Glad You Came escrita por KaahEvans


Capítulo 1
Capítulo único




Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/319950/chapter/1

Sabe aqueles momentos em que tudo o que você mais quer é se esconder no canto mais escuro na sala para que ninguém possa te ver?

Bom, eu constantemente tinha momentos assim, e esse era um deles.

Deixe-me explicar. Meu nome é Edward Cullen, eu sou filho de Carlisle e Esme Cullen. Meu pai é médico no hospital e minha mãe largou seu emprego de design de interiores para se dedicar a família. Nós vivemos atualmente em Forks, uma pequena cidade no meio de Washington. É sério! A cidade era tão pequena que se você piscasse enquanto passava por ela nem conseguiria ver. E quando acontecia algo novo toda a cidade saberia em menos de 1 hora. Eu morava nesse ovo de cidade há dois anos com meus pais, meus irmãos, Alice e Emmett, e meus primos, Rosalie e Jasper.

Rosalie e Jasper eram gêmeos, assim como Alice e Emmett. Alice e Jasper estavam juntos desde os dezessete anos, e Emmett e Rosalie desde os quinze. Podem achar estranho, primos namorando e morando na mesma casa, mas meus pais eram bem legais e não criaram problemas com isso. Para o meu desgosto.

Não me entenda mal, não é que eu não goste do fato de que meus irmãos e meus primos namorem, eles se amavam e eu ficava feliz com isso. Mas eu não podia deixar de me sentir deixado de fora por ser o único solteiro da casa. E além do mais, eu não sou obrigado a ver os quatro se agarrando pela casa.

Eu não tinha namorada. Nenhuma garota dessa cidade me chamou atenção. Bom, tinha algumas garotas bonitas na escola, mas a beleza delas era rapidamente esquecida no momento em que abriam a boca. Não estou brincando! Até fiz uma lista mental.

Primeiro tinha a Jessica. Cabelo castanho claro, olhos bem pretos, nariz mais fino que o do Michael Jackson, e peitos que pelo que eu sei, ela ganhou no aniversario de 15 anos.

A segunda era a Lauren. Tinha o cabelo tingido de loiro – o que me surpreendeu quando me mudei pra cá, pois não sabia que em Forks vendiam coisas tão “modernas”, como tinta de cabelo -, seus olhos eram castanhos bem claros e seu sorriso só não era mais falso que as unhas postiças ruídas.

E a última era a Angela. A Angela não era a mais bonita ou a mais atraente do grupo, mas ela com toda certeza era a mais doce e gentil, e pra mim isso contava mais do que qualquer outra coisa. Mas de qualquer jeito, eu não sentia nada por ela e nem ela por mim.

Uma das coisas mais importantes que aprendi em meus dezessete anos de vida é que devo respeitar uma garota e fazê-la se sentir amada. Por tanto, para mim não existia relacionamento sem amor. E eu não queria entrar em um simplesmente por estar sozinho. Isso me parecia muito egoísta.

Eu sei que não parece em nada com o pensamento de um garoto de dezessete anos, mas eu fui criado assim. E era feliz pensando dessa forma.

Nunca achei uma garota que quisesse um relacionamento sério. A maioria só queria sexo sem compromisso, e isso não estava em meus planos. Pode me chamar de antiquado, mas eu queria esperar até o casamento. Se Emmett ouvisse isso estaria rolando no chão de tanto rir agora.

Infelizmente minha família não compartilhava minha maneira de pensar. Emmett então, nem se fala. Ele tratava Rose como um lixo. Mas é claro, por que ela agia como tal.

Eu só achei uma pessoa mais oferecida do que Rosalie, Tanya Denali, minha prima que mora no Alasca. A garota me perseguia, fazia de tudo para chamar minha atenção. Até quando eu dei um educado fora, ela não desistiu. Estremeci pensando que em alguns minutos eu tornaria a vê-la. Não só ela, mas minha família quase toda.

Minha família tinha uma pequena tradição de todo ano se reunir para um jantar e uma troca de presentes.  Era como o natal fora de época. E eu não poderia ficar menos feliz por isso.

Não é que eu não goste da minha família, mas ultimamente eu prefiro ficar sozinho em um canto ou tocando meu piano. Nesses últimos meses eu não agüentava nem mesmo ficar perto de meus pais e eles sempre foram as pessoas que mais me compreenderam. O problema era que constantemente minha mãe perguntava se eu não arrumaria uma namorada. Eu sempre dizia a mesma coisa, que “estava esperando a pessoa certa”. Mas nem isso colava mais.

