-Cai fora da minha casa! – gritei.

-O que?

-Cai fora! – gritei.

Sai correndo.

POV Narrador.

-Vou atrás dela. – disse Damon.

-Não. – Vanessa pegou no braço de Damon. – Deixe ela pensar um pouco e espere ela ligar.

-E se ela não ligar.

-Ela vai ligar só precisa pensar.

-Ok. Vou pegar minhas coisas. – Damon subiu.

-Acha que ela vai ligar? – perguntou Russeu.

-Talvez, mas acho que sim, pois ela é apaixonada por ele.

-Apaixonada? – Russeu perguntou curioso.

Vanessa mordeu o lábio ao notar que falara um pouco demais.

-Preciso ir no banheiro.

Ela saiu correndo. Russeu correu a procura de Damon e o achou no quarto de Elena olhando uma foto. Era a foto do dia da festa.

-Damon meu amigo... – Russeu falava com certo animo.

-Que foi? – Damon perguntou meio bravo ainda olhando a foto.

-Sabia que a Elena é apaixonada por você? – Damon sorriu. – Não digo nada se ela o amar.

-Se ela me amasse teria me dito não é gênio?

-Talvez. Tipo a garota disse que já se magoou muito então eu não me surpreenderia se ela estivesse esperando você falar primeiro, mas de uma coisa eu tenho certeza... – Russeu disse olhando a foto – Você está apaixonado e essa foto mostra isso perfeitamente.

-Não estou não.

-Tá pode mentir o quanto quiser. – Russeu disse próximo a porta.

POV Elena.

-Elena o que faz aqui? – me virei e vi Bonnie.

Era puro domingo. Estava no lugar mais movimentado da minha cidade. O outro lado da rua estava fechado ate as 18h. Pessoas corriam, algumas andavam de skate outras de patinete ou patins. Havia uma fera de cachorros e eu estava brincando com um vira-latinha muito fofo.

-Meu deus você chorou... O que aconteceu?

-Já viu o jornal de hoje?

-Não.

-Uma louca maldita disse que estava grávida. Não sei de quantos meses, pois não li muito, mas tenho medo que ele tenha me traído.

-Calma Elena. – ela me abraçou de leve tomando cuidado com o filhote. – Vai ver é só uma mentirosa atrás do dinheiro do Damon. – Respirei fundo.

-É talvez seja, mas e se for verdade e se ele me traiu. – eu chorava.

-Calma Elena. – ela passava seus dedos no meu cabelo.

-Sabe eu nunca disse essas palavras, mas acho que estou amando ele e se ele não me amar. E se isso for verdade e ele não me quiser, como vou esquecê-lo? – eu disse após parar de chorar e soluçar.

-Vamos pegar um pouco de sorvete e vamos pegar aquela noticia. Precisamos ler mais atentamente.

(...)

Após Bonnie ler a noticia ela me falou que a mulher tinha só 4 meses de gravidez. O que me acalmou ou talvez fosse o sorvete. Estava um pouco mais feliz, mas agora estava me culpando por ter falado daquele modo com ele, mas pelo menos eu não disse aquelas palavras que eu nunca conseguir dizer que eram “eu te odeio”. Não sabia bem o porquê, mas eu não conseguia dizer essas palavras para ele.

-Vai continuar com ele mesmo assim?

-Vou e se for preciso vou ate o ajuda a cuidar desse bebe. Mas não vou ajudar aquela idiota-que-não-sabe-o-que-é-preservativo a ficar com ele.

-Está mesmo disposta a ficar com ele, mesmo que ele a machuque? Pois se não Elena é melhor aproveitar e cair fora.

-Estou, eu praticamente esperei ele. Mesmo que eu não saiba.

-Ok. Boa sorte então. – sorri.

-Obrigada. – Me levantei.

-Ei aonde você vai?

-Ir para casa e ligar para o Damon, por quê?

