The Diary Of Katniss escrita por taysheeran


Capítulo 11
A briga.


Notas iniciais do capítulo

Oláaaaaa! Demorei muito pra postar, e acho que esse capítulo ficou grande, né? Bem, além de grande, eu fiz umas mudanças que sei que muitos de vocês vão gostar.
AAAH, e, só pra constar, esse começo, em itálico, é o que Katniss escreveu em seu diário. Uma confissão básica.
APROVEITEM! NOS VEMOS LÁ EM BAIXO ;)



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E quando eu digo que ficou esquisito, ficou mesmo. Marvel não queria mais que Gale ficasse em casa, e o segundo, aos poucos começava a se afastar de mim. Mas não era por causa do meu irmão, se é o que você pensa.

Depois da conversa que eu ouvira, e, depois da confissão de Peeta, ele ficou super diferente comigo. Carregava minha mochila quando íamos para a escola, lavava a louça quando ia para a minha casa, e era a gentileza em pessoa. 

Mas, enquanto isso, enquanto Peeta mudava para melhor, Gale ia pra pior. Ele queria muito mais do que tinha, se é que você pode me entender. E, eu sempre falava pra ele parar, e, quando eu falava isso, ou era eu ou ele que saia do quarto com raiva. Ele ficou grosso comigo, e quase não olhava na minha cara na escola. 

Pensava seriamente em terminar com ele. Essa mudança mexeu comigo e eu percebi que eu não posso ter pena de ninguém a não ser eu mesma. Queria conversar com Peeta sobre isso, mas, por incrível que pareça, sempre tinha algo ou alguém para atrapalhar. 

Duas semanas depois da confissão que ele havia feito para o meu irmão, ele terminou com a namorada dele. Não deu motivos a ninguém, mas, quando Madge veio me contar, disse que suspeitava que havia outro alguém em algum dos lados. E, em seguida, ela ficou com raiva de Clove. Eu entendia, é claro. Ela era uma pessoa muito chata, na realidade. Qualquer um concordaria comigo. 

Era uma segunda-feira, estávamos na escola, hora do intervalo. Eu e as meninas, pra variar um pouco, estávamos em uma mesa. Não era só comigo que o clima estava tenso. Parecia que Gale e Cato haviam combinado de forçar a barra, e Madge já nem olhava mais na cara dele. Eu tentava manter um relacionamento bom, que não seja forçado, com Gale, mas cada vez ficava mais impossível. 

Johanna, por ser sozinha, já era uma pessoa amarga. Então, podemos dizer que o único relacionamento saudável dali era o da Annie e do Finnick. Eles eram um casal perfeito, e, tenho certeza de que todo mundo da escola e da cidade concordam comigo. 

Annie falava animadamente sobre uma festa, um baile na verdade, que iria acontecer em sua casa. Era um tipo de confraternização ou algo do tipo, da empresa de seu pai. E como Annie não era boba, logo pediu para que pudesse convidar alguns amigos. 

Os pais de Annie são bastante liberais. Na maioria de suas festas, há jovens que eles nunca haviam visto na vida. A bebida alcoólica era servida para todos, e eles confiavam em Finnick como confiavam em si próprios. 

-É sábado - começou Annie. - A roupa... Bem, vocês sabem. É de gala, mas não precisa te cobrir até os pés. Nada formal. 

-Precisa ir acompanhado? - perguntou Madge, mal humorada, bebendo um pouco de seu suco. 

-É claro que não - disse Annie, quase em tom de desespero. Ela sabia o que se passava, e fazia de tudo para ajudar, mas pensava que qualquer palavra falada sem pensar iria machucá-la. - Vamos dançar tanto que nem lembraremos de qualquer garoto do mundo. 

-Sério? - disse ela, um pouco melancólica. 

-Sério! - falou Annie, animada. - Coloca um vestido bem lindo, tá? 

-Tá - ela disse, com os olhos brilhando. 

-E vocês duas, o que me dizem? - disse Annie, para mim e Johanna. 

-Vou adorar ir - eu falei, tentando parecer gentil. Mas torcia para que qualquer desconhecido me chamasse para dançar, só pra não ter que fazer isso com Gale. E, dentro de mim, uma chama pedia para que Peeta fosse, também. E que dançasse comigo. E que me beijasse. 

-Eu também... - ela falou, um pouco desanimada. 

-O que foi? - disse Madge, franzindo as sobrancelhas. 

-Vou ficar sozinha, de novo. Eu não tenho namorado. Ninguém, não tenho ninguém. 

-Sou sua, na boa - eu falei, me apressando. - Não vou desgrudar de você. 

-Eu também - disse Madge, com uma expressão que, ao mesmo tempo era séria, e, ao mesmo tempo, divertida. Ela estava falando sério. E eu também. 

-Acho bom - ela disse, dando um gole em seu suco. 

-Então, já que tá esse clima chato, vamos ir alugar os vestidos hoje? - falou Annie. - É por conta dos meus pais, eles prometeram. 

-Isso é sério? - eu e as meninas falamos, quase em uníssono. 

-Mas é claro. Eles adoram vocês e eu falei que ninguém tinha roupa apropriada pra ocasião. Minha tia tem uma loja de aluguel de roupas no centro da cidade. 

-Por mim, tudo bem - disse Johanna. 

-Por mim também - eu falei, animada. Não existia alguma coisa que eu mais gostasse do que sair com elas. Mesmo que fosse só passear na rua. Era divertido. E, agora, todas haviam se animado com a ideia do tal baile.