Então eu teria que agüentar todos aqueles parentes que não via há anos, dizendo o quanto eu estou grande e perguntando o por que de eu não ter uma namorada. Bem, isso vai ser divertido. [N/A: Só que não!]

*~~*

Eu estava sentado o mais afastado de todos. Não queria passar vergonha pelas perguntas constrangedoras que os malucos dos meus parentes faziam. A única que não se aproximou de mim – por um milagre – foi Tanya, mas isso não a impediu de me observar de longe. Toda vez que eu a pegava olhando para mim ela lambia os lábios. Acho que tentando parecer sensual. Será? Bem, ela não conseguiu!

A risada histérica do meu tio Aro me assustou um pouco e olhei na direção em que ele se encontrava.

Ele estava como sempre usando roupas pretas, que combinavam com seus longos cabelos pretos. Estava com uma garrafa de vodca pela metade na mão, considerando o escândalo que ele estava fazendo, devia ter bebido metade daquela garrafa sozinho. Revirei os olhos. Se sóbrio ele já era escandaloso, imagine bêbado.

Seu marido Marcos, foi na direção dele e lhe tomou a garrafa. Sim, seu marido. Meu tio era gay. Daquele tipo bem escandaloso, mas ele era uma ótima pessoa. Já Marcos era fechado e sério, parecia que estava o tempo todo irritado. Completamente o oposto de tio Aro.

- Edward, querido! – tio Aro gritou acenando pra mim. – Venha até aqui meu querido! – ele gritou ainda mais alto enquanto levantava a garrafa de vodca e a esvaziava em um só gole.

Aproximei-me lentamente, eu admito que eu estava com um pouco de medo do motivo de ele estar me chamando. Tio Aro nunca vinha para as comemorações, nem natal, nem ano novo e nem aniversários, então eu fiquei mais do que surpreso que ele tenha saído de sua casa na Itália pra vir a nossa “reunião familiar” e me perguntei o motivo de ele ter vindo. Eu não acreditava que mamãe o convidou por saudades. Ela sempre ficou um pouco constrangida quando ele dava em cima de Carlisle. Mas talvez ela tenha pensado que com o novo marido, seu irmão fosse se comportar. Talvez!

- Edward, meu querido sobrinho! – tio Aro exclamou com seu sotaque italiano bem pronunciado. Ele colocou um braço em meu ombro e o apertou. Eu estava meio desconfortável tão perto dele, ainda mais agora que o marido dele me olhava de um jeito estranho.

- Esme, acho que é à hora de eu ter aquela conversa com o Edward, sim? – minha mãe somente assentiu enquanto tio Aro me levava até a outra área da sala, o mais longe dos outros membros de minha família possível, Marcos estava bem atrás de nós, nos seguindo.

Que conversa eles estavam querendo ter comigo? Eu não estava gostando nada disso!

- Bem, Edward, o que tenho a te dizer é algo muito sério, então, por favor, não precisa mentir e nem esconder nada de nós. Já estamos sabendo de seu estilo de vida e todos da família te apóiam totalmente.

Eu o olhei atônito. Será que o velho tinha finalmente enlouquecido ou era só efeito da vodca? Que história é essa de “meu estilo de vida” e como assim minha família sabia e aprovava? Do que ele estava falando?

- Ahn... Tio Aro, eu não tenho idéia do que você está falando! Desculpe. – eu disse em um tom confuso e soltei uma risada nervosa.

- Oh, Edward, não precisa mentir para nós. Todos já sabemos que você é gay!

Minha mente parou de funcionar por alguns segundos. Eu o olhei perplexo. Eu provavelmente tinha escutado mal. Gay? Que história é essa? Quem é gay? Eu? De onde ele tinha tirado isso?

Soltei uma enorme e alta gargalhada. Tive que segurar minha barriga que começava a doer de tanto que eu ria. Senti algumas lágrimas escaparem de meus olhos, e eu também sabia que há essa altura meu rosto estava completamente vermelho.

- Muito engraçado, tio Aro! – falei entre risadas quando consegui me recompor – Gay? Eu? Hilário! De quem foi a idéia? Foi sua Emmett? – gritei para meu irmão que estava do outro lado da sala, nos observando atentamente.

