Hesthia, Ainda Há Esperança escrita por Luiza Rabelo


Capítulo 26
O presente prometido


Notas iniciais do capítulo

Esse capítulo achei realmente um exagero de enorme. hahah, mas enfim, achei que ficou muito bom. (:



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-Vamos Adella. –Sussurrei para que as ninfas não me escutassem.

Adella assentiu com a cabeça e nos viramos em direção ao rumo que estávamos indo.

-Eu não sabia que elas faziam isso com suas presas. –Admiti seguindo o caminho.

-Não é umas das primeiras que vejo uma ninfa fazendo isso... –Respondeu séria.

Ficamos alguns minutos em silêncio, e decidi voltar o assunto.

-Mas, e ai, tudo preparado para sua conversa com Austin?

-Tinha que preparar algo? –Desesperou-se. –Você disse para que eu fosse natural e deixar as coisas acontecer normalmente. –Arregalou seus grandes olhos negros.

-Calma Adella. Me entendeu errado, é isso ai que é para fazer, ser natural e deixar as coisas acontecerem. Só acho bom você ter alguns assuntos na mente para preencher o silêncio, se acontecer... –Eu disse a acalmando.

-Acha que posso inventar na hora?

-Claro! –Sorri a fazendo fazer o mesmo. –Estamos chegando não é?

-Sim. É logo ali. –Apontou, onde havia uma entrada escondida que dava para o acampamento da liga.

Quando chegamos no acampamento, todos olharam na mesma hora que pisamos lá. Austin olhou diretamente para Adella, o que me fez sorrir. E para “quebrar o gelo”, comecei a explicar o porquê da visita.

-Bom, nós estávamos sem nada para fazer, e decidimos passar por aqui para visita-los. E eu estava com saudades do Spott. –Eu disse sorrindo e olhando para ele.

-Surpresa em tê-las aqui. –Althea disse parecendo feliz.

Adella sorriu e Austin a olhou espantado, era como se ele acabara de descobrir que peixe vive na água. Apenas sorri, e fui ao encontro de Althea dar-lhe um abraço. Logo em seguida, Adhorat, Simon, e para o final, o mais especial, em Spott. Pode parecer exagero, mas Spott, era como se fosse meu filho, o amava incondicionalmente, sem mais. E, acho que ele me considerava como mãe. Ao sair do abraço caloroso, olhei para Adella e Austin que estavam conversando, e escutei-o a chamando para sair. Como planejado, tudo deu certo. Ela nos avisou, eu pisquei um de meus olhou para ela, e Adella sorriu. Logo depois foram passear pelo meio da floresta. Encarei Simon, e vi que ele se parecia com Jared, o idiota que tirou minha roupa, um dos capachos de Antonella. E perguntei algo que estava me deixando curiosa.

-Simon, você conhece algum Jared?

-Sim... –Ele disse sério, como se guardasse ódio pelo mesmo.

-Ele é de alguma liga?

-Emporium.

-Vocês se parecem muito. –Eu disse.

-Quando viu ele? –Desesperou-se.

-Antonella nos deu alguns problemas... –Eu disse não querendo entrar em detalhes.

-Ele fez algo com você, ou com qualquer pessoa da sua liga?

-Sim...

-Idiota...

-O que ele fez para você? –Perguntei.

-Nasceu...

-Foi tão ruim assim?

-Sim.

-O que ele te fez então?

-Matou meu pai e minha mãe... E detalhe, ele é meu irmão... –Disse colocando sua mão na cabeça e tentando controlar sua fúria.

-Ehh... Eu não sabia disso... –Disse meio sem jeito.

-Tudo bem, de qualquer forma, você me falando isso, ou não, eu ia continuar odiando-o para sempre.

Olhei para Adhorat, e ela fazia um gesto para parar com o assunto, então, foi o que fiz.

-Mas então... Como vão vocês? –Dirigi meu olhar a Althea.

-Estou bem. –Sorriu.

-Também. –Adhorat respondeu.

Simon não disse nada, e Spott mostrou que estava bem através de um ruído.

-O que eu quero mesmo saber, é, era real, a cena da Adella sorrindo? –Althea falou rindo.

-Sim!

-Quem conseguiu isso? –Adhorat perguntou curiosa.

-Eu. –Sorri.

-O que fez? –Althea exclamou.

