As Histórias De Thalia escrita por GiGihh


Capítulo 7
Surpresas, presentes e respostas


Notas iniciais do capítulo

Finalmente um pouco de romance !



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THALIA



Passei direto por meu padrasto e entrei em casa. Ia em direção há escada, para o meu quarto. Queria pensar sobre tudo o que havia acontecido comigo. Sobre como aquele estranho policial parecia esconder algo de mim. Pensar em como, de repente, eu me sentira tão forte. Mas é claro, Hugo nunca me deixaria em paz. Mas eu já não tinha mais paciência.

Hugo me segurou pulso com força, mas o soltou tão rápido quanto pegara. Minha raiva por ele havia se transformado em eletricidade e percorrido todo o meu corpo até o local onde Hugo segurava com força.

Novamente aquela força e aquela energia percorriam o meu corpo. E novamente aquela eletricidade não me afetara.

– Menininha desgraçada!- Hugo gritava – Acha que pode me acertar com um raio e sair assim sem nenhuma punição? Hein?

–Por que toda vez que algo ruim acontece você culpa a mim? Por que toda vez que começa uma tempestade você tem o trabalho de me manter longe e, de novo, culpa a mim? – eu gritava com toda a energia que eu tinha. Ainda me sentia cercada de eletricidade e Hugo percebia isso, e a cada pergunta minha voz ficava mais alta e ele recuava até não poder mais. – Por que você sente prazer em me ver sofrer? Por que sempre que não consegue o que quer desconta em mim? Hein? RESPONDA!

Ao gritar a ultima palavra a janela mais próxima de Hugo se quebrou em milhões de pedacinhos. E pela janela quebrada vi uma tempestade se formando. Também percebi que ela aumentava à medida que minha raiva crescia.

Hugo havia se encolhido no chão, completamente assustado. Não fiquei para ver o que aconteceria depois. Subi correndo e entrei no primeiro quarto que encontrei.

Tranquei a porta e percebi que estava no quarto da minha mãe.

O quarto era pequeno, arrumado e aconchegante. Em outras palavras, bem diferente do meu.

Na parede oposta à janela, havia uma cômoda com uma caixinha pequena em cima. Dirigi-me até a cômoda e peguei a caixinha. Ela estava trancada. Mas eu sabia como abrir certas fechaduras. Peguei um grampo de cabelo e comecei a abrir a caixinha.

Quando finalmente consegui, estava surpresa de mais com o que havia dentro.

Uma linda corrente prateada. Um camafeu. E a foto...

Era um homem muito bonito, de cabelos castanhos levemente cacheados e olhos muito azuis. Os meus olhos azuis. E eu soube que estava olhando para o meu pai.

Antes que eu pudesse ter qualquer reação, ouvi batidas no vidro da janela.

Eu já ouvi falar de pombo correio, mas aquilo definitivamente não era um pombo.

Eu estava olhando para uma águia muito linda e ela trazia consigo uma caixa de presente muito bonita. Coloquei o camafeu em meu pescoço e escondi-o dentro da blusa. Dirigi-me até a janela e abri-a. A ave deixou a caixa na cama e pousou na cabeceira da cama.

Sentei-me na cama e abri a caixa.

Antes de tudo, havia uma carta. Eu receava abri-la. De alguma forma sabia que depois que lesse minha vida nunca mais seria a mesma. Eu abri... E foi isso que eu li:


Não tem um jeito mais fácil de dizer isso. É um assunto difícil de explicar em uma carta.

Nunca na sua vida as coisas foram fáceis e agora a tendência é piorar.

Thalia, os deuses da Grécia antiga são reais. Os monstros são reais. E você é filha de um deus. Você é uma semideusa. A mais poderosa nascida neste século. Você é Thalia Grace, semideusa filha de Zeus, senhor dos céus e das tempestades. Você é minha filha.

