Premonição 3: A Versão Que Você Não Viu escrita por Wendy Christensen


Capítulo 4
Quatro


Notas iniciais do capítulo

Voltei! Já posso ouvir o choro das inimiga rçrçrç. Estavam com saudades? Pois bora gozar gostoso de amor e alegria com o capítulo novo!



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–... Somos todos iguais aos olhos de Deus – o padre finalizou com seu discurso no funeral das Ash’s.

– “Iguais aos olhos... De Deus”? – perguntou Ian entre as pessoas presentes. – Como é que podemos ser iguais aos olhos de Deus se padres pedófilos comedores de cú como você vivem mais do que essas meninas que não conseguiram chegar aos 18 anos?

As lésbicas Ian e Erin eram góticos satânicos que odiavam qualquer coisa relacionada á religião. Por isso abominavam o padre devorador de criancinhas. E como sou uma diva gospel, eles uma vez, colocaram uma cuia cheia de velas, farofa com passas e galinha preta com o pescoço cortado na porta da minha casa. Já que nem recalque de macumbeiro me afetava, peguei aquela ave, tirei todas as penas e lavei antes de comê-la assada no almoço. Estava deliciosa, mas depois de meia hora, senti um calor subir pela minha vagina que fui possuída pelo ritmo do ragatanga e descobri que o espírito do sensualismo baixou em mim. A mandinga deles deu tão certo que faz efeito até hoje. A partir dali, nunca mais comi frango amaldiçoado.

Mas voltando ao enterro... Depois que o Ian arrumou treta com o padre e a Julie deu um tapa estralado na cara do punheteiro do Frank por tentar beija-la, liguei pro Kevin.

– Alô? – atendeu ele.

Estou com Jason – falei.

– Ah, meu Deus! Wendy, você morreu também?

Não, idiota! Estou no do túmulo dele.

Após me avistar agachada junto da lápide de Jason, próxima dalí, Kevin e eu desligamos nossos celulares. Ele corria em minha direção enquanto eu espanava com as mãos as folhas sobre a sepultura.

– Por que ta tão longe assim? – ele perguntou com as mãos no bolso de seu terno preto.

– Minha ozadia ofuscaria os silicones industriais daquelas bundas sem pregas das Ash’s. Como sou humilde, resolvi deixa-las brilharem pelo menos no enterro delas.

Então um forte vento arrancou meus apliques capilares e balançou as enormes arvores ao redor, fazendo um alto barulho de madeira rangendo. Meus pêlos vaginais se arrepiaram novamente e logo peguei algumas fotografias da bolsa que carregava. Falei sobre imagens com sinais premonitórios de morte e que assisti Premonição e Premonição 2. O infeliz não acreditou, mas quando eu mostrei fotos de mim usando o fio anal vermelho-pomba-gira e das que tirei na noite do acidente, começou a crer.

Fingindo uma tontura, tentei desabar nos braços de Kevin, mas em vez de me segurar, ele deu alguns passos para trás, deixando-me cair.

– Sua aparência está horrível – disse Kevin. – Deve ser fome. Vou ter levar numa birosca. Vamos. Eu dirijo.

* * *

Kevin descia o carro numa ladeira onde o caminhão muito suspeito estacionava. Ao pararmos em um drive thru, começamos a tentar descobrir como o Frank Bochechas morreria através da foto que tirei no parque de diversões, pois ele era o próximo.

Quer fazer o seu pedido? – o homem da máquina perguntou.

– Quero, sim – disse Kevin. - O que você quer? – perguntou para mim.

– Dois Big Mac’s, quatro porções de batatas fritas e cinco de nuggets, três milk shakes de um litro, um barquinho de sushi, duas caixas de coxinhas de frango, meia panela de feijoada, um mac lanche feliz com pokémon e uma coca light, pois estou fazendo a dieta do grito.

Antes que Kevin pudesse pedir, um caminhão ao nosso lado dava a ré, encostando cada vez mais a traseira no carro em estávamos. Em seguida, o radio ligou sizinho, tocando Calypso: “Acelerou, acelerou, acelerou, acelerou meu coração, não dá pra segurar”.

Antes que eu começasse a bater cabelo ali, houve um baque e o pára-choque traseiro do caminhão prensou o automóvel contra a parede. Olhei para trás e percebi o caminhão da ladeira descendo em nossa direção sem o motorista.

– Valei-me Santo Antônio!

– Calma, Wendy. Nós somos os últimos da lista da morte. Esse caminhão não vai nos matar.

– Mas o Frank Bochechas é o próximo e está no carro da frente.

– Eita porra! – Ele deu uma testada no pára-brisa, quebrando o vidro e me empurrando. Acabei caindo no asfalto e ralando meus peitos.

Rapidamente Kevin agarrou Frank pela camisa e o tirou do carro. Em seguida, o caminhão bateu no carro de Kevin, fazendo o motor ser jogado para fora com as hélices girando violentamente atrás do banco do motorista do veículo à frente.

– Se Frank estivesse ali, sua cabeça seria triturada – comentei.

– Mas com o impacto da batida o carro dele não deveria ir para frente em vez de não ter se movido sequer um centímetro? – Kevin perguntou

– Foda-se a física, estamos no universo Final Destination! Tudo pode acontecer – falei cheia de dignidade.

Após o acidente passei Merthiolate e colei alguns Band-Ainds no mamilo. Marmenino, tu não tem noção de como essa bagaça ardeu. Kevin fez o teste de HIV pra ver se não pegou Aids do Frank. E aquele tarado acabou sendo preso por gravar mulheres se trocando em vestuários de loja de roupas. Agora ele está se divertindo com uns negões dotados de trinta centímetros de pura ozadia na cadeia.

Falando em negão, fomos atrás do Lewis na academia. Esse cara usava tanta bomba que o pinto dele devia ser invisível. De qualquer forma, chegamos atrasados, pois eu não podia sair de casa sem raspar a virilha, afinal, eu estava pronta para seduzir, indo para um lugar cheio de boys musculosos e suados. Fui toda produzida no creme Seda, calçando minha Azaléia ecológica feita de pneu. Puro luxo.

– Acho que vou malhar meus glúteos – comentei com Kevin ao entrarmos no ginásio.

Eu segurava as fotos que havia tirado na noite do acidente. No momento, olhava para a de Lewis. A pista de sua morte eram as espadas de sultão. O encontramos malhando em um dos aparelhos de musculação.

– O que vocês estão fazendo aqui? – ele indagou, e antes que pudéssemos responder, os pesos do aparelho se soltaram e esmagaram sua cabeça, que explodiu como um balão de sangue. O líquido rubro borrifou sobre nós junto com alguns pedaços de miolos (um deles até atingiu meu olho direito, ficando cega por alguns segundos).

– Você tem absorvente na sua bolsa? – Kevin perguntou, vendo tamanha sujeira.

Em seguida, nos dirigimos ao vestiário para a gente “se limpar”.


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Notas finais do capítulo

Próximo capítulo eu tiro a pepeka do pó na cena do vestiário. E se vocês querem que ele saia com mais rapidez, comentem! Beijos.