-Mostrei como é o lado bom da vida, sem dramas do passado, e ferimentos do mesmo.

-Deveria ganhar um prêmio por isso. –Adhorat sorriu.

-Nem foi tão difícil, Adella só precisa de alguém que ela pudesse depositar toda sua confiança, e esse alguém, fui eu.

-Parabéns! –Adhorat disse novamente rindo.

-Não foi nada. –Sorri. –Mas, mudando de assunto, posso andar... Ops... Voar, com o Spott?

-Claro. –Althea disse.

-Pode ser agora?

-Sim! Spott venha cá! –O chamou e ele veio. –Selene pode passear com você um pouco? –Spott fez que “sim” com a cabeça.

Sorri, e subi em cima dele. Segurei firme em seu pescoço, e disse.

-Devagar, por favor. –Mas, parece que isso sempre significará o contrário, como aconteceu com Sebastian quando eu subi pela minha primeira vez, Spott fez o mesmo, tomou um impulso e voou com muita pressão. Não demorou muito tempo, já estávamos no ar, a muitos metros de altura, era difícil ver Simon, Althea, e Adhorat, de minha vista, eram pequenas formigas. Spott estava parado, apenas batendo suas asas para que não caísse, e, depois de dois minutos, entendi que ele esperava minhas ordens. –Conhece um caminho bem bonito para irmos até meu acampamento? Só para ver como estão por lá, de um jeito que não nos percebam... –Spott assentiu com sua cabeça e ele foi indo lentamente para baixo, fazendo que a brisa que passava entre nós, jogasse mechas de meu cabelo para traz. Passamos por um lugar muito lindo, onde havia uma grande lagoa na qual eu me apaixonei pela mesma, não era de águas cristalinas, mas era linda. Havia árvores grandes a contornando, e a vista era panorâmica, o que tornava mais lindo o lugar. Spott encostou seu casco na água levemente, o que me possibilitou encostar meu pé na mesma. Foi bom sentir o poder da água subindo pelas minhas veias. E, para matar a saudade, fiz uma acrobacia de jogar água para cima com o movimento de minhas mãos, fazendo, eu e Spott tomarmos, tecnicamente, um banho. Sorri e continuamos a seguir para o acampamento. Ao chegarmos, vi uma cena que não esperava. Wrath estava sentando em seu lugar, e Shiva estava na sua frente, não consegui ouvir o que ele dizia a ela, mas depois de alguns minutos, Wrath se levantou e a beijou. Fiquei feliz pelos dois, mas eu não estava seriamente preocupada com eles, e sim, com Sebastian, não o vi, pensei que estivesse em sua barraca descansando, então decidi voltar e dei a ordem a Spott, ao longo do caminho, vi algo se mexendo em um vão da floresta, ordenei-o parar, e ele parou, pedi para que ele perdesse um pouco de altitude para que eu visse com clareza quem estava lá. Me surpreendeu quando percebi que ela Sebastian, ele estava sentado em uma pedra, o lugar não era muito longe do acampamento, ele pareceu estar mal, fazia com a cabeça, “não” várias vezes, e a apoiava em sua mão. Pensei que não era uma boa hora para descer e ir conversar com ele, e decidi voltar para o acampamento de Althea para ver se Adella e Austin haviam voltado do encontro. Descemos e os dois já haviam voltados, ambos riam, deduzi que tudo havia dado certo.

-Como foi o voo? –Althea perguntou enquanto eu descia de Spott.

-Maravilhoso. –Sorri. –Obrigada Spott. –Beijei a testa dele. Me pareceu bem feliz, por sinal. –E como foi seu passeio Austin?

-Muito bom. –Sorriu e voltou o olhar para Adella, e ela, fez o mesmo.

-Acho que já está na hora de irmos... –Falei.

-Tudo bem. –Adella disse.

-Então, é isso. Obrigada por nos receberem. –Eu disse.

-O prazer é nosso. –Adhorat sorriu. –Quando quiserem voltar, estamos de braços abertos.

-Ok. –Adella sorriu. –Tchau Austin. –Despediu-se, e ele, foi a sua direção e a beijou na bochecha, e disse tchau. Achei aquilo a coisa mais fofa. Não consegui conter o sorriso. –Tchau gente. –Se despediu de todos.

