Admirável Mundo Novo escrita por Avengerduck


Capítulo 6
5 - A personalidade de Filipe


Notas iniciais do capítulo

Olá bocós! Bom gostaria de agradecer á nova leitora que apareceu e os outros que já estão me acompanhando! Espero não estar correndo muito com a história. Se quiserem que eu poste mais devagar é só me xingar lá nos reviews HAUAHASAHA Vamos á mais uma parte do drama da nossa história. Espero que estejam gostando, bocós! Beijos do rei que ama vocês..
A música de hoje é The Power of One da Donna Summer (pra trilha sonora do filme do Pokémon 2000) É LINDA! http://www.youtube.com/watch?v=QPlrTeCRX8g
vejo vocês lá embaixo!



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/321858/chapter/6

5 – A personalidade de Filipe


“Muito bem, três meses passaram e essa situação está mesmo me matando. Manu já desistiu de escrever no seu diário, mas eu não a deixei desistir de ler as histórias sobre unicórnios que você tanto ama. Será que terei que pedir muito? Será que passarei meu aniversário sem você? Bom, eu prometi á você que não desistira então irei cumprir essa promessa.

Meus pais estão preocupados comigo, eles acham que vou morrer a qualquer momento, mas por você eu aguento.

Ah! Já ia me esquecendo. O nosso cachorrinho está lindo, mas ainda não decidi se o chamarei de Haru ou Spoke. Assim, eu já estou ensinando á ele os dois nomes! Diz aí, sou muito gênio não é? Bom, vou parar com as brincadeiras e voltar á rezar. Aqui está uma foto de como o Haru, ou Spoke, está! Beijos dos seus amigos que te amam tanto!

(Filipe e Manuela – 15 de julho de 1999 ás 16:15h).

                                            ...


Pâmela Guimarães – Realidade alternativa.


– Mas esse Filipe é demais mesmo! E que cachorrinho lindo! Mas sei lá, Haru é um nome estanho não acham? – Bianca estava segurando o meu diário e o folheava devagar. As outras meninas estavam contando alguma piada enquanto Juliana olhava o horizonte.

– Eu gosto de Haru! Mas Spoke é lindo também! O que acha Pâmela? – eu estava deitada na grama olhando para aquele céu azul. Como podia ser uma mentira? Parecia tão real. O cheiro das flores, o vento soprando levemente o meu rosto. Minhas forças só estavam concentradas em rever Manuela e Filipe, mas parecia tão difícil.

As meninas falavam comigo, mas eu não prestava atenção. Só pensava neles. Acho que pensei tanto que acabei adormecendo. Não me lembro o que aconteceu depois daquilo, só sei que acordei numa casa grande e cheia de pessoas.

Gargalhadas e vozes animadas dominavam o ambiente quando acordei.

– Ah você acordou! Bem vinda Pam! – Bianca me abraçou.

– Onde estou Bianca?

– Bom, nós estávamos conversando com você lá fora, mas você adormeceu. Foi aí que encontramos essas pessoas! Novos amigos Pam! – Bianca batia palmas histericamente enquanto eu recebia olhares de todos no quarto.

– Amigos? Mais ilusões? – perguntei assustada.

– Olá moça como vai? Deixe eu me apresentar. Sou Brian e estou ao seu dispor – Um garoto moreno se aproximou de mim. Era estranho como eu podia ver o Filipe nele. Olhos claros, cabelo castanho com a franja que caía nos olhos e sorriso encantador. Tinha até o mesmo senso de humor que ele.

– Eu sou Gustavo e esses são Matheus e James. Cumprimentem a moça seus idiotas! – ele os repreendeu. Todos me cumprimentaram com os melhores votos de boas vindas. O que era tudo aquilo? Eu devia estar maluca de vez!

–Por que está olhando assim pra nós? Não sou tão feio assim ok? Você é má! – ele virou o rosto para mim.

