Epílogo

 Os Winchester estavam sentados num canto escondido de um bar qualquer da cidade, à Frente de cada um, garrafas de cerveja. Ali, ninguém dizia nada, dando espaço para o barulho da televisão, que transmitia um jogo de basquete universitário, e aos seus torcedores. Casualmente, o silêncio era quebrado pela garrafa que tocava a mesa de madeira.

O conhecido som de sino tocando indicava que a porta do estabelecimento fora aberta. Os irmãos viraram o rosto e acompanharam a recém chegada com os olhos. Melanie sentou-se com charme na cadeira vaga ao lado de Sam.

- Pedimos uma pra você. – disse o mais novo, apontando uma garrafa cheia.

- Obrigada. - retirou o lacre de metal e deu um longo gole. – Estava mesmo precisando disso.

- Como foi com o xerife? – perguntou Dean.

- Exatamente como nas séries policiais: eles pressionam esperando que soltemos algo comprometedor. Mas como eu tinha um álibi - aliás, obrigada por confirmarem...

- Sem problemas. – Dean sorriu – Você é o nosso álibi também.

- Meu tio também não se lembra de nada desde que a Sara morreu, então eles consideraram tentativa de assalto e me deixaram ir embora.

- E como está o seu tio? – questionou Sam.

- Felizmente a adaga não perfurou nada que causasse muitos danos. Ele vai ficar bem.

- Desculpe por isso, Mel.

- Tudo bem, Sam, você fez o que devia fazer. – sorriu de canto.

- E agora? – quis saber o Winchester mais velho.

- Não sei quanto a vocês, mas eu vou pra Flórida tomar muitas margueritas e ter umas merecidas férias ao lado de surfistas bem... apessoados, se é que me entendem.

- Parece bom. – concordou Dean. - Menos a parte dos surfistas.

O silêncio mais uma vez dominou a mesa. Ninguém ali precisava falar para saber o que pensavam: mais um caso estava terminado e eles estavam vivos. Mesmo cheios de hematomas, estavam celebrando a vida e a amizade que fizeram durante aqueles dias presos na chuvosa Cashmere.

Depois de terminar sua cerveja, Melanie se levantou e colocou alguns dólares sobre a mesa.

- Obrigada por me ajudarem, rapazes. Se precisarem de mim, sabem o meu celular, se não... bem, nos cruzamos por aí.

- Não vai esperar o seu tio sair do hospital? – estranhou Dean.

- Eu liguei para um irmão dele que está vindo pra cá. E pra todos os efeitos, sou uma agente do FBI, tenho trabalho a fazer. – sorriu – E eu também não agüento mais chuva, quero sol e calor pra variar.

- Tchau, Melanie.

- Até mais, ruiva.

Com um aceno final de mão, a garota saiu do bar.

- Acho que essa é a nossa deixa. – observou o mais velho, alguns minutos mais tarde, fazendo círculos com a garrafa vazia.

- É...

- Vamos embora daqui. – sentenciou.

 E os Winchester voltavam para a estrada.

* * *

Mensagem final: Agradeço de coração todas as pessoas que dedicaram uma parte de seu tempo lendo essa fanfic. Supernatural é um fandom maravilhoso que coleciona fãs muito leais e simpáticos... sinto-me alguém de sorte por ter sido tão bem recebida nesse Universo.

Ao mesmo tempo, sinto uma nostalgia por me despedir dessa história. Foi a primeira em que tive que pesquisar e perceber as minuciosas características que tornam Sam e Dean únicos. Confesso que me diverti pensando nos bordões e nas expressões que cada um faria frente a situações inusitadas.

Já tive mil e uma idéias para a continuação. Ainda não sei quando ela chegará ao papel, mas espero que continuem me acompanhando e dando todo o apoio.

Um grande beijo a todos.

* * *

Campanha:

Pensando na popularização e rotatividade das fanfics e originais que gostamos, eu pensei (muito influenciada pelas discussões na comunidade do orkut, eu confesso) em criar essa campanha.

A ideia é bem simples (sim, continuo plagiando o que foi dito no orkut): basta indicar a história de alguém no final da sua.

Isso incentiva os autores a melhorarem e facilita para os leitores.

Entao, aí vai:

* Série "Os caçadores", de Marcia Litman, já citada no capítulo II.

* "Sympathy for the Devil", de DetRood e Crica.