-Tchau! –Althea e Adhorat disseram sincronizadas. E logo em seguida, Simon disse tchau.

Fomos até a saída, e acenei a todos, e ambos, retribuíram o aceno. Após andar mais um pouco, não me contive e perguntei a Adella.

-E ai?! Como foi? –Perguntei curiosa.

-Ótimo. –Disse não contendo seu sorriso.

-O que aconteceu? Em detalhes!

-Conversamos sobre diversas coisas, rimos bastante, e assunto não faltou.

-Fico feliz por isso. –Sorri.

-E, não conte a ninguém, mas, eu e Austin nos beijamos.

-O que? –Me surpreendi totalmente. –Como assim?! No primeiro encontro, já?!

-Sim! Foi ele quem se prontificou!

-Wow, isso realmente eu não esperava. Nunca consegui um beijo no primeiro encontro! –Sorri com os olhos arregalados, e as bochechas de Adella ficaram rosadas, mas ela ainda mantinha o sorriso estampado em sua face.

-Foi você quem fez isso tudo acontecer. –Ela disse.

-Adella, não foi nada. –Sorri.

-Não! É sério, se não fosse por você, nada disso teria acontecido. –E logo me deu um abraço forte e cheio de sentimentos.

-Quando precisar, sempre estarei disponível. –Eu disse ainda no abraço.

Saímos do abraço, e dei a ideia de buscarmos peixe de uma vez antes que tivéssemos que voltar novamente para pegá-los.

-Mas você não disse que iríamos fazer algo para inovar o “cardápio”? –Adella me lembrou de algo que eu havia falado a bastante tempo.

-Oh, sim! Me lembro. Então, para comemorar seu encontro, secretamente, vamos ver algo gostoso, e novo. –Eu disse. –O que acha de pegarmos algumas frutas?

-Por mim, tudo bem.

Olhei para o lado e havia uma árvore cheia de pequenas frutas roxas, pareciam gostosas, peguei uma e quando eu já ia comer, Adella me advertiu.

-CUIDADO! Pode ser venenosa...

-Acho que essa não é, me lembro bem dos detalhes que meu pai me contava sobre as frutas não venenosas, e as que são. E, essa, se não me engano, se chama Amora. Meu pai disse que ela é deliciosa. Vou comer. Caso seja venenosa, foi um dos maiores erros que cometi... –Disse séria.

Levei a fruta até minha boca, e mordi metade da mesma. Mastiguei-a, e senti seu gosto, e, realmente, era maravilhosa, seu gosto era meio adocicado, o que a deixava ótima. Esperei um tempo para ver se fazia algum efeito, mas não fez, constatei que não era venenosa.

-Adella, precisamos levar isso para o acampamento, é realmente uma delícia. –Disse comendo a outra pequena metade.

-Espere um minuto. –Ela disse pegando alguns galhos que estavam no chão, e eu me virei para comer mais algumas, afinal, a árvore estava lotada. Não deu muito tempo, Adella havia feito uma cesta com gravetos que estavam na terra, fiquei impressionada com a rapidez e a praticidade com que ela fez.

-Nossa! Você é boa! –Elogiei.

-Aprendi com minha mãe. –Sorriu.

-Me ajude a pegar.

Ficamos alguns logos minutos pegando as pequenas amoras roxas que estavam penduradas na árvore até lotar a cesta.

-Acho que isso acabará em pouco tempo e não irá satisfazer a fome de ninguém. –Adella disse se lamentando.

-Então vamos pegar outra maior e que dê para bastante tempo.

-Ok. Vou fazer mais uma cesta então...

Fiquei esperando ela fazer, e prestei atenção de como ela fazia. Acho que eu havia entendido.

-Não acha melhor fazer mais uma? Pra colocarmos mais frutas?

-Tudo bem. –Ela disse analisando que galhos ela iria pegar.

-Posso tentar fazer uma?

-Claro!

Levei mais tempo que Adella, mas consegui fazer, não ficou exatamente perfeita que nem a dela mas deu para o gasto. Logo depois de eu terminar a cesta, fomos andando de volta para o acampamento e prestando atenção no caminho para ver se havia frutas confiáveis e boas para nós pegarmos.

-Ali! –Adella apontou.

-Aonde?

-Logo ali, naquela árvore. Tem laranjas!

-Laranjas? –Perguntei sem saber o que era.

