Mason sério encara o portão. Lanny olha para o portão com um chilique embaixo do olho e no canto da boca. Boomer vê o portão e treme, e não é por causa do vento frio. Mikayla mirava o portão com bravura. Sirocco visualizava a tela do videogame compenetrado.

— MORRE! MORRE! MORRE! — diz Sirocco apertando os botões histericamente.

Todos os presentes dão um pulo a cada grito de Sirocco. Mikayla encara Sirocco irritada e tira o videogame de sua mão.

— Ei! Boomer disse para não deixar coisas pendentes! — diz Sirocco tentando se explicar.

O grito da multidão de tarântulas pode ser ouvido. Mason preparado para liderar a ofensiva grita:

— Arqueiros!

Os maremotos preparados com arcos, flechas e rolos de papel higiênico a mão se prepararam.

Tremendo mais do que nunca Boomer olha para os lados e diz:

— Cara, eu estou apertado, será que da tempo para ir no banheiro?

Subitamente o portão treme, se ouve um TUM e a madeira range, o barulho ecoa.

— Quer saber, deixa para lá, já não preciso mais ir no banheiro. — diz Boomer parando de tremer, com uma expressão infeliz no rosto. — Preciso trocar de roupa.

Um trovão ensurdecedor se soa pelo ar, logo em seguida começa a chover. O portão treme mais uma vez, e outra, e outra... Até que, os primeiros homens tarântulas conseguem arrombar o portão.

Eles disparam em direção dos heróis mais antes que pudessem alcança-los, Mason grita:

— FLECHAS!!

Os maremotos disparam seus arcos, o papel molhado fazem os tarântulas se atrapalharem e escorregarem levantando água do chão enquanto caiam.

Mais uma leva de inimigos se prepara para invadir o pátio, é possível ver suas sombras se aproximando pela selva.

— PREPARAR ARMAS! — diz Mason desembainhando seu facão.

— Droga eu sabia que havia me esquecido de alguma coisa. — diz Sirocco de punhos vazios.

A segunda leva de inimigos adentra o pátio... E começa a batalha por KINKOW!

Os primeiros inimigos disparam em direção a Mason e Mikayla que em parceria começam a lutar. Devido a sua estatura avantajada Lanny, usa suas especialidades para acertar golpes baixos em inimigos, quando um homem consegue agarrá-lo com fúria, de lugar nenhum chega um peixe (Yamacoshi) e acerta a cara do adversário nocauteando-o.

— HAHAHA! — diz Lanny um sorriso maníaco no rosto. — Essa vai ser a melhor noite da minha vida!

Sirocco e Boomer se preparam (vindo deles, isso já é muita coisa) para enfrentar seus inimigos, ambos sem armas nas mãos.

— Para não agir com injustiça — diz Sirocco. — Você pega o primeiro e o próximo deixa comigo, Ok?

— OK! — diz Boomer.

O primeiro tarântula a entrar no campo de visão é um anão, Boomer parte para cima dele gritando em cólera. O segundo, era um enorme tarântula, de mais de dois metros de altura, com tantos músculos que os olhos de Sirocco mal conseguiram assimilar.

— Essa não! — diz Sirocco, se sentindo como um Raposo da vida.

***

Todo o pátio está em polvorosa.

— Tem três inimigos vindos pela sua esquerda! — diz Mason, enquanto espancava a cabeça de um (já desmaiado) tarântula.

Mikayla se prepara para enfrentá-los, mais um Sirocco voador derruba os três como pinos de boliche.

— Valeu! — diz Mikayla, agradecida.

— Não agradeça ainda. — diz Sirocco apontando para o enorme tarântula que se aproximava rapidamente.

Logo Sirocco e Mikayla estão voando. Sirocco cai no chão esparramando água para todos os lados. Ainda no caído ele olha para os lados, e vê Yamacoshi deslizando como um tiro de canhão pelo chão, Sirocco podia jurar que o peixe estava sorrindo. Mikayla então aparece um pouco desconcertada e ajuda Sirocco a se levantar. Antes que o inimigo os alcance eles novamente, Boomer passa correndo, fugindo de um anão com uma clava.

— Temos que derrubar o grandão! — diz Mikayla, o cabelo esparramado pelo rosto.

O inimigo se aproximava desta vez lentamente, enquanto estralava os dedos e o pescoço. Mikayla pega seu facão, o homem é rápido, e tira o facão de sua mão e o dobra ao meio.

— Minha vez! — diz Sirocco, parando na frente do tarântula e lhe atingindo um chute no meio das pernas, o grandalhão apenas da um sorrisinho. Sirocco olha para Mikayla e diz: — E lá se foi meu plano.

E novamente ambos são lançados no ar. Mikayla cai de bruços e diz:

— Uuuurrggghhh!! Eu já cansei desse cara!

O gigante se aproxima, Mikayla instintivamente, pega o peixe do Lanny, que deslizava por ali, e começa a dar peixadas furiosas na cara do inimigo, até ele desmontar desmaiado no chão.

— Esse peixe é um osso duro de roer. — diz Mikayla sorridente. — Ai! — Yamacoshi a morde e volta a deslizar atrás de novos inimigos.

— O certo é; esse peixe é um “espinho” duro de roer — diz Sirocco emburrado, ainda no chão. — E o grandão só vale como um só.

Sirocco tenta se levantar, Boomer atravessa correndo, para variar gritando como uma mocinha, e passa por cima do herói afundando-o ainda mais na poça d’água. O anão tenta pular por sobre o Sirocco caído, e com suas perninhas acaba tropeçando e sai deslizando até acertar um conjunto de tarântulas ali perto.

— Strike! — diz Sirocco se levantando, e ajeitando a coluna.

Sirocco olhou ao redor, um grupo de galinhas tarântulas passou perto dele, e ele sabia que aquilo era obra dos fadas sujas. A luta parecia estar ficando sobre controle; cada novo inimigo que entrava no pátio, era trapaceado por maremotos e pelos flads (que estavam invisíveis), os que passavam eram acertados com bordoadas, bandejas e purpurina mágica, o pátio se enchia de homens caídos.

Mas quando tudo parecia ir bem, os verdadeiros problemas tiveram inicio. Um urro terrível se espalha pelo pátio fazendo com que todos parem de lutar. O grito é seguido por uma explosão que joga todos ao chão e preenche o ar com uma densa fumaça cinzenta. Diante do pátio, estava nada mais nada menos, do que a múmia.

— A múmia tem a cara do Billy Zane? — diz Mikayla. — Que coisa mais clichê.

Sem tirar os olhos da múmia Sirocco diz:

— Hã, na verdade é Arnold Vosloo, Billy Zane é o cara do Titanic.

A múmia dá outro grito, trazendo pânico a todos os presentes.

— Se ficarmos todos juntos podemos vencer! — diz Mason.

— Que juntos nada! — diz Lanny correndo para o castelo. — É cada um por si!

Todos desesperados em busca de segurança, correm em direção ao abrigo do castelo. Sirocco segura a mão de Mikayla, e no meio da balbúrdia, não consegue evitar de dizer:

— Puxa que mão macia.

Ambos começam a ser empurrados, e no fim das contas acontece o inesperado, devido a água da chuva a mão de Sirocco escorrega da de Mikayla. Quando Sirocco dá por conta de si, a grande porta de madeira do castelo se fecha na sua cara.

Sirocco, olha para a porta de madeira muito grossa, a expressão estática. Atrás dele a múmia dá um rugido furioso.

Sirocco engole em seco, havia sido deixado para trás.