30 Dias Com Alec Volturi escrita por Drama Queen


Capítulo 38
twenty seven


Notas iniciais do capítulo

Eu sei que vocês me odeiam.
Mas tenho explicações.
Não vou negar: eu queria ter chegado nos 1000 comentários, e foi por isso que enrolei tanto. Também estou muito sem tempo, e, como estou com um pouco de dó de terminar essa história, tenho dedicado mais àquela de Harry Potter que falei pra vocês. Já conferiram? Está ótima, modéstia parte.
Capítulo dedicado à renesme cullen volturi, pela recomendação.
Sem mais delongas.



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Acordei com um apito irritante em meus ouvidos. Virei-me na cama, procurando por Alec, mas a água que caía do chuveiro indicava que ele provavelmente estava tomando uma ducha. Sentei-me e foquei minha mente em encontrar a fonte do barulho, não levando muito tempo para o tal. Meu computador piscava, uma chamada de minha mãe no Skype. Mais rapidamente do que eu imaginava ser capaz, vesti uma calça jeans e um suéter, pegando o notebook no colo e me sentando em uma das poltronas, não deixando a webcam filmar a bagunça da cama.

– Olá, família - atendi a chamada sorrindo, ainda que eu estivesse com fome e, portanto, de mal-humor. - Como estão?

– Muito bem - Bella sorriu - E, ao que parece, você também, não é?

Fiquei sem graça com o comentário, mas por um milagre não corei. Ao menos, era o que a miniatura de minha imagem indicava. A porta do banheiro se abriu e Alexander saiu de lá, já vestido em uma calça jeans e uma camiseta azul-marinho de gola em V. Mordi o lábio e voltei a encarar a tela.

– É Alec? - vó Esme perguntou. Eu sabia que o brilho em meus olhos havia me entregado.

– Sim, é ele - eu ri e indiquei para ele se aproximar. Coloquei o computador na mesa de centro, fazendo com que a poltrona ao lado também se enquadrasse à imagem. O vampiro se sentou, segurando minha mão.

– Bom dia - ele sorriu, e meu pai franziu o cenho. Estava se formando um silêncio constrangedor ali.

– Então... Vocês já reservaram o voo? - perguntei.

– Já sim! Daqui a três dias, de manhã. A passagem está com Aro - Edward respondeu - Estávamos pensando em ir até aí buscar você, mas o Volturi do seu lado se ofereceu para lhe acompanhar na viagem.

– Sério? - olhei para Alec - Você não me disse.

– Era pra ser surpresa - ele suspirou, e um sorriso fraco se formou em seu rosto.

– Sinto muito, eu não sabia - meu pai encarou meu noivo severamente. Obviamente, estava mentindo. - Mas me diga, filha, como anda o treinamento?

– Muito bem, acho - sorri - Alec tem me ajudado no controle dos poderes.

– Mas você já os domina - foi Carlisle quem disse - Desde quando era um bebê.

– Creio que Nessie seja como Bella com relação à isso - o moreno pigarreou, segurando minha mão com mais força - De certo modo, Isabella aprendeu a aprimorar seu escudo, e o mesmo tem acontecido aqui.

– A monstrinha aprendeu a mexer com os cérebros de todo mundo, é? - tio Emmett riu, o que me levou a corar.

– Não é exatamente em quem eu projeto as imagens, mas o que elas são. Não são apenas visões...

– E o que são? - minha mãe perguntou, preocupada.

– Esse é o problema - respondi - Ainda não sabemos.

Minha barriga roncou. Há quanto tempo eu não comia, afinal? Olhei para Alec, mordendo o lábio. Era uma súplica silenciosa. Ele começou a rir e se levantou.

– Vou fazer o café-da-manhã - o vampiro beijou minha testa e saiu do quarto.

– Eu confio nele - falei. Era um chalé com paredes grossas. O moreno provavelmente não me ouviria. - Sei que vocês não, mas não há com o que se preocupar.

– Renesmee - Edward começou - Ele é um Volturi. Sempre foi e sempre será. Ele tem uma dívida com Aro que, aparentemente, é maior que o "amor" - ele fez aspas no ar - que ele sente por você.

– Você não sabe de nada - bufei - Sabe por quê? Porque você não se pôs no lugar dele. Responda, pai: Você abandonaria Carlisle, depois de tudo o que ele fez por você? É, eu sei que não. Isso quer dizer que não ama minha mãe? Porque, pela sua lógica, é assim que funciona.

– Carlisle nunca me proibiu de ficar com Bella.

– Assim como Aro e Alec. É uma pena que eu não possa dizer o mesmo de mim e você.

