PRESO Á SE7E CHAVES escrita por The Stranger


Capítulo 2
Primeira Chave




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Depois de me acalmar um pouco, esfreguei meus olhos. Eu não acreditava no que estava acontecendo comigo – só podia ser um pesadelo, mas não sentimos dor em pesadelos. Abri meus olhos, e tudo era real – pelo menos parecia – eu os fechei novamente, dessa vez forte demais, fazendo minha cabeça doer.
- Alex Nashville, é só um pesadelo – eu falava para mim mesmo – Só um maldito pesadelo.
Abri os olhos calmamente. Eu continuava no quarto sujo e fedendo a sangue, mas a mulher enforcada desaparecera. Olhei para os lados e me levantei vagarosamente. Já em pé, após um rápido piscar de olhos, uma cabeça sem rosto estava a um palmo de distancia de mim – a mulher enforcada. Gritei e corri para o outro lado, fitando-a sem desviar o olho.
-  O que é você? – perguntei.
- Encontre a chave! – ouvi a voz de uma garotinha, uma voz conhecida por mim.
Então soquei a mulher que apareceu rapidamente diante de mim. Ela caiu no chão, e em um rápido movimento desengonçado e torto, levantou-se, como se os ossos não lê descem suporte algum.
- Que droga! – exclamei.
Olhei então para o estomago estourado da mulher que se aproximava de mim. Algo lá dentro brilhava – uma chave. Eu não acredito nisso! Enfiar a mão ali? Impossível!
- Eu não acredito que to levando esse sonho infernal a sério! – eu disse, segurando uma barra de ferro do canto esquerdo da cama e puxando, arrebentando-o e fazendo aquilo como uma arma.
- Afaste-se! – eu disse, mas a mulher se aproximava rapidamente, fazendo um som parecido com gemidos, mas agudos demais – Eu avisei... – disse, correndo em sua direção.

Um golpe certeiro na cabeça da mulher sem rosto, e a cabeça saiu do corpo, batendo na parede e se resumindo somente a pedaços de carne. O corpo dela caiu no chão, de costas, e a chave dentro do estomago pareceu entrar mais nela.
- Nojento! – eu disse, já enfiando a mão dentro do corte na barriga dela, antes que eu pudesse pensar e me arrepender.
Peguei a chave e me levantei do chão, segurando a chave em uma mão e a boca com a outra – ou eu vomitaria. 
A chave parecia antiga, era prateada, com uma pedra cintilante e de cor esverdeada. Estava limpa – por incrível que pareça, pois estava em um lugar imundo e nojento. Andei vagarosamente até a porta, preparado para qualquer surpresa. Então ouvi alguém bater na porta. Parei de medo.
Olhei para a porta e segurei o pedaço de ferro mais forte. O que havia batido na porta bateu novamente, mais forte – toc... toc...toc... Então ouvi uma voz do outro lado, a mesma voz que falara para eu pegar a chave, a mesma voz que eu ouvia todas as noites. A voz inocente de uma garotinha.
- Me ajuda! – a voz gritou.
Então, desesperado corri para a porta e procurei o buraco da fechadura para abrir a porta, mas não havia nenhuma fechadura.
- Merda! – exclamei num desabafo.
- Socorrooo... – a voz continuara – Me ajuda! Por favor!
Eu tentava abrir a porta, mas não conseguia, algo estava errado aqui. Por que isso estava acontecendo? Eu não encontrava a resposta. Então batia com as mãos na porta, tentando abri-la de alguma forma.
Então a chave caiu da minha mão, e para minha surpresa despedaçou-se. Apenas a pedra verde continuou intacta, peguei a pedra, e assim que toquei nela ouvi o barulho da porta se destrancar.


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