30 Dias Com Alec Volturi escrita por Drama Queen


Capítulo 33
twenty three [part. II]


Notas iniciais do capítulo

E aí, seus(as) lindos(as) como vão? Eu sei que disse que demoraria mais pra postar (quem curte minha página no Facebook viu pelo que estou passando ultimamente...) mas não pude esperar mais tempo para esse capítulo. Eu virei a madrugada escrevendo quando percebi uma coisa: ONTEM A FANFICTION FEZ SEIS MESES!

Obs.: quem leu "7 meses" na página, perdoem-me o erro, meu cérebro não funciona bem às 3h da manhã.

De qualquer forma, eu fiquei realmente feliz, porque nem parece que já faz tanto tempo que estou escrevendo. Escrever pra vocês é ótimo. Sei que eu brigo, reclamo que estão faltando comentários, mas me vejam como a mãe de vocês e entenderão esse meu jeito de ser :3

Capítulo dedicado pra Sweet Poppy, pela recomendação. Garota, você deu sorte. É o capítulo mais lindo que já escrevi em minha vida.

O sermão fica para as notas finais.



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O treino não havia sequer começado e eu já não esperava a hora que ele terminasse. Na arena de treinamento dos Volturi, cordas se penduravam nas vigas do teto, a bons dez metros de altura. A aparelhagem de segurança estava distribuída pelo chão: diversas peças, incluindo fitas de velcro, elásticos e fechos metálicos. Estremeci ao ver tudo aquilo, pois sabia que era única e exclusivamente destinado a mim.

– Não vou usar tudo isso – falei, pensando no enorme número de hematomas que se comprimiriam pelo equipamento – Não preciso disso, Alec.

– Oh, sim, você precisa – ele respondeu, já trazendo consigo as fitas com velcros. Pude notar que formavam uma espécie de contorno de fralda. Deveriam envolver minha coxa e virilhas, além da cintura. - Da última vez que fez exercícios sem proteção, quase sofreu um sério acidente.

– Não vai acontecer de novo – cruzei os braços.

– Eu sei que não. - Por um momento, ele pareceu derrotado, mas momentos depois se ajoelhou à minha frente, vestindo-me no aparelho. Procurei não demonstrar dor, mas era muito intensa. - Muito apertado? - ele perguntou.

– Um pouco – sussurrei – Acho que ainda não me recuperei da noite passada.

– O treinamento não pode parar, então acho que teremos que dar um tempo nas atividades extracurriculares. - ele riu, pondo-se em pé novamente após ter afrouxado as ataduras e selando seus lábios aos meus, rapidamente. - Preparada?

– Sempre. - suspirei. Depois de vinte dias, algumas coisas se tornavam entendiantes. O treinamento era uma delas.

Basicamente, eu tinha que treinar acrobacias no ar, saltar de lugares diferentes e com diferentes alturas, procurando a forma menos dolorosa de cair. Eu treinava saltos desde meu terceiro ano sob supervisão da guarda, então não era algo que eu considerasse difícil. Alec, no entanto, cobrava muito de mim, e eu sabia o porquê. Porque se tudo não saísse perfeitamente, ele seria o culpado. Seria acusado de não me treinar decentemente, mas sim com segundas intenções. E eu definitivamente não precisava disso.

Depois de exatos onze saltos perfeitos, desci dos patamares, já retirando o equipamento. Primeiro o capacete, seguido das joelheiras, caneleiras e cotoveleiras. Por fim, as amarrações de velcro. O vampiro tinha os braços cruzados em seu peito, e trazia uma expressão de reprovação. Sorri, timidamente, e isso o fez sorrir também. Mesmo com tão pouco tempo de convivência, eu já o conhecia perfeitamente bem.

– Deveria tentar mais algumas vezes, Nessie – ele olhou para baixo, na esperança de retomar sua expressão de seriedade. - Não sei se foi o suficiente.

– Estou cansada – reclamei, jogando-me de costas no colchão inflável – E dolorida. - Era verdade. Não exatamente dolorida pelo treinamento, mas ainda assim, dolorida.

– Tudo bem – ele se jogou no colchão, em cima de mim – Acho que podemos fazer uma pausa.

Joguei meus braços por cima de seus ombros, olhando-o nos olhos. Alec possuía uma expressão tão feliz no olhar que nem parecia o mesmo vampiro que tentara me matar quando mais jovem. Mesmo com tanto pouco tempo tendo passado, ele mudara muito. Notou-me encarando-o, mas não disse uma única palavra. Sentou-se, puxando-me para seu colo. Ele gostava de estar nessa posição, eu já havia notado. Fazia com que eu ficasse na altura perfeita, pois meus rosto alinhava-se ao seu.