Na verdade, todos da família nos observavam com expressões sérias. Parei de rir instantaneamente e franzi a testa. Minha mãe vendo minha expressão se aproximou de nós sendo acompanhada por meu pai.

- Edward, querido, não precisa ficar com vergonha! Somos sua família e iremos te apoiar em qualquer decisão que você tome! Se você é gay, tudo bem! – minha mãe falou tudo num fôlego só. Ela disse que estava tudo bem, mas eu pude ver algumas lágrimas se juntando em meus olhos. Olhei para meu pai, a expressão dele estava em branco.

Eu sempre fui bom em ler as pessoas, mas nesse momento eu não podia nem mesmo decifrar meus próprios pensamentos.

- V-v-vocês... Acham mesmo que eu sou gay? – gaguejei. Era só olhar para o rosto de minha mãe para saber a resposta. É claro que eles achavam isso. – Por quê?

Eu ainda estava olhando para minha mãe. Eu estava com medo de olhar para os outros, tinha medo do que encontraria estampado em seus rostos. Pelo canto do meu olho vi Tanya revirar os olhos.

- Edward, meu filho! – meu pai pôs a mão em meu ombro, mas eu recuei. Me senti culpado ao ver um flash de dor atravessar por seu rosto, mas minha culpa passou assim que ouvi as próximas palavras que saíram de sua boca.

- Já faz um bom tempo que desconfiávamos disso. Você vive se isolando, nunca namora, não trás nenhuma garota para cá...

Ele continuou dizendo, mas eu não ouvi nem metade do que ele disse.

- Só por isso? Vocês acham que eu sou gay só por que eu gosto de ficar sozinho e por que eu não saio por aí com qualquer uma? – retruquei com uma risada irritada.

- Não é só isso! – Alice disse dessa vez. Eu não estava acreditando nisso. Até ela? – Você ama musica clássica. E a maioria dos seus compositores favoritos são gays. – ela apontou.

Na verdade, eu nunca tinha prestado atenção nisso. E provavelmente jamais teria notado se ela não tivesse falado.

- Isso não prova nada! – falei impaciente.

Rosalie se levantou e caminhou até nós puxando Emmett com ela. Aposto que ela estava adorando me ver passar por essa humilhação.

- Você é muito vaidoso também. Passa horas tentando arrumar esse ninho que você chama de cabelo. Suas calças são muito apertadas, você tem mais camisetas cor de rosa do que eu! – ela sorriu irônica.

Isso era ridículo demais!

- Rosalie, você sabe muito bem que é a Alice que compra minhas roupas. Eu nem presto atenção nas cores que escolho, só pego a primeira que eu achar.

- Bem, ela compra as roupas de todos nós, Edward. E sinceramente, eu nunca vi Emmett andar por aí com uma camiseta rosa. – ela bufou irritada como se eu devesse aceitar o que ela estava dizendo sem protestar.

- Isso por que Emmett é um porco e não se importa em usar roupas sujas!

- Ei! – Emmett protestou.

- Que desculpa esfarrapada Edward! – eu não agüentava mais daquilo.

- Olha aqui, eu não sou gay, ok? – gritei me virando para encarar todos da sala. Tanya sorriu para mim, incrivelmente ela era a única que acreditava em mim. Eu fiquei surpreso com isso. Depois de tantas vezes que eu a rejeitei, pensei que ela fosse a primeira a me arrasar quando tivesse a oportunidade.

- Eu não sou gay e vocês – falei apontando o dedo para meus pais. – não tinham o direito de me fazer passar por isso!

Marchei até meu quarto e me tranquei lá. Minutos depois minha mãe bateu na porta e implorou para eu abri-la, mas eu não o fiz. Eu sabia que ela estava preocupada comigo e que mesmo de um jeito torto, ela só queria o meu bem armando essa palhaçada toda, mas eu estava chateado demais para ver qualquer pessoa.

Um mês depois

Eu pensei que com o tempo a raiva que eu sentia de minha família passaria, mas não passou. Toda vez que eu olhava para o rosto de um dele, eu sentia a mesma humilhação que eu senti na noite da reunião.

Meus parentes tinham ido embora no dia seguinte a reunião e eu não poderia ter ficado mais agradecido por isso. Eu nem mesmo me despedi deles. Fiquei uns três dias inteiros trancado em meu quarto. Não saí nem mesmo para comer e isso fez minha mãe cada dia mais preocupada.