Depois começamos a jogar conversa fora. Falamos sobre algumas provas, o cabelo da Clove, e, logo depois, o sinal tocou. A aula passou um pouco de vagar, mas, quando terminou, foi um alívio.

Eu e as meninas iriamos nos encontrar 15h30, na casa da Johanna, que ficava mais perto do centro. Graças a Deus, o carro já estava arrumado, e eu não precisaria ir a pé. 

O almoço na minha casa havia sido silencioso. Meu pai não parava de mandar mensagens para seus clientes, minha mãe comia em silêncio, Marvel ainda me ignorava e eu estava sem graça demais, com aquele silêncio, para quebrá-lo.

Depois de lavar a louça, e ir arrumar algumas coisas no meu quarto, a campainha toca. Marvel, provavelmente estaria dormindo, e meus pais já haviam saído. Desci as escadas correndo, e abri a porta. Meu sangue congelou quando eu vi quem estava lá. 

Era ninguém mais ninguém menos que Gale. E, ele não estava com uma cara amigável. 

-Posso entrar? - ele disse, sério.

-Claro - então eu dei passagem. 

Ele foi em direção ao sofá e sentou-se. Eu ainda me encontrava perto da porta, mas, quando Gale me olhou convidativo, eu sentei-me do seu lado, mas longe o suficiente para que nós não nos encostássemos. 

-O que está acontecendo? - ele perguntou.

-Me diga você!

-Só quero que você me fale se está acontecendo alguma coisa entre você e o Peeta. Só isso. 

-Isso é sério? Porque você acha isso? - Na verdade, eu sabia. Mas queria provocar, pois, quando ele saísse da porta, já não seria mais meu namorado. Vir aqui na minha casa e me interrogar já era demais. 

-Ele é mais seu namorado do que eu.

-Concordo com você. Ele é um namorado incrível, sabe? me trata bem, e, ainda por cima, nunca forçou a barra comigo. - eu falei, entre os dentes. - Satisfeito?

Ele pareceu um pouco magoado, mas continuou, mesmo assim. 

-E você quer terminar comigo, né?

-O que você acha? 

-Mas eu não quero. 

Ah, pronto. Agora que vai começar o drama!

-Pensasse antes de fazer o que você fez. 

-Você parecia gostar de mim. Ou pelo menos eu pensei que sim, né? As pessoas se enganam. 

-Espera aí, Gale! - eu disse, começando a elevar a voz. - Você está dizendo que não sou sincera quando mostro meus sentimentos para alguém? Bem, sou mais que você! E outra, se alguém se enganou aqui, foi eu.

-Você sempre faz chantagem emocional, né? Como se você não tivesse feito nada de errado - ele disse, bravo. 

-O que foi que eu fiz? Me fala!

-Você... Você... Arg! Você sabe muito bem. Você acha que eu não percebia o jeito que você olhava pra ele? Quando ele falava com você? Ou naquela conversa da cozinha? É, eu ouvi. Você parecia dizer mas não acreditava em suas próprias palavras. Você sabia que nós não combinávamos!

-Gale, por favor! Se eu fiz alguma coisa que você está dizendo, não foi a intenção. Foi algo natural. Algo que nós não temos há algum tempo. 

-Então é isso mesmo? 

-O que? - eu falei, irritada. 

-Você só me usou pra provocar o Peeta? E agora, você não precisa mais de mim e vai me jogar fora, né?

Estava pronta para responder, quando eu ouvi alguns passos na escada. Era Marvel, que parecia bem irritado. 

-O que você faz aqui? Já disse pra ficar longe da minha irmã, otário!

-Você que está fazendo a cabeça dela, não é? - ele disse, levantando-se. - Já suspeitava! Que amigo, hein?

-Sua amizade não vai fazer falta pra mim. 

Gale já ia pra cima de Peeta, quando, eu gritei o mais alto possível:

-PAREM! NÃO, NÃO! VOCÊ, SAI DA MINHA CASA AGORA. ACABOU, ENTENDEU? NÃO EXISTE MAIS NADA ENTRE NÓS. 

Marvel deu um sorriso satisfeito. Gale me fuzilou com os olhos. E eu? Me sentia leve. Como se alguém tivesse tirado uma rocha que eu carregava nas costas. 

Gale saiu dali frustrado, sem dizer nada. Apenas bateu a porta e foi pra sua casa, que não era muito longe dali, bufando. 

Marvel, bem, estava satisfeito. Me deu um abraço bem apertado, e disse, sorridente. 

-Fez a coisa certa. 

-Eu sei...

-E agora? 

Eu sabia do que ele falava. E eu também pensava nisso.

-Vou pensar um pouco... Só um pouquinho. Converso com você mais tarde, tá? 

Então eu dei um beijo em sua bochecha e subi as escadas. Ainda tentando me recuperar daquela confusão, deitei em minha cama e comecei a pensar em várias coisas. 

O que mais me preocupava era o que Gale pudesse fazer. É claro que ele não mataria nem uma mosca; mas, isso é em seu estado normal. Agora ele estava uma pilha, e, por um segundo, eu temi que ele pudesse fazer qualquer coisa com Peeta.

Só rezava para que ele nunca mais aparecesse. Saísse da escola, ou mudasse de grupo. Qualquer coisa estaria boa para mim, nesse momento. 

E, em relação a Peeta. Isso é bem difícil de lidar, principalmente sabendo que ele não faz ideia das coisas que eu sei. Mas, eu iria contar. Não essa noite, nem na próxima. Mas sim, na noite de sábado. Tinha certeza de que, lá, ninguém iria nos interromper. 


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Notas finais do capítulo

Eai, ficou bom? Ou não? Vale um comentário? ahaha