O Despertar! escrita por Bárbara Cleawater Black


Capítulo 5
A nova Victoria




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A nova Victoria

 

 

 

Tinham se passado quatro dias e nada de Victoria abrir os olhos, não podiam fazer nada porque Victoria seria a única capaz de sair do mundo das trevas no qual ela entrou, ninguém podia confirmar que uma Angel seria capaz de sobreviver ao veneno que estava no seu sangue, Angel às vezes morria por causa de seu próprio veneno, muitos deles não tinha o que era necessário para sobreviver à transformação.

Todos se encontravam aflitos na sala de estar, 4 dias era o que bastava para cada um começar a querer matar seu próprio criador, mais sabiam que não podiam, aquilo seria um pecado e acabariam queimando no fogo do próprio inferno...

A eternidade.

A cada estante os nervos e a ansiedade pela recuperação de Victoria parecia dominá-los, era uma tortura ficar ali parado sem fazer nada pela jovem mestiça que estava entre a vida e a morte (literalmente).

-já chega, na agüento mais ficar aqui parado sem fazer nada!-Augustus falou com raiva.

-acalme-se irmão!-Gabriel falou calmo, mais por dentro estava com medo, raiva e se sentindo péssimo por não ter ajudado a jovem mestiça.

-meninos, a jovem Victoria esta bem, só esta dormindo.

-como assim Dominique?

-a Victoria não é qualquer Angel, ela é especial pude ver isso assim que toquei sua testa, ela tem um poder impressionante, algo que pode dar medo no conselho.

 -não estou entendendo!

-ta, vou explicar.-suspirou e arrumou a saia do vestido vitoriano-bem, Victoria como você mesmo dize Eduardo não é uma simples Angel ela é uma Angel beta, o que a faz ser tão poderosa quanto eu.

-você esta querendo dizer que ela é mais poderosa que um vampiro normal?

-isso, ela tem o dobro de nossa força, agilidade, beleza e tem um poder que talvez nem nos tenhamos visto na nossa eternidade.

Os três vampiros não acreditavam no que Dominique  dizia aquilo era impossível ainda por cima ela sendo uma Angel, como isso seria possível? Nem seus mais perigosos sonhos chegaram à conclusão que Victoria não era uma simples vampira Angel, então porque agora que tudo estava indo bem?

Victoria se remexeu na cama de casal e abriu os olhos, se assuntou quando viu que para fazer aquilo seus olhos doíam, seu corpo inteiro parecia ter sido jogando de um penhasco e batido com tudo nas águas agitadas do oceano, tudo ali era estranho, não era sua casa.

Piscou os olhos varias vezes ate que eles se acostumaram com a caridade do ambiente, tudo ali era claro, tudo lá era como no século XVIII, tudo claro sem trevas, diferente dos dias de hoje na cidade de Venela.

Ela se levantou da cama de plumas e andou ate o espelho, seus olhos se arregalaram quando viu seu reflexo no espelho, seus cabelos estavam mais longos quase na cintura e cacheados, seu rosto parecia ter sido esculpido pelos deuses, sua pele clara fazia seus grandes e lindos olhos verdes se destacarem, ali estava uma nova Victoria talvez uma nova mulher.

 Mexeu no armário a procura de uma roupa para usar e achou uma saia preta curta e uma blusa de manga longa vermelha sangue com decote, pegou uma bota de cano alto que estava ao lado do armário, prendeu os cabelos longos em um rabo de cavalo.

-Victoria?

-vovô?

-Victoria, minha querida ainda bem que acordou!- Eduardo falou abraçando sua amada neta, ele não acreditava que ela tinha acordado, ele se sentiu tão leve, como se um peso estivesse sido retirando de suas costas.

Victoria deixou que suas lagrimas caíssem de seus olhos e abraçou seu avo como se tivesse medo dele desaparecer no ar, ele nunca foi carinhoso com ela, ele era frio, calculista e arrogante, então porque agora dele estar agindo assim?Victoria pensou enquanto suas lagrimas caiam em torno de sua fase.

Toda a dor que estava sentido parecia ter esvaziado como num passe de mágica, ali estava seu avo, um novo homem que passou a ser carinhoso com ela, tudo que ela sempre ansiava e sonhava estava acontecendo, na podia negar a alegria que explodiu em seu peito, essa alegria parecia mais forte que a dor.

