As Histórias De Thalia escrita por GiGihh


Capítulo 45
Colina Meio-Sangue


Notas iniciais do capítulo

Oieeeeeeeeeeeeeeee!
Bom, esse cap ficou curto perto dos outros e é só uma introdução dos seguintes. Coloquei um pouquinho de emoção e drama nesse periodo breve, ok?
Vejo vocês lá em baixo!



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PERCY

Eu me sentia aliviado. Por quê? Bom, havíamos conseguido o Velocino de Ouro e poderíamos salvar todo o acampamento e ainda a Arvore de Thalia. Mas me sentia inquieto...

 Algo que não havia contado para ninguém era que eu havia sonhado com uma menina diferente. Não tinha tanta certeza de quem era, mas tinha minhas suspeitas graças a sonhos anteriores. Eu via minha única prima. Às vezes nós apenas trocávamos olhares. Nunca consegui desvendar seus olhos, mas tentava contar o quanto ela me inspirava.

A história de como a barreira do acampamento tinha se tornado mais forte era a minha favorita. De todos os heróis conhecidos mundialmente e que tinham constelações o meu favorito seria Hercules. Mas se fosse qualquer pessoa ou ser vivo existente, seria ela.

Thalia tivera atitudes nobres e arriscara e dera sua vida por seus amigos, sendo que ela era a única que deveria chegar ao Acampamento Meio-Sangue com vida. Eu iria admirá-la por suas atitudes, mas não esperava descobrir que os semideuses que salvara eram ninguém menos que Luke e Annabeth.

Já estávamos no acampamento (em segurança) havia alguns dias, mas sempre havia alguém vigiando o Velocino por precaução. Fora os sonhos, Luke havia dito que devolveria o Velocino para nós assim que terminasse com ele... O que isso significaria? Alem do mais... Tenho quase certeza de que vi uma parcela de culpa em seus olhos.

Annabeth talvez também tenha visto isso... O que é isso? Não, não ouvi nada, mas... Senti um peso no meu peito e uma raiva repentina quando pensei nos dois... Não sei o que foi isso, mas enfim.

Bom, Annabeth estava de vigia esta noite e há essa hora todo o Acampamento estava dormindo. Assim que encostei a cabeça no travesseiro, apaguei... Mas não estava impune dos sonhos.

Primeiro eram coisas bobas: eu imaginava minhas bandas favoritas tocando embaixo d’água e por reflexo pensei em como aquilo era estranhamente legal... Mas mudou.

Eu estava em uma colina... Não. Uma colina, não. A colina Meio-Sangue e o pinheiro estavam na minha frente. Comecei a subir a colina devagar com medo do que veria lá em cima. Na base do pinheiro uma menina com cabelos longos dormia, mas ela estava presa... As correntes que a prendiam estavam se soltando, quebrando-se... Ela me parecia machucada... Então Cronos também resolveu me perturbar...

“Polifemo está sentado cego em sua caverna, jovem herói, acreditando que obteve uma grande vitoria. Será que você está menos ilidido?” O riso frio encheu as trevas dos meus sonhos... Meus sonhos mudaram... No fundo do mar meu pai olhava fixamente para mim: Prepare-se.

Acordei assustado com Grover na minha porta.

-Percy! Annabeth... Na colina... Ela...

Seus olhos, sua expressão, seu corpo me diziam que havia algo muito errado. Meu sangue estava frio, quase gelado. Sai do conforto da minha cama me vesti apressadamente e Grover continuava a falar.

-Ela está lá caída... Simplesmente lá caída...

Corri para fora com Grover logo atrás de mim. Rompia a aurora, mas quase todo o acampamento já estava de pé e a noticia de “algo errado” se espalhava. Vários campistas seguiam para a colina... Quíron chegou galopando e com uma expressão terrível.

-É verdade? – perguntou a Grover.

Não vi direito a resposta e Quíron já me puxava para suas costas. Vocês já sabem o que aconteceu. Vi duas meninas no chão: uma inconsciente e a outra ajoelhada ao seu lado...

