Desde A Primeira Vez Que Te Vi... escrita por Autora Anônima


Capítulo 33
2ª: Capítulo 10- Deixa eu cuidar de você?


Notas iniciais do capítulo

E ai está o capítulo 10! Obrigado pelos reviews, fico feliz em saber que estão gostando. Boa Leitura



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POV Rodrigo

O tedioso domingo, por mais incrível que pareça, passou até que rápido. Era segunda, hoje eu vou esclarecer as coisas com a Manu ela queria ou não! Simplesmente não entendo por que ela esta tão estranha, será que ela não gostou do beijo?

Me arrumei e fui correndo pra escola, na esperança de conseguir falar com a Manu antes de bater o sinal. Cheguei lá e Vitor e Sophia estavam lá:

-Oi gente! Viram a Manu por aí?- perguntei com pressa

-Não vi não cara, acho q ela ainda não chegou- Vitor respondeu e eu  confirmei com a cabeça

-Ok, valeu!- eu disse saindo em direção ao portão da escola.

Fiquei uns 15 minutos esperando ela chegar, então vejo o carro da tia Maah chegando na escola. Logo Nayara, Manu e Sabrina desceram do carro. Fui em direção a Manu e fiquei parado em sua frente:

-Oi Manu! Podemos conversar?- eu disse e ela demorou a responder

-Ah.. oi, acho melhor a gente entrar, logo vai bater o sinal...-ela disse indo em direção ao portão

-Ok, mais depois da aula, nós vamos conversar ta bom?-eu disse segurando seu braço e ela confirmou com a cabeça

Logo o sinal bateu então fui pra sala. Era aula de professora Fernanda! Hoje era a apresentação do tal projeto. No começo, estava odiando essa estória, mais depois de tudo que aconteceu, acabei amando esse projeto! Afinal, se não fosse ele, eu e a Manu não teríamos nos aproximado.

Começamos as cenas, todos tinham ensaiado muito, pelo menos era oque parecia, as cenas ficaram perfeitas.

-Ok, ótima cena pessoal, agora a cena V vai ser feita assim:

Rodrigo será Romeu

Manuela será Julieta

Nayara Será a Ama

Entenderam?-ela disse e confirmamos com a cabeça- Ok, então, tomem suas posições-ela continuou então começamos a cena:

JULIETA — Já vai embora? Mas se não está nem perto de amanhecer! Foi o rouxinol, não a cotovia, que penetrou o canal receoso de teu ouvido. Toda a noite ele canta lá na romãzeira. Acredita-me, amor, foi o rouxinol.

ROMEU — Foi a cotovia, arauto da manhã, e não o rouxinol. Olha, amor, as riscas invejosas que tecem um rendado nas nuvens que vão partindo lá para os lados do nascente. As velas noturnas consumiram-se, e o dia, bem-disposto, põe-se nas pontas dos pés sobre os cimos nevoentos dos morros. Devo partir e viver, ou fico para morrer.

JULIETA — Essa luz não é a luz do dia, eu sei que não é, eu sei. É só algum meteoro que se desprendeu do sol, enviado para esta noite portador de tocha a teu dispor, e iluminar-te em teu caminho para Mântua. Portanto, fica ainda, não... precisas partir.

ROMEU — Que me prendam! Que me matem! Se assim o queres, estou de acordo. Digo que aquele acinzentado não é o raiar do dia; antes, é o pálido reflexo da lua. Digo que não é a cotovia que lança notas melodiosas para a abóbada do céu, tão acima de nossas cabeças. Tenho mais ânsia de ficar que vontade de partir. — Vem, morte, e seja bem-vinda! Julieta assim o quer. — Está bem assim, meu coração? Vamos conversar... posto que ainda não é dia!

JULIETA — É dia sim, é dia sim. Corre daqui, vai-te embora de uma vez! É a cotovia que canta assim tão desafinada, forçando irritantes dissonâncias e agudos desagradáveis. Alguns dizem que a cotovia separa as frases melódicas com doçura; não posso acreditar, pois que ela vem agora nos separar. Alguns dizem que a cotovia é o odiável sapo permutam seus olhos; como eu gostaria, agora, que eles também tivessem permutado suas vozes! Essa voz alarma-nos, afastando-nos um dos braços do outro, já que vem te caçar aqui, com o grito que dá início à caçada deste dia. Ah, vai-te agora; ilumina-se mais e mais a manhã.

ROMEU — Ilumina-se mais e mais... enquanto anoitece em nossos corações!

(Entra a Ama.)

AMA — Madame!

JULIETA — Ama?

AMA — A senhora tua mãe vem vindo para os teus aposentos. Amanheceu. Sê prudente, cuida do que acontece à tua volta.

(Sai.)

JULIETA — Então, janela, deixe entrar o dia e deixe fugir a vida.

ROMEU — Adeus, adeus! Um beijo, e eu desço.

(Desce.)

JULIETA — Estás indo embora assim? Meu esposo, meu amor, meu amigo! Preciso ter notícias tuas todo dia, a cada hora, pois num único minuto cabem muitos dias. Ah, por essa contagem estarei velhinha antes de reencontrar o meu Romeu.

ROMEU — Adeus! Não perderei oportunidade em que possa transmitir a ti, amor, meus sentimentos.

JULIETA — Acreditas que nos veremos de novo?

ROMEU — Não duvido nem por um momento. E todas essas aflições servirão de tema para doces conversas em nosso futuro.

JULIETA — Ah, Deus! Como minha alma é agourenta. Penso ver-te, agora que estás aí embaixo, como alguém morto, no fundo de uma tumba. Ou meus olhos estão me enganando ou estás muito pálido.

ROMEU — Acredita-me, amor, enxergo-te igualmente pálida. A tristeza, insensível, nos bebe todo o sangue. Adeus, adeus!

-Fica muito bom! Perfeito!- a professora disse quando terminamos

Depois das aulas de português, o dia passou devagar. Estava contando os minutos pra hora da saída, mais os minutos demoravam a passar. Hoje a Manu não me escapa.

Quando finalmente aquelas aulas chatas acabaram, fui pra casa, almocei, troquei de roupa, então liguei pra Manu.

Ligação On

Manu: Alô?

Rodrigo: Oi Manu, é o Rodrigo, podemos conversar agora?

Manu: Ok, mais por telefone?

Rodrigo: Não, que tal o parque?

Manu: Ok, vou me arrumar e daqui a pouco vou pra lá.

Rodrigo: Ok, nos vemos lá.

Ligação Off

Peguei meu skate e fui até o parque.

POV  Manu

Me arrumei correndo e fui pro parque. Assim que cheguei lá, vi o Rodrigo sentado num banco, então fui até ele. Não sabia oque ia dizer, só sei que estava mais do que nervosa.

-Ah... Oi!- eu disse me sentando perto dele

-Oi Manu!- ele disse me olhando

-Então, oque queria falar?- eu disse me fazendo de desentendida

-Queria falar de você!- ele disse segurando a minha mão

-De mim?- perguntei enquanto soltava minha mão da dele

-Sim, é que desde aquele beijo, você anda muito estranha, fica me evitando, e eu queria saber oque esta acontecendo. Foi tão ruim o beijo?- ele disse então eu fiquei muda

Não tinha sido ruim, pelo contrário, foi o melhor beijo da minha vida! Suspirei fundo então disse:

-Não é isso Rod...- eu disse e ele me interrompeu

-Então oque é? Por que está estranha? –ele perguntou me olhando nos olhos

- Não foi ruim, pelo contrário Rod, eu gostei, e muito!-eu disse e ele me olhou espantado

-E por que está me evitando então Manu?-ele me perguntou e eu fitei o chão

-Não sei... talvez seja medo-eu disse então ele ergueu minha cabeça

-Medo?-ele disse olhando nos meus olhos

-É, medo de acabar gostando de você mais do que devia e depois...- eu disse mais fui interrompida novamente

-E depois se machucar?- ele disse e eu confirmei com a cabeça enquanto uma lágrima teimou em cair dos meus olhos-Manu, não fica assim, eu não vou te machucar, eu jamais seria capaz de fazer isso com uma menina tão linda como você-ele disse me abraçando

O abracei apertado, me sentia segura com ele. Quando terminamos o abraço nossos rostos estavam próximos, olhávamos um no olho do outro, um olhar profundo e misterioso. Logo ele se aproximou e encostou seus lábios nos meus.

-Rod...-tentei dizer mais ele não escutou.

Lá estava eu. Beijando ele pela segunda vez. Não queria que aquele momento acabace, estava tão perfeito pra mim. Mais acabou.

-Manu, não se preocupa, não vou te machucar, só quero cuidar de você minha linda! Deixa?-ele disse  tirando uma caixinha do bolso e abrindo. Tinha duas alianças de prata com um fio de ouro no meio

-Deixo!-eu disse então nos beijamos novamente

Não, calma, eu acabei de aceitar o pedido de namoro do Rodrigo? Ainda não acredito que isso finamente aconteceu!

Ficamos “conversando” por mais um tempo, então ele me levou pra casa. Entrei em casa e fui direto falar com a minha mãe.

-Oi mãe!- eu disse entrando na sala

-Oi filha, onde estava?-ela perguntou sentando no sofá

-Estava com o Rod... É mãe, eu preciso te contar uma coisa..- eu disse me sentando do lado dela

-Fala filha- ela disse então eu suspirei

-Bom... Eu e o Rod... Estamos namorando!-eu disse e ela abriu um sorriso

-Que bom filha!-ela disse me abraçando

-Só isso?-perguntei estranhando a reação dela

-Sim, estou muito feliz que vocês finalmente se acertaram,  vou ligar pro Paulo e chamar eles pra jantarem aqui, para comemorar

-Te amo mãe!- eu disse a abraçando, e depois subindo pro quarto

Tomei um banho e me arrumei pro jantar, estava muito mais do que feliz, deixei meu orgulho de lado e valeu a pena!

Continua...


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Notas finais do capítulo

E ai, oque acharam? Espero os Reviews! Bjos até o próximo!


Obs: Não tenho previsão de quado vou postar o próximo, dependendo dos reviews tentarei postar amanhã!