Relíquias Perdidas escrita por Jazper Targaryen


Capítulo 26
Capítulo 26 – Os Jogos Letais.


Notas iniciais do capítulo

Desculpem a demora, bom, nesse capitulo começam os Jogos Letais, que é uma mistura meio tosca de torneio tribruxo com jogos vorazes, mas eu acho que ficou legal. E obviamente espero que gostem, uma personagem da mitologia grega vai dar uma passadinha rápida por aqui, eu tinha que colocar os doze Olimpianos na fic. Então, boa leitura.



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Todos acordaram tarde por causa do baile de ontem há noite, no café da manhã todos estavam comentando momentos animados e engraçados. E Zoë, Zay, Pedro, Camilla, Nico e Alícia foram avisados de que encontrariam Deméter para a orientação.

Zoë não parecia triste nem nada no café da manhã, todos estranharam e desaprovaram o seu novo corte de cabelo o que a deixou feliz, ela evitou trocar olhares com Zay, mas nada parecia ter acontecido entre eles a não ser que eles não estavam mais trocando sorrisos nem olhares, e o ódio de Zoë tinha passado um pouco, mas ela sabia que teriam horas que ele iria voltar mil vezes pior.

Eles seguiram o rei e a rainha até uma sala que parecia a sala da biblioteca, e uma mulher, ruiva de uns quarenta anos de idade, mas bonita, estava numa maca de roupão branco um esfolheante verde cobrindo todo o rosto, pepinos nos olhos e a coroa com folhas de bananeira.

– Anh, hum... Senhora Deméter? – pigarreou o rei Sean.

– Ah, desculpe-me – disse Deméter tirando os pepinos dos olhos e estalando os dedos apareceu um vestido grego verde em seu corpo.

– Ah, os senhores podem ir – acrescentou Deméter para o rei Sean e a rainha Alma.

– Sigam-me.

Eles fizeram o que ela disse e a seguiram por algumas estantes de livros, ela os levou até uma mesa com uma maquete do que seria o Campo de batalha dos Jogos.

– Eu mesma que fiz, não é linda?

Todos observavam bem o Campo de batalha, pelo que tinham lido das outras edições de Jogos, o Campo muda todo ano. Havia montanhas, pedras, penhascos, um lago, um rio, e duas floresta.

– A fruta dos Jogos desse ano é uma banana – disse Deméter mostrando dois bumerangues dourados e brilhantes com manchas pretas. – Vocês conhecem a regra não é? – perguntou.

– O Jogo acaba quando um competidor consegue todas as frutas dos oponentes – respondeu Alícia.

– É, mas esse vai ser diferente – disse Deméter. – Já que alguns de vocês têm objetivos em comum vou separa-los em equipes, se uma equipe conseguir a banana da outra ganha os jogos, as equipes são: Zay, Nico e Alícia contra Zoë, Camilla e Pedro.

Alícia, Nico e Zay trocaram sorrisos.

– Como todo ano, esse ano vai haver o abacaxi, lá está cheio de armas comida e provisões, vocês só vão poder levar um item para o Campo fora a mochila – continuou. – Se querem um conselho, escondam-se, claro se todos se esconderem o Campo os mata, mas procurem e se escondam, não vale desgrudar da banana se desgrudar você está fora, voltando ao assunto escondam-se protejam sua fruta, tomem cuidado com os elementos da floresta há uma floresta frutífera e outra venenosa, há animais selvagens e também frutas, só comam frutas se estiverem cem por cento certos de que ela não é venenosa, procurem o oponente se vocês não fizerem, o Campo vai fazer por vocês, montem o máximo de armadilhas possíveis para capturar o time oposto e sobrevivam.

Depois de mais alguns conselhos e orientações, o tempo acabou e Zoë, Pedro e Camilla tiraram o dia para montar estratégias, eles iriam se esconder nas montanhas, iriam levar suas armas e iriam pegar o máximo de comida e provisões que puderem no abacaxi.

Logo o dia se foi e a noite chegou, a festa em Shamat estava mais alegre do que nunca na véspera dos Jogos Letais. Todos estavam felizes e vibrando. Zoë dormiu pesadamente procurando não pensar no amanhã, que antes que ela quisesse ele chegou.

Ela acordou e tomou um banho frio e vestiu o uniforme dos Jogos que Deméter dera. Uma jaqueta amarela com uma blusa de algodão preta por dentro, jeans pretos e sapatos também pretos, Deméter disse que é melhor as mulheres andarem de calças do que vestido, era melhor para correr. Ela desceu para tomar café, e na mesa tinha a melhor refeição que ela já vira em Shamat, bolos de chocolate, batatas fritas, pudins, pães quentinhos, geleia, torrada e ovos, ela comeu bem, poderia ser a ultima refeição de sua vida.

Todos saíram primeiro, pois os competidores tinham que esperar os balões, eles iriam de balões para o Campo, enquanto o resto ficaria nas arquibancadas. Zay, Alícia e Nico estavam vestidos com jaquetas pretas, blusas de algodão amarelas e calças também pretas, parecia um trocadilho com as cores da banana.