-Não agora eu preciso te contar sobre o meu relacionamento. – eu ri e revirei os olhos. Me sentei.

-E então me conta logo. E o principal por que você não me contou antes?

-É que sempre tinha gente com você.

-Ok, agora me conta os detalhes.

-Bem o nome dele é Kevin, olhos azuis, cabelos pretos, inteligente, um pouco mais alto que eu e lindo. Começamos a namorar a duas semanas. Nós conhecemos 

-O que você quer Milena? – perguntei a encarando.

Ela não mudara seus cabelos continuavam loiros e olhos ainda eram azuis incomuns. Ela riu.

-Uma transa seria bom, mas o que realmente quero é o nome do meu bebe no atestado e que se responsabilize em parte de pagar pensão, que venha o ver, coloque o seu sobre nome nele e o principal case comigo. – ela disse com um sorriso irritante.

-Milena – eu disse mantendo o controle, mas com uma vontade de matar ela – olha faço tudo por essa criança se for minha, mas não vou casar com você, pois eu me lembro de você ter dito que tomava pílula. – ela dissera isso mesmo quando fui colocar a camisinha. Maldita mentirosa.

-É eu tinha me esquecido de que eu não tomara naquele dia. – ela disse dando de ombros. – Mas não importa você terá que se casar comigo.

-Você sabe que eu estou num relacionamento.

-Claro que sei, parabéns. – ela aplaudiu. – E isso não é problema meu. Minha mãe quer que meu bebe tenha um pai presente.

-E esse bebe terá, mas não vou casar com você. Eu e Elena temos um relacionamento serio ao contrario das outras vezes. – disse demonstrando meu desprezo de um dia ter tocado nela.

-Damon! – ela deu um berro irritante e se levantou – Não pense que tem o direito de falar de mim como uma vadia.

-Você era quase uma. – ela me deu um tapa. Meu rosto queimava e eu só não retribui o tapa, pois bem que eu merecia.

-Não importa o que você diga Damon. Você ainda vai se casar comigo. – ela tirou o vestido. Me levantei.

-Você não fica nada atraente grávida. – ela começou a chorar.

-Maldito! – ela gritou e vi que ela pegava um vaso e sai correndo.

O vaso se quebrou um pouco longe de mim. Abri a porta e sai só voltei para abrir um pouco e dizer:

-Se isso for mentira Milena vou te processar e vai ser com um bom advogado e ainda vai ter um exame para ver se essa criança é minha mesmo. – fechei a porta.

Peguei meu celular e o liguei.

-J. Sou eu Damon quero que investigue Milena Perl.

-O que quer exatamente saber?

-Tudo e principalmente se ela está mentindo sobre essa criança é minha.

POV Elena.

Resolvi ouvir Bonnie e dei um tempo para pensar. Me dei o resto do dia, mas eu não consegui pensar em falar com ele e me desculpar. Eu adorava e gostava daquele idiota apesar de tudo e eu não conseguia ficar muito tempo odiando ele. Me lembrei daquela poesia do filme 10 coisas que odeio em você e pensei nele. Nós dois de certo modo caiamos bem naquele filme.

Agora já era de tarde e eu tentava ligar para ele, mas sempre caia na caixa postal. Havia tentado toda a manhã...

-Por que ele não me atende? – eu tamborilava os dedos na mesa.

Russeu os segurou claramente nervoso.

-Eleninha, namorada do meu grande amigo e melhor amiga da minha namorada. Tenho muita consideração por você, mas esse TAMBORILAR DE DEDOS ESTÁ ME IRRITANDO! – Ele gritou apertando com força meus dedos e logo os soltando.

Agora eles estavam doendo.

-Elena já passou pela sua cabeça que ele pode estar falando com o advogado dele? – disse Alice.

-Como assim? – perguntei a encarando.

-Não é obvio? Ele precisa de um advogado quando essa mulher for pedir dinheiro dele ou pedir para que a criança entre na lista de quem vai receber a herança.