-Sim! Coma uma dessas. –Disse me entregando retirando a espécie de casca que a envolvia.

Peguei a suposta fruta chamada laranja e mordi. Era muito gostosa, igualmente doce a amora, mas com um certo gosto diferente. Resolvemos pegar mais dela e levar para o acampamento. Depois de coletarmos e preenchermos as duas cestas separadas para a mesma, fomo sem direção ao acampamento servir a comida.

No caminho, conversei sobre o que eu vi quando passeava com Spott, ela não ficou muito surpresa quanto Wrath e Shiva, mas ficou preocupada, igualmente, como eu, com Sebastian. Depois de um tempo, chegamos no acampamento, deparamos com a cena de Wrath passando uma de suas mão no cabelo loiro de Shiva para traz da orelha, e sua outra mão estava dada com uma mão de Shiva; e, ambos estavam sorrindo, um olhando para o outro. Ao notarem nossa presença pararam rapidamente o que estavam fazendo. Sorri e disse que trouxemos comida nova.

-Onde está Sebastian? –Perguntei já imaginando a resposta.

-Ele chegou faz pouco tempo; está na cabana dele. –Wrath respondeu.

-Vou chama-lo para comer. –Avisei deixando as duas cestas que carregava numa pedra perto dali. Parei na frente da cabana dele e perguntei. –Posso abrir?

-Pode... –Sebastian disse.

Abri a “porta” de sua cabana e ele estava lá, normal, como sempre, sem camisa, com uma bermuda, seu cabelo atrapalhado, mas, seus olhos não brilhavam como era de costume, para mim, os lobos possuíam um estilo de se demonstrarem felizes, e as vezes, neutros, tristes, e este estilo seria os olhos. Quando brilham, estão felizes, animados com algo, mas quando estão sem brilho, é porque há algo de errado, que os deixam tristes, preocupados com alguma coisa. Sebastian me olhou profundamente, seus olhos esboçavam que estava confuso, sem saber que fazer. O máximo que eu disse foi.

-Trouxemos frutas.

-Pode trazer algumas para mim? –Perguntou permanecendo o olhar e com a voz meio rouca.

-Posso... –Respondi indo pegar algumas amoras e laranjas. –Aqui. –O entreguei as frutas.

-Obrigado. –Respondeu se ajeitando para comer.

-Posso falar com você depois? –Perguntei o olhando.

-Tudo bem. –Disse quase não completando a frase por sua rouquidão.

Sai da cabana, e fui comer junto com Adella, Wrath e Shiva. Foi um bom banquete. Adella foi para sua cabana, Shiva foi para sua, e Wrath ficou sentado em seu lugar. Fui até ele.

-Eu vi vocês se beijando. –Sorri.

-Viu? Como? –Perguntou surpreso.

-Spott...

-Ah, claro. –Sorriu.

-Fico feliz por ter dado tudo certo. –Sorri.

-Agora temos dois casais no acampamento.

-Acho que só um... –Eu disse mudando de expressão.

-Você e Sebastian estão mesmo brigados?

-Essa não é a palavra certa... Estamos dando um tempo para falar a verdade...

-Você quis ou foi ele? –Perguntou.

-Eu... Mas acho que não fiz certo... Ou fiz, não sei... Realmente não sei. O que tenho certeza é que amo ele, mas o que me impede de ter uma relação normal, é a minha idiotice. Eu sempre faço alguma coisa idiota para acabar com nossa relação, eu odeio fazer isso, mas não consigo, não consigo se quer controlar.

-Selene, fique tranquila toda vez que achar que vai explodir por algum motivo, ou tente. Respire fundo, e conte calmamente até dez, para mim, isso relaxa. Ou seja, me impede que eu faça idiotices. Mas como eu conheço bem o Sebastian, e pelo o que ele já demonstrou aquele lá já está loucamente perdido de amor por você. –Sorriu.

-Você acha?

-Claro!

-Mas preciso ter coragem para me declarar, não é tão fácil... –Falei.

-Você o ama?

-Demais.

-Então se arrisque. Foi o que eu aprendi com você. –Sorriu, e sorri também.

-Vou tentar falar. –Falei indo em direção a cabana de Sebastian. –Posso entrar?

-Pode. –Sebastian respondeu, e eu entrei. Ele estava sentado e me sentei em sua frente.