Dois balões pousaram na frente do castelo, os balões é claro tinham um piloto, em um subiram Zoë, Camilla e Pedro e em outro Zay, Alícia e Nico. Os balões voaram para a arena, um lugar distante, não dava pra ver toda a arena de cima dos balões pois era muito extensa, os balões baixaram e ficaram parados encima das arquibancadas que eram altas e continham milhares de pessoas, á frente das arquibancadas estava uma grossa linha vermelha que devia marcar o limite, se você pisasse fora do limite o Campo te matava na mesma hora.

As arquibancadas vibravam muito alto, uma banda marcial começou a tocar o hino de Shamat, e os seis competidores desceram dos balões com escadas de cordas e se posicionaram nos X’s que havia perto da linha do limite do Campo.

Cada competidor estava a seis metros de distancia um do outro. As arquibancadas começaram a contagem regressiva de um minuto, se você saísse do seu X antes do minuto acabar o Campo te matava. Nas pontas estavam Zoë e Zay, ao lado de Zoë estava Pedro e ao lado de Zay estava Alícia e Nico e Camilla no meio. A fruta só é dada ao competidor depois que ele a apanha no chão.

Zoë tentou analisar a situação, a banana estava a dez metros de distancia dela de Pedro e Camilla, o combinado foi que Camilla pegaria a banana, Zoë já estava com o arco de prata celestial e algumas flechas de madeira, Pedro já estava com sua espada Rhindon no cinto e Camilla está com seu arco simples de madeira. Todos estão com suas mochilas vazias, a do grupo de Pedro, Zoë e Camilla é preta e a do grupo de Zay, Alícia e Nico é amarela.

Zoë visualizou o abacaxi há quarenta metros de distancia de todos os competidores, estava cheio de comida, armas e outras coisas. Todos já estavam com suas armas, Alícia estava com seu arco de titânio e flechas de pedra, Zay com sua espada e Nico com sua lança, eles também estavam de mochilas vazias.

Ela olhou para Pedro que também estava tentado á ir ao abacaxi e ela fez um sinal em concordância, Camilla visualizava a banana em forma de bumerangue a sua frente. Todos posicionados para correr ao abacaxi, todos com armas à mão. Zoë pensou que talvez pudesse ser uma má ideia ir até lá, ela já estava com seu arco e seria fácil conseguir comida com ele, mas não teria nenhum mal em conseguir alguns fósforos ou facas. Não dava mais tempo de ter outro plano, faltavam 11, 10, 9... segundos para o gongo soar e os competidores partirem para o Campo.

Ela olhou o que tinha em volta, á sua esquerda e direita havia montanhas coloridas, a sua frente depois do abacaxi, haviam pedras, á frente das montanhas haviam duas florestas sendo que na floresta da esquerda tinha um lago já a da direita parecia muito grande. Zoë posicionou-se para correr, foi a ultima a fazer isso. Agora a multidão nas arquibancadas gritavam 5, 4, 3, 2, 1 e...

Um barulho ensurdecedor soou e todos correram do seu X, Nico pegou sua banana na mesma hora que Camilla e os dois se afastaram e correram junto com todos os outros para o abacaxi.

Zay, Alícia e Nico estavam alguns metros a frente de Zoë, Camilla e Pedro, eles corriam muito mais do que mostraram quando treinavam. O abacaxi tinha dez metros de altura e tinha que ser escalado, os espinhos proporcionavam uma boa vantagem. Zoë, Pedro, Alícia, Zay e Nico subiram como macacos no abacaxi, enquanto Camilla era a mais lenta, também tentava subir, Nico desistiu de subir e desceu puxando o pé de Camilla quando ela só tinha subido dois metros os dois caíram no chão, Nico levantou-se rapidamente, mas Camilla hesitou com a dor da queda e só se levantou quando Nico ia tocando em sua banana.

Camilla se protegeu criando campos de força enquanto Nico tentava pular em cima deles, quanto mais ele tentava mais Camilla sentia dores, e ia enfraquecendo, era assim que aquilo funcionava, Nico pegou sua lança e foi aí que Camilla quase morreu.

Zoë e Pedro tinham chegado ás folhas do abacaxi e lá havia pães, cobertores, fósforos, garrafas de iodo, cavilhas, e contêineres de plástico. Também um arco, facas, lanças, machados, picaretas e outras coisas. Alícia e Zay pegaram os pães a carne e as frutas e colocaram em suas mochilas numa briga de empurra-empurra com Zoë e Pedro, mas Zay e Alícia faziam aquilo com tanta velocidade que não sobrava quase nada. Tudo que Zoë e Pedro conseguiram foi um par de meias, um cobertor, um pão, uma maçã de plástico que serviria de contêiner, uma garrafa de plástico, uma caixa de fósforos e uma de biscoitos. Zay e Alícia pegaram todos os sacos de pães e jogaram para Nico que estava lá embaixo, a mochila deles já devia estar cheia, e foram pegando as armas, as facas, o machado o arco, embora não precisassem e enquanto eram empurrados Zoë e Pedro.