-Ou talvez ele esteja trabalhando já que hoje é segunda. – disse Russeu.

-É pode ser isso.

-Pior é o escândalo que vocês vão ter que aguentar. – disse Vanessa.

-Vocês? – perguntei.      

-É vocês não se esqueça que você é a namorada dele.

-MEU DEUS! VEM AQUI ELENA! – gritou Alice.

Corri para a janela e vi que surgiam alguns carros e pessoas saiam deles com câmeras. Olhei melhor e vi que eram na verdade vans de canais de televisão. E que nesse momento apontavam para cima. Me virei e corri atrás do meu celular. Liguei para o celular dele, mas caiu direto na caixa postal como das ultimas vezes.

-Damon preciso falar com você. E uma pergunta como me livro desses PAPARIZZIS?! – O pessoal riu. – Vocês parem de rir! – gritei. – E, por favor, não desista de mim, nem de nós. – eu disse baixo para eles não ouvissem. Desliguei.

-Bem tem muita menina aqui e eu não quero aguentar uma festa do pijama...

-Russeu. Cai fora logo. – eu disse.

-Ui ela ficou estressada.

-Vanessa cuida do seu namorado se não mato ele.

-Fica tranquila Vanessa deixa que eu tento segurar ela.

-Alice eu sou mais forte que você tá bom baixinha.

-Alice eu não deixava. – disse Russeu colocando fogo na falsa briga.

-Cala boca, Russeu. Não vai ter nenhuma briga de mulher, mas se continuar assim vai ter uma briga entre eu e você.

-Ok, Elena – ela ficou na frente de Russeu. – deixa o meu namorado. – vi Russeu sorrir igual bobo e revirei os olhos.

-Com licença vou escrever um pouco.

(...)

-Elena. – Vi Alice. – O que foi parece nervosa?

-Bem além do Damon tem o fato de que hoje o pessoal da televisão para o qual eu fiz teste para uma novela me mandou um e-mail e tenho medo de estar escrito que não fui chamada.

-Bem, tem alguém na sala te esperando.

-Ok, se quiser pode ficar aqui, mas não lê a minha historia.

-E por que não posso ler?

-Porque quero que espere ate chegar a uma loja.

-Chata.

-Sou mesmo e você também é. – disse fechando a porta do quarto.

Fui para a sala e vi Damon. Ele veio na minha direção e do nada fiquei meio paralisada. Eu conseguiria me mover se eu quisesse, mas algo me impedia me deixava parada. Comecei a me sentir um pouco nervosa e arrependida pelo modo como o tratei. Abri a boca para falar, mas ele abriu a dele primeiro e ele começou a falar.

-Olha Elena – ele começou a falar fazendo um sinal para que eu esperasse. – antes que você diga algo quero que me ouça. Eu e aquela mulher – ele disse com certo nojo – não existe mais. Se eu pudesse mudar a minha vida a tiraria dela, eu mudaria tudo se eu pudesse para que tivéssemos virado amigos e que eu fizesse você se apaixonar por mim e não me odiar.

-Mas Damon...

-Me escute primeiro Elena. – acenei com a cabeça. – Mas não posso mudar meu passado e mesmo se pudesse sei que algo mudaria e vai que esse algo seria o nosso relacionamento e eu não quero perder o que temos, eu não quero te perder de novo. Eu já te perdi tantas vezes, quero pelo menos dessa vez fazer as coisas certas. Por favor me de mais uma chance, Elena.

Sorri e o abracei.

-Claro que te dou uma chance. Eu sempre dou uma chance para você.

-Você dá porque sabe que eu mereço.

-Verdade e Damon?

-Sim? – ele me soltou e eu engoli em seco. Abri a boca, mas nenhum som saiu.

-Você por acaso recebeu a mensagem? – perguntei.