Ele mantinha uma mão em minha coxa, enquanto a outra subia pela lateral de meu corpo e alcançava meus cabelos na base da nuca. O toque frio na área quente fez-me arrepiar, e ele sorriu. Seus lábios se entreabriram, mas ele manteve o olhar no meu, desviando vez ou outra para diferentes áreas de meu rosto. Era quase como se ele tivesse me descobrindo, como se nunca tivesse me visto. Tinha uma expressão fascinada e... Pesarosa?

– O que foi? - perguntei, tocando seu rosto com meus dedos.

– Não é nada... - ele suspirou, balançando a cabeça – Só quero guardar lembranças de como você é.

– Poderia tirar uma foto – comentei, sem deixar transparecer o quanto eu gostava de vê-lo me observar, qualquer hora que fosse.

– Não seria a mesma coisa. Não seria tão perfeita, quanto é diante dos meus olhos. - seus dedos voltaram a brincar nos fios de meu cabelo e ele me beijou por um segundo, se afastando rapidamente e voltando a me encarar – Não sei se é melhor te beijar ou te olhar, é sério.

Por mais que as palavras do moreno fossem lindas e doces, não diminuíam a dor do motivo pelo qual ele as proclamava. Mesmo quando eu namorava Jacob, passar um par de dias sem vê-lo era tortura. Mas quando comparado o que eu sentira por Jacob com o que sentia por Alec... Eu tinha a certeza do quanto iria sofrer. Ele abriu a boca para dizer algo, mas não o permiti que fizesse.

Não sei por quanto tempo ficamos nos encarando. Horas, sem dúvida. Por mais que eu soubesse que deveria estar fazendo algo útil, eu queria apenas olhá-lo. Queria visualizar cada parte do vampiro, para que pudesse enxergá-lo mesmo de olhos fechados. Mas sempre que tentava, não conseguia fazê-lo. Eu sempre me esquecia de detalhes pequenos, mas que somente o faziam perfeito por estarem ali. Eu sempre me esquecia da pinta clara que havia entre seus lábios e seu nariz, ou da pequena pinta escura que ficava em seu maxilar, do lado esquerdo. Sempre me esquecia do modo como seu cabelo caía melhor para o lado direito, mesmo com todos seus esforços para jogá-lo para o esquerdo.

E quando lembrava-me de tudo, não era do modo certo. Eu não conseguia fechar os olhos e vê-lo em detalhes. Mas quando eu os fechava, ele estava lá, de alguma forma, em qualquer forma. Em todas as formas. Talvez essa fosse a sensação de estar apaixonada. Não era apenas algo carnal, mas ia além. Era um desejo de conectar minha alma com a dele de alguma maneira. De todas as maneiras.

– Alec – sussurrei, lembrando-me da noite anterior. Suas palavras ecoavam em minha mente. - Eu te amo – sorri, com os olhos marejados. Estava preso em minha garganta há tempos. - E eu duvido que seja possível alguém amar mais um semelhante do que eu te amo.

– Renesmee – ele pegou meu rosto entre suas mãos, secando as lágrimas teimosas com beijos – Eu iria até o inferno por você. Eu vou esperar por você. E eu darei um jeito de fazer com que fiquemos juntos, você verá. - Ele também parecia prestes a desabar em lágrimas. Isso é impossível, repeti para mim mesma. - Só preciso que confie em mim.

– Como se houvesse a possibilidade de eu não fazê-lo. - sorri, em meio à choradeira. Senti seus lábios pressionarem os meus por uma fração se segundos.

Tudo aconteceu muito rápido. Num momento, estava sentada em seu colo. No outro, estava sozinha na beirada do gigante colchão inflável, apoiada em meus braços para que não caísse. Uma brisa gelada anunciou que Alec havia partido. No fundo, eu sabia que ele não demoraria a voltar. Olhei para o teto de vidro: o sol já se punha, e o dia era substituído pela noite. O moreno voltou. Tinha um sorriso arteiro no rosto, ainda que possuísse os olhos inchados. Andava numa velocidade comum humana, até chegar a meus pés, onde se ajoelhou.

– Renesmee Carlie Cullen. Nessie. Minha Ness. - ele olhou para cima, encarando-me – Você pode me achar louco por isso, e eu talvez lhe dê razão, mas loucura é algo que tem sido bem frequente durante esses vinte e três dias. Os melhores vinte e três dias da minha vida, se é que tenho uma. Na realidade, foi durante esses vinte e três dias que você me mostrou que não é preciso estar realmente vivo para se viver. Morrer, muitos morrem, mas poucos são aqueles que vivem, e você me deu a incrível honra de ser um destes privilegiados. Deu-me também a honra de sua companhia; deu-me a incrível honra de lhe fazer mulher. E mostrou-me, desse modo, que eu não posso sequer existir em um mundo onde você não exista. Porque um mundo sem Renesmee Cullen é também um mundo sem Alec Volturi. Eu sei que isso é até certo ponto suicida, mas eu preciso disso para minha realização. Eu preciso que me conceda uma última honra. E então será para sempre. Renesmee Carlie Cullen, prometo ser-lhe fiel, amar-lhe e respeitar-lhe, na alegria e na tristeza, na saúde e na doença, durante todos os dias de minha humilde existência. Concede-me a honra de tornar-me seu marido?