Zoë e Pedro estavam indignados com aquilo, Zoë tentou arrancar a mochila de Alícia e como castigo foi derrubada por ela, enquanto Alícia estocava o resto da comida do abacaxi Pedro pegou sua espada e furou a mochila de Zay, ele com raiva jogou a mochila na cara de Pedro derrubando-o do abcaxi.

Zoë tinha caído encima de Nico, e Pedro encima de um campo de força de Camilla, depois que Zoë se recuperou da queda, Nico ainda ficou imobilizado, Camilla também havia caído, mas se levantou de novo e ela Pedro e Zoë correram para as montanhas enquanto Zay e Alícia desciam do abacaxi cheios de armas, e Nico estava deitado na grama com pacotes de pães e frutas ao seu redor.

Alícia jogou uma faca que passou muito perto de Zoë que aproveitou pegando-a. Os três correram até serem perdidos de vista. Avistaram uma matilha de cães selvagens na floresta e se desviaram indo para as montanhas.  Estavam bem longe de Zay, Alícia e Nico.

A região das montanhas era segura, era bem alta e fora de vista da outra equipe. As montanhas eram coloridas porque cada uma tinha um elemento, uma era de gelo, outra era um vulcão, outra uma de terra, outra uma de pedra e por aí ia. Eles descansaram um pouco sentados numa montanha, os corações batendo forte e a mente indignada por não ter pegado mais suprimentos.

– Alguém acende a fogueira, eu vou procurar alguma coisa pra comer – disse finalmente Zoë.

– Não podemos acender uma fogueira, eles vão nos achar, eles estão cheios de armas – alertou Pedro.

– Bom, então eu vou pra floresta, vocês descansem enquanto isso, seu eu não voltar em duas horas vocês podem ir me procurar – disse Zoë.

Zoë desapareceu entre as árvores da floresta, ela era a menos machucada ali, Camilla estava sentindo muitas dores por causa da briga com Nico e Pedro tinha levado uma queda de dez metros estava com as costas doendo, a queda de Zoë do abacaxi tinha sido amortecida por Nico.

Pedro e Camilla foram para a montanha de gelo esperar ele descongelar para conseguir um pouco de água, o sol estava castigando. Depois de uma hora Zoë voltou com umas quatro maçãs, folhas de menta e cascas de pinheiro, não era a comida, mas gostosa que tinham, mas era tudo o que tinham, tinham que economizar o estoque de biscoitos e de carne e o pão, eles acharam uma gruta numa montanha de terra e por lá ficaram, a noite caiu e o calor cessou, em troca um frio terrível invadiu as montanhas.

– Eu vou morrer de frio – disse Pedro.

– Só tem um cobertor, e eu e Camilla vamos dormir nele, você tem as meias, pode ficar revezando como luvas, você monta guarda e depois me acorda – disse Zoë entrando no coberto em que Camilla gemia de frio.

Pedro ficou lá com as meias e segurando a banana em forma de bumerangue. Além das montanhas avistou uma linha de fumaça, deviam ser Alícia, Zay e Nico comendo um banquete enquanto eles três morriam de frio e tinha quase nada para comer. Pedro mastigou algumas folhas de menta para se movimentar e aquecer-se, revezava as meias entre as mãos e os pés. Escutou alguns barulhos de pessoas conversando e tomou um susto ao ver Alícia, Zay e Nico, ele tratou de ficar espiando escondido, os três estavam vestindo peles de animais e estava com muitas armas, inclusive a banana.

– Foi mais do que uma boa ideia ter escondido nossos talentos – gabou-se Alícia.

– Viram a cara deles quando vocês pegaram todos os suprimentos? – disse Nico, já parecia melhor, mas ainda mancava.

– Tem certeza que eles correram pra cá Alícia? – perguntou Zay.

– Tenho, ou eles estão aqui ou estão na floresta – respondeu Alícia.

– Acho difícil eles naquela floresta, como Deméter disse a floresta frutífera é a perto do lago – disse Nico.

– Vamos esperar amanhecer, vamos voltar para o lago – disse Zay.

Os três foram embora, e quando Pedro se virou tomou um susto ao ver Zoë que também estava espiando atrás dele, um olhar de raiva se alojou no rosto dos dois.

Então era aquilo, os dois tinham habilidades que não mostraram e ao invés disso se mostraram fracos para o resto achar que eles não tinham muitas chances. E como se não bastasse eles ficaram com a floresta frutífera, e Zoë naquela floresta selvagem cheia de animais ferozes e frutas venenosas.

Zoë voltou a dormir e depois trocou de guarda com Pedro no meio da noite e cedeu seu lugar no cobertor, contanto que ele se virasse pro outro lado e ficasse dez centímetros longe de Camilla. 


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Notas finais do capítulo

Merece um review?
O que achou da estratégia de Alícia, Zay e Nico?