Ela vinha até meu quarto e ficava pedindo, ou implorando para eu abrir a porta de cinco em cinco minutos desde que eu havia me trancado. Mas eu não ligava, a vergonha era maior que minha culpa por fazer minha mãe sofrer. Quando me cansei de ficar trancado no quarto, eu saí e fui me juntar aos outros na sala de jantar. De madrugada, quando eu sabia que todos estavam dormindo, eu tinha dado uma escapadinha de meu confinamento para fazer um lanche, mas eu ainda estava morrendo de fome.

Quando eles me viram, todos, até mesmo Rosalie vieram se desculpar e perguntar como eu estava. Minha garganta estava muito seca e eu estava fraco, então decidi não falar nada. Quando vi a expressão de todos ao ver que eu não iria dizer nada, descobri que o silencio podia ser uma boa arma de tortura. Então, eu nunca mais falei com eles desde então.

Era estranho ficar tanto tempo sem falar com ninguém, mas ao mesmo tempo era bom. Eu não tinha nada para falar com eles, de qualquer maneira.

Agora era uma das melhores horas de meu dia. A escola. Eu estava sentado em uma mesa afastada de todas as outras no refeitório da escola. Em outra época eu me sentaria junto com meus irmãos, mas se eu passasse muito tempo com eles ficaria meio difícil manter meu pacto de silêncio.

Senti uma presença ao meu lado e quando me virei não me surpreendi ao ver Alice parada ali. Ela sempre vinha tentar me convencer a falar com eles ou simplesmente sentar lá.

- Edward, por favor, venha sentar conosco! – ela tentou fazer seu olhar de cachorrinho, mas eu não cairia nessa. – Nós sentimos muito a sua falta, até mesmo Rosalie!

Eu duvidava disso!

- Ande, pare de criancice. Todos nós estamos muito arrependidos de termos tirado conclusões erradas! – peguei meus fones de ouvido e os coloquei enquanto me virava para minha mesa, ficando de costas para Alice. Não coloquei musica, eu queria ouvir o que ela tinha a dizer, mas não admitiria isso.

- Edward, fale alguma coisa! – ela implorou. – Tudo bem, você não precisa falar, só sente-se conosco, sim? – ela perguntou esperançosa. Fingi que não escutei e comecei a comer meu almoço.

- Você não tem idéia do quanto está nos magoando com essa sua atitude. Papai e mamãe estão tão tristes, principalmente a mamãe. Ela sempre vai pro quarto chorar depois do jantar.

Chantagem emocional era bem a cara de Alice, mas eu não ia me comover. Será que ela tinha idéia do quanto eu estava magoado? Ela sabia o quão humilhado eu me senti quando soube que minha própria família estava pensando que eu era gay? E se eu fosse não teria problema algum, mas custava eles me perguntarem e conversarem comigo antes de fazer aquela ceninha com tio Aro?

- Tudo bem, então! Se você quer bancar o babaca, pode continuar. Eu vou te deixar em paz! – graças a Deus!

Continuei comendo meu almoço em paz até sentir uma pequena mão em meu ombro. Eu me virei com um olhar mortal para espantar Alice, mas a mão em meu ombro não pertencia a Alice e sim a um anjo.

Olhei para a menina a minha frente, admirado. Eu nunca em minha existência tinha visto alguém tão linda como ela. Ela tinha cabelos loiros e lisos que emolduravam seu rosto angelical e os olhos azuis mais lindos que eu já vi.

Eu tinha certeza que estava olhando para ela feito um idiota, mas não me importei. Ela corou sob meu olhar e mordeu os lábios. Era a coisa mais sexy que eu já tinha visto.

- Ahn, e-eu posso me sentar aqui? – ela gaguejou um pouco e colocou uma mecha de seu cabelo loiro atrás da orelha nervosamente.

- Claro! – minha voz estava um pouco rouca devido à falta uso. Pigarreei para limpá-la e me levantei para puxar uma cadeira para ela. Ela corou. Incrivelmente, ela ficou ainda mais linda com a cor rosada do sangue em suas bochechas.

- Obrigada! – ela sorriu lindamente para mim – Eu não sei se poderia agüentar mais um minuto com eles. – ela apontou com a cabeça para a mesa de Jessica, Mike, Tyler, Lauren, Eric, Ben e Angela. Eu ri.

- Você foi esperta de ter saído de lá, eu tenho certeza que eles não deixariam você sair de lá viva. – brinquei.

