Ai! Essa dor já estava a ponto de me matar, preferia muito mais morrer a continuar a sentir tal sensação, o queimar de meu pescoço ao meu corpo todo é horrível! Porque aqueles malditos Volturis fizeram isso comigo?! Estava sozinha em minha casa com meu pai sem fazer nada, ta eu estava lavando pratos, mas duvido que isso os intimide ou os fariam me odiar ao ponto dessa queimação. Maldito seja aquele tal de Aros! Por quê?!

Contorcia-me de dor, gritava, entretanto nada parava aquela tortura. Depois de a dor invadir meu coração, parei e imergi numa água escura e profunda, minha consciência.

Vi todas aquelas lembranças de quando era criança, meu pai solteiro pela perda de "minha mãe", o maldito homem matando "minha mãe" na minha frente... Só lembranças ruins... Que, quase, chegavam a me torturar mais que a queimação.

Finalmente acordei daquela dor horrível, entretanto acordei num lugar tão estranho... O que eu estava fazendo no meu jardim de fora? Olhei para a pequena casinha de meu pai e me levantei rapidamente. Estranhei. Que velocidade era aquela? Olha pra mim mesma e vi. Eu estava com as mesmas roupas de antes, uma camiseta e um jeans, mas agora era diferente... Eu estava parecendo uma SUPER MODEL!!! Que merda é aquela?!!!

Comecei a andar em círculos me tocando enquanto isso  reparei na grande força que tinha ao olhar pro chão e vê um enorme buraco no local...Vou ter que inventar algo pro Charlie.

Quando estava prestes a entrar em casa, senti um cheiro diferente, prazerosa, gostoso... Quando dei por mim estava agachada pra porta com meus dentes pra fora parecendo um leopardo, segui meus instintos e corri numa velocidade impressionante, sem ao menos pedir ajuda a minha grande força. Vi Charlie na TV, e sem lhe dar a chance de gritar fui em seu pescoço e o mordi, o liquido quente e saboroso em minha garganta. Fiquei deliciando aquele gosto até acabar.

“Ahh... acabou... que pena” – Pensei comigo mesma.

Foi quando um choque percorreu meu corpo todo e vi Charlie sem vida na minha frente, reparei a marca de dois dentes em seu pescoço, o cheiro que saia de Charlie era o que eu havia acabado de beber. Estava desesperada. O que eu ia fiz?!

Sai correndo sem olhar pra trás, mal havia chegado naquela inútil cidade e já havia me transformado em algo estranho e matado meu pai, pelo menos minha mãe verdadeira estava na Florida com seu novo marido, Phil; nem conhecia ninguém naquela cidade!

Comecei a correr desesperada pela floresta de minha casa pro nada. Aquele cheiro ainda estava em minhas narinas e aquele sangue em meu corpo; estava ficando desesperada.

Repentinamente senti um cheiro forte, ruim, fedorento! Pelo menos o cheiro de meu pai saiu de mim. Mas que cheiro era aquele? Comecei a farejar para uma pequena árvore, quando de repente um enorme lobo avermelhada se levantou e me encarou com o nariz torcido como eu e num movimento rápido se agachou pra luta, assim como eu.

“Mas eu não sei lutar!” – Falei pra mim mesma.

-> Lobisomem, como pude me tornar isso?! E agora como as mulheres me verão? E aquele negocio de amor a primeira vista! <-

Ouvi seu medo e comecei a torturá-lo com isso, imagens muito reais dele se apaixonando e a matando por ser um lobisomem. Foi divertido vê-lo ali agachado com a mão na cabeça, seu grito parecia mais um uivo. Parei e rapidamente ele perdeu a consciência e ficou ali desmaiado a minha frente. Senti mais daqueles cheiros repugnantes e sai correndo pelo caminho oposto ao que tinha feito.

Não tava conseguindo entender nada... Estava desesperada e, apesar de eu ter torturado, eu me sentia torturada. Como pude chegar ao meu 1º dia já me transformando nesse negocio; matado meu pai e torturado aquele rapaz, se posso chamá-lo disso.

Sai correndo mais rápido que antes, se possível, corria muito rápido, do nada senti outro cheiro, entretanto esse era diferente... Bom, mas não no sentido de meu pai... Era normal.