ANNABETH

Voltemos um pouco no tempo... Para o começo da minha noite de vigia.

Assim que assumi meu posto, me senti desconfortável. Olhei para a vista a minha frente... Parte de uma avenida ao longe e várias colinas, mas esta se destacava... Meu passado pareceu voltar em flashes enquanto eu olhava para frente.

Como que em um filme, vi quatro crianças correndo pela avenida; duas meninas e dois meninos. Roubaram duas motos e seguiram aos pares pela avenida... As sombras tinham vida e delas saiam monstros há quase todo o instante.

Meus olhos estavam marejados... Aproximei-me da arvore e sorri tristemente.

- Você faz falta, Thalia. – a escuridão essa noite era serena ao contrario dos meus pesadelos, como se a lua soubesse algo que eu não sabia – Mesmo sendo uma filha de Atena, mesmo já tendo crescido... – uma lágrima solitária escorreu pela minha bochecha, mas manti o sorriso. – Não sei se consigo mais suportar tudo isso sozinha...

Tudo bem que eu não estava sozinha, mas... Bom, eu havia me aproximado de Percy porque ele me lembrava dela... A princípio foi por isso, mas depois acho que... Não! Eu não devia estar pensando nele... Thalia seria minha irmã mais velha, minha conselheira e amiga.

Thalia seria tudo, tudo, o que me restava de uma verdadeira família.

Família... Essa palavra me despertava tantas lembranças... Fechei meus olhos por meros segundos e...

–Nós não vamos machucar você. – Thalia falou com uma voz doce e muito mais forte agora do que em meus pensamentos... – Eu tenho a impressão de que você é muito inteligente. – Thalia disse sorrindo.

– Vocês... Vocês não vão me levar de volta para a minha família? Prometem? – perguntei com lagrimas nos olhos.

–Não. Nós vamos achar uma família para todos nós algum dia. – Thalia disse olhando fundo nos olhos meus olhos. Entendemos-nos apenas com um olhar, mas não era isso o que Luke queria.

–Não.

Nós duas olhamos para Luke surpresas.

–Não? – Thalia perguntou confusa.

– Não! – ele respondeu sorrindo e segurando sua mão – Nós já somos uma família. –olhando nos olhos, da pequena Annabeth que fui, ele completou – E você agora faz parte da nossa família. Eu prometo que não vou deixar nada machucar vocês. Eu não vou desapontá-las como nossas famílias fizeram. Combinado?

Família. A palavra tinha agora um gosto quase amargo. Voltei a falar com meu pai e a morar com ele, mas ainda me sentia magoada por mais que tentasse esconder dele. Grover era um amigo, mas não era presente. Luke havia me deixado no instante em que ganhou a cicatriz em seu rosto, talvez antes... E Thalia...

Mais lágrimas caíram pelos meus olhos e eu as sequei com força excessiva machucando meu rosto. Ainda teimosamente, novas lágrimas surgiram. Eu não deveria chorar. Deveria ser forte...

 –Eu não devia chorar. Devia ser forte como você!

– Não, Annie. Você é forte. Mas até os fortes choram de vez em quando.

– Mas é feio chorar!

–Não é feio chorar!

– Por que não é?

Sorri em meio à lembrança.

– Porque só os mais fortes são capazes de chorar, Annie. Ninguém é feito de ferro!

A aurora se aproximava e eu nem havia visto o tempo passar. Um brilhante raio de sol pareceu tocar a base da arvore e então... Não! Isso era impossível... Não era certo!

...O corpo de Thalia jazia inconsciente na grama. Seus ferimentos do dia em que “morreu” cicatrizavam devagar, mas ainda eram, em partes, graves. O cansaço era evidente, mas seu rosto ainda parecia sereno.

Meus olhos se encheram de lágrimas: felicidade e de raiva... O Titã havia conseguido uma forma de controlar a profecia...


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Notas finais do capítulo

Gente! Mas esse Percy é lerdinho, hein? rsrsrsrsrs
(Desculpem qualquer erro!)
Até logo!!!!
;)