A Ultima Fuga escrita por DM


Capítulo 61
Capítulo 61- A visitante


Notas iniciais do capítulo

Obrigado pelos comentarios bjs



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-Spencer!!!!- exclamou Aria- Estou contente Que tenha voltado. Eu temia não poder vê-la!

- Aria, o que está fazendo aqui? Pensei Que estivesse na índia.- diz Spencer- como esta pequena?

- Estávamos lá. Mas Ezra foi nomeado para o Aldershot Comando. Não é uma boa noticia? – diz Aria

- Esplêndida... Eu preciso cumprimentá-lo- diz Spencer.

 Aria se jogou nos braços de Spencer e a beijou com muito carinho.

- Você não vai poder cumprimentar Ezra! Ele está doente. No hospital! Oh, Spencer estou tão preocupada com ele!- diz Aria

- Ele foi para o hospital?- diz Spencer

- Sim, Spencer. Ele contraiu uma febre enquanto estávamos viajando. Piorou, e o médico de bordo mostrou poucas esperanças. Não posso lhe dizer mais nada agora. Vou  depressa ao hospital. Deixei as crianças com sua mulher. Spencer. ela é um anjo! Como você foi inteligente em se casar com uma jovem tão encantadora!- diz Aria

- As crianças?- perguntou Spencer, sem obter resposta. Aria já corria para a porta, entrando em seguida na carruagem que estava à sua espera.

Ela acenou para Spencer. Falou qualquer coisa através da vidraça fechada, que ela não pôde ouvir, e partiu. O Spencer voltou-se para o mordomo com ar desapontado.

- Que foi que Lady Aria disse sobre crianças?- perguntou Spencer.

- Milady, pelo que entendi, não apenas o Coronel Fritz está  doente, mas também a babá. Lady Aria trouxe as crianças para cá.- diz Byron

- Deus do Céu!- gritou o Spencer- Onde estão elas, agora?

- No quarto de crianças, Milady- replicou o mordomo em tom de reprovação, como se pensasse que o Marquês deveria saber, que não podiam se encontrar em outro lugar.

- Melhor eu ir ver o que está acontecendo- resmungou Spencer

Subiu as escadas depressa. Ao chegar ao segundo pavimento, pensava que havia anos, ela não entrava no quarto de crianças em Melsonby. Porque Taylor nunca ficou lá. Na verdade era a primeira vez que Taylor ficava em sua casa sem Melissa.

Na verdade, não se lembrava de ter ido lá desde que era uma das ocupante do quarto. No entanto, pareceu-lhe que ainda sentia o mesmo cheiro de roupas secas, torradas quentes, amanteigadas, e chocolate quente. E quase chegava a ver suas bonecas, que ela sempre ligara à sua infância.

Quando atingiu o alto, viu uma criada que saía do quarto, carregando uma bacia de bronze para os banhos. Ela olhou para Spencer surpresa, inclinou-se, e passou apressada em direção às escadas.

Spencer  abriu a porta que a criada acabara de fechar. Por um momento ficou imóvel. Examinava o quarto que pensara ter esquecido mas que, sabia agora, permanecera inapagável em sua lembrança. As bonecas, ainda estava ali perto da janela. Via-se também o biombo decorado com cartões de Natal, e o alto cabide de bronze onde sempre havia roupas para secar, diante da lareira...

Spencer olhou para a casa de bonecas que pertencera a ela e as irmãs. Para o tambor e as cornetas que tinham sido do Jason dele, e para a grande caixa de tijolos com a qual construíra

tantos castelos imaginários, e que era causa de aborrecimentos na hora de arrumar tudo em seus lugares. O quarto estava o mesmo. Spencer avistou três  figurinhas sentadas na mesa ao centro, cada uma com um pedaço de pão, e uma xícara chinesa.

No chão, em frente ao fogo, estava uma grande e redonda bacia que ela usara. Lembrou-se de que era enchida, todas as tardes, com água morna, e carregada do andar térreo até ali.

O banho estava pronto, agora. Sentada no meio da bacia achava-se uma criança gorda. E ajoelhada no tapete, segurando a criança com firmeza, com uma das mãos, enquanto a lavava com a outra, encontrava-se Emily.

A jovem ergueu os olhos quando ela entrou. Spencer viu que as mangas de seu vestido estavam suspensas acima dos cotovelos. Ela usava um avental de flanela sobre o vestido. Seu cabelo, umedecido pelos respingos da água e pelo calor do fogo, caía sobre sua testa.

Emily sorriu e para Spencer.

- Boa noite –diz Emily- Temos companhia!

- Aria me contou- diz Spencer

-Titia, você conhece meus primos?- diz Taylor

-Claro que sim- diz Spencer -este lindo rapazinho é Peter meu sobrinho lindo que parece muito com o pai.

Peter desceu da cadeira, e aproximou-se de Spencer com a mão estendida.

- Como vai, tia Spencer? quanto tempo? Mamãe nos disse que você possui uma casa muito grande. É muito maior do que a nossa casa na índia.

- Estou bem. E faz muito tempo mesmo. Vou Estou contente por você ter gostado- respondeu Spencer, abraçando o sobrinho.

-Oi titia lembra de mim- diz a miniatura de Aria.

