A Diabólica Vida De Eleonora Duncan escrita por Ikuno Emiru


Capítulo 11
Capítulo 11


Notas iniciais do capítulo

Oi galera! Demorei de novo, não foi? T_T Eu estava arrumando as ideias, pondo elas no lugar...
O capítulo ficou bem curto, mas eu vou lançar o capítulo 12 hoje mesmo e ele está maiorzinho *.*
Me desculpa pela demora e eu vou tentar postar com mais rapidez de novo!



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Eu entrei em casa e comecei a rodar, saltitar, rodopiar! A melhor companhia humana que eu encontrei podia ver Demon, céus, que alegria! Eu não podia pedir nada melhor! Peguei Demon e comecei a abraça-lo e a rodar com ele, ele ficava gritando, pedindo socorro.

            – Ninguém vai te escutar, boboca. O Castiel não está aqui pra te salvar! – Apertei Demon com mais força. – E é melhor que você não conte isso a ele!

            – Eu não vou contar, pode deixar! Eu me rendo, eu me rendo! – Ele continuou a gritar. Eu me sentei na cama e o soltei de meus braços, respirei bem fundo e tentei apagar esse sorriso que se propagava em meu rosto, mas era difícil. Só de lembrar de como Castiel foi sensível, delicado e cuidadoso, só de me lembrar de como ele conversou com Demon e Angelique, eu estava lá, eu vi tudo, não tem como ele estar inventando! Ele também viu Kaoru... Fechei os olhos e abracei a mim mesma, deixei que todos os meus bons sentimentos fluíssem por todo o meu corpo, senti todo o meu corpo relaxar, assim como senti quando Castiel me abraçou. Abri meus olhos com cuidado e Demon estava sentado a minha frente.

            – Ei, Nora...

            – Hm... – Voltei a realidade – Oi, Demon.

            – Você está brava comigo? Por ter te escondido isso? – Ele falou enquanto brincava com os dedos.

            – Um pouco, Demon, mas imagino que você tenha bons motivos para isso. – Respondi, ele levantou a cabeça.

            – E eu tenho! Nora... eu sei que provavelmente, o seu carinho por Castiel irá dobrar, porque ele acredita em nós. Eu... eu sempre soube que ele podia me ver, mas eu não quis contar porque... E se ele fizesse mal a você, Nora? E se ele te machucasse algum dia? – As palavras de Demon ecoaram em minha cabeça. Castiel seria capaz de me magoar? Acredito que não... mas e se... e se ele fizesse sem querer? Eu saberia me virar... mas mesmo assim, eu não vejo relação... Castiel me magoando e sabendo na existência de Demon...

            – O Castiel não me magoaria, Den. – Fiz uma carícia em seu rosto. – Pelo menos não de propósito, acredito eu... Mas você não precisa se preocupar comigo, nem você. – Olhei para cima e falei, não sei muito bem onde Kaoru deve estar, mas dei esse chute.

            – O meu dever sempre foi esse. – Ele se colocou de pé e cruzou os braços – Me preocupar com você, te proteger, cuidar de você!

            – Eu sei, Demon. E até hoje, você tem feito isso muito bem. – Pisquei para ele e ele abriu um sorriso, finalmente! – Eu não vou esquecer das suas palavras, Demon! Conte com isso! – Minutos depois, escutei barulho de chaves, Marin havia chegado em casa! Eu corri até a sala e contei tudo o que havia acontecido hoje. Eu aproveitei para perguntar se ela já sabia disso, mas ela não sabia, ela disse que Castiel nunca havia nem sequer tocado no assunto. Eu respirei de alívio, eu teria me sentido mal se ela soubesse e mesmo assim nunca tivesse me dito. Nessa noite, tive um ótimo sono.

            – Acorda! – Acordei com uma voz fina e desconhecida, acordei também com cutuques na minha bochecha dessa mesma pessoa. Abri meus olhos lentamente e vi a figura de Angelique na minha frente, ela estava sorrindo e olhando para mim. – Bom dia, Eleonora! Você tem que levantar! – Levantei com rapidez, da última vez que um protetor me acordou, eu acabei me atrasando!

            – Que horas são?! Eu estou atrasada? – Falei com certa urgência, Angelique  apenas começou a rir.

            – Não, sua boba! Ainda é cedo! – Ela apontou para o relógio – Agora levanta, levanta! Você precisa se arrumar!