Ficamos nos olhando por alguns segundos, mas tomei a iniciativa.

-Sebastian... –Travei. Respirei fundo, e voltei a falar. –Sempre fui uma idiota... –Ele me interrompeu.

-Selene, você nunca foi uma idiota. –Me olhou sério.

-Sou sim e ponto. Continuando... –Respirei profundamente e soltei o ar levemente. –O que eu estou querendo dizer, é que, depois de todas as idiotices que eu já fiz com você, não consigo parar de te amar. E se você não me ama, compreendo, porque depois de tudo o que fiz com você, é fato que não me ame mais...

A única coisa que Sebastian fez foi me olhar, sorrir, e logo em seguida, me beijar, subentendi que ele me amava ainda. Era tão bom o sentir junto a mim novamente, sentir seu beijo, a seu lado me sentia protegida, sem medo. Ao sairmos do beijo, fui direto abraça-lo e ficar por lá muito tempo. Eu sorria descontroladamente, aquilo eu já não podia mais controlar, era automático. Ficamos alguns minutos abraçados, e, ao sairmos do mesmo, eu disse.

-Eu estava com saudade de tudo isso. –Mantinha o sorriso estampado na cara o olhando.

-Pensei que tinha acabado tudo. Mas agora, por favor, vamos evitar isso. –Sorriu e me deu um beijo rápido. –Seu aniversário é daqui a cinco dias, não é?

-Sim. –Sorri.

-Seu presente já está guardado... –Disse misterioso rindo maliciosamente.

-Não quero saber mesmo... –Ironizei.

-Sei...

-É sério!

-Para de mentir!

-Não estou mentindo. –Menti.

-Então tá.

Sorri e ele me abraçou. Ficamos mais um tempo juntos, até que achei melhor sair de sua cabana, e me acompanhou. Ao sairmos, me lembrei da voz de Sebastian e resolvi perguntar.

-O que aconteceu com sua voz?

-Uma doença...

-Doença? –Espantei-me. –Que doença?

-É conhecida como Falta de Selene... –Sorriu

-Nossa! Essa foi ruim! –Dei um leve tapa na cara dele, garanto, não machucou. –Vejo que você voltou ao normal... –Sorrimos.

Olhei para Wrath e ele sorriu para mim, retribui o mesmo.

A partir deste dia, os outros quatro se repetiram igualmente. Treinamos, rimos, comemos, entre outras coisas. E, passando rapidamente, já era o dia do meu aniversário. Me deixaram dormir até a hora que eu quisesse como um presente pelo “meu” dia. Dormi até a hora do almoço. Acordei com a comida servida na cama, Sebastian disse.

-Cortesia da casa. –Não me contive em rir.

Comi e ele disse enquanto eu terminava meu almoço.

-Hoje lhe entregarei seu presente. –Sorriu.

-Quando? –Perguntei ansiosa.

-Quando quiser.

-Pode ser agora?

-Pode, mas não é aqui que lhe entregarei.

-Ah é? Aonde vai me entregar?

-Surpresa...

Terminei de comer rapidamente ansiosa com a surpresa.

-Vamos? –Sugeri animada.

-Vamos. –Sorriu. Sebastian saiu de minha cabana enquanto fui me trocar.

Troquei-me com uma grande rapidez, ajeitei meu cabelo, e sai da cabana.

-Irei dar o presente dela, já voltamos. –Sebastian avisou.

Depois de andarmos um pouco, ele retirou uma espécie de pano e disse que iria colocar em meus olhos para que eu não visse a surpresa, fiquei insegura quanto a tropeçar e cair no chão, mas ele prometeu que me guiaria. Com a venda nos meus olhos enxergava apenas a escuridão, mas minha mente via tudo o que poderia ser uma hipótese do presente, podia ser qualquer coisa, e todas as possibilidades foram passando em minha cabeça.

Andamos bastante, até que chegamos.

-Posso tirar a venda?

-Ainda não.

Esperei algum tempo, e ele disse.

-Pode.

Retirei a venda devagar para causar suspense, quando abri meus olhos e enxerguei o que estava acontecendo. Vi Sebastian na minha frente, ajoelhado, e o lugar que estávamos era lindo.

-Selene, aceita ser minha noiva?


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Notas finais do capítulo

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