pessoal do trabalho é hoje à noite.

- O que? Por que não falou antes?

Sai correndo toda atrapalhada até o banheiro enquanto Felipe ria de mim. Escolhi um vestido, me arrumei. Fiz de tudo pra ficar mais apresentável possível, como se alguém tivesse orgulho de me apresentar como namorada.

Quando sai do meu quarto e vi o Fe todo arrumado assumo que meu coração bateu mais forte, o que é estranho, muito estranho.  Simplesmente porque eu não podia sentir por ninguém além de sentimento de amizade.

- E ai gata? Vem sempre aqui? – ele perguntou com tom de brincadeira e piscou.

- Tento vir só quando você não está. E não me chama de gata.

- Você sabe acabar com toda a minha cantada né? Colabora. – ele falou com cara de bravo.

- Desculpa, vamos recomeçar: Só quando você vem, gato. Feliz agora?

- Muito feliz, gata. Vamos.

- Vamos, esse apelidos felinos estão me dando alergia.

Saímos apressados pela porta. Chegamos sem pegar muito trânsito pelo caminho, a festa era em um salão que mais parecia uma mansão, casais bem mais velhos e mais elegantes que nós estavam entrando para a festa. Olhei para Felipe que parecia com medo.

- Cara, com o que você trabalha? – perguntei.

- Trabalho na aera administrativa de uma grande empresa.  – respondeu ainda assustado.

- Você me surpreende cada vez mais, fique calmo, vai dar tudo certo.

Ele pegou minha mão, respirou fundo e entramos no salão. Todos os olhos do local se viraram para nós, agora entendi a pressão que ele sofria quando entrava aqui sozinho.  A maioria das mulheres estavam de vestido longo da última moda, enquanto eu estava com um vestido curto de 3 anos atrás, muitas delas estavam acompanhadas do marido e filhos.

Um homem já de cabelos grisalho veio em nossa direção com um grande sorriso simpático, deu um abraço bem forte no Felipe.

- Quem diria meu rapaz veio acompanhado nessa festa, não vai apresentar pro seu velho? – olhei assustada para o Fe.

- Claro pai, essa é Julieta, minha namorada. Juju, esse é Roberto, meu pai. – eu sorri e ofereci minha mão para cumprimentá-lo, mas ele a ignorou e logo meu abraçou.

- É um prazer conhece-la, Julieta. E bem-vinda à minha festa.

- É um prazer conhece-lo também, Felipe fala muito do senhor.

- Duvido. Mas aproveitem muito, agora eu tenho que receber outros convidados. Até mais tarde.

Roberto seguiu em frente cumprimentando o outro casal que ia entrando, desta vez foi mais sério, mas ainda simpático. Felipe foi me puxando e me apresentando aos outros colegas de trabalho, o mais novo deles tinha 36 anos.

Finalmente fiquei sozinha com Felipe, ele parecia mais calmo. E mesmo sozinhos ele não soltava a minha mão.

- Passou cola na mão ou o quê? – perguntei.

- Nossa você estava sendo tão simpática que tinha até esquecido como você realmente é, menina estressada. E mesmo sozinhos muitas pessoas estão olhando para nós e sim eu gosto de dar a mão pra você.

- Desculpa, às vezes a menina grossa dentro de mim fala mais alto. Então você é filho do dono de uma grande empresa? Não me contou por quê?

- Não queria chegar e falar “oi, eu sou filho de um dono de uma empresa, quer ser minha namorada falsa?”.

- Eu aceitaria mais fácil. – comentei em tom de brincadeira e rindo.

- Verdade, por que não disse isso de primeira, na noite que nos conhecemos? – ele continuou a brincadeira. – Julieta, eu sei que isso é estranho, mas estou com medo, a semana que você ficaria comigo está passando e eu não gosto de morar sozinho.

- Está dizendo que quer que eu more com você? É isso mesmo? O menino todo descolado quer morar comigo? A menina careta?

- Talvez seja isso ou talvez eu tenha apostado com o Vitor, meu melhor amigo, que nessa semana eu ia conseguir fazer você se apaixonar por mim.

- Perdeu a aposta, pode já ir pagando para o seu amiguinho. – soltei a mão dele e fui andando para qualquer outro lugar da festa.

- A semana ainda não acabou, querida. Mas a parte de “não gosto de morar sozinho” não foi aposta, e você é a melhor amiga que eu já tive, tão amiga que me ajudou a não vir sozinho aqui hoje. – ele disse andando atrás de mim.

Andei até o garçom mais próximo e peguei o primeiro copo que vi, estava quase bebendo quando Felipe tirou o copo da minha mão.

- Você vai beber whisky?  Você não era a menina que não bebia?

- Isso é whisky? Achei que era guaraná – retruquei com tom de ironia.

- Vejo que a menina aí é uma amante de whisky como eu. – Roberto apareceu atrás de nós dois.

- Na verdade... – comecei tentando explicar.

- Sim, pai, ela é. – Felipe cortou minha fala e devolveu o copo para a minha mão.

- Proponho um brinde então, ao namoro do meu querido filho!

Olhei assustada para Felipe, eu não iria tomar aquilo, mas então todos na festa começaram a falar “tim tim!” e brindar. Tive que beber, fechei os olhos e após brindar dei o menor gole possível. A bebida queimou toda a minha garganta e eu quase comecei a tossir lá no meio.

- Agora um beijo pra fechar esse momento lindo! – meu sogro falso supôs, o que fez eu quase cuspir toda a bebida. Olhei assustada para o Felipe, que parecia estar se divertindo.

Meu namorado falso se aproximou de mim e me beijou, vou repetir, me beijou. Felipe me beijou, eu e Felipe nos beijando. Eca.


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