-nunca mais faça isso mocinha!

Eduardo se sentia culpado pelo que aconteceu com sua neta, mais lá estava ela viva e forte, ele a afastou de si e a olhou, seus olhos não acreditavam no que viam.Ela parecia a reencarnação do pecado como todo vampiro,mais sua beleza superava de qualquer vampiro,era uma beleza desumana e desvampira.

Victoria sentiu o rosto arder em brasa quando viu que o avo olhava como se ela fosse um objeto a ser examinado.

-vovo, o que foi?

-não posso mais olhar para minha neta?

-claro, mais porque me olha como se eu fosse uma mercadoria?

-você esta tão bela, magnífica.

Algo caiu fazendo um barulho surdo, os dois olharam para porta e viram Dominique parada ali olhando admirada para a cena, era tudo que ela queria, alguém que pudesse ser um pai, amigo, irmão, amante, Dominique podia ter tudo mais o que ela mais ansiava não estava ao alcance de suas lindas mãos pálidas.

Dominique não era como a maioria das moças, ela era uma beleza rara como estrelas antigas de cinemas, tudo nela lembrava o século18, uma moça de beleza rara e com um dote muito cheio.

-Victoria?Quero que conheça Dominique!-Eduardo falou sorrindo para Dominique que sentiu a face arder, mais como ela era uma vampira aquilo era impossível. 

-prazer, Victoria!Seu avo falou muito de você!

-prazer.

Ali se encontrava as duas mulheres de sua vida, a mulher que amava e a sua neta, sorriu com esse pensamento, ele sabia que a qualquer momento se sentiria com o dever de ser o primeiro a fazer de Dominique uma mulher, ou talvez não.

-Dominique, me diga o que aconteceu?

-você sofreu a transformação, não sei como conseguiu sobreviver mais acho que por você ser filha de quem é seu sangue superou o sangue humano e a fez ser uma vampira quase completa.

-transformação? –sussurrou enquanto tentava entender o que Dominique falava.

-sim, você é uma Angel, uma vampira metade humana.

-como assim?

-você é uma espécie rara de vampiros, Angel são vampiros que levam sangue humano ate o dia da transformação e passavam a se tornarem vampiros, mais não puros apenas entocáveis pelos outros vampiros.

Victoria não conseguia entender, era muita coisa, mais sua cabeça parecia arranjar tempo para fazer inúmeras perguntas e não encontrar as respostas, ela olhou para Dominique que sorria como se fosse um sorriso de amiga.

-intocável como?-a pergunta escapou de seus lábios, ela precisava saber como, para aquela dor que começou a sentir sumisse.

-voce não poderá ter um caso com qualquer vampiro sangue puro.

-se eu tiver?

-o conselho era puni-la!-Dominique falou um pouco tensa, ela sabia que Victoria podia nutri um sentimento pelos irmãos, agora seria mais doloroso, seria uma dor tão dolorosa que poderia matá-la.

-como?

-a queimado na fogueira e depois os mata-os.

Aquilo foi um choque para Victoria que arregalou os olhos e abraçou Dominique que não entendeu o ato dela, ela chorava mais do que devia, tudo que ela queria era ser normal, ter uma vida normal, um amor normal, mais tudo na vida dela seria não normal.

-se aclame!-Dominique passava as mãos nos cabelos longos de Victoria em um gesto maternal, Eduardo não podia segurar um sorriso e andou ate a porta e saiu sem que as duas precedessem.

-Dominique, se eu estiver apaixonada pelos vampiros?

-você terá que negar esses sentimentos.

-como?-Victoria perguntou, a ânsia que sentiu quando viu que se não tivesse eles com ela, ela com certeza teria seu coração dominado pela tristeza.

-faça de tudo para não despertar os desejos deles!

-do que esta falando?

-nada!Agora vamos descer, aqueles dois vão acabar destruindo a casa.-falou puxando Victoria porta o fora, rindo da cena que com certeza seria uma diversão para Eduardo.

 

 

Augustus e Gabriel sentiram um cheiro de sangue misturado com maças, aquele cheiro era de Victoria, a Victoria deles, a menina Angel que conquistou os corações dos vampiros, sorriram quando viu Victoria descer as escadas.

-Victoria?-Augustus perguntou, sem acreditar no que via, aquela não era a Victoria deles, não podia ser.

