Subi até a cama do hospital e vi o lençol coberto de sangue, no centro, preso em uma espécie de corrente a chave. Minhas mãos já muito cortadas pelo arame farpado arderam ao pegar a chave.
Desequilibrei e cai no chão – aproximadamente uns quatro metros de altura. Tentei me levantar do chão, mas meu corpo ardia e doía muito, acabei desmaiando.
Acordei ainda no chão da igreja, a visão ainda meio embaraçada. Olhei Dan em pé, segurando uma pistola, mirando para mim. Rosalie cochichando algo em seu ouvido. Levantei lentamente, fazendo sinal para ele se acalmar.
- O que aconteceu cara? – perguntei a ele.
- Ela está com todas as pedras. – ele disse.
- E o que isso tem a ver com você apontar uma arma para mim. – perguntei.
- Ela disse que somente um de nós dois sairá vivo daqui. – ele disse, respirando fundo.
- Ela vai te matar cara... – eu tentei convencê-lo a desistir dessa idéia louca – Ela vai matar nós dois.
- Então vai se ferrar! – Dan disse.
Então foi tudo muito rápido. Ele virou a pistola em direção a Rosalie, mas ela num movimento rápido desviou do tiro e foi na direção dele, enfiando um punhal em seu coração. Ele gritou e caiu no chão, segurando o peito.
- Mata ela! – ele disse, morrendo.
- Merda! – ela disse – Ele estava na palma da minha mão. Seria tão mais fácil se você calasse a sua boca.

Ela apontou o punhal em minha direção e então eu pude perceber mais detalhes nele. Ele era prateado, mas na lamina havia sete pedras verdes, as pedras que eu tirava das chaves.
- Por isso as chaves? – perguntei a ela.
- Sim... – ela disse, sorrindo e vindo em minha direção – Ela me dará poder, mas para isso só falta o verdadeiro dono dela morrer.
- Verdadeiro dono? – questionei.
- Sim, quem as achou. – ela disse, apressando os passos em minha direção – Você!
Então ela ficou a dois metros de distancia de mim, já apontando o punhal para me matar. Então ouvimos um barulho vindo do lado de fora da igreja.
- O-how! – ela disse, como uma criança quando algo vai dar errado – Tarde demais.
- Mas o q... – antes de eu terminar minha pergunta, a porta voou em nossa direção.
Então eu pulei para trás, caindo sentado no chão, mas a porta bateu na mão direita de Rosalie, fazendo com que o punhal voasse para longe dela. Levantei do chão rapidamente, olhando para a porta – Rosalie também fez o mesmo.