– Feio? Mas o que é isso você é lindo! Olá eu sou Juliana e estou solteira. Quer meu telefone? – Ju foi se jogando pra cima de Brian enquanto as meninas riam da cena patética.

– Não, me desculpe é que estou confusa – eu disse baixinho.

– Ela está passando por uma fase difícil – Nicole me abraçou. Brian me encarou e segurou minha mão.

– Eu entendo. Bom eu e meus amigos aparecemos para ajudar você. Assim não se sente sozinha – ele sorriu.

– E quanto á mim? Se eu ficar sozinha ninguém se importa não é? – Juliana protestou.

– Querida, nós somos a Pâmela! Quantas vezes eu terei que repetir? – Nicole respondeu.

– Não briguem – eu levantei da cama e comecei a observar o ambiente. Era uma casa linda como eu nunca tive – Quem mora aqui?

– Bem vinda ao lar pequena! – Brian sorriu mais uma vez. Mas... Ele havia me chamado de pequena? Só quem me chamava assim era Filipe, por que ele estava falando daquele jeito?

– Ah e esquecemos-nos de avisar sobre o... – Quando Gustavo ia dizer alguma coisa um cachorro apareceu do nada e pulou em Brian.

– De onde surgiu isso? Até animais tem aqui? – perguntei assustada.

Bom acho que é por causa da foto que os amigos dela colaram no diário. Ela já está transportando até os animais! – Nicole cochichou com Raquel.

– Ei, eu ainda estou aqui e posso ouvir tudo, ok? – revirei os olhos.

– Bom, sendo ilusão ou não eu preciso que me ajude a cuidar dele. Você pode? – Brian me apresentou ao filhotinho que era muito parecido com o de Filipe, porém maior.

– E-Eu... Não sei – ele pediu que eu acariciasse o cãozinho. Quando toquei em seu pêlo pensei em como tudo aquilo estava indo longe demais. Mas como podia ser mentira? Eu devia estar maluca mesmo e morreria a qualquer hora.

– Ele não é lindo? Mas não temos um nome pra ele, você tem alguma sugestão?

– Ah – parei para pensar – Que tal Haru? – sorri. Brian me beijou a bochecha e sorri também.

– Adorei! Agora venha, vamos conhecer a nossa casa – Ele me arrastou até os outros cômodos. Era uma casa graciosa e com muitos quartos. Parecia pertencer aos meninos, mas eu ainda não entendia como eles apareceram. Talvez tivesse medo de saber a resposta.

– Vamos jantar! Devem estar com fome eu acho – Gustavo colocou a mesa e todos se sentaram – Agora vocês irão provar a comida que os deuses se alimentam. Um prato raro e bem feito por mim para os melhores amigos – ele começou a servir a comida que havia preparado. O cheiro era ótimo. Parecia ser strogonoff com batatas palha. Quando comecei a comer uma sensação maravilhosa me invadiu e aquele cheiro bom estava me fazendo sorrir como uma boba.

Todos riam e se divertiam com alguma piada tosca que Matheus contava.

– Está tão bom assim? Você está comendo sorrindo – Brian observou. Corei no exato momento.

– É que eu estou feliz pela primeira vez na vida – sorri pra ele.

– Tanto assim? – confirmei – Poxa que bom, então estou cumprindo minha missão.

– Missão? - Por que todos faziam questão de me confundir?

– Sim. Não entendeu ainda quem eu sou? Ou melhor, quem nós somos? – ele apontou para os meninos – Somos a personalidade dele, do cara que você tanto admira. Filipe. Nossa missão é te proteger seja em qual mundo for – ele beijou minha mão.

– O que? – fiquei uns minutos tentando absorver cada palavra que ele disse, mas era inútil então continuei minha refeição. Brian era Filipe? Gustavo, Matheus e James também? Eu podia fazer e criar o que quisesse? Realmente esse mundo era demais! Era como se eu mandasse em tudo. Como se eu fosse dona do meu próprio destino.