Queria dizer a ele que nunca o odeie que era tudo fingimento, mas não sei porque saiu aquela pergunta da minha boca.

-Que mensagem? – ele perguntou.

-Depois você olha a sua caixa postal.

-Fez um poema para mim? – eu ri.

-Não, desculpe. Perdi o jeito para escrever poemas. E desculpa se não falei de modo romântico, mas foi porque eu queria falar para você quando você viesse aqui.

-E o que você iria me dizer?

-Bem eu diria o seguinte: Sei que fui uma grossa, mas é que eu não estava pensando bem. Eu agi sem pensar. Sabe agi igual uma pessoa com ciúmes você sabe como é isso não é?

-Sei, é como se algo tomasse conta de nós.

-Isso mesmo. E é como se estivéssemos bêbados, só agimos e só temos consequência dos nossos atos mais tarde. E quero que saiba que não importa o quanto eu te afasto eu continuo te querendo, pois por enquanto eu gosto de você. Por enquanto nada me fez mudar o que eu sento por você. E por enquanto só temos o agora então é melhor deixarmos as coisas ruins para trás e aproveitar, pois um dia acabara o que temos, seja porque paramos de sentir algo um pelo outro ou por causa da morte de um de nós.

-Se quer saber você iria me convencer. – eu sorri. – É bom saber que eu não te perdi ainda.

-Na verdade você me perdeu por algumas horas.

-E rapidamente te desperdi. – eu ri.

-Essa palavra existe?

-Não acabei de inventar. – nós rimos. – E caso você queria saber eu já me acostumei com você agindo daquele jeito. – ele disse afastando mechas de meu cabelo que estavam na minha cara.

-Não tenho culpe se as vezes você pedia para que agisse daquele modo.

-Eu era adolescente, tinha menos cérebro comparado com hoje em dia. E hoje em dia eu não peço. É o destino que pede para você fazer isso em nome dos velhos tempos. – nós rimos e ele me puxa para um beijo.

Ele podia ser muito irritante antes, mas isso não me impedia de me sentir atraída por aquele idiota. Ele podia não saber, mas por traz dos insultos tinha uma parte de mim que gostava dele e talvez eu só o insultasse para poder falar com ele e ouvir a sua voz.

-E agora o que você vai fazer sobre aquele assunto? – perguntei o encarando com minhas mãos ao redor do pescoço dele.

-Bem eu falei com aquela mulher – ele quase cuspiu – e quero te contar o que conversamos...

(...)

-Eu vou matar aquela vadia quando a encontrar. – eu disse mexendo minhas mãos nervosamente.

-Calma, Elena.

-Como posso ter calma se ela quer te roubar de MIM?! – gritei a ultima parte. – Aquela mulher não tem vergonha na cara? – me levantei e andei de um lado para o outro – Mereceu ficar chorando.

-Elena calma. – ele disse segurando meus ombros. Respirei fundo.

-Tem razão quero que você veja uma coisa comigo. – eu disse indo para o meu quarto.

-E o que seria essa coisa?

-Eu fiz um teste para a televisão e hoje me mandaram a resposta.

-Então vamos ver.

Entramos no meu quarto e Alice não estava lá.

-Preparada?

-Na verdade não, mas quero ver isso com você.

-Olhe pelo lado bom, Elena, se não der certo você ainda tem a chance de ser cantora.

-Verdade.

Eu não queria ser cantora. Queria ser escritora ou uma atriz conhecida. Eu via cantar mais como um hobby, apesar de que escrever era também um hobby praticamente, mas de verdade é que eu não me acho tão boa quanto os outros dizem e eu não sabia bem escrever musica só escrevi um musica e foi com a ajuda de um amigo meu e ele fez praticamente tudo eu só disse algumas coisas que passavam por minha cabeça.

Podia sentir minhas mãos suando de nervoso. Fiz um movimento com a mão e depois de respirar fundo mais uma vez, fiz o que devia fazer e abri o e-mail.