- Eu não duvido! – ela riu também. Era o som mais incrível que eu já tinha escutado. – Qual seu nome?

- Ah, me desculpe. Sou Edward Cullen. – estendi minha mão para que ela apertasse.

- Isabella Swan. – ela colocou sua mão na minha e foi como se onda de eletricidade atravessasse todo meu corpo. Vi os pelos de seu braço se arrepiarem e sorri. Ela tinha sentido isso também.

Isabella. É claro. A aluna nova que a cidade inteira estava comentando há semanas. Ela é filha do chefe de policia da cidade, ela morava na Califórnia com a mãe, mas foi mandada pra cá para passar um pouco de tempo com o pai. Pelo menos foi isso que eu ouvi.

Eu queria conhecê-la. Senti como se eu precisasse saber tudo sobre ela. Eu sabia o básico que eu havia escutado de outros alunos, mas eu queria que ela me contasse absolutamente tudo sobre ela.  

- Então, Isabella...

- Bella. – ela me interrompeu.

- O que? – perguntei confuso.

- Eu gosto que me chamem de Bella. – ela corou. Sorri com isso. Bella. Combinava perfeitamente com ela.

- O que você está ouvindo? – perguntei notando o fone de ouvido por baixo de seus longos cabelos loiros.

- Clair de Lune.

- Conhece Debussy? – perguntei impressionado. O sorriso dela aumentou ao notar minha empolgação.

Passamos mais alguns minutos conversando sobre nossos gostos musicais. A maioria de meus cantores e compositores favoritos eram os dela também. Tínhamos muito em comum.

- Eu acho que a sua namorada não está muito feliz em ver você conversando comigo. – ela falou olhando para algo atrás de mim. Segui seu olhar e vi Rosalie nos fuzilando com os olhos.

- Ela não é minha namorada, é namorada do meu irmão. Minha prima, na verdade. – tratei logo de esclarecer. A expressão de Bella se iluminou um pouco com isso.

- Ela não parece estar feliz em nos ver juntos de qualquer maneira. – ela baixou o olhar.

Contei para ela o que aconteceu na “reunião de família” em minha casa e ela pareceu se divertir muito com a história. Mesmo que eu não achasse graça nenhuma, fiquei feliz quando ouvi a risada dela.

- Deve ter sido hilário. – ela falou quando eu terminei.

- Na verdade não! – falei emburrado. Ela riu e segurou minha mão por cima da mesa. Imediatamente me senti aquecido.

- Você tem sorte por sua família te apoiar tanto. – ela falou seriamente – Minha mãe me mandou pra cá quando descobriu que eu era lésbica.

Minha boca foi ao chão. Eu não acredito nisso. Quando eu finalmente encontrei a garota perfeita, ela é lésbica! Isso não podia estar acontecendo, não comigo!

Então, ela começou a rir. Rir não, gargalhar. Continuei a olhando embasbacado, sem entender nada.

- É brincadeira! – ela falou em meio ao riso. Soltei um suspiro de alivio e logo comecei a rir também. – Você precisava ver a sua cara!

- Tudo bem, você me pegou.

- Olha, eu sei de um jeito de fazer seus irmãos nunca mais duvidarem da sua sexualidade. – ela sussurrou se aproximando de mim. Ela estava tão próxima que eu podia sentir seu hálito doce acariciar meu rosto.

- Como? – perguntei.

Ela olhou para a mesa de meus irmãos, segui seu olhar e vi que todos eles estavam nos olhando.

Então, ela aproximou os lábios dos meus e me beijou com volúpia. Retribui o beijo imediatamente e com a mesmo intensidade. O gosto de seus lábios era viciante e eu me vi querendo mais dela a cada segundo.

- Que tal terminarmos isso em outro lugar? – propus quando nos separamos. Ela assentiu, estava ofegante demais para falar.

Segurei a mão dela com uma mão e com a outra peguei nossas mochilas. Passei em frente à mesa de meus irmãos e vi Emmett sorrir maliciosamente e levantar os dois polegares para mim.

Revirei os olhos para ele.

A levei para uma clareira que eu havia descoberto há algumas semanas atrás. Eu ia até lá quando queria ficar sozinho, mas agora ela seria o nosso lugar. Meu e da minha Bella.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

E aí gente, ficou bom? Se sim me mandem reviews e recomendações :) Beijos