                                               ...



Hospital público de São Joaquim da Barra – Ala dos internados – 22:30h. 


– Eu me pergunto qual é o seu problema sabia? Você trouxe uma marmita enorme pra comer aqui! O cheiro está no corredor, sabia? – Manuela sentou-se ao lado de Filipe. Este saboreava a comida requentada que seu pai fizera durante o dia.

– Quer parar de reclamar? Está muito gostoso e eu não vou dividir com você. Nem peça! Sua invejosa – ele riu alto.

– Me assusta esse seu senso de humor mesmo em horas tão difíceis – Manu abaixou a cabeça.

– Bom, digamos que eu sou muito feliz, mas minha mãe diz que sou idiota – ele levou uma das mãos ao queixo como se parasse para pensar no que havia dito – Será que sou um idiota? Bom que seja! O que importa é que isso aqui tá muito gostoso – Manuela estava cada dia mais encantada com o garoto. Ela estava mesmo se apaixonando, mas sabia o quanto era errado. Seria uma traição? Afinal ela sempre soube o sentimento que Pâmela nutria pelo rapaz, mesmo em tão pouco tempo.

– Será que... Será que Pâmela me perdoaria se eu fizesse algo ruim? – ela perguntou olhando para ele.

– Você? Fazendo algo ruim? Fala sério ruivinha! Acho que não mataria nem uma barata. Mesmo que ela invadisse o seu quarto e voasse na sua cara e aí...

– Filipe eu to falando sério! – ela disse com o tom de voz mais alto que o normal.

– Ah – ele parou para analisá-la – Tem algo que quer me contar?

– E-Eu acho que estou... Que estou amando a pessoa errada. Ajuda-me a esquecer isso, por favor – eles se abraçaram – Só quero minha amiga de volta Filipe! Eu tinha tanta coisa pra mostrar á ela! – Manuela começou a chorar nos braços de Filipe. Este já tinha ideia do quanto Manu o amava, mas ele fingia não saber. Não queria magoar a amiga. Então decidiu ir se enganando e dando esperanças á Manuela sem perceber o mal que estava causando.

– Manuela, olha pra mim – ele estava sério como poucas vezes em sua vida – Eu sou seu amigo – falou com ênfase na palavra “amigo” – Por favor, não dificulte as coisas – ele desviou o olhar – Você sabe o quanto eu gosto dela – ele apontou para a garota em cima da cama.

–E-Eu sei... Perdoe-me – ela se levantou – Não posso continuar aqui. Não posso seguir com isso Filipe. Eu só tenho 14 anos! Não consigo suportar tudo isso sozinha! – ela saiu correndo deixando Filipe em pânico e a gritar pelo seu nome.

– Manuela! Aonde você vai? – seu grito foi em vão, pois a garota havia ido embora. Ninguém sabia da história de Manuela e o porquê ela era tão sozinha.

Filipe começou á se sentir cada vez mais solitário e mais determinado a trazer Manuela de volta, mas não desistiu de ficar com Pâmela e seguiu as semanas seguintes apenas procurando pela ruiva de dia e á noite visitava sua pequena.

"Quanto mais tempo posso aguentar?" Era a pergunta mais do que frequente em sua mente.

                                                   ...



“Bom já está tarde Pâmela e eu estou jantando aqui no hospital. Acredita que consegui trazer uma marmita? Eu sei, que pobre eu não é? Ei, não ria de mim! Mas está uma delícia! É strogonoff! De acordo com a Manu dá pra sentir o cheiro no corredor! Meu pai cozinha muito bem e eu tenho que tomar cuidado para não engordar. Só não te ofereço porque já está frio... rsrs.

Manu disse que te ama muito tá? Durma bem! Até amanhã!.”

(Filipe e Manuela – 15 de julho de 1999 ás 22:40h ).



Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Olha aí a fotinho do Haru ou Spoke HAUAAHSH *o* Beijos beijos reais!