-Clama ai, não pode ser Caroline, não você não pode ser a Carol- diz Spencer- Carol era um bebe você é uma moça.

-Mamãe diz que eu sou grande- diz Carol

-Você é enorme comparada com sua mãe- diz Spencer pegando a sobrinha no colo Carol era linda como Aria e tinha os grandes olhos castanhos da pequena

Spencer sentou na mesa com os sobrinhos- E o número três? perguntou, apontando para o bebé na bacia.

- Este é Thomas- respondeu Emily-. Só tem um ano, por isso não conversa muito.

 Como se compreendesse que falavam dele, Thomas bateu com a mão na água com força atirando o líquido sobre o rosto de Emily.

- Isso é para ensinar você a não ser tão crítica- disse Spencer, observando novamente o sorrisi da jovem quando ela secou o rosto.

Emily levantou o bebé, e enrolou-o em uma toalha grande que estivera esquentando junto ao fogo.

 Spencer achou que a cena lhe era familiar. Como alguma coisa que estivera sempre em seu subconsciente e na qual, contudo, ela não pensava há mais de vinte anos.

- Você precisa fazer isso?- perguntou Spencer, enquanto Emily enxugava o bebe.

- Sua irmã não lhe contou que a babá adoeceu e foi internada em um hospital, em Lisboa?-diz Emily

 Spencer não replicou. Ela prosseguiu:

- Eu pensei que, se você estiver de acordo, poderia mandar chamar minha ama. Estou certa de que foi para a casa da irmã em High Wycombe. Ela ficaria emocionada em vir para junto de mim. De qualquer forma, eu ia pedir a Milady se me deixaria convidá-la- diz Emily

- Mas, claro. A solução é perfeita. Vou mandar uma caleça amanhã cedo. Hoje é muito tarde, não acha?- diz Spencer

- Eu vou tomar conta deles esta noite- falou Emily.

- E a Senhora Marin?- diz Spencer

- São 4 crianças ela não vai dar conta. E as arrumadeiras são inexperientes- diz Emily

- Você quer ajuda- diz Spencer

-Não você tem seus assunto- diz Emily

-Muito bem, vou deixar tudo por sua conta- diz Spencer

Spencer vai tomar providencias ela tinha que resolver seus problemas não poderia viajar e deixar Emily com 4 crianças para cuidar. A tarde passou rápido.

- Já está na hora de dormir, Peter. Sua mãe disse que você devia deitar-se às seis horas- diz Emily- Amanhã, você vai pode descobrir todos os brinquedos que estão aqui. Hoje vocês tiveram um dia movimentado. Você  e Carol estão com sono.

Spencer entrou no quarto e perguntou: - Em que quartos vão ficar?

 - Peter vai ficar no quarto que era do Jason, quando menino- disse Emily- E Carol junto com Taylor. Eu vou dormir com Thomas no berçário.

- Quer fazer isso?- perguntou Spencer, surpresa.

- Claro que não vou confiá-lo a ninguém- disse Emily, apertando o bebé nos braços, já vestido de pijama.

Thomas estava dormindo. Tinha a cabeça encostada no seio de Emily, quando ela baixou os olhos para ele. Era o eterno quadro de mãe e filho, pintado por grandes artistas desde o começo do mundo.

Spencer observou-a. Os olhos de Emily eram ternos. Havia uma expressão em sua face que Spencer só conseguia ver quando ela estava perto de Taylor e Pam.

- Você vai ouvir eu rezar? -perguntou Peter, com alguns soldadinhos apertados nas mãos.

- Vou. Logo que colocar o bebe no berço- disse Emily.

Depois, virou-se para Spencer e pediu:- Você pode colocar as meninas na Cama?

-Claro- diz Spencer

- Vamos- dizem as meninas.

- E vou rezar também. Eu vou rezar para papai, Porque ele está doente.- diz Carol

-Hoje vou ficar no lugar de seu pai- disse Spencer, sabendo que Emily se divertia,

embora ficasse calada.

- São as bonecas de minha mãe- murmurou Carol com orgulho- Ela me contou. Disse, também, que você escondia as bonecas, para implicar com ela.

- Eu sempre gostei de implicar com a pequena- diz Spencer

-E com a mamãe?- pergunta Taylor

-Não sua mãe era brava- diz Spencer causando risada nas meninas.

- Ótimo. E agora, rezar. Como é mesmo que faz a sua oração?- diz Spencer

- É assim: papai se senta na cama e eu ajoelho ao lado dele.- diz Carol

- Muito bem -falou Spencer- eu vou fazer como seu pai.

Carol pulou para a cama e puxou Taylor as duas se  ajoelharam ao lado de Spencer, que se sentara. Fechou os olhos, juntou as mãos. Pareciam uns  anjinhos. O Spencer ouviu-a repetir a mesma oração que ele dizia em criança.

- Deus abençoe mamãe, papai, Peterr, Thomas e todos os meus amigos. Deus faça que eu seja uma boa menina. Por Jesus Cristo, Amem.

Carol abriu os olhos e abraçou Spencer. Taylor fez o mesmo

-Eu gosto de você- diz Carol

-Eu também- diz Taylor

-Eu amo vocês- diz Spencer

-Durmam bem- diz Spencer.


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