Então ele percebeu o que tinha feito. Sentou-se no sofá branco e abaixou a cabeça, provavelmente já irritado e impaciente. De algum modo, não fui capaz de sentir dó. Quando se é criado em uma família onde o amor significa tudo, é normal que role uma revolta quando esse mesmo amor é impedido de acontecer.

– Nessie - tia Rosalie me chamou. Pude ver Jasper sair do local; o clima estava tenso.

– Não finjam que se importam comigo - sorri, ironicamente - Nossa conversa acabou. Se precisarem falar comigo, mandem torpedos. Não que eu vá ler, é claro.

Abaixei a tela do computador com raiva e força, bufando. Meu pai conseguia me tirar do sério quando queria. E, ultimamente isso parecia ser o que ele mais queria. Saí do quarto e desci as escadas, tomando fôlego a cada degrau, numa tentativa falha de me acalmar. A fome, porém, era maior que meu mal-humor.

– Bom - Alec começou a falar, rindo - Eu não sabia o que você ia querer, então...

– Você fez um monte de coisas igualmente deliciosas e calóricas - fitei a bancada, que estava cheia. Pães, panquecas, waffles, bolo de chocolate, ovos, bacon, frios, sucos, leite, café, iogurte... - Você só pode estar brincando - comentei, boquiaberta.

– Você dormiu por muito tempo. Acordaria com fome. Imaginei isso e comecei a cozinhar.

– Você é um gênio, Alexander. E eu sou uma faminta.

A verdade é que eu nunca comi tanto em toda minha humilde vida. Tudo estava perfeito, e eu estava realmente precisando de comida. Alec era um ótimo cozinheiro, ainda que eu não soubesse de onde vinha todo esse dom para a culinária. Depois do segundo pedaço de bolo, comecei a rir.

– O que foi? - ele perguntou, curioso.

– Bom - falei, corando - há um ditado.

– Diga-me - seus olhos brilhavam.

– "Case-se com um homem que cozinhe, não com um que seja bonito. Beleza acaba, fome não." - comecei a rir - Felizmente eu tenho os dois, não?

– Beleza acaba - ele sorriu - Já pensou que um dia eu posso não parecer mais tão bonito pra você?

– Impossível por duas razões - dei de ombros.

– Quais seriam? - ele se pôs ao meu lado, puxando-me da banqueta para seu peito.

– Você é imortal, seu idiota. - comecei a rir - Perfeitamente congelado com essa aparência angelical de um bad-boy de dezessete anos.

– Um belo paradoxo. - ele riu.

– Assim como você. - sorri e senti seus lábios tocarem os meus - Um belo e sexy paradoxo.

– Você não disse a segunda razão...

– Você não perguntou - eu disse, com malícia.

– Então qual é?

– Não finja que não sabe - arqueei as sobrancelhas e ele deixou com que um meio sorriso tomasse conta dos seus lábios.

Alec me deu vários selinhos, fazendo com que uma sensação gostosa percorresse todo meu corpo. O corpo do vampiro, no entanto, estava tenso. Muito além do que eu poderia considerar como normal. Afastei-me e o fitei. Os olhos, agora negros, pareciam preocupados.

– É pouco tempo - ele respondeu à minha pergunta mental - Não consigo aceitar a ideia de perder você, Renesmee. E, o pior, é que não consigo achar uma solução. Eu sei o quão egoísta isso soa, mas... Preciso de você ao meu lado, sem que haja a necessidade de você se tornar um monstro como eu. Eu não suporto a ideia.

– Alexander - suspirei - Vamos achar um solução, tudo bem? Pode não ser hoje ou amanhã, mas eu sei que vamos. - afastei o cabelo que caía em seus olhos tristes.

– Caius quer falar com você. - o moreno mudou de assunto.

– Amanhã vamos - respondi - Está um dia lindo lá fora, deveríamos dar um mergulho. - sorri, puxando-o pela gola da camisa para o lago aos fundos do chalé. Era um dia quente, mas cinzento. Ainda assim, não me importei.

Tirei a roupa, ficando apenas de lingerie, e saltei na água cristalina. Era um lago um tanto quanto fundo em seu centro. Nadei para subir à superfície, mas um par de mãos ágeis segurou meus pés e me puxou para baixo. Comecei a rir, soltando o ar em bolhas. Alec também ria, puxando meu corpo contra o dele e beijando-me vorazmente. Apenas aproveitei o momento, sabendo que ele não voltaria assim tão cedo.

Eu não precisava respirar.

Poderia ficar ali para sempre.


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Notas finais do capítulo

Quase 1500 palavras. Nada mal, creio eu.
Viram a capa nova? Eu simplesmente amei.
Ah, eu estou meio que enrolando com os acontecimentos, tenho certeza que já notaram isso, mas tudo acontecerá em seu devido tempo, não se preocupem.