-sim, sou eu!-Victoria falou fria e corteis.

-não!Victoria teria sorrindo para gente!

Ela sentiu o coração bater rápido em sue peito, tudo que ela mais ama estava longe de suas mãos, agora ela teria que reprimir seus sentimentos pelos irmãos, se tornando fria e muito longe deles.

Ficar longe e se tornar fria com fazia seu coração doer, não podia negar que já sentia enfeitiçada pelos irmãos, será que jogaram algum feitiço nela?

-Victoria, você esta bem?

-sim, ainda não me acostumei com a idéia de ser uma vampiro ou metade.-falou forçando um  sorriso, e dizendo uma mentirinha misturando com uma verdade.

-Victoria o que acha de se alimentar?-Dominique perguntou tentando desviar a atenção dos meninos.

-claro!

Victoria e Dominique se direcionaram para a cozinha, Dominique foi ate a geladeira e pegou um vidro com um liquido vermelho, Victoria sentiu sua boca salivar enquanto olhava para o vidro, o cheio parecia delicioso, seu músculo se tornaram mármores, suas mãos se fecharam em punho.

Dominique soltou um grito surdo o que fez todos as pessoas que estavam na casa correrem para a cozinha, tudo que aconteceu foi tão rápido que algum humano acharia que estava enlouquecendo, Victoria pulou a mesa da cozinha e pegou o vidro da mão de Dominique e o virou de uma vez só tomou todo o liquido de uma vez.Saboreando.Sentindo o gosto.

Eduardo e os meninos ficaram estáticos assim que Victoria jogou o vidro contra a parede fazendo ele se quebrar em inúmeros pedaços de vidro, ela sorriu.Um sorriso macabro.Ao mesmo tempo belo de se ver.

Dominique também sorriu, mais não em um sorriso macabro, ela sabia que Victoria faria de tudo para não ser a causadora das mortes dos meninos, ali na sua frente estava uma Victoria fria e de sangue tão gelado como o inverso rigoroso que vem do sul.

-Victoria, já chega!

-ainda estou com sede!-falou sorrindo, ela sabia que seu coração começava a se despedaçar e sua alma se tornando sombria.

Os dois não acreditavam que a Victoria, a Victoria deles não existia mais, e sim aquela fria e sem expressões no rosto, eles fariam de tudo para ela voltar a ser a Victoria mimada e franca, aquela a quem eles ansiavam proteger.

Eles dariam a própria vida imortal por ela, daria o sangue por ela, agora o que eles deviam fazer era descobrir o que aconteceu para que aquela menina se transformasse naquele ser que se encontrava na frente deles.

-vamos...Caçar!

Assim que Dominique falou Victoria sorriu para ela e deu um passo para frente tocando o rosto de Dominique que começou a ver um animal em sua mente, arregalou os olhos e depois sorriu, sabia o que Victoria queria e agora bastava irem a caça.

 

Uns lobos no alto de uma montanha olhavam para a lua cheia pálida, seus pelos se enrijaram e ele deu um uivo de dor e angustia, seus pela cor de neve e seus olhos negros fritavam a lua como se esperance alguma resposta.

Mais um uivo pode ser ouvido, depois outro, depois seguiu uma multidão de uivos de bolos que pareciam estarem ali por algum motivo, assim que a cantaria parou o lobo que estava em cima da montanha se virou e correu para a floresta sumindo, só deixando para trás uma linda corrente com um pingente em forma de cruz com uma flor vermelha no meio.

Ele corria como se sua vida dependesse disso, assim que chegou em uma clareira pode ver vários bolos agrupados o esperando, sorriu deixando seus caninos amostra e seus olhos se tornarem cobres.

 

 

O diário de Alexandria

 

Oh, meu pai!

Não posso continuar aqui, eles já descobriram onde eu morro agora estão a me caçar como se eu fosse uma presa deliciosa.

Não posso sair daqui ate que os anjos descessem do céu, também porque tenho medo, eu nunca vi seres como aqueles eles parecem depender de sangue como se isso fosse uma droga e eles uns drogados.

Estou muito fraca preciso recuperar minhas forças, as gastei tentando me comunicar com eu pai, o que pode me retratar, isso eu não quero preciso ser forte e evitar deixar que meu sangue chegue ate eles.

Vou necessitar de toda a força e milagres para me manter viva.


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