May - Parte IV escrita por PaulaRodrigues


Capítulo 7
Livre


Notas iniciais do capítulo

May conseguiu fugir das garras de Stryker e agora está livre para continuar seu caminho, mas parece que não será tão simples conseguir as coisas para continuar e com certeza May não se importa com a dificuldade.
PS: Desculpa a demora pra postar gente, tive um compromisso mas agora estou de volta com os capítulos de May pra vocês. Beijos



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Não me lembro quanto tempo fiquei lá, confinada, quanto tempo o sedativo fez efeito. Só sei que uns barulhos muito altos foram feitos, pareciam gritos. Abri os olhos com lentidão, mas não conseguia ver a sala direito, pois surpreendentemente eu estava em um tanque transparente cheio de água e com algo que tampava minha boca e meu nariz que deve ter permitido que eu respirasse.

Todos pareciam estar desesperados, era muito difícil ouvir e ver alguma coisa, então, na minha frente, parou um homem, era bem musculoso, mas a água me atrapalhava vê-lo perfeitamente. Através de meu olhar, pedi para que me libertasse daquele lugar. Torci para que ele entendesse minha súplica. Então eu vi três garras enormes pratas entrarem no vidro e depois mais três. As seis garras desceram pelo vidro e então, agora frágil, o vidro estourou fazendo toda a água sair.

Consegui vê-lo por poucos segundos, ele parecia estar furioso e estava nu, era bem musculoso. Ofegante, ele olhou para o lado esquerdo, olhou para mim em alerta e começou a correr. Tentei segui-lo mas estava presa pelos meus punhos e tornozelos. Me soltei rapidamente com um pouco de força, tirei o respirador da boca e, pisando em alguns cacos de vidro, tentei segui-lo, percebi que também estava nua. 

Conseguindo finalmente alcança-lo e percebendo o desespero das pessoas que nos seguiam, vi ele abrindo a porta e saindo, fui logo atrás dele mas, assim que aí não o vi. Havia muita água saindo por lá, me aproximei da beirada e o vi caindo. Fiquei na dúvida se iria mesmo pular ali ou não.

- Parada aí! - gritou um homem atrás de mim.

E graças a isso tomei minha decisão e pulei. Foi uma queda longa, parecia que nunca chegaria à água lá embaixo, passado alguns segundos finalmente meu corpo foi de encontro à água e rapidamente comecei a nadar em direção à superfície, eu estava muito pesada, parecia que meu corpo desejava o fundo daquele lago. Vi, com um pouco de dificuldade por não conseguir segurar meu corpo muito tempo na superfície, um lugar cheio de árvores e decidi nadar até lá e me esconder entre elas. 

Chegando nas árvores ainda ofegante, apoiei em uma árvore para tomar fôlego. Agora eu precisava de roupas, mas onde consegui-las? Então, ouvi umas vozes mais pro fundo da floresta. Andei silenciosamente até as vozes e vi dois homens barbudos vestidos com roupas de caça e com shotguns em suas mãos. Eu precisava da blusa deles e já tinha um plano em mente.

- Me ajudem! - gritei e corri na direção deles meio ofegante teatralmente. - Me ajudem por favor!

- Qual o problema gracinha? - disse um deles que mascava um pouco de mato.

- Eu estou perdida e não me lembro de nada que aconteceu comigo - fiz cara de piedade e comecei a chorar.

- Que pena - disse ele com um sorriso pretensioso que eu sabia que estava afim de abusar de mim. - Mas venha querida, nós podemos te ajudar - ele me chamou esticando o braço.

- Carl - o amigo segurou no ombro dele - é melhor irmos embora.

- Ora Frank, está com medo de uma garotinha perdida?

Me aproximei devagar de Carl e ele veio se aproximando de mim e me pegou pela cintura para perto dele. Ele passou a arma para o amigo Frank e me fez encostar toda em seu corpo.

- Então querida  - ele sorriu pra mim e passou a mão em meus cabelos -, para podermos te ajudar você terá que me dar uma coisinha.

Ele começou a descer a mão pelo meu corpo e quando chegou em meus seios eu peguei a mão dele para parar.

- Hum, que garotinha forte - ele parecia se divertir. - Gosto assim, mais difícil.

Ele tentou novamente me tocar, ele parecia fazer uma grande força para tentar se livrar de minha mão, algo que foi e vão, pois eu era muito forte agora. Ele então tentou a outra mão, eu a segurei também e ele pareceu se assustar um pouco pois não importava a força q fazia, ele não conseguia se livrar das minhas. Agora eu estava sorrindo e ele com medo. Mas o medo dele era de verdade, diferente do meu.

- Só tem uma coisa querido - eu o encarava com os olhos e então deixei meus instintos felinos fluírem mudando meus olhos e meus dentes. - Eu não estou perdida, nem com medo - sorri de um jeito sexy.

Comecei a enfiar minhas garras em suas mãos e ele começou a gritar, eu o soltei, ele caminhou um pouco pra trás vendo as mãos e então olhou para mim ajoelhado no chão.

- O que você é? O demônio?

- Não, mas foi ele que fez isso comigo.

Me aproximei e torci seu pescoço. Frank olhava aterrorizado e atirou em mim, o que abriu alguns buracos em meu corpo. Senti o impacto e fiquei olhando para meu corpo, em seguida olhei para ele, a arma tremia em sua mão.

- Isso não funciona.

Enfiei minhas garras em um buraco perto do meu umbigo e tirei a bala mostrando pra ele. 

- Viu? - joguei no chão ao meu lado como se fosse um cisco.

Ele ficou com os olhos arregalados e começou a correr. Revirei os olhos e deixei que corresse, ele não me faria mal e ninguém acreditaria nele. Comecei a tirar a jaqueta de Carl para ter a camisa dele. Peguei a camisa e a vesti, ela parecia um vestido pra mim indo até um pouco pra cima da metade da minha coxa. Rasguei a jaqueta um pouco e coloquei de volta em Carl, fiz um arranhão em seu peito para simular o ataque de um animal de verdade. Tirei o restante das balas que ainda tinham em meu corpo e continuei meu caminho pela floresta.

Escutei um helicóptero e subi rapidamente em uma árvore densa, olhei para o céu e percebi que o helicóptero ia para o outro lado. Eles não estavam atrás de mim e isso me aliviou bastante. Eu estava finalmente livre de tudo. Desci da árvore num salto e agora eu tinha outro problema, eu precisava de uma locomoção e andando mais um pouco, encontrei uma estrada. Não andei nela, não queria ser facilmente vista e andando pela floreta à beira da estrada vi uns motoqueiros bem estilosos passarem, suas jaquetas eram pretas e não usavam capacete mas sim um lenço na cabeça. Eu os segui correndo como uma felina e então eles pararam em um bar completamente cheio de motos enormes estacionadas. Era uma moto mais bonita que a outra, com rodas grandes e ali encontrei o meu meio de locomoção. 

Corri para o estacionamento das motos escondida e havia me esquecido do principal: como iria ligar as motos sem chaves? Fiquei nervosa. Olhei para a porta do bar, me levantei, arrumei a camisa e meu cabelo e comecei a caminhar para a entrada do bar.


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