            – Está bem, está bem! – Conferi o relógio mais uma vez e me levantei. Olhei para a minha cômoda e Demon não estava mais lá. Para onde esse pestinha tinha ido? – Ei, cadê o Demon?

            – Nós trocamos de lugar por um dia, eu disse que queria ficar com você um tempo e ele concordou. – Ela começou a olhar o meu quarto com atenção, olhou por toda parte. – Bem feminina, roupas bonitas, o quarto é arrumado...

            – O que você está fazendo? – Perguntei e a peguei no colo, fiz uma carícia em seu cabelo, ela abriu um sorrisinho. – Você está me espionando, é?

            – Claro que não, bobinha! – Ela respondeu dando risadinhas – Agora vai se arrumar! – Eu a coloquei na cama e fiz minha higiene. Enquanto eu penteava meus cabelos e amarrava eles em maria-chiquinhas, Angelique ficou me observando.

            – Eu tenho algo para você. – Falei para ela. Peguei um pequeno pedaço de fita e amarrei em seu cabelo, formando um lacinho, ela adorou e ficou toda sorridente, achei uma graça! Então, assim que eu estava toda pronta, fui para a escola com ela em meu ombro, chegando lá, Castiel estava sentado nos banquinhos do pátio, eu me apressei para falar com ele e com Demon, mas para minha surpresa.

            – Onde está Demon? – Falei, me sentando ao seu lado.

            – Bom dia, Eleonora. – Ele deu o melhor sorriso sarcástico – E eu é quem tenho que saber, por um acaso?

            – Ué... Mas Angelique – apontei pro meu ombro – disse que ele estaria com você...

            – Foi o que ele disse! – Ela falou e deu de ombros. O que Demon estava aprontando?

           

Visão de Demon

            – Eu confio muito em Castiel, mas eu temo que ele a machuque num futuro bem próximo. – Falei, observando Kaoru andar impacientemente, de um lado para o outro. – Conversei com Angelique e ela me contou coisas bem secretas sobre Castiel, coisas que ele não contaria para Eleonora, mesmo se ela pedisse.

            – Que tipo de coisas? – Kaoru levantou a cabeça e veio até a mim. Ele me segurou pelos ombros e me encarou nos olhos. Ambos estávamos em nossas formas adultas.

            – Castiel teve uma namorada, Debrah, que estudava em Sweet Amoris. Os dois formavam um grupo, Debrah cantava e Castiel tocava guitarra, mas um dia ela terminou com Castiel, sem dizer nem mais nem menos, apenas dando prioridade para sua carreira. Parece que ele ficou sensibilizado por muito tempo, quer dizer, isso tem apenas seis meses, é uma ferida recente. – Cruzei os braços, Kaoru ainda me encarava no fundo dos olhos. Ele me soltou e voltou a andar.

            – E o que isso tem a ver com Eleonora? – Ele finalmente perguntou.

            – Eu andei fazendo umas pesquisas, teria te passado os resultados, mas preferi só contar quando eu tivesse certo disso. Parece que Debrah seguiu sua carreira com outra banda, mas o CD deles recebeu muitas críticas negativas e as imprudências de Debrah levaram a banda buraco a baixo. Ela agora está sozinha e bom... ela pode voltar para procurar Castiel e leva-lo... E Castiel pode acabar aceitando...

            – E você tem certeza disso? A probabilidade de ela voltar não deve ser muito grande... são suposições, certo?

            – Sim, são suposições, Kaoru. Mas se Eleonora se machucar... se ela ficar triste... eles podem leva-la... podem tira-la de nós, os seres do submundo. E você sabe que o nosso dever é impedi-los.  

            – É claro que eu sei! – Ele colocou a mão no rosto e respirou fundo. – Nós vamos continuar a fazer o possível para mantê-la segura, certo? Como nós sempre fizemos. Se essa tal de Debrah aparecer mesmo e se o que você disse acontecer, Eleonora precisará de nós mais do que nunca. Não cometa besteiras, Demon, você sempre foi um bom guardião e continuará sendo.

            – Ok, chefe. Eu preciso retornar agora, não posso levantar suspeitas. – Retornei a minha forma original do mundo dos humanos e apareci no ombro de Castiel, ele estava sozinho, no pátio, Eleonora não estava ao seu redor.

            – Onde você estava, baixinho? A Eleonora estava atrás de você. – Castiel falou.

            – Eu precisei falar com Kaoru, sabe como ele é exigente, né? – Cruzei os braços – Eu falo com a Nora depois.

            – Mas toma cuidado, eu duvido que você queira levar um puxão de orelha!


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