Eu não sabia o que responder. Na verdade, não conseguia responder uma única palavra, pois mantinha-me ocupada em não soluçar com o forte choro que tomou posse de mim. Entre as lágrimas, a imagem de Alec voltou a se formar diante de meus olhos, e ele possuía em suas mãos uma caixinha vermelha, aberta. Nela, uma anel brilhava. Não qualquer anel. Era dourado, com duas pedras ornamentando-o. Uma branca, uma azul. Era a coisa mais linda que eu já havia visto em toda minha vida, salvo apenas uma exceção: quem o segurava. Enxuguei as lágrimas e tomei fôlego.

– Eu me caso com você, Alexander – sussurrei, com as forças que possuía – Porque é ao seu lado que eu quero acordar no meio da noite, é você que me faz feliz, que me completa. É como se eu tivesse sido feita pra você, e muitas vezes realmente me pergunto se isso é verdade, porque é perfeito demais para ser apenas coincidência. Você é minha vida. Não há como simplesmente te tirar dela. - as lágrimas voltaram a escorrer, e ele me puxou num beijo profundo, como nunca antes.

– Deixe-me ver se serve em você – o moreno disse, depois de alguns segundos. Estendi minha mão esquerda, e vi um sorriso crescer em seus lábios. Ele retirou o anel da caixa e o colocou em meu dedo anelar, beijando-o. Ficara perfeito.

– É maravilhoso, meu amor. - mordi o lábio. De certo modo, aquele anel me era familiar – Quer guardar? Quero dizer, até o dia do casamento? - perguntei. Não é como se eu estivesse pensando na cerimônia, e ele sabia disso. Sabia que seria meio impossível por hora.

– Não preciso – ele riu – Já está gravado.

– Já? - arqueei as sobrancelhas, retirando-o do meu dedo o mais cuidadosamente possível. Realmente estava gravado. Do lado de dentro, em uma caligrafia perfeita, lia-se:


11.09.2006 -



Minha data de nascimento – franzi o cenho.




– Foi quando tudo começou – ele sorriu.




– E será para sempre.



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Notas finais do capítulo

Bom, agora que metade de vocês está em lágrimas e vai reler o pedido de casamento mais sei lá quantas vezes, vem a bronca. Não é exatamente um bronca. Novamente, é aquela "coisa de mãe". Sabe quando ela se cansa de só falar, já que você não ouve, e toma uma providência? Pois é. E toda mãe joga alto.

Esse é o capítulo mais lindo e maravilhoso da história até hoje. Certo. Vocês querem segunda temporada. Certo também. Pois eu encontrei uma condição para fazê-la.

São trinta dias com Alec, estou no fim do vigésimo terceiro (observem os títulos, é mais fácil que seguir a cronologia). Pelos meus cálculos, faltam cerca de 10 capítulos para o fim, já que muitas vezes eu os divido em duas partes, você já notaram isso.

O sonho de todo escritor de fanfictions é chegar aos 1000 comentários. E é essa minha condição. Não vou exigir os 1000 comentários até o próximo capítulo, porque já estou prostituta da existência (puta da vida, HEUEHEU) de comentários como "gostei", "amei" e "continua". Cada comentário desse parte meu coração em dois, caso não saibam.

De qualquer forma, a "peça-chave" para a existência de uma segunda temporada seria revelada no epílogo. Então, se eu não receber mil comentários até lá, não colocarei isso, e não haverá continuação. Se você está achando isso um absurdo, lhe digo que nesse momento tenho 168 leitores, dos quais 111 favoritaram. Se metade dos que favoritaram (55) comentassem em 5 capítulos, já atingiríamos essa meta.

Da última vez que fiz isso, quase fui apedrejada aqui. Mas funcionou, não funcionou? Espero que deem um valor maior à história, com isso. Que saiam do anonimato. E que comecem a elaborar melhor os reviews.

Se é pra me xingar, xingue-me direito. Sério xingue-me como se não houvesse amanhã, mas use pontuação e acentuação adequada. Xingue-me, mas explique o porque está me xingando.

Bom, por hoje é só. Podem voltar e reler o pedido de casamento, agora que estão querendo me matar por ter agido desse modo.

Mamãe Queen ama vocês.