Deve estar achando que tudo é uma grande mentira. Mas no fundo você sabe que não é. Pense um pouco em cada situação estranha que já aconteceu em sua vida. Pense nos cães infernais. Pense em como conseguiu extrair energia do ar a sua volta. Pense em como conseguiu formar uma tempestade.

Por ter dislexia você entende perfeitamente o grego antigo. E por ter TDAH você tem excelentes reflexos que a ajudaram a se manter viva em uma batalha.

Agora que sabe quem você realmente é, monstros atacaram com muito mais frequência e para você sobreviver esta nesta caixa os seus presentes.

Queria poder ter aparecido há muito tempo. E por isso sinto muito!

Feliz aniversario!

À medida que eu li percebi que estava em ja estava em pé. Encostei-me na parede e aos poucos fui caindo até o chão.

Uma tempestade havia se formado. E não dessa vez não era por minha causa. Na verdade não teve nada de raios nem trovões. Era apenas uma chuva forte.

O pior de tudo isso era que minha mãe e meu padrasto sabiam disso.

Peguei a caixa com os presentes do meu pai. Tirei um lindo bracelete de prata. Ao coloca-lo ele se transformou em um escudo horrível! O que eu achei muito maneiro. E um spray de pimenta. Quando o toquei ele se transformou em uma lança. E por ela sentia uma corrente elétrica incrível!

–Aquela menina ridícula vai me pagar- pude ouvir Hugo falando no andar de baixo

Eu não aguentava mais. Não passaria nem mais um segundo na presença deles.

Pulei pela janela do segundo andar e flutuei até em baixo.

Estava usando um short jeans, uma blusa preta soltinha e botas de cano curto pretas. Meus cabelos soltos começaram a grudar em meu rosto assim como minhas roupas grudavam em meu corpo

Andei por muito tempo.

A chuva não passava. E eu já não sabia onde estava e não fazia ideia de para onde ia. Quanto mais longe melhor.

Cheguei a uma praça com uma árvore grande. Encostei-me no tronco apenas para descansar um pouco. Que aniversario!



LUKE



Eu havia fugido de casa no meio de um temporal.

Usava um jeans, uma camiseta branca simples e uma jaqueta de couro preta.

Cheguei à praça em que me escondia quando era pequeno e  encostei-me à maior árvore. Foi quando a vi... Foi tudo tão rápido!

Uma menina incrível havia saído de trás da mesma árvore em que eu estava. Ela andava sobre a grama quando escorregou. Ela ia cair na lama... E eu não podia ficar ali parado!

Joguei-me no chão. Cai de joelhos na lama e a segurei com uma mão em sua cintura e a outra em suas costas. Ela era ainda mais linda de perto. Seus olhos azuis como o céu expressavam surpresa. Não consegui deixar de notar seus lindos lábios rosados... Que isso Luke! Você acabou de ver essa menina.

Acho que nenhum de nós estava pensando no que fazia. Ela pós o braço em volta do meu pescoço e eu a peguei no colo. Levei-a para um canto afastado das poucas pessoas que se arriscavam a sair na chuva. Quando a coloquei no asfalto demorei para tirar as mãos de sua cintura, enquanto ela lentamente tirava as mãos do meu pescoço. Estávamos perigosamente muito perto. Durante minutos desconfortáveis ficamos apenas olhando um nos olhos do outro... Mas estávamos perto demais.

Tive que quebrar aquele silencio ou acabaria beijando aquela menina.

– Você esta bem?- perguntei um pouco preocupado.

Ela assentiu e tremeu de frio. Rapidamente tirei minha jaqueta de couro e vesti nela.

– Obrigada- ela respondeu com uma voz muito doce. E a cada minuto eu me sentia cada vez mais atraído por aqueles lindos olhos. Como era possivel alguem se sentir assim de repente? – Qual o seu nome?- eu estava tão distraído que quase não ouvi a pergunta.

–Sou Luke. E